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Enfermagem em Serviço de

Centro Cirúrgico

Prof. Enfermeiro Roberto


ÁREA CIRÚRGICA

CM Centro de Material e Esterilização


E

C Centro Cirúrgico
C

SRPA Sala de Recuperação


Pós-Anestésica
CENTRO
CIRÚRGICO
• Com o avanço tecnológico nos últimos anos, a
cirurgia passou do uso de técnicas manuais e
procedimentos simples para o de computadores e de
robótica, requisitanto, cada vez mais, a capacitação e
a habilidade do enfermeiro.
• O CC é considerado uma das unidades mais
complexas do hospital, não só por sua
especificidade, mas também por ser um local
fechado que impõe a equipe de saúde
situações estressantes, como lidar com
aspectos relacionados à competência técnica,
ao relacionamento e aos recursos de materiais
e interação com paciente e família
Para os pacientes e familiares, esse ambiente fechado,
associado às expectativas do procedimento anetésico-cirúrgico,
provoca ansiedade e medo, que se somam às circunstâncias
estressantes vividas pela equipe de saúde.

COMUNICAÇÃO
Tem como principais componentes:

• Vestiários
• Corredores internos
• Áreas de escovação
• Sala cirúrgicas
• Depósitos de materiais e equipamentos
• Laboratório de anatomia e radiologia
• Secretaria
• Área de recepção de pacientes
• Sala de conforto e copa
• Salas de apoio
• Sala de espera de sanitários

SOBECC, 2013
O CC é dividido em áreas específicas, por ser um setor com maior risco de
transmissão de infecções, em virtude dos procedimentos realizados. As áreas são
classificadas em:

I. ÁREAS NÃO RESTRITAS: são aquelas cuja circulação de pessoas é livre, não
exigindo cuidados especiais e nem uso de uniforme privativo. Ex. Elevadores,
corredores externos de acesso, vestiários

I. ÁREAS SEMIRESTRITAS: permitem a circulação de pessoal e equipamentos, de


modo a não interferir no controle e na manutenção da assepsia cirúrgica. Nestes
locais é necessário vestimenta própria, privativa e calçados adequados. Ex.
secretaria, copa, sala de conforto

I. ÁREAS RESTRITAS: são as que possuem limites definidos para circulação de


pessoal e equipamentos, onde se deve estabelecer rotinas próprias para controlar
e manter a assepsia local. Ex. sala cirúrgica.

SOBECC, 2013
EQUIPE

Para a estrutura hospitalar, a


sua matéria-prima é
basicamente o HUMANO.
CÁLCULO DE PESSOAL

O cálculo do nº de pessoal se dá pelo nº de salas de cirurgias.

01 enfermeiro para cada 03 salas de cirurgia


01 técnico + 01 intrumentador para cada sala de cirurgia.

IMPORTANTE: considerar a demanda e o porte das cirurgias.

Cálculo baseado na estrutura do serviço:

Pode ser fundamentado em metodologias, como relação de funcionários por postos de trabalho, funcionários por hora de
assistência, por sítio funcional ou ainda, uso de fórmulas para o cálculo de pessoal em cirurgias eletivas e de urgência e
emergência. Porém o mais utilizado é determinado com base no número de salas de
operação/cirurgia

SOBECC, 2013
ENFERMEIRO

Profissional habilitado para gerenciar


as necessidades que envolvem o ato
anestésico-cirúrgico em todas as suas
etapas.
ENFERMEIRO COORDENADOR:
Tem atividades relativas ao funcionamento da
unidade, atividades técnico- administrativas,
assistenciais e de administração de pessoal.

SOBECC, 2013
• ATIVIDADES relacionadas ao funcionamento
da unidade:

- Participar da elaboração de normas, rotinas e


procedimentos do setor
- Prever a necessidade de materiais e equipamentos e
prover o setor de tais elementos
- Orientar, supervisionar e avaliar o uso adequado de
materiais e equipamentos, garantindo seu correto
emprego
- Solicitar aquisição de novos equipamentos e materiais
-Colaborar com CCIH, cumprindo normas estabelecidas
-Participar de reuniões com equipes multiprofissional
-Elaborar escalas mensais e diárias de atividades
dos funcionários
-Dotar recursos humanos e materiais de condições para
realização do ato anestésico.
ATIVIDADES técnico – administrativas:

-Promover assistência com segurança durante todo


e qualquer ato anestésico-cirúrgico
-Realizar planejamento estratégico de enfermagem
-Participar de reuniões
-Executar rotinas
-Providenciar para que normas e regulamentos da
instituição sejam cumpridos
-Implementar programas de melhoria da qualidade
do serviço prestado aos clientes internos e externos.
-Elaborar relatório mensal
-Participar do planejamento de reformas
e/ou construção da planta física do setor.
ATIVIDADES assistenciais:

-Desenvolver o SAEP (Sistematização de Assistência de


Enfermagem Perioperatória) com paciente e família
-Realizar pesquisas e implementá-las
-Verificar agendamento de cirurgias e orientar montagem de salas
-Avaliar continuamente o relacionamento interpessoal da equipe de
enfermagem
-Identificar problemas
-Zelar pelas condições ambientais de segurança
-Notificar ocorrências adversas ao paciente
-Atuar em atendimento de emergência e coordenar tais situações
-Propor medidas e meios que visem a prevenção de complicações no
ato anestésico-cirúrgico
-Zelas para que todos os impressos sejam preenchidos
ATIVIDADES administrativas:

-Definir o perfil profissional a ser admitido


-Participar do processo de seleção, da integração e do
treinamento de novos funcionários
-Planejar o processo de educação continuada
-Realizar avaliação de desempenho da equipe
-Participar de atividades científicas,
estimulando técnicos
-Proporcionar condições de recursos humanos para
a realização do ato anestésico-cirúrgico
-Verificar presença de funcionários no
setor, conferindo faltas, atrasos e licenças
ENFERMEIRO ASSISTENCIAL
-Realizarplano de cuidados e enfermagem
-Prever os recursos humanos ao atendimento em
sala cirúrgica
-Supervisionar as ações dos profissionais da equipe de
enfermagem
-Checar previamente a programação cirúrgica
-Fazer escala diária de atividades dos funcionários
-Orientar montagem e desmontagem da sala cirúrgica
-Conferir materiais necessários ao procedimento
-Ter como prioridade o atendimento aos
pacientes, dependendo do grau de complexidade
-Manter um ambiente seguro, para o paciente e para a
equipe multiprofissional
-Realizar avaliação pré-operatória
-Recepcionar, acompanhar e encaminhar o paciente
-Colaborar no ato anestésico, caso seja necessário
-Posicionar paciente
-Efetuar técnicas como punções, sondagens
-Checar resultados de exames no pré e
trans- operatório
-Evolução de enfermagem
-Realizar curativo cirúrgico
-Encaminhar paciente a SRPA
-Informar condições clínicas do paciente ao enfermeiro
da SRPA (passagem de plantão).
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
O Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987 que regulamenta a Lei nº
7.498, de 25 de junho de 1986, dispõe sobre o Exercício da Enfermagem e
dá outras providências.

