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Tratamentos Térmicos Mecânicos e Químicos

Prof: Paulo Cesar Dahia DUCOS.


Diagrama de equilíbrio Fe-C

723 C
Ou linha crítica

Zonas Críticas: Onde ocorrem as transformações da austenita


no resfriamento ou a sua reposição no aquecimento
TRANSFORMAÇÕES

AUSTENITA
Resf. lento Resf. Rápido
Resf. moderado (Têmpera)
Perlita
Martensita
( + Fe3C) + Bainita
a fase (fase tetragonal)
próeutetóide ( + Fe3C)
reaquecimento

Martensita
Ferrita ou cementita Revenida
( + Fe3C)
Transformações na faixa dos Aços
1. A ferrita é muito dúctil, mole e com resistência relativamente baixa
2. A cementita é muito dura, por isso muito frágil e sua resistência à
tração é baixa, devido a sua fragilidade .
3. A perlita apresenta, na média, as melhores propriedades.
Transformações na faixa dos Aços
Transformações na faixa dos Aços
Transformações na faixa dos Aços
Transformações na faixa dos Aços
Transformações na faixa dos Aços
Transformações na faixa dos FoFo

Os FoFo – 2,11% C a 6,67% C possuem uma elevada quantidade de cementita.


São os chamados ferros fundidos brancos – excessiva dureza e fragilidade
O eutético 4,3% C é chamado ledeburita: austenita e cementita
Transformações na faixa dos FoFo

O Si é um elemento que exerce importante influência na composição do eutético


Carbono equivalente = %C + 1/3(%Si + %P).
Transformações na faixa dos FoFo
Transformações na faixa dos FoFo

O Si é um elemento que exerce importante influência na composição do eutético


Carbono equivalente = %C + 1/3(%Si + %P).
A composição do eutético diminui com o aumento do teor de silício;
A reação do eutético ocorre num intervalo de temperatura.
Transformações na faixa dos FoFo
Transformações na faixa dos FoFo
Efeito dos Elementos de Liga
Efeito dos Elementos de Liga
Tipo A : Estabilizadores austenita
Grupo I : Mn, Ni e Co. ampliam a
faixa da austenita estável.

Grupo II : C, Zn e N. Tornam
estável o diagrama de equilíbrio. .

Tipo B : Estabilizadores ferrita


Grupo I : Si, Cr, Mo, P, V, Ti e Al.
Estreitam a faixa austenítica até
praticamente desaparecer.

Grupo II : Ta, Zr, B, S e Nb.


Formam constituintes.
Efeito dos Elementos de Liga
 No que se refere à formação da austenita, o aquecimento dos aços à
temperatura de austenitização retém em solução na austenita todos
os elementos de liga que estavam previamente dissolvidos na ferrita,
como é óbvio, alterando as propriedades da austenita muito pouco, a
não ser tornando-a um pouco mais dura ou resistente à deformação.
 Sua influência sobre o tamanho de grãos faz-se sentir principalmente
no sentido de que elevam ligeiramente a temperatura de crescimento
do grão.
 O tamanho de grão depende mais dos constituintes que não se
dissolvem na austenita, como as inclusões não-metálicas, as quais
forçam acentuadamente a elevação da temperatura de crescimento
de grão da austenita, o que, em outras palavras, significa que tais
inclusões podem evitar o crescimento de grão.
 É o caso de inclusões de nitreto de alumínio que previnem o
crescimento de grão até temperaturas bem superiores a 925 graus C
e , às vezes, da ordem de 1100 graus C. As inclusões de elevado teor
de silício já não atuam da mesma maneira, pois se dissolvem em
parte na austenita.
Efeito do tamanho de grão sobre a reação de transformação da
austenita; nota-se que o grão menor apresenta reação
completa, ao passo que no maior, cujo início da reação
coincidiu com o do menor, a mesma não se completou.
Efeito dos Elementos de Liga

A figura 14 mostra que alguns elementos elevam a temperatura de


formação da austenita e outros a abaixam; entretanto, nenhum elemento
de liga passa a composição do eutetóide a valores mais elevados.  
Efeito dos Elementos de Liga

A figura 15 mostra os efeitos do manganês, cromo, molibdênio e silício sobre a faixa de existência de austenita. Como o manganês,
atuam o níquel e o cobalto; o cromo praticamente elimina o campo austenítico com teores da ordem de 20%; do mesmo modo atua o
molibdênio, que acima de cerca de 8,2% elimina o campo austenítico ; o tungstênio igualmente, em teores de cerca de 12% impede a
completa austenitização. O silício, apesar de não ser elemento formador de carboneto como o tungstênio e o molibdênio, também
restringe o campo austenítico, até que acima de cerca de 8,5% não há possibilidade de ter-se austenita como único constituinte.
Finalmente, o efeito do titânio no campo austenítico no sentido de restringi-lo paulatinamente é ainda mais acentuado, a ponto de um
teor de 1% desse elemento praticamente eliminar a fase austenítica. 
PRÁTICA DOS TRATAMENTOS TÉRMICOS

 Fatores de Influência nos tratamentos térmicos:

 AQUECIMENTO
 Velocidade de Aquecimento
 Temperatura de Aquecimento

 TEMPO DE PERMANÊNCIA À TEMPERATURA DE AQUECIMENTO

 RESFRIAMENTO
 Ambiente do Forno Ar Óleo Água Salmoura

 ATMOSFERA DO FORNO
Efeito dos Elementos de Liga

CONSIDERAÇÕES :

1.A Escolha da temperatura de aquecimento deve levar em


conta a necessidade ou não de produzir transformações de
fases.

2.Quanto mais elevada for a temperatura ou mais longo o


tempo de permanência da liga à temperatura, pode ocorrer
um crescimento dos grãos, o que prejudica a qualidade do
produto.
Efeitos da temperatura e tempo de tratamento
Tensões Internas

 O calor pode ser transmitido à peça por radiação,


convecção e condução, mas o aquecimento da superfície
para o núcleo se processa somente por condução. A
superfície absorvendo calor e transmitindo-o para o
interior, até que todos os pontos da peça estejam à mesma
temperatura. Este gradiente de temperatura favorece o
aparecimento de forças e, portanto tensões internas
motivadas pela dilatação térmica. Associa-se a
transformação de fase, que proporciona uma variação de
volume por contração ou expansão, conforme o novo
sistema cristalino seja mais ou menos compacto do que o
anterior.
Tensões Internas

 Fatores das Tensões internas (gradiente de temperatura)


 Refratariedade do material: Quanto maior a condutibilidade
térmica menores tensões internas.
 Velocidade de aquecimento: quanto maior, maiores as
tensões internas.
 Espessura: quanto maior, maiores as tensões internas.
 Geometria da peça: Arestas e cantos vivos.
Fatores de Influência nos Tratamentos
Térmicos

 Temperatura:
 Velocidade (taxa de aquecimento):
prevenção à trincas e introdução de tensões.
 Temperatura máxima de aquecimento:
dependente do tipo de material e da
transformação de fase ou microestrutura
desejada
Fatores de Influência nos Tratamentos
Térmicos

 Tempo:
O tempo de trat. térmico depende muito das
dimensões da peça e da microestrutura
desejada.
Quanto maior o tempo:
 maior a segurança da completa dissolução das
fases para posterior transformação
 maior será o tamanho de grão
Tempos longos facilitam a oxidação
Fatores de Influência nos Tratamentos
Térmicos

 Velocidade de Resfriamento:
Depende do tipo de material e da transforma-
ção de fase ou microestrutura desejada.
- É o mais importante porque é ele que efe-

tivamente determinará a microestrutura, além


da composição química do material.
Fatores de Influência nos Tratamentos Térmicos

 ATMOSFERA DO FORNO
 Nos tratamentos térmicos dos aços, deve-se evitar dois
fenômenos mais comuns e que podem causar sérios
aborrecimentos:

 OXIDAÇÃO CASCA DE ÓXIDO

 2Fe + O2 2FeO provocada pelo Oxigênio


 Fe + CO2 FeO + CO2 provocado pelo anidrido carbônico
 Fe + H2O FeO + H2 provocado pelo vapor de água
Fatores de Influência nos Tratamentos Térmicos

 DESCARBONETAÇÃO Oxidação preferencial do Carbono


 2C + O2 2CO
 C + CO2 2CO
 C + 2H2 CH4
Fatores de Influência nos Tratamentos Térmicos


Temperatura
Transformação do material
Usualmente obtida do diagrama de fases

Tempo(Enxarcamento)
Homogeneização da temperatura na região de interesse

Taxas de aquecimento e resfriamento
Aquecimento – Riscos para a peça (trincas, empenamento)
Resfriamento – Governa a transformação

Atmosfera
Inibir reações indesejadas
Promover reações de interesses (trat. termoquímicos)
Introdução

Os tratamentos que modificam as propriedades dos materiais


são:

Térmicos
Termoquímicos
Mecânicos

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