Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
População
Negra:
Uma questão
de Equidade.
Altair Lira
Bacharel em Antropologia da Saúde
Mestre em Saúde Coletiva
Consultor Técnico Programas de Saúde
Pesquisador ISC/UFBA
“sou invisível, compreendam,
simplesmente porque as pessoas
se recusam a me ver...
Quando se aproximam de mim, só enxergam o
que me circunda,
a si próprios ou o que imaginam ver — na
verdade, tudo, menos eu.”
(ELLISON, O Homem Invisível, 2013, p.25).
3
NAVIO NEGREIRO
O Brasil foi
Expedito Luna
DEPARTAMENTO DE ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
16 de novembro de 2004
Outubro 2006
Distribuição de consultas pré-natal referidas de mães sem nenhum ano de estudo segundo
raça-cor. Brasil, 2004
Fonte: SVS/MS-2007
25
20
15
10
-
Hemorragia pos- Anormalidades Descolamento
Eclampsia Pre-eclâmpsia Infecc puerperal Aborto
parto da contracao prematuro da
Branca 13,14 9,28 9,02 8,25 6,96 6,19 7,62
Preta 23,28 12,07 6,03 5,17 1,72 9,48 14,19
Parda 20,64 6,01 8,02 7,21 3,01 5,21 11,04
Fonte:
SIM/SVS/MS
Proporção de nascidos vivos com baixo peso ao nascer (menos de
2500 g), segundo raça/cor e estados, Brasil, 2003
12
10
6
%
0
RO AC AM RR PA AP TO MA PI CE RN PB PE AL SE BA MG ES RJ SP PR SC RS MS MT GO DF
Branca 5,0 5,5 6,9 6,2 6,2 6,4 5,3 4,9 5,1 5,1 6,6 4,6 6,0 5,1 5,9 6,3 8,8 6,2 8,1 8,9 8,6 8,1 9,3 7,2 6,3 6,2 9,8
Negra 7,1 7,3 6,9 7,1 6,9 8,0 7,1 6,4 6,3 7,6 8,4 8,0 8,4 8,2 8,0 8,2 10,0 9,2 10,310,2 8,8 9,3 11,1 7,4 6,9 7,0 9,8
Taxas padronizadas de óbito por causas externas por raça/cor e
regiões. Brasil, 2004.
100
90
Taxa padronizada (por 100.000 hab.)
80
70
60
50
40
30
20
10
0
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Branco 42,7 25,6 62,0 70,2 65,7
Negro 67,5 65,1 79,0 52,8 88,3
Total 60,7 62,1 71,7 69,5 81,8
Taxa de homicídio (100 mil) no sexo masculino, segundo raça/cor.
Brasil 2000-2005
70
65
6 6 ,1 6 3 ,5
6 3 ,7 6 3 ,8
60
6 0 ,5
55
56 ,9
50
45
40
3 8 ,2 3 3 ,5
35 3 8 ,0 3 7,5
3 6 ,8
30 2 9 ,7
25
2000 2001 2002 2003 2004 2005
b ranca neg ra
Fonte: SVS/MS
O risco relativo aumento de 1,4 para 2,1.
Variação % 2003/5
homens brancos -20,9%
homens negros -3,9%
Taxa de homicídio (100 mil) no sexo feminino, segundo raça/cor.
Brasil 2000-2005
5,0
4 ,9
4 ,8 4 ,7
4 ,6 4 ,8
4 ,6 4 ,4
4 ,7
4 ,4
4 ,2
4 ,0
3 ,8
3 ,6
3 ,6 3 ,6
3 ,4 3 ,5 3 ,5
3 ,2 3 ,4
3 ,1
3 ,0
2000 2001 2002 2003 2004 2005
b ranca neg ra
PE Pernambuco
AS 4% (1:23)
DF 1:1.400
BA
Bahia
AS 5,3% (1:17)
DF 1:650
São Paulo MG
AS 2,6% (1:35)
Minas Gerais
DF 1:4.000
AS 3% (1:23)
SP RJ
DF 1:1.400
Rio de Janeiro
AS 4% (1:21)
DF 1:1.200
RS
Rio Grande do Sul
AS=traço falciforme AS 2% (1:65)
DF=doença falciforme DF 1:10.000
Fonte: Ministério da Saúde do Brasil
PROPORÇÃO DE RECÉM NASCIDOS COM DOENÇAS
FALCIFORMES NO RECÔNCAVO BAIANO (2006-2009)
CIDADES Nº CASOS DOENÇAS Nº TESTES FREQ. (%) PROPORÇÃO DE
FALCIFORMES CASOS DF/RNs
CACHOEIRA 12 1612 0,7 1/134
Gestantes
Durante o parto 50,0% 2,0%
Condições
geneticamente
Condições
adquiridas, derivadas
Doenças cuja
evolução é agravada
Condições fisiológicas
que sofrem
determinantes, de condições sócio- ou o tratamento é interferência das
dependentes de econômicas e dificultado pelas condições ambientais
elevada freqüência educacionais condições ambientais citadas, contribuindo
de gene(s) desfavoráveis e indicadas para a evolução de
responsáveis pela intensa pressão doenças
doença ou a ela social
associada
DST/AIDS miomas
Doenças do Trab.
Transt. Mentais Fonte: GTI/1996
Por que enfrentar o racismo no
SUS?
Marca
Reconhecimento do racismo, das
desigualdades étnico-raciais e do
racismo institucional como
determinantes sociais das
condições de saúde, com vistas à
promoção da equidade em saúde
Saúde da População Negra
Parte da constatação de que o racismo e a
discriminação racial colocam mulheres e
homens negros em situações perversas de
vulnerabilidade, as quais podem ser
modificadas pela adoção de políticas
públicas capazes de reconhecer os
múltiplos fatores que resultam em tais
iniquidades (Lopes,2005).
Fases da oficialização