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SANTIDADE E NOSSAS VONTADES

INTRODUÇÃO
É a vontade que, em última análise, faz a cada escolha individual de pecar ou
obedecer a vontade de Deus. É a vontade que escolhe ceder à tentação ou dizer não a
tentação. No fim de contas, dá para dizer que nossas vontades determinam finalmente
nosso destino moral. Nossas escolhas determinam se formos santos ou profanos em
nosso caráter e conduta.
Definição bíblica de “ coração”
Dr. John Owen disse que o termo, “o coração”, como está usado na Bíblia
geralmente denota todas as faculdades da alma à medida que elas estejam
trabalhando juntas em fazer o bem ou o mal - a mente, as emoções, a
consciência e a vontade. Todas essas faculdades foram implantadas na
alma do homem na sua criação por Deus, mas elas foram corrompidas pela
queda do homem no Jardim do Éden. Nossa razão (ou entendimento) foi
obscurecida (Efésios 4:18), nossos desejos foram enredados (Efésios 2: 3)
e nossas vontades foram pervertidas (João 5:40).
INTER-RELAÇÃO MENTE,
EMOÇÕES E VONTADE.
Além disso, quando Deus criou originalmente o homem, a razão, as emoções e a vontade
trabalharam em perfeita harmonia. A razão liderou o caminho para entender a vontade de
Deus, a vontade humana consentida com a vontade de Deus e as emoções humanas deleitadas
por fazê-lo. Mas com a entrada do pecado na alma do homem, essas três faculdades
começaram a trabalhar com propósitos cruzados entre si e com Deus. A vontade tornou-se
teimosa e rebelde e não consentirá naquilo que a razão sabe que seja a vontade de Deus. Ou,
mais comumente, as emoções tomam vantagem e afastam a razão e a vontade da obediência a
Deus. O objetivo de tudo isso é enfatizar e capacitar-nos a entender a inter-relação da mente,
emoções e vontade. Embora a vontade seja o determinante final de todas as escolhas, ela é
influenciada em suas escolhas pelas forças mais fortes exercidas sobre ela.
Portanto, devemos guardar o que entra em nossas mentes e o que influencia
nossas emoções. Salomão disse: “Vigia o teu coração com toda diligência,
porque dele brota a fonte da vida” (Provérbios 4:23). Se guardarmos
diligentemente nossas mentes e emoções, veremos o Espírito Santo
trabalhando em nós para conformar nossas vontades a vontade dele
(Filipenses 2: 12–13). Como então guardamos nossas mentes e emoções?

Em última análise, é Deus quem trabalha em nós para querer e agir de


acordo com Seu bom propósito. Mas Paulo nos diz expressamente que
devemos trabalhar nisso (Filipenses 2:12). Nossa responsabilidade em
relação às nossas vontades é guardar nossas mentes e emoções, estar ciente
das coisas que vão influenciar nossas mentes e estimular nossos desejos. Ao
fazermos nossa parte, veremos o Espírito de Deus fazer sua parte para nos
tornar mais santos.
Os Hábitos de Santidade ( cáp.14)

 Quanto mais que pecamos, mais que sejamos inclinados a pecar.


John Owen expressou esta ideia na seguinte maneira: "Atos
repetidos do consentimento da vontade ao pecado podem gerar
uma disposição e inclinação da vontade para uma propensão e
prontidão para consentir no pecado mediante qualquer solicitação
oferecida pelo pecado".
Definição de “hábito”
 Hábito é definido como a "disposição ou caráter predominante dos
pensamentos e sentimentos de uma pessoa". Hábitos são os padrões
emocionais e de pensamentos gravados em nossas mentes.
Romanos 6:19 NVI
Falo isso em termos humanos, por causa das suas limitações humanas[a]
. Assim como vocês ofereceram os membros do seu corpo em escravidão à
impureza e à maldade que leva à maldade, ofereçam-nos agora em
escravidão à justiça que leva à santidade.
Embora nós devamos lidar com esses hábitos de impiedade, não devemos
tentar fazê-lo com nossas próprias forças. A quebra de hábitos pecaminosos
deve ser feita em cooperação com o Espírito Santo e na dependência total na
pessoa Dele. A determinação de que "não farei mais isso", com base em pura
determinação humana, nunca quebrou as amarras do pecado. Mas existem
princípios práticos que podemos seguir para nos treinar em piedade.

O primeiro princípio é que os hábitos são desenvolvidos e reforçados pela


repetição frequente. Outra definição de hábito é "um padrão de
comportamento adquirido pela repetição frequente".
O segundo princípio para quebrar hábitos pecaminosos e adquirir novos
hábitos santos é nunca deixar ocorrer uma exceção da sua resistência contra
pecado. Quando permitirmos exceções a nossa resistência contra pecado,
reforçamos velhos hábitos de pecado ou reforçarmos novos hábitos de
desobediência.

O terceiro princípio é que seja necessária ter diligência em todas as áreas da


vida para garantir o sucesso em uma área. Dr. Owen disse: "Sem um esforço
sincero e diligente em todas as áreas de obediência, não haverá mortificação
bem-sucedida de qualquer pecado que aflige constantemente".
Por último, não desanime pelo fracasso. Há uma grande diferença entre
falhar e se tornar um fracasso. Tornamo-nos um fracasso só quando
desistimos na luta contar pecado quando paramos de tentar resistir os
ataques do inimigo. Mas enquanto estejamos trabalhando para mudar
esses hábitos pecaminosos, independentemente de quantas vezes
falharmos, nós não enfraquecemos e temos toda razão de antecipar
progresso na batalha contra pecado.
É inútil guardar nossas mentes e emoções contra aquilo que vem de
fora, se ao mesmo
APLICAÇÃO PESSOAL
É inútil guardar nossas mentes e emoções contra aquilo que vem de fora,
se ao mesmo tempo não lidarmos com os hábitos de pecado que estão
dentro de cada um de nós. A batalha pela santidade deve ser realizada em
duas frentes – contra pecados for de nós e contra pecados dentro de nós.
Somente então veremos progresso em direção à santidade.
PARA REFLETIR : OS
HÁBITOS

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