O artigo 5º determina que os técnicos de enfermagem são: titulares de diploma ou


certificado de técnico de enfermagem, expedidos de acordo com a legislação e
registrados no órgão competente; titulares de diploma ou certificado legalmente
conferidos por escola ou curso estrangeiro, que tenham sido registrados em
virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidados no Brasil como diploma
de técnico de enfermagem.
O artigo 10ª afirma que esse profissional exerce atividades auxiliares de nível técnico
médio, atribuidas a equipe de enfermagem, cabendo-lhe assistir o enfermeiro
nas seguintes ações:

-Planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de


assistência de enfermagem;
-Prestação dos cuidados diretos de enfermagem para pacientes em estado
grave
-Prevenção e controle das doenças transmissíveis, em programas de
vigilância epidemiológica
-Prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar
-Prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a
pacientes durante a assistência a saúde.
TÉCNICO DE ENFERMAGEM NO
CENTRO CIRÚRGICO

 Cumprir normas e regulamentos da instituição


 Seguir como norma, o Código de Ética Profissional do COREN
 Receber o paciente na CC
 Participar das reuniões com seus líderes
 Fazer parte de treinamentos
 Desenvolver procedimentos técnicos
 Conservar o ambiente de trabalho limpo e organizado
 Manter boa relação de trabalho
 Zelar pelas condições ambientais de segurança do paciente e da
equipe multiprofissional
 Zelar pelo correto manuseio dos equipamentos
 Estar ciente das cirurgias marcadas para a sala de sua responsabilidade
 Prover sala com materiais e equipamentos adequados, de acordo com a
cirurgia , necessidade do paciente e planejamento de assistência.
 Remover sujidades dos equipamentos e superfícies
 Verificar limpeza de paredes e pisos
 Checar funcionamento de gazes, equipamentos, iluminação
 Manter temperatura adequada da sala
 Auxiliar na transferência do paciente da maca para a
mesa cirúrgica
 Auxiliar a equipe na correta colocação do paciente para anestesia e
cirurgia
 Utilizar equipamentos, materiais, artigos descartáveis e roupas de
maneira adequada
 Preencher corretamente documentos e prontuário do paciente
 Controlar materiais, compressas e gazes como fator de segurança
para o paciente
 Auxiliar equipe cirúrgica na sua paramentação
 Abrir todos os materiais estéreis a serem utilizados com técnica
asséptica
 Encaminhar peças, exames e outros pedidos realizados na cirurgia
 Auxiliar a equipe anestésica
 Ajudar na transferência do paciente da mesa cirúrgica para a maca
 Encaminhar paciente para a SRPA e informar suas
condições
clínicas
 Fazer a desmontagem da sala cirúrgica e encaminhar material para o seu
destino: CME (reprocessamento) ou descarte
 Realizar limpeza concorrente ou terminal, conforme programação e
rotina
MONTAGEM DE SALA
• Instrumentador cirúrgico
• Anestesista
• Cirurgião
• Auxiliares
• Fornecedores
•Serviços terceirizados / apoio (banco de
sangue, RX, laboratório)
• Higienização
• Secretárias
CLASSIFICAÇÃO DAS
ÁREAS HOSPITALARES

Prof. Enfermeiro Roberto


ÁREAS CRÍTICAS: são aquelas áreas onde existe um risco maior de haver
transmissão de infecções, por atender pacientes graves, pacientes com sistema imunológico
deprimido, por realizar procedimentos invasivos ou manipular materiais e/ou medicamentos para
uso em procedimentos invasivos. Exemplos: banco de sangue, berçário, centro cirúrgico, centro de
material e esterilização, cento obstétrico, cozinha, emergência, endoscopia, farmácia industrial,
hemodiálise e diálise peritonial, hemodinâmica, laboratório de análises clínicas, laboratório de
anatomia patológica, lactário, banco de leite, lavanderia (área suja), quartos de isolamento,
quimioterapia, sala de necrópsia, sala de preparo de NPT, unidade de queimados.

ÁREAS SEMI-CRÍTICAS: são todas as demais áreas onde se encontram


pacientes internados, mas cujo risco de transmissão de infecção é menor e as áreas que concentram
materiais médico-hospitalares: almoxarifado, ambulatórios, copas, ecografia, ECG, EEG,
enfermarias em geral, farmácias, litotripsia, medicina nuclear, raios-X, tomografia.

ÁREAS NÃO-CRÍTICAS: são todas as áreas hospitalares não ocupadas por


pacientes: áreas administrativas, costura, escritórios, salas de aula, secretarias.
CLASSIFICAÇÃO DO ATO
CIRÚRGICO
QUANTO AO CARÁTER DA INTERNAÇÃO

AMBULATORIAL: São realizados procedimentos simples em unidades ambulatoriais de


cirurgias. O cliente realiza o procedimento cirúrgico, sem internação hospitalar, e retorna para seu
domicilio no mesmo dia para recuperação.

HOSPITALAR: São realizados procedimentos complexos no Centro Cirúrgicos com


internação hospitalar. Com os avanços tecnológicos, muitos clientes agendados submetem-se a
procedimentos diagnósticos e preparação pré-operatórias antes da admissão no hospital. E para
uma alta precoce há a necessidade de ensino para o auto-cuidado e de referências para o cuidado
domiciliar e serviços de reabilitação.
QUANTO FINALIDADE DA CIRURGIA
DIAGNÓSTICA: É a exploração de um determinado órgão para o diagnóstico ser
confirmado - Biópsias por laparotomia exploratória, videolaparoscopia.

 CURATIVA: Extirpação de massa tumoral, retirada de apêndice inflamado.

 PLÁSTICA: Tem finalidade estética ou reparadora. Correção de feridas ou


cicatrizes,
blefaroplastia, mamoplastia.

PALIATIVA: Aliviar ou diminuir a intensidade da doença ou compensar os distúrbios


para aliviar a dor ou melhorar as condições do paciente, jejunostomia, gastrostomia.

 TRANSPLANTE: Tem a finalidade de substituir órgãos ou estruturas não funcionantes,


transplante de rim, fígado, córnea, prótese de quadril.
substitui uma função
MOMENTO DA CIRURGIA
EMERGÊNCIA: Os procedimentos devem ser feitos imediatamente para manter a vida
ou manter a função. Ruptura de aneurisma de aorta, hemorragia intensa, ferimento por
arma de fogo/branca com perfuração de vísceras.

URGÊNCIA: Sua realização é necessária, podendo aguardar de 24 a 30 horas. Cálculo


renal ou uretral ou das vias biliares, hemorroidectomia, apendicectomia não supurada.

ELETIVA: Mesmo indicado para tratar a condição clínica do paciente pode ser tratada
com data prefixada ou em ocasião mais propícia ou conveniente ao cliente. Varizes de
membros inferiores, adenóides, plásticas.
POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO

As infecções pós-operatórias devem ser analisadas conforme o potencial de


contaminação da ferida cirúrgica, entendido como o número de microorganismos presentes
no tecido a ser operado.
A classificação das cirurgias deverá ser feito no final do ato cirúrgico.
O Anexo III da Portaria MS/GM nº930, de 27/08/92, classifica-as em:
CIRURGIAS LIMPAS: São aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de
descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas
técnicas grosseiras, cirurgias eletivas atraumáticas com cicatrização de primeira intenção e
sem drenagem. Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório
ou urinário. Artroplastia de quadril, cirurgia cardíaca, herniorrafia de todos os tipos,
neurocirurgia, procedimentos ortopédicos eletivos, mastectomia total ou radical,
esplenectomia, cirurgia vascular.

CIRURGIA POTENCIALMENTE CONTAMINADA: São aquelas realizadas em


tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil
descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas
discretas no transoperatório. Cirurgias limpas com drenagem se enquadram nessa
categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivos, respiratório ou urinário sem
contaminação significativa. Histerectomia abdominal, cirurgia eletiva do intestino delgado,
cirurgia das vias biliares sem ou obstrução biliar, cirurgia gástrica e duodenal, feridas
traumáticas limpas (até dez horas após o traumatismo ), colecistectomia mais
colangiografia, cirurgia cardíaca prolongada com circulação extracorpórea.
 CIRURGIAS CONTAMINADAS: aquelas realizadas em tecidos
traumatizados
São recentemente e abertos, colonizados por flora bacteriana
abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas que
tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. Presença de
inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção, grande contaminação a
partir do tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária. Cirurgias de cólon, debridamento
de queimaduras, cirurgias das vias biliares em presença de obstrução biliar, cirurgia
intranasal, cirurgia bucal ou nasal, fraturas expostas com atendimento após dez horas,
feridas traumáticas com atendimento após dez horas, cirurgia de orofaringe.

CIRURGIAS INFECTADAS: São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em


qualquer tecido ou órgão em presença de processo infeccioso (supuração local), tecido
necrótico, corpos estranhos e feridas de origem suja. Cirurgia do reto e ânus com pus,
cirurgia abdominal em presença de pus e conteúdo de cólon, nefrectomia com infecção,
presença de vísceras perfuradas, colecistectomia por colecistite aguda com empiema,
exploração das vias biliares em colangite supurativa.
CONTAMINADA = São as realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana
abundante, de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso local.
Consideram-se contaminadas as cirurgias realizadas no cólon, reto e ânus; em
tecido com lesões cruentas e cirurgias de traumatismo crânio encefálicos abertos.

INFECTADA= São as realizadas em qualquer tecido, na presença


de processo infeccioso local.
O paciente se torna cirúrgico após avaliação de sua
história clínica, exames, diagnóstico inicial e condutas
realizadas.
O paciente cirúrgico enfrenta uma série de dúvidas sobre
a cirurgia, devendo estas serem esclarecidas no período pré-
operatório; entre elas:
- Informação insuficiente ou inadequada quanto ao ato cirúrgico
e anestésico
- Desconhecimento do CC ou até mesmo do interior de
um
hospital, causando ansiedade
- Medo quanto ao resultado da cirurgia
- Preocupação quanto a infecção hospitalar ou até mesmo a sua
representação.
Diante do desconhecido, que é o ato cirúrgico,
o paciente desenvolve alguns efeitos negativos
quanto a cirurgia:

- Estresse
- O aumento do risco de infecção
- As mudanças no corpo, alterando usa imagem
- Preocupação excessiva quanto à cicatrização
- Dificuldade no estilo de vida já constituído
TERMINOLOGIA
CIRÚRGICA
“É o conjunto dos termos próprios de uma arte
ou uma ciência, nomenclatura”.

“É o estudo da identificação e delimitação de conceitos peculiares a qualquer


ciência, arte, profissão, ofício, etc. da designação de cada um deles por um certo
termo.”
Conjunto de termos próprios que
expressam o segmento corpóreo
afetado (raiz) e a intervenção
cirúrgica realizada (sufixo).
RAIZ = permite identificar a
estrutura corpórea que está
relacionada com a intervenção
cirúrgica.

Exs. Oto = ouvido


Oftalmo = olho
Hepato = fígado
SUFIXO = indica a intervenção cirúrgica a
ser
realizada. Os principais sufixos usados, bem como os
seus significados, são:

 TOMIA = significa incisão, “corte”, abertura de parede ou órgão


STOMIA = significa “fazer uma nova boca”; comunicar um órgão
tubular ou oco com o exterior
 ECTOMIA = significa extirpar parcial ou totalmente um órgão
PLASTIA = significa reparação plástica da forma ou função do
segmento afetado
 RAFIA = significa fixação de uma estrutura corpórea
SCOPIA = significa visualizar o interior de um órgão cavitário ou
cavidade com auxilio de aparelhos especiais (endoscópios)
 TRIPSIA= ESMAGAMENTO, QUEBRA
RAIZ ORGÃO / CAVIDADE
adeno Glândula

angio Vasos

blefaro Pálpebra

cisto Bexiga

histero Útero

laparo Parede abdominal

nefro Rim

cole Vesícula biliar

colon Intestino grosso


RAIZ ORGÃO / CAVIDADE

colpo Vagina

êntero Intestino Delgado

espleno Baço

flebo Veia

gastro Estômago

hepato Fígado

ooforo Ovário

oro Boca
RAIZ ORGÃO / CAVIDADE

orquio Testículo

osteo/orto Osso

oto Ouvido

bronco Brônquios

Pielo Pelve renal

procto Reto e ânus

derme Pele

rino Nariz
RAIZ ORGÃO / CAVIDADE

traqueo Traquéia

salpingo Tuba uterina

Oftalmo Olho
Existem, ainda, termos cirúrgicos que não seguem os mesmos padrões descritos anteriormente. São alguns exemplos:

 Amputação = retirada parcial ou total de um membro ou órgão

Enxerto = inserção de material autógeno, homólogo, heterógeno ou sintético para corrigir defeito ou falha em tecido ou
órgão

 Exerese = significa extirpação parcial ou total de um segmento corpóreo

 Anastamose = comunicação cirúrgica realizada entre dois vasos sangüíneos ou entre duas vísceras ocas

 Artrodese = imobilização cirúrgica de articulação

 Circuncisão ou postectomia = é a excisão do prepúcio para facilitar a exposição da glande

Paracentese = punção de um espaço cheio de líquidos, utilizando agulha ou trocater, com a finalidade de aspirar

Toracentese = punção/aspiração do espaço intrapleural para remover líquidos, como é o caso do hidrotórax, hemotórax
ou empiema.
CME
CENTRO DE MATERIAL
E ESTERILIZAÇÃO

Prof. Enfermeiro Roberto


CME
Com o avanço das tecnologias e o aumento da demanda
das cirurgias, houve uma ampliação no número de materiais,
tornando-se necessária a centralização das atividades em um
único local, buscando racionalizar o preparo, a guarda e a
distribuição desses materiais, além de otimizar o uso dos
equipamentos de esterilização, que, quando dispersos,
poderiam gerar um problema para a instituição, tanto na
manutenção do material, como na padronização dos
procedimentos de esterilização. Nasce, assim, a unidade de
Centro de Materiais de Esterilização (CME)

Fonte:(GRAZIANO; SILVA; PSALTIKIDIS, 2011).


CME
 O Centro de Materiais de Esterilização (CME) é o
conjunto de elementos destinado á recepção e
expurgo, preparo e esterilização, guarda e
distribuição do material para as unidades de
estabelecimentos de saúde. É responsável pelo
processamento e controle de todos os artigos
médico-hospitalares, desde a limpeza, o
acondicionamento e a distribuição dos artigos
esterilizados assegurando quantidade e qualidade de
material necessária para assistência dos pacientes.
A centralização dos processos dos
materiais
realizados no CME permite a racionalização do
trabalho, otimização dos recursos materiais e humanos
e maior segurança para o cliente e trabalhadores de
enfermagem, pois favorece o desenvolvimento das
técnicas eficientes e seguras, facilidade de treinamento
e supervisão do pessoal, maior produtividade e
adequação como campo de ensino e pesquisa.

Fonte: (SALZANO; SILVA; WATANABE apud LACERDA, 2003).


Constitui uma unidade de grande importância
para o hospital, tanto do ponto de vista
econômico quanto técnico, administrativo
e assistencial.
ARDC n° 15, de 15 de março
de 2012, denomina o CME como
uma

Unidade Funcional, destinada ao


processamento de produtos a
saúde dos serviços de saúde.
Elementos construtivos

Critérios para o planejamento do CME:

 demanda diária de produtos a serem processados


 número e especificidade de leitos do hospital
 existência de CC
 quantidade de salas de operações e média diária
de
cirurgias
 especialidades cirúrgicas a serem atendidas
 adoção ou não de material de uso único
inventário do arsenal cirúrgico e forma de armazenagem e
distribuição dos produtos esterilizados às unidades
consumidoras.

Fonte: SOBECC, 2013


Distinguir 05 setores que, minimamente, os CME
classes I e II devem possuir:

1. Recepção e limpeza
2. Preparo e esterilização
3. Desinfecção química, quando aplicável
4. Local para monitoramento processo de
do
esterilização
5. Armazenamento e distribuição de materiais
esterilizados.

Fonte: SOBECC, 2013


§ 1º O CME Classe I é aquele que realiza o processamento de produtos para a
saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa, passíveis
de processamento.

§ 2º O CME Classe II é aquele que realiza o processamento de produtos para a


saúde não-críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e não
complexa passíveis de processamento.

§ 3º O CME só pode processar produtos compatíveis com a sua


capacidade técnica operacional e conforme a sua classificação.

§ 4º Quando não especificada a classificação, as determinações desta resolução se


aplicam aos dois tipos de CME e às empresas processadoras.
Art. 6º A responsabilidade pelo processamento dos produtos no serviço de
saúde é do Responsável Técnico.

Art. 7º A responsabilidade pelo processamento dos produtos na empresa


processadora é do Representante Legal.

Art. 8º O serviço de saúde que realize mais de quinhentas cirurgias/mês,


excluindo partos, deve constituir um Comitê de Processamento de
Produtos para Saúde - CPPS, composto minimamente, por um
representante:
I - da diretoria do serviço de saúde; II
- responsável pelo CME;
III - do serviço de enfermagem;
IV - da equipe médica;
V - da CCIH (Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar).
Art. 9º O CME e as empresas processadoras só podem processar produtos para saúde
regularizados junto à ANVISA.

Art. 10 No CME e na empresa processadora destinadas à assistência humana é


proibido processar produtos para saúde oriundos de procedimentos realizados em
animais, incluindo cirurgias experimentais.

Art. 11 Produtos para saúde classificados como críticos devem ser submetidos ao
processo de esterilização, após a limpeza e demais etapas do processo.

Art. 12 Produtos para saúde classificados como semicríticos devem ser


submetidos, no mínimo, ao processo de desinfecção de alto nível, após
a limpeza.
Parágrafo único. produtos para saúde semicríticos
utilizados na assistência ventilatória, anestesia e
inaloterapia devem ser submetidos à limpeza e,
no mínimo, à desinfecção de nível intermediário,
com produtos saneantes em conformidade com a
normatização sanitária, ou por processo físico de
termodesinfecção, antes da utilização em outro
paciente.

Fonte: RDC 15 - 2012


Finalidades do CME
 Concentrar os materiais e instrumentais (produtos para saúde)
médico-hospitalares esterilizados ou não, tornando mais fácil seu
controle, conservação e manutenção;
 Padronizar técnicas de limpeza, preparo, empacotamento e
esterilização, assegurando economia de pessoal, material e tempo.
 Distribuir produtos para saúde esterilizados ou não para os diversos
setores de atendimento a pacientes.
 Treinar pessoal para as atividades específicas do setor, conferindo-
lhe maior produtividade.
 Facilitar o controle de qualidade dos produtos para saúde e das
técnicas de limpeza, preparo, esterilização e guarda, aumentando a
segurança do uso;
 Manter o estoque de produtos para saúde, a fim de atender
prontamente á necessidade de qualquer unidade do hospital.
Atividades do CME

 Receber, desinfetar e separar os produtos


para saúde;
 Lavar os produtos para saúde;
 Receber as roupas vindas da lavanderia;
 Preparar materiais e roupas em pacotes;
 Processar os produtos para saúde e as roupas (inspeção da
limpeza, avaliação da integridade e funcionalidade, e
escolha do sistema de barreira estéril – embalagem);
 Esterilizar os produtos para saúde e roupas, através
de métodos físicos e/ou físico-químicos;
Atividades do CME

o Realizar controles físico, químico e microbiológico


e do prazo de validade para uso dos produtos;
o Armazenar os produtos para saúde e as
roupas esterilizadas livres da ação de eventos relacionados;
o Distribuir os produtos para saúde e as
roupas esterilizadas;
o Zelar pela proteção e pela segurança dos
operadores.
É preciso contar com profissionais
qualificados e organizados, devidamente
treinados e orientados, os quais
precisam oferecer segurança
ao paciente.
Recursos Humanos no CME

O quadro de pessoal que atua no CME deve ser


composto de enfermeiros, técnicos de enfermagem,
auxiliares administrativos.

A Resolução do COFEN n° 424 de 19 de abril de


2012 (BRASIL, 2012b) normatiza as atribuições de
enfermagem em CME e estabelecimentos ou
empresas processadoras de produtos de saúde.
I. Planejar, coordenar, executar, supervisionar e avaliar todas as
etapas relacionadas ao processamento
II. Participar da elaboração dos POPs
III. Participar da elaboração de sistema de registro (manual ou informatizado)
IV. Propor e utilizar indicadores de controle de qualidade
V. Avaliar a qualidade dos produtos fornecidos por empresa processadora
terceirizada
VI. Acompanhar e documentar, as visitas técnicas de qualificação
de equipamentos
VII. Definir critérios de utilização de materiais
VIII.Participar das ações de prevenção e controle de eventos adversos
IX. Garantir a utilização de EPI
X. Participar do dimensionamento de pessoal
XI. Promover a capacitação e educação continuada; como
assim
desempenho profissional
XII. Orientar e supervisionar unidades usuárias dos produtos
XIII.Elaborar termo ou emitir parecer técnico relativo à aquisição de produtos ou
equipamentos
XIV. Atualizar-se
Embora o trabalho desenvolvido no CME seja
fragmentado, assemelhando-se em alguns aspectos ao de
uma indústria, com a forma sequencial de processamento
de materiais e a necessária produtividade, por meio da
execução de tarefas repetitivas, monótonas, muitas vezes
sem criatividades, ele é de vital importância para a
prestação da assistência a todos os pacientes,
hospitalizados ou não, uma vez que para a realização de
qualquer procedimento assistencial são
materiais necessários e em
processados, seguras esterilizados condições
de uso.
Fonte: (GRAZIANO; SILVA; PSALTIKIDIS, 2011).
Os objetivos do Enfermeiro no trabalho gerencial são a
organização do trabalho e os recursos humanos de enfermagem.
Para a realização desse processo é utilizado instrumentos de
planejamento, dimensionamento de pessoal de enfermagem,
recrutamento e seleção de pessoal, a educação continuada e/ou
permanente, a supervisão, a avaliação do desempenho outros.
Levando ainda em consideração os demais meios de força de
trabalho como os materiais, equipamentos e instalações, além dos
saberes científicos e administrativos .

Fonte: KURCGANT, 2010


coordenar todas as atividades relacionadas ao processamento de produtos do serviço de saúde;
 avaliar as etapas dos processos de trabalho para fins de qualificação da empresa
processadora, quando existir terceirização do processamento;
definir o prazo para recebimento, pelo CME, dos produtos para a saúde que necessitem de
processamento antes da sua utilização e que não pertençam ao serviço de saúde;
 participar do processo de capacitação, educação continuada e avaliação do
desempenho dos profissionais que atuem no CME;
propor os indicadores de controle de qualidade do processamento dos produtos sob sua
responsabilidade;
contribuir com as ações de programas de prevenção e controle de eventos adversos em
serviço de saúde, incluindo o controle de infecção;
participar do dimensionamento de pessoal e da definição da qualificação dos
profissionais para a atuação no CME;
orientar as unidades usuárias dos produtos para a saúde processados pelo CME, quanto ao
transporte e armazenamento desses produtos;
avaliar a empresa terceirizada segundo os critérios estabelecidos pelo Comitê de
Processamento de Produtos de Saúde.
ATIVIDADES DO TÉCNICO DE
ENFERMAGEM EM CME
 Receber e conferir os produtos para saúde;
 Realizar a limpeza, o preparo, a esterilização, a guarda e a distribuição de
produtos para saúde, de acordo com solicitação;
 Receber e preparar roupas limpas;
 Receber, conferir e preparar os produtos para saúde consignados;
 Preparar as caixas de instrumental cirúrgico;
 Revisar a listagem de caixas de instrumental cirúrgico, bem como
proceder a sua reposição;
 Realizar cuidados com endoscópios em geral;
 Realizar cuidados com motores (elétricos, pneumáticos, a
bateria...)
 Preparar e esterilizar os produtos e instrumental cirúrgico;
 Monitorar efetiva e continuamente cada lote ou carga nos
processos de
esterilização;
 Fazer a leitura dos indicadores biológicos, de acordo com as rotinas da
instituição;
 Preparar os carros abastecedores para cirurgias;
 Guardar e distribuir todos os produtos para saúde e instrumental cirúrgico
esterilizados;
 Fazer listagem e encaminhamento de motores elétricos e pneumáticos,
endoscópios e instrumental cirúrgico para conserto;
 Participar de reuniões de enfermagem e de avaliações, de acordo com a
ASPECTOS CONSTRUTIVOS

 Piso = cerâmicas, porcelanatos, granito...


 Paredes = em áreas molhadas, é necessários revestimento de
parede impermeável (pintura epóxi)
 Teto/forros = forro removíveis, para que se possa
acessar instalações elétricas
 Portas = estão constantemente sujeitas lavagem
a e a
impactos: laminados, aço inox, alumínio, PVC
 Bancadas = varia conforme finalidade
 Cores = não há padrão
 Iluminação = requer acuidade visual adequada
 Acústica = isolamento das áreas mais ruidosas
 Ventilação/exaustão/ar-condicionado = somente a
limpa
área ou estéril deve ter sistema de ar condicionado.
e
 Água / energia = sustentabilidade para o
ambiente instalação. e
Da Infra-Estrutura
Art. 44 O CME Classe I deve possuir, minimamente, os
seguintes ambientes

I - Área de recepção e limpeza (setor sujo);


II.- Área de preparo e esterilização (setor limpo);
III.- Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo);
IV.- Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo); e V -
Área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo).
Art. 45 O dimensionamento das áreas do CME Classe I deve ser efetuado em
função da demanda e dos métodos de processamento utilizados.
Art. 46 O CME Classe I deve possuir, no mínimo, barreira técnica entre o setor
sujo e os setores limpos.

Fonte: RDC 15 - 2012


Art. 47 O CME Classe II e a empresa processadora
devem possuir,
minimamente, os seguintes ambientes:

I.- Sala de recepção e limpeza (setor sujo);


II.- Sala de preparo e esterilização (setor limpo);
III.- Sala de desinfecção química, quando aplicável (setor limpo);
IV.- Área de monitoramento do processo de esterilização (setor limpo); e V -
Sala de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor limpo).
Parágrafo único. A empresa processadora não poderá utilizar a desinfecção
química líquida por imersão como processo de desinfecção.

Fonte: RDC 15 - 2012


Processamento dos produtos Médico-
Hospitalares

 É recomendado pelo Ministério da Saúde que todo


processamento de artigos seja centralizado, visando
redução de custos, eficiência de operacionalização,
facilidade de manutenção do padrão de qualidade e
aumento do tempo de vida útil dos mesmos.
Tipos de Produtos para Saúde:

 Produtos para saúde críticos – são aqueles que penetram


através da pele e mucosas, atingindo os tecidos sub-epiteliais,
sistema vascular, bem como todos os que estejam
diretamente conectados com este sistema. Ex:,
bisturi,agulhas, pinças de biopsia, fios, campos, gazes,
compressas, instrumental cirúrgico... (ESTERILIZAÇÃO)

 Produtos para saúde semi - críticos – são todos aqueles que


entram em contato com a pele não íntegra ou com mucosas
íntegras. Ex: otoscópio, nebulímetros, cânula de guedel,
circuitos respiratórios... (DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL)

 Produtos para saúde não críticos - são todos aqueles que


entram em contato com a pele íntegra do paciente Ex:
escovas, lixas, estetoscópio, termômetro...... (LIMPEZA E/OU
DESINFECÇÃO DE BAIXO NÍVEL)
LIMPEZA

 Limpeza Manual:
 é executada através da fricção com escovas e
uso de soluções de limpeza (água e sabão).o
material é imerso em solução de água com
substancia detergente, desincrostante ou
enzimática; enxaguar o material em água
corrente para remover completamente
a sujidade e os resíduos do detergente;
LIMPEZA

 Limpeza automatizada:
possibilita reprodutividade do
processo, controle dos parâmetros e
minimiza riscos ocupacionais.
- Lavadora ultrassônica
MANUA
L
LAVADORA
LAVADORA ULTRASSÔNICA
TERMODESINFECTORA
Seleção de produtos, insumos e equipamentos para limpeza:

DETERGENTE ENZIMÁTICO: possuem enzimas que facilitam a


quebra da matéria orgânica. As enzimas são substâncias catalisadoras,
produzidas por células vivas, que tem poder de acelerar reações químicas.

Enzima lipolítica (lipase) = hidrólise de ácidos graxos


Enzima glicolítica (amilase) = catalisar hidrólise de ligações
glicosídicas
Enzima proteolítica (protease) = capaz de catalisar a hidrólise de
ligações peptídicas.
 São classificados pela ANVISA e devem atender
às exigências da RDC nº55, de 14 de novembro de 2012.

 Formulação
 Toxicidade
 Embalagem
 Rotulagem

Espera-se que:

I. Sejam certificados para uso em produtos para saúde


II. Sejam compatíveis com os materiais processados, sem
causar danos, como oxidação e manchas
III. Empreguem agentes tensoativos biodegradáveis e de
baixa
produção de espuma
IV. Não tenham adição de fragrâncias ou corantes
V. Não possuam componentes que ofereçam riscos a profissionais e
pacientes, como substancias carcinogênicas, mutagênicas e teratogênicas.
DETERGENTE ALCALINO: pH em torno de 9 a 14, são utilizados para
limpeza de produtos em decorrência de sua capacidade de dissolver proteínas
e gorduras, embora alguma formulações possam ser corrosivas, a depender do
antioxidante agregado.

-Demandam maior temperatura (60 – 70ºC)


-Restrição ao uso manual
-Utilizado para limpeza automatizada: lavadoras ultrassônicas e
termodesinfectoras.
-Auxiliam na remoção de manchas
DESINCRUSTANTE: são detergentes com a capacidade de remover sujidade
fixada a superfície e instrumento. Variam com relação ao pH (ácido e
alcalino).

-Apresentação: líquida ou pó
-Indicação de uso: instrumental cirúrgico
-Eficiência para a limpeza e potenciais danos aos materiais delicados
DETERGENTE NEUTRO: sem adição de enzimas (pH entre 6,5 – 7,5)
podem ser utilizados para a limpeza de materiais com pouca matéria
orgânica.
RECOMENDAÇÕES:

Respeitar as orientações do fabricante quanto a temperatura da


água de diluição, concentração e tempo de imersão;
 A troca de solução deve ser feita a cada uso;
 Nunca deixar por tempo excessivo, pode criar biofilme
Para cada processamento utilizar um tipo de agente limpante:
detergente neutro, com ou sem enzimas, alcalino ou desincrustante
 As escovas e esponjas podem ser descartáveis ou reutilizáveis; não
devem ser abrasivas.
 Uso de jato d'água
 Uso de equipamentos automatizados.

Fonte: SOBECC, 2013


VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS
SOLUÇÕES NA LIMPEZA DOS PRODUTOS

SOLUÇÃO VANTAGENS DESVANTAGENS


Água potável Mantém o sangue e a sujidade Amolece a sujeira, porém
úmida não remove a sujidade
incrustada
Detergente neutro Facilita a retirada da sujidade É necessário que haja
seca ação mecânica para
remover a sujidade
incrustada
Limpador enzimático É efetivo na remoção de A efetividade da limpeza,
sujidade, sem necessidade da depende da concentração
ação mecânica de enzimas, da
temperatura da solução e
do tempo de contato

Fonte: SOBECC, 2009


Qualidade da água indicada para as etapas
da limpeza, conforme a classificação do
produto para a saúde:
osmose
Classificação Água potável Água mole Água Água
do produto deionizada rdeeveOrsRa
ou destilada
Crítico Pré-limpeza Pré-limpeza Pré-limpeza Enxague
Limpeza Limpeza Limpeza
Enxague
Semicritico Pré-limpeza Pré-limpeza Pré-limpeza Enxague
Limpeza Limpeza Limpeza
Enxague Enxague Enxague
Não crítico Pré-limpeza Pré-limpeza Pré-limpeza
Limpeza Limpeza Limpeza
Enxague Enxague Enxague

Fonte: SOBECC, 2013


ENXAGUE E SECAGEM

- Enxague completo com água tratada


- Secagem com pistola
- Inspeção visual = uso de lupa

Vídeo Lavadora ultrassônica:


http://www.youtube.com/watch?v=RVO0WbfHivw
https://www.youtube.com/watch?v=q6P2zkPcciw
Art. 68 O enxágue dos produtos para saúde
deve ser realizado com água que atenda aos
padrões de potabilidade definidos em
normatização específica.

Parágrafo único. O enxágue final de produtos para saúde críticos


utilizados em cirurgias de implantes ortopédicos, oftalmológicos,
cirurgias cardíacas e neurológicas deve ser realizado com água
purificada.

Art. 69 O CME Classe II e a empresa processadora devem utilizar


pistola de água sob pressão para limpeza manual de produtos com
lúmen e ar comprimido medicinal, gás inerte ou ar filtrado, seco e
isento de óleo para secagem dos produtos.

Fonte: RDC 15 -2012


Lembrando sempre que é de fundamental
importância sempre o uso de EPIs
pelo
profissional que manuseia o material para
limpeza manual e mecânica.
DESINFECÇÃO

 CONCEITO: Consiste em processo de eliminação de


microrganismos presentes nos processos utilizados para
assistência à saúde, porém com menor poder letal que a
esterilização, pois não destrói todas as formas de vida
microbiana, principalmente os esporos.

 INDICAÇÃO: produtos semicríticos; produtos não


críticos
Os métodos podem
ser:
Físicos: água em ebulição, sistemas automáticos de lavagem
que associam calor (70 a 100ºC por mais de 05minutos),
ação mecânica e detergência, termodesinfecção.

 Químicos: indicada para artigos sensíveis ao calor, uso de


desinfetantes químicos, como ácido peracético e álcool.

 Físico - químicos: quando associam agentes químicos a


parâmetros físicos em processos automatizados (ex. água
eletrolisada)
MÉTODOS QUÍMICOS:

Para a escolha do desinfetante considerar:

 Poder de corrosão, odor e ocorrência de manchas nos


materiais e superfícies
Aprovação para uso do germicida pelos fabricantes de
materiais delicados
 Custo/litro de solução pronta para uso
 Estabilidade
 Facilidade no uso
 Tempo do processo de desinfecção
Níveis de Desinfecção
Alto nível (ácido peracético):

Lâminas de laringo, equipamento de terapia respiratória,


anestesia.

 Nível intermediário = médio ( hipoclorito de sódio a 1%,


álcool)

Utilizado em artigos que entrarão em contato com a pele integra ou


para superfícies.
 Baixo nível (hipoclorito de sódio 0,2%, quaternários de amônia,
álcool).

Utilizado em artigos que entrarão em contato com a pele integra ou


para superfícies
DESINFECÇÃO DE ALTO
NÍVEL
 Quando os desinfetantes são eficazes contra todas as formas microbianas
como microbactérias, fungos, vírus e podem destruir partes dos esporos.

 Itens semi-críticos: lâminas de laringo, equipamento de


terapia respiratória, anestesia e endoscopia.

 Glutaraldeído (restrição ao uso) e Ácido Peracético

Art. 13 - Produtos para saúde utilizados na assistência ventilatória e inaloterapia,não poderão ser
submetidos à desinfecção por métodos de imersão química líquida com a utilização de saneantes a
base de aldeídos.

RDC 15 -2012
DESINFECÇÃO DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO

 Inativa o bacilo da tuberculose, bactérias, vírus na sua


maioria, fungos, vírus lipídico e alguns não lipídios; não
elimina esporos.

 Utilizado em artigos que entrarão em contato com a


pele íntegra ou para superfícies.

 Iodofor, soluções alcoólicas


DESINFECÇÃO DE BAIXO
NÍVEL
 Destrói a maioria das bactérias e alguns vírus, tem
relativa contra fungos, não destrói microrganismos
ação
resistentes bacilo da tuberculose e esporos
como
bacterianos.
 Utilizado em artigos que entrarão em contato com a
pele
íntegra ou para superfícies.

 Quaternários de amônia
IMPORTANTE

1. Aspectos de segurança
2. Seleção do agente desinfetante
3. Monitoramento da solução
4. LEGISLAÇÃO VIGENTE
PRECAUÇÕES NA UTILIZAÇÃO DOS AGENTES QUÍMICOS:

 Impedir contatos com olhos, pele e roupas durante a manipulação;


 Em contato com a pele e olhos, lavar cuidadosa e abundantemente com
água corrente;
Em caso de ingestão acidental, não provocar vômito: beber água em
abundância;
 Não misturar com outros produtos químicos;
 Não reutilizar a embalagem vazia;
 Nunca reintroduzir o produto em sua embalagem;
 Em caso derramamento, diluir com água em abundância.

Fonte: SOBECC, 2013


CONTROLE DOS PROCESSOS DE DESINFECÇÃO:

O registro dos processos de desinfecção devem ser realizado visando à


rastreabilidade do processamento. Dados relevantes devem ser documentados, em
especial:

o método físico: equipamento, composição da carga, horários de início e fim do


ciclo, temperatura atingida, nome do profissional executor;

o método químico automatizado: equipamento, desinfetante utilizado, tempo de


uso da solução, composição da carga, teste do monitoramento realizado, horários de
início e fim do ciclo e profissional executor;

o método químico manual: desinfetante utilizado, tempo de uso da solução,


itens desinfetados, tempo de imersão, teste de monitoramento da concentração realizado
e profissional executor.
Fonte: SOBECC, 2013
ESTERILIZAÇÃO

 CONCEITO: processo de destruição de todas


as
formas de vida microbiana, ou seja, bactérias nas formas
vegetativa e esporulada, fungos e vírus, mediante a
aplicação de agentes físicos e químicos.

 Considera-se um artigo esterilizado quando a


probabilidade de sobrevivência dos microrganismos que o
contaminavam seja menor do que 1:1.000.000.

Fonte: SOBECC, 2013


ESTERILIZAÇÃO

 Físicos (calor)

 Físico-químicos gasosos (óxido de etileno, vapor


a baixa temperatura e formaldeído e gás plasma e
vapor de peróxido de hidrogênio)

 Químicos líquidos automatizados (ácido


peracético = Steris System 1).
 NoBrasil, desde a esterilização química
2009,
manual por imersão de instrumental cirúrgico e
produtos para a saúde está proibida, de acordo
com a RDC nº 8, de 27 de fevereiro de 2009.

 A RDC nº 15, de de março de 2012,


15 território também
proibiu,
esterilização em
de produtos para saúde nacional,
pelo calor
todo a o art.92
seco, por meio de estufas, de acordo com

Fonte: SOBECC, 2013


Na aquisição de um equipamento
esterilizador,são imprescindíveis:

 Qualificação da instalação: documentação, garantia.

 Qualificação da operação: evidência de que


equipamento opera com o
fabricação. parâmetros originais de

 Qualificação do desempenho: evidência documental de


que o aparelho desempenha, no mínimo três ciclos
sucessivos de esterilização, com parâmetros idênticos.

Fonte: SOBECC, 2013


PROCESSOS DE
ESTERILIZAÇÃO
FÍSICOS
ESTERILIZAÇÃO POR VAPOR SATURADO
SOB PRESSÃO (AUTOCLAVE)
 O calor é o agente esterilizante mais antigo e conhecido podendo se
apresentar sob a forma seca e úmida.
 O calor úmido na forma de vapor saturado sob pressão é o processo de
esterilização mais seguro, eficiente, rápido e econômico.
Calor = destrói bactérias / Calor e umidade = destrói também esporos
 A temperatura é equivalente ao ponto de ebulição da água (121-134ºC)
 É um método econômico e seguro para a esterilização de
materiais
termorresistentes;
 Vapor saturado circula penetrando através de objetos porosos;
 Muito utilizado em hospitais por ser seguro, rápido (3 a 30
min.) e econômico;
 Para autoclave com capacidade superior a 100lts, a existência do sistema
de vácuo é obrigatório.
AUTOCLAVES
Monitoramento do processo

 Eficácia do equipamento mantida


 Registro dos parâmetros físicos
Teste Bowie-Dick utilizado para medir sistema
de vácuo
 Indicador químico externo (Classe I)
 Indicadores biológicos
Indicadores químicos internos (Classes III,
IV.....)

Fonte:SOBECC - 2009
 Considerar eficácia do equipamento, fazer manutenção preventiva
e corretiva.

 Fazer registros de materiais quando estes forem para autoclaves como:


lote, temperatura, tempo e pressão.
 Utilizar indicadores químicos (tiras de papel com substratos químicos que
reagem a uma condição de temperatura/pressão/umidade, mudando de
cor).

 Indicadores biológicos (contem esporos do Bacillus


Stearotermophilus) com objetivo de validar a esterilização do material.
 Integradores químicos

 Teste de Bowie-Dick, utilizar para testar a eficácia do sistema de vácuo da


autoclave pré-vácuo.
Vantage
ns
 Aquecimento rápido
 Destruição dos esporos em breve intervalo de tempo
 Boa penetração em tecidos (algodão)
 Não há resíduos tóxicos
 É um método econômico e de fácil operação
 Possibilidade de fazer controle de processo de esterilização
Desvantage
ns
 Não esteriliza todo tipo de material: restrição a materiais
termossensíveis.
 Oxida
 Despolariza o material de corte
 Não pode ser utilizado para material óptico (lentes) que
sofrem com ação do vapor
Recomendaç
ões
 Não apertar muito os pacotes, impedindo ou dificultando a
penetração do vapor.
 Dispor os pacotes verticalmente, facilitando a
entrada e circulação de vapor e a eliminação do ar
residual.
 Utilizar apenas 80% da capacidade da autoclave.
 Após a esterilização não dispor os pacotes em superfícies frias
e ou úmidas, evitando contaminação do material.
 Observar as regras de funcionamento específicas de
cada aparelho.
 Realizar a limpeza da câmara interna da
autoclave
semanalmente.
ESTERILIZAÇÃO RÁPIDA (CICLO FLASCH)

usado somente em dois momentos: Emergência por cotaminação, por ter caído no chão
e vc precisa esterelizar rapidamente abortando o ciclo de secagem
Ou por material insuficiente.
-Parâmetros são os mesmos da autoclave a vapor saturado
(vapor, temperatura, pressão e tempo).
-A diferença é que no processo flasch, o tempo é reduzido
não pela diminuição da exposição do produto ao vapor,
mas sim pela redução ou supressão do ciclo de secagem
presente no método convencional.

-Etapas:
 Drenagem do ar
 Admissão do vapor

 Exposição do produto

 Exaustão do vapor
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR SECO -
ESTUFA
A esterilização pelo calor seco é feita em estufas elétricas
equipadas com termostato e ventiladores, a fim de
promover um aquecimento mais rápido, controlado e
uniforme dentro da câmara. A circulação de ar quente e o
aquecimento dos materiais se fazem de forma lenta e
irregular, requerendo longos períodos de exposição e
temperatura mais elevada do que o vapor saturado sob
pressão para se alcançar à esterilização.

Fonte: RDC 15-2012


PROCESSOS DE
ESTERILIZAÇÃO
QUÍMICO
ÁCIDO PERACÉTICO

É um potente microbicida que apresenta uma rápida ação


sobre todas as formas de vida de microrganismos,

 Após a imersão é necessário enxaguar os artigos


com técnica asséptica;

 Cheiro característico.

NO BRASIL, DESDE 2009, A ESTERILIZAÇÃO QUÍMICA MANUAL


POR IMERSÃO DE INSTRUMENTAL CIRÚRGICO E PRODUTOS
PARA A SAÚDE ESTÁ PROIBIDA, DE ACORDO COM A RDC Nº 8, DE
27 DE FEVEREIRO DE 2009.
PROCESSOS DE ESTERILIZAÇÃO
FÍSICO / QUÍMICO
Agentes Químicos Gasosos

 Óxido de etileno (ETO)


 Peróxido de Hidrogênio (H2O2)
 Esterilização por vapor de
temperatura com formaldeído baixa
(VBTF) gasoso
ETO

É um gás incolor, inflamável, explosivo, carcinogenico e tem uso


indicado para termossensíveis.
No Brasil, esse processo é realizado por empresas terceirizadas, em
função do rigor exigido pela Portaria nº 482 de 1999.

As faixas operacionais do processo devem variar nos limites:


concentração de 450 a 1.200mg/l, temperatura de 37ºC a 63ºC,
umidade relativa de 40 a 80% e tempo de exposição de 1 a 6hs.

O nível máximo de resíduos do ETO e subprodutos está diretamente


relacionado com a aeração, já que esta influencia diretamente na redução do
gás. As condições de aeração estabelecidas como seguras são de 8 a 12hs, à
temperatura de 60 a 50ºC.
VANTAGENS DESVANTAGENS
Baixa temperatura Toxicidade relacionada a presença
de resíduo de ETO
Alta difusibilidade Efeitos tóxicos são preocupantes
tanto para os pacientes, quanto
para profissionais
Capacidade de penetração em Pode causar cancer, anomalias do
artigos com lúmens longos, sistema reprodutos, alterações
estreitos e de fundo cego genéticas
Compatibilidade com diversas
matérias-primas
Plasma de peróxido de hidrogênio
É o processo realizado por meio de equipamento próprio, que
utiliza como agente esterilizante com base no peróxido de
hidrogênio e gera plasma de baixa temperatura, resultado do
campo eletromagnético gerado por fonte interna. O efeito letal
é produzido por radicais livres reativos, que destroem os
microrganismos, incluindo os esporos.

 Toxicidade:nãodeixa resíduos tóxicos


 Parâmetros do processo:temperatura, pressão e concentração de

peróxido de hidrogênio no interior da câmara de esterilização.


Fases do processo: vácuo, injeção do agente esterilizante, difusão

deste agente e em seguida, a fase de plasma e esterilização,


repressurização da câmara e consequentemente a possibilidade de
abertura da porta.
Monitoramento:
1. Indicadores físicos: impressão de relatório

2. Indicadores químicos (Classe I e Classe IV)

3. Indicadores biológicos

Recomendações: utilizar materiais compatíveis com processo;


embalagens própria (Tyvek);
Tipos de embalagens
Tecido de algodão
 Estrutura produzida pelo entrelaçamento de
um conjunto de fios dispostos no sentido
longitudinal, com outro no sentido
transversal forma um ângulo de 900

 Indicado: vapor saturado sob pressão

 Problema: baixa barreira microbiana,


ausência de resistência à umidade, padrão
de alinhamento das fibras, baixa vida útil
Papel grau cirúrgico

 Permeável ao agente esterilizante e


impermeável aos microrganismos;
 Pode se apresentar com duas faces de
papel ou uma de papel e a outra de filme
transparente;
 Indicado: Esterilização à vapor e Óxido
de Etileno
• visibilidade do conteúdo
• indicador químico
• selagem segura
• indicação para abertura
• lote de fabricação
Rótulos:
Instituição
Processo
Lote
Data
Validade
Equipamento
Iniíco
Término
Profissional
Papel crepado

 Indicado: Esterilização à vapor,Óxido de


Etileno, Formaldeído e radiação ionizante
 Alta eficiência e flexibilidade
 Baixa resistência mecânica
 Baixo efeito de memória
Bobinas e Folhas de Papel Crepado
Papel Crepado Cipacrepe.

