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Germinação e dormência

DESENVOLVIMENTO DO EMBRIÃO

fertilização histodiferenciação maturação dessecação semente madura

GERMINAÇÃO

plântula

DESENVOLVIMENTO DA PLÂNTULA
Germinação

O que é ?

Critérios ?
Castro e Hilhorst, 2004
germinação

a plântula
Tipos de plântulas, com base em características dos
cotilédones e tipos de germinação

Criptocotiledonar Criptocotiledonar Fanerocotiledonar Fanerocotiledonar


Epígio Hipógeo Epígio Epígio
Carnoso Carnoso Carnoso Foliáceo
dormência

o que é?
classificação
O que é dormência?
• Alteração restritiva das condições exigidas para a germinação,
induzida na semente após exposição a determinadas
condições ambientais durante a maturação ou após a
dispersão, alteração essa que só pode ser removida por
tratamentos específicos, chamados de pós-maturação ou
quebra de dormência (Labouriau, 1983).
O que é dormência?
• Semente quiescente  capaz de germinar dentro da maior
amplitude de fatores ambientais permitida por seu genótipo.
• Semente dormente  apresenta alguma restrição interna, ou
sistêmica, que impede sua germinação numa condição
ambiental que seria favorável a esse processo caso ela não
estivesse dormente.
Uma classificação geral de Dormência
Dormência de gemas
O início da dormência de gemas
coincide com:
• A queda de folhas;
• O decréscimo na atividade do câmbio
vascular;
• O aumento na severidade das
condições ambientais (frio ou seca). Em
plantas de clima temperado, a
dormência de gemas parece ser uma
resposta de dias curtos, iniciada pelos
dias curtos do outono (frio).
min grau de dormência max

amplitude de resposta
a fatores ambientais
permitida pelo genótipo

max capacidade de germinação min


Temperatura
T ótima

0.014

0.012
velocidade de germinação......

0.01

0.008
T mínima T max
0.006

0.004
0.002

0
0 5 10 15 20 25 30 35
temperatura (C)
tempo para germinação(tG) = T/(T - Tbase) (faixa infra-ótima)

tempo para germinação(tG) = T/(Tc - T) (faixa supra-ótima)

Tb = 9
Tc = 42

Tb = 8
Tc = 43

Tb = 5
Tc = 48
Potencial de água

 mínimo
tempo para germinação(tG) = H/( - base)

b = -0.9

b = -1.1

b = -1.5
MODELO PARA
RELAÇÃO ENTRE base
E GERMINAÇÃO

velocidade de germinação

Bradford, 2002 velocidade de germinação


POTENCIAL DE ÁGUA
Germinação = f( - base)

b
 ambiente - +
0
meio

velocidade de
germinação
POTENCIAL DE ÁGUA

b
 - + redução de dormência
0

b
 - + indução de dormência
0
TEMPERATURA

quebra de dormência

Tb Tc
temperatura

↑ janela térmica

temperatura favorável à germinação


TEMPERATURA

indução de dormência

Tb Tc
temperatura

 janela térmica

temperatura favorável à germinação


Quebra de dormência
• 1. armazenamento da semente embebida (estratificação)
• 2. armazenamento a seco (pós-maturação)
• 3. tratamento com hormônios vegetais
• 4. choques térmicos ou alternância de temperatura
• 5. luz
• 6. escarificação
• 7. alterações em estruturas do tegumento
• 8. lixiviação
• 9. substâncias químicas (óxido nítrico, nitrato, fumaça*)
• * karrikins
Dormência imposta pelos tecidos extra-
embrionários ou exógena.

DORMÊNCIA FISICA (DF)


• Sementes têm testas (cascas) extremamente duras.
• Dificultam a absorção de água e trocas gasosas
• Comum em plantas das famílias Fabaceae, Cannaceae, Convolvulaceae,
Chenopodiaceae e Malvaceae.

Características anatômicas das cascas


• Cutícula cerosa, rica em suberina, compostos fenólicos (taninos) e outros.
• Camada paliçádica de paredes espessas com macroesclereídes e
osteosclereides.
Esquema de testa de semente com
dormência física ou exógena

Células de Malphig = macroesclereídes


Light line= linha lúcida
Dormência física
• Sementes de Fabaceae com dormência física apresentam:
• Estrofíolo ou lente - estrutura especializada localizada na região do hilo
que controla a impermeabilidade à água.
• Rigidez da testa ocorre devido a uma camada paliçádica de células
epidérmicas com paredes muito espessas, situada na parte externa da
testa (exotesta).
• Dormência é quebrada quando ocorrem fissuras provavelmente na
região do estrofíolo permitindo a entrada da água.
• Estresse causado pelo aquecimento pode quebrar essas paredes.
• Estrofíolo parece ser o ponto mais fraco da camada paliçadica da testa.
• Funcionaria como detector de sinais ambientais.
• Pode funcionar como regulador da taxa de entrada de água na semