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SALARIOS: DENOMINAÇÕ ES:

Denominaçõ es improprias:

 Salario de contribuiçã o e salario de beneficio


 Salario família
 Salario maternidade
 Salario educaçã o
 Salario mínimo de referencia
 Salario social
Denominaçõ es pró prias:

 Salario mínimo, salario profissional, salario normativo


 Piso salarial
 Salario bá sico
 Salario isonô mico, salario equitativo, salario substituiçã o, salario supletivo
 Salario judicial
 Salario complessivo
 Salario condiçã o
 Salario progressivo
COMPOSIÇÃ O DO SALARIO

O salá rio básico (“salá rio-base”) - a parcela mais relevante entre todas as salariais existentes no
â mbito da relaçã o de emprego.
O salá rio bá sico, como se viu, submete-se à regra, da periodicidade má xima mensal (art. 459, CLT)

PARCELAS SALARIAIS TIPICAS – decorrem da lei


 As parcelas salariais distintas do salá rio bá sico mais conhecidas no Direito brasileiro sã o:
Gratificaçõ es, comissõ es e gorjetas.
 Art. 457, §1º – Integram o salá rio a importâ ncia fixa estipulada, as gratificaçõ es legais e as
comissõ es pagas pelo empregador
COMISSÃO
É uma modalidade de salario normalmente estipulada para os empregados no comercio, porém os
representantes comerciais também podem perceber pagamento à base de comissã o, assim como os
bancá rios, pela venda de papeis do banco.
Comissã o é um gênero – percentagem é uma espécie de comissã o.

COMISSIONISTA PURO
Percebendo apenas comissã o, nã o tendo salá rio fixo, o empregador deve assegurar ao obreiro pelo
menos um salá rio mínimo no mês em que as comissõ es nã o atingirem essa importância. Ou, de um
salá rio base da categoria.
 
COMISSIONISTA MISTO
Quando a comissã o é um complemento à remuneraçã o. Ou seja, o empregado tem um salá rio fixo e a
comissã o é um acréscimo.
GRATIFICAÇÕES

A gratificaçã o salarial é um benefício que parte da empresa contratante e visa o reconhecimento dos
serviços prestados através de bonificaçã o financeira. 

Gratificaçõ es difere de gorjetas.


Gratificaçã o difere de 13º salario.
 
Finalidade da gratificaçã o:
 Retributiva;
 Premial, ou de recompensa pelos serviços extras prestados;
 Estimulantes, de modo que estimule o colaborador a produzir mais.
 
Pode ser dividida como:
 Obrigatoriedade, sendo compulsó ria ou espontâ nea;
 Ao ajuste, sendo expressas ou tá citas;
 Legais (§2º do art. 224 da CLT e paragrafo ú nico do art. 62 da CLT) ou convencionais;
 
Para estudar!
Sumulas 152 do TST
Sumula 459 do STF
Sumula 202 do TST
Sumula 225 do TST
Sumula 253 do TST
GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO
A gratificaçã o é devida em relaçã o à maior responsabilidade que é atribuída ao empregado no
desempenho de sua funçã o. Normalmente, ocorre em relaçã o a empregados que ocupam cargo de
confiança.
Bancá rio: §2º do art. 224 da CLT desempenho de funçã o de direçã o, gerencia, fiscalização, chefia e
equivalentes tem direito a adicional de 1/3 sobre seu salario a titulo de gratificaçã o.
Paragrafo ú nico do art. 62 da CLT estabelece que gerentes ou pessoas que exerçam cargos de gestã o
quando o salario de cargo de confiança, recebam acréscimo de 40% sobre o salario efetivo.
 
Estudem!
Art. 468, paragrafo ú nico da CLT
Art. 450 da CLT
Sumula 372, II do TST
Sumula 109 do TST
Sumula 240 do TST
GORJETAS:

O conceito está no artigo 3º :


 
§ 3º - Considera-se gorjeta nã o só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao
empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a
qualquer título, e destinado à distribuiçã o aos empregados.

 § 5º - Inexistindo previsã o em convençã o ou acordo coletivo de trabalho, os critérios de


rateio e distribuiçã o da gorjeta e os percentuais de retençã o previstos nos §§ 6º e 7º
deste artigo serã o definidos em assembleia geral dos trabalhadores, na forma do art. 612
desta Consolidaçã o.
 Quanto o empregador pode reter das gorjetas? 

§ 6º - As empresas que cobrarem a gorjeta de que trata o § 3º deverã o:


I - para as empresas inscritas em regime de tributaçã o federal diferenciado, lançá -la na respectiva nota de
consumo, facultada a retençã o de até 20% (vinte por cento) da arrecadaçã o correspondente, mediante
previsã o em convenção ou acordo coletivo de trabalho, para custear os encargos sociais, previdenciá rios e
trabalhistas derivados da sua integraçã o à remuneraçã o dos empregados, devendo o valor remanescente
ser revertido integralmente em favor do trabalhador;
II - para as empresas nã o inscritas em regime de tributaçã o federal diferenciado, lançá -la na respectiva nota
de consumo, facultada a retençã o de até 33% (trinta e três por cento) da arrecadaçã o correspondente,
mediante previsã o em convençã o ou acordo coletivo de trabalho, para custear os encargos sociais,
previdenciá rios e trabalhistas derivados da sua integraçã o à remuneraçã o dos empregados, devendo o
valor remanescente ser revertido integralmente em favor do trabalhador;
III - anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no contracheque de seus empregados o salá rio
contratual fixo e o percentual percebido a título de gorjeta.
§ 7º - A gorjeta, quando entregue pelo consumidor diretamente ao empregado, terá seus critérios definidos
em convençã o ou acordo coletivo de trabalho, facultada a retençã o nos parâ metros do § 6º deste artigo.
O valor das gorjetas vai na Carteira de Trabalho? 
§ 8º - As empresas deverã o anotar na Carteira de Trabalho e Previdência Social de seus empregados o
salá rio fixo e a média dos valores das gorjetas referente aos ú ltimos doze meses.

A gorjeta integra a remuneração do garçom?


§ 9º - Cessada pela empresa a cobrança da gorjeta de que trata o § 3º deste artigo, desde que cobrada
por mais de doze meses, essa se incorporará ao salá rio do empregado, tendo como base a média dos
ú ltimos doze meses, salvo o estabelecido em convençã o ou acordo coletivo de trabalho.
§ 10 - Para empresas com mais de sessenta empregados, será constituída comissã o de empregados,
mediante previsã o em convençã o ou acordo coletivo de trabalho, para acompanhamento e fiscalizaçã o
da regularidade da cobrança e distribuiçã o da gorjeta de que trata o § 3º deste artigo, cujos
representantes serã o eleitos em assembleia geral convocada para esse fim pelo sindicato laboral e
gozarã o de garantia de emprego vinculada ao desempenho das funçõ es para que foram eleitos, e, para
as demais empresas, será constituída comissã o intersindical para o referido fim.
SANÇÕES EM CASO DE DESCUMPRIMENTO:

§ 11 - Comprovado o descumprimento do disposto nos §§ 4º, 6º, 7º e 9º deste artigo, o


empregador pagará ao trabalhador prejudicado, a título de multa, o valor correspondente a
1/30 (um trinta avos) da média da gorjeta por dia de atraso, limitada ao piso da categoria,
assegurados em qualquer hipó tese o contraditó rio e a ampla defesa, observadas as seguintes
regras:
 I - a limitaçã o prevista neste pará grafo será triplicada caso o empregador seja reincidente;
II - considera-se reincidente o empregador que, durante o período de doze meses,
descumpre o disposto nos §§ 4º, 6º, 7º e 9º deste artigo por mais de sessenta dias.
 
A multa é devida ao empregado e nã o ao Ministério do Trabalho.
As gorjetas nã o poderã o ser objeto de equiparaçã o salarial. 

O adicional noturno daquele que trabalhar apó s as 22h00 será calculado 20% sobre a hora diurna e nã o
sobre a remuneraçã o, portanto nã o inclui as gorjetas (S. 354 TST)

 As horas extras sã o calculadas sobre a hora normal (§ 1º do art. 59, § 2º do art. 61 da CLT, S. 354 do
TST) e nã o sobre a remuneraçã o, exclui gorjetas.
 
O adicional de insalubridade é calculado sobre o salario mínimo (art. 192 da CLT) e nã o insere as
gorjetas.
 
 
PARCELAS SALARIAIS ATIPICAS
 
Parcelas salariais atípicas, resultantes da criatividade privada. Nã o remunera um trabalho
(contraprestaçã o), mas uma situaçã o em si. “para o trabalho e nã o pelo trabalho”
 
Sem lastro de lei ou convençã o coletiva – pode ser suprimido.
 
§ 2º - As importâ ncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-
alimentaçã o, vedado seu pagamento em dinheiro, diá rias para viagem, prêmios e
abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao
contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo
trabalhista e previdenciário.
Exemplo:

“Mendelévio precisa se deslocar de São Paulo à Tocantins à trabalho da empresa deverá ter
custeado por ela as despesas e diárias da viagem”.
 
Esses valores decorrem do fato da necessidade da viagem à trabalho, logo, uma vez pagas nã o terã o
natureza salarial, pois nã o visam retribuir o trabalho deste empregado para restitui-lo.
 
Uma outra situaçã o, bem clara de ausência de natureza salarial é o pagamento de auxílio-alimentaçã o,
desde que nã o seja pago em dinheiro, pois nã o é dado pelo trabalho desempenhado, nã o visa retribuir o
serviço prestado.
 
Quando as utilidades forem indispensáveis para a realizaçã o do trabalho, nã o têm natureza salarial, pois
nã o visam retribuir o trabalho em si, mas dar condiçõ es para que este seja realizado, isto é, para o
trabalho e não pelo trabalho.
 
Em consequência disso, também nã o integram o respectivo salá rio, para todos os fins os descontos: de
serviço médico; odontoló gico; reembolso de despesas com medicamentos; ó culos; aparelhos
ortopédicos; pró teses; ó rteses e despesas médico-hospitalares.
 
ABONOS:
Consiste em um adiantamento em dinheiro, numa antecipaçã o salarial ou num valor a mais que é
concedido ao empregado.
Os abonos nã o integram a remuneraçã o do empregado, nã o se incorporam ao contrato de trabalho e nã o
constituem base de incidência de qualquer encargos trabalhista e previdenciá rio.
Ex: 1/3 constitucional de férias.

PREMIOS:
Os prêmios sã o considerados as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou
valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razã o de desempenho superior ao
ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
§ 4º - Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens,
serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razã o de
desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades.
DIÁRIAS:
Sã o o pagamento feito ao empregado para ressarcir despesas com o deslocamento, hospedagem ou
pousada e alimentaçã o e sua manutençã o quando precisa viajar para executar as determinaçõ es do
empregador. Sã o pagamentos ligados diretamente à viagem feita pelo empregado para prestaçã o dos
serviços ao empregador, decorrente da mobilidade do empregado.
Se o empregado nã o mais viaja, nã o há que falar em pagamento de diá rias. Trata-se de condição, em que
as diárias só sã o devidas se houver viagens.
 

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