Bobinas e folhas de Papel crepado verde


com celulose e isento de aditivos, livre de
cloro elementar e biodegradável.
Tyvek
 Constituída de poliolefinas expandidas e mylar (polietileno
em tripla camada)

 Não contém celulose ( não absorve o peróxido


de hidrogênio)

 Recomendado para o plasma de peróxido de hidrogênio


Lâminas de alumínio e
caixas metálicas
 Recomendado para Esterilização a vapor
 Caixas furadas
Contêiners rígidos
- Constituída de caixa de metal termorresistente,
plástico termorresistente ou recipientes de alumínio.
- Tampa contem um filtro microbiano de alta
eficiência, permeável ao agente esterilizante
- Indicado para esterilização a vapor sob pressão,
em autoclaves que contenham bomba de vácuo e ciclo
pulsátil
- Vantagens:
organização, armazenamento,
manejo segurança
técnico, no
facilidade de
transporte,
acondicionamento do instrumental, como é uma
embalagem rígida, não necessita empacotamento
Não-tecido (SMS)
- Estrutura plana, flexível e porosa, constituída de véu ou
manta de fibras ou filamentos, orientados direcionalmente
ou ao acaso e consolidados por processos mecânico
(fricção), químico (adesão), térmico (coesão) ou por
combinações de métodos.
- Embalagem segura
- Uso único
- Excelente barreira contra contaminação
- Alta permeabilidade
- Compatível com: vapor saturado sob pressão, óxido de
etileno, formaldeído e plasma de peróxido de hidrogênio
Recomendações para seleção da
embalagem
 Registro na ANVISA
 Integridade adequada
 Ser apropriada para o produto e método de esterilização
 Funcionar como barreira microbiana
 Permitir secagem do conteúdo
 Possibilitar apropriada remoção de ar
 Permitir a penetração e remoção do agente esterilizante
 Proteger o conteúdo de danos físicos
 Resistir a perfurações
 Ser livre de furos
 Não conter ingredientes tóxicos
 Ter relação custo-benefício
 Ser de fácil obtenção no mercado
 Possuir data de validade
Controle de Esterilização

 Parâmetros Físicos
Tempo, temperatura e pressão – impressora ou
manual
 Controle Químico
Indicadores químicos
 Controle biológico
Indicadores Químicos

 Classe I:
Indicadores de processo: Tiras impregnadas
com tinta termo-química que muda de coloração
quando exposto a temperatura. (fita zebrada)
amarelo p/ marrom geralmente TESTA O VÁCUO E NA
AUTOCLAVE VAZIA

 Informa que passou pela esterilização


 usados externamente em todos os pacotes
 evidenciam a passagem do material pelo processo
Classe
II:
 Teste de BOWIE & DICK – Indicadores para
uso em testes específicos - testa a eficácia
do sistema de vácuo da autoclave pré-vácuo.

 verifica a eficiência da bomba de vácuo


 espera-se mudança uniforme da cor do papel, em
toda sua extensão
 recomenda-se que seja feito no primeiro ciclo do
dia, com equipamento pré-aquecido e com a câmara
vazia.
 caso não haja homogeneidade na revelação, efetuar
revisão imediata do equipamento
TESTE OK
TESTE COM FALHA
Classe
III:
Indicador de parâmetro único

Colocados dentro dos pacotes, atingem seu end point


(ponto final) quando exposto a 75% processo

 controla um único parâmetro: a temperatura pré-


estabelecida.
Classe
IV:
Indicadores multiparamétricos

 reage a dois ou mais parâmetros críticos do ciclo de


esterilização

controla a temperatura e o tempo de exposição


necessários para o processo
Classe V:
Integradores: controla
temperatura, tempo
e
qualidade do vapor.
Reagem com todos os
parâmetros
Classe VI:
Indicador integrador retratado como
emulador: designados para reagir com todos os
parâmetros críticos de um ciclo específico de
esterilização.
Indicadores Biológicos

Preparação padronizada de esporos bacterianos


autocontidos, com suspensões de 106 esporos por
unidade de papel filtro.

Indicam se a esterilização foi efetiva

Esporos Geobacillus stearothermophilus


 INDICADORES DE 1a GERAÇÃO: cepas são colocadas em vários
pacotes e, após esterilizadas, encaminhadas ao laboratório
 INDICADORES DE 2a GERAÇÃO: são autocontidos, nos quais a
tira, com os esporos é acondicionada em uma ampola separada do
meio de cultura. Após esterilização, a ampola é quebrada e entra em
contato com os esporos: 1a leitura = 24hs; 2a leitura = 48hs
 INDICADORES DE 3a GERAÇÃO: são autocontidos, diferenciando-se
do 2a geração na metodologia para detectar o crescimento bacteriano.
Incubadora de 1 a 3horas, permitindo leitura
POSITIVA = 3hs NEGATIVA = 10hs
Vantagens e desvantagens dos
IQ classes V eVI em relação aos IB

Os IQ de classes V e VI têm as seguintes vantagens quando


comparados com IB:
• Custo menor do que o dos IB;
• Não dependem de tempo de incubação nem de estufas com temperaturas
controladas;
• Podem ser colocados nos pontos críticos, dentro do próprios pacotes e
das caixas de instrumental a serem esterilizados, e a leitura é realizado no
momento da utilização;

Desvantagens:
•Resistência por parte do SCIH

•Produção por vários fabricantes


Controle e rastreabilidade do processo de esterilização
• Processo de esterilização
• Descrição dos produtos da carga
• Número do lote
• Carga ou ciclo
• Controle de tempo
• Identificação do indicador físico, químico e biológico
• Identificação do responsável pelo processo
Artigos esterilizados

Condições de estocagem do artigos esterilizados

 Quanto ao ambiente: deve ser limpo; arejado e seco; deve ser restrito à equipe do
setor.
 Quanto ao artigo: após o processo de esterilização, não colocá-lo em superfície fria
(pedra ou aço inoxidável ), utilizar cestos ou recipientes vazados até que esfriem;
 Invólucro (tecido de algodão cru, tecido não tecido, papel grau cirúrgico, papel
crepado, papel com filme, tyvec ou caixas metálicas perfuradas) deve permanecer
íntegro e ser pouco manuseado para evitar que os pacotes rasguem ou solte o lacre;
 ser estocado em armários fechados com prateleiras;

 prateleiras identificadas de modo a facilitar a retirada do material;

 material deve ser estocado de acordo com a data de vencimento da


esterilização para facilitar a distribuição e não ficar material vencido no
estoque;

 estocar separadamente dos não estéreis para reduzir o nível de contaminantes


externos.
ARMAZENAGEM

 “Todo material processado deve possuir local adequado para


armazenagem de forma que não haja risco de contaminação e
que facilite a distribuição.”

 “O prazo validade de esterilização está


relacionado
de à qualidade da diretamente
embalagem e condições
armazenagem.” de

 O local adjacente à área de esterilização, distantes de fonte de


água, janelas abertas, portas, tubulações expostas e drenos

 Trânsito limitado de pessoas, manipulação mínima


e cuidadosa

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