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INFECÇÕES VIRAIS DE INTERESSE

ESTOMATÓLOGICO

Discentes: Ana Paula L. de Almeida, Barbara Apolinario, Rafaella Yumi Fukushima e


Mariana Araldi.
Docente: Tânia Lucia Sanches Pato.

Odontologia 2020/1
Tangará da Serra – Mato Grosso
INFECÇÕES VIRAIS

O ser humano está constantemente exposto ao


contato de vários microrganismos, como os vírus,
que podem penetrar no hospedeiro e causar
doenças, que dependem de inúmeros fatores
predisponentes como a idade, defesa imunológica,
ocupação, hábitos e estado geral de saúde do
indivíduo.
A odontologia está voltada às doenças virais
devido as manifestações orais que podem
apresentar, e o conhecimento sobre os aspectos das
infecções virais acaba por facilitar o diagnóstico,
INFECÇÕES VIRAIS

Os vírus são compostos por duas partes fundamentais: a parte central, que recebe o nome de cerne, onde
se encontra o genoma, e que pode ser DNA ou RNA associado a uma capa proteica denominada capsídeo,
formando ambos o nucleocapsídeo.
Infecção pelo Herpes Vírus Humano (VHS)

Os herpes vírus humanos (HHV) fazem parte de uma família -Herpesviridae- e têm como seu
hospedeiro, unicamente, o homem. São ubíquos e latentes e, uma vez ocorrida a primo-infeção, permanecem
no organismo do indíviduo afetado durante toda a sua vida. Os locais mais comuns incluem a porção média
anterior dos lábios e mucosa nasal, podendo ocorrer em outras áreas próximas.
Sintomatologia geral ocorre na maioria das viroses humanas (febre, mal-estar geral, inapetência, fadiga,
dores no corpo).
O diagnóstico e tratamento é conseguido pelo quadro clínico somado aos dados da anamnese. A biópsia
só é realizada nos casos em que o profissional não reconhece a doença e formula hipóteses clínicas diferentes
e o tratamento é feito com antivirais do herpes oral deve ser preferencialmente tópico (aciclovir, valaciclovir,
famciclovir).
Infecção pelo Herpes Vírus Humano (VHS)

Os HSV 1 e 2 estão geralmente associados à Gengivoestomatite Herpética Primária, Herpes Labial


Recorrente e Herpes Intraoral Recorrente, em menos de 1% dos infectados, ocorre a gengivoestomatite
herpética primária, com o quadro clínico clássico, que inclui o aparecimento de vesículas disseminadas pela
mucosa oral e perioral, que após curto período se rompem, dando origem a ulcerações secundárias, que em um
período de 10 a 14 dias se reparam sem deixar cicatrizes.
Infecção pelo vírus varicela-zoster

O agente causador da varicela é um vírus RNA. O contato inicial se dá por via direta (vias aéreas superiores
– partículas do vírus em aerossóis) ou por objetos contaminados (via indireta).
O diagnóstico é feito com base clínica, a partir da sintomatologia e das lesões cutâneas e na mucosa oral.
Após a catapora, o vírus pode permanecer em estado latente num gânglio nervoso. Um segundo surto,
geralmente na idade adulta, provoca o zoster, uma infecção vesicobolhosa e cutâneo-mucosa, que acompanha o
trajeto de um nervo sensitivo superficial. Conhecido popularmente como “cobreiro”, o zoster de repetição em
adultos revela imunidade diminuída e exige investigação de doença de base, não sendo raro em linfomas e outras
doenças, inclusive na AIDS.
O diagnóstico, igualmente, é feito com base clínica e informações da história médica. A sorologia para
zoster revela, durante o curso da doença, altos títulos de IgM, que baixam após a cura, permanecendo altos
títulos de IgG.
Infecção pelo vírus varicela-zoster

Varicela (Catapora) Zoster (Cobreiro)


Infecção pelos vírus da Hepatite
 Hepatite A:

É causada pelo vírus HAV (RNA da família dos picornavírus). Seus sintomas incluem febre, mal-estar,
náusea, inflamação hepática e desconforto abdominal. A via de contaminação é a fecal-oral, em locais com
condições precárias de saneamento básico, pelo contato sexual. Surtos epidêmicos podem ocorrer por água ou
comida contaminada. A evolução é benigna e a imunização após a doença é perene.

 Hepatite B:

É uma doença altamente incapacitante, estimando-se em 350 milhões de indivíduos portadores crônicos do
vírus da hepatite B no mundo. Destes, 50% correm o risco de morte por cirrose e hepatocarcinoma. Os sintomas
incluem anorexia, náusea, vômitos, dor abdominal, hepatomegalia icterícia e urina escura. A transmissão é
parenteral-percutânea ou mucosa, através de sangue ou outros fluídos orgânicos (saliva, sêmen, fluido vaginal,
leite materno).
Infecção pelos vírus da Hepatite
 Hepatite C:

A hepatite C é a forma mais grave, pois uma boa porcentagem evolui para câncer do fígado. Se propaga pelo
sangue e seus derivados. O diagnóstico das hepatites B e C é feito principalmente com biópsia de fígado e
sorológicos, dos quais o mais sensível é a técnica de PCR (reação em cadeia de polimerase) RT (real time), que
consegue detectar em torno de 400 cópias de vírus no organismo.
Infecção pelo HPV
O HPV (Human Papilloma vírus) é um vírus DNA não
envelopado, da família Papillomaviridae. Na cavidade oral, causam
lesões únicas ou múltiplas (pápulas), pequenas, em formato de
“dedos de luva” ou “couve-flor”.

O diagnóstico é feito com base clínica e histopatológico, que


revela proliferação papilar e digitiforme do tecido epitelial com
hiperqueratose, em estroma fibrovascular. Observa-se a presença de
coilócitos, que são inclusões virais do HPV. A transmissão sexual
causa o condiloma acuminado, ou “verruga venérea”, que também
pode ocorrer na mucosa oral.
Infecção pelo HIV
O HIV pertence ao gênero Lentivírus, da família Retroviridae
(retrovírus), de estrutura RNA. O contágio se realiza pelo sangue e sêmen,
embora o HIV tenha sido isolado de todos os fluidos humanos. Após a
invasão pelo HIV, as células com marcador (CD4+), principalmente os
linfócitos T, expressam na superfície partículas da proteína viral,
reconhecidas pelos linfócitos T (CD8+), causando a sua destruição.
O indivíduo soropositivo para o HIV, na fase da doença, é vitimado
por infecções oportunistas, como a candidíase, e doenças de natureza
fúngica, bacteriana e viral, podem se instalar, sempre com sintomatologia,
de grande interesse estomatológico, pois funciona como um indicador
biológico do grau da imunodeficiência do indivíduo infectado.
O diagnóstico é feito atualmente por testes bastante rápidos e
confiáveis, sorológicos e moleculares.
Referências Bibliográficas

LIVRO DIDATICO – PROPEDEUTICA ODONTOLOGICA I

MOURÃO, Haynara H. Da Silva. et al. “Perfil das Infecções Virais na Cavidade Oral: revisão de literatura.”
Teresina, PI. 2019. Disponível em
https://assets.uninovafapi.edu.br/arquivos/old/arquivos_academicos/repositorio_Biblioteca/odontologia/20191/PE
RFIL%20DAS%20INFEC%C3%87%C3%95ES%20VIRAIS%20NA%20CAVIDADE%20ORAL-%20REVIS
%C3%83O%20DE%20LITERATURA.pdf Acesso em: 10 de setembro de 2021.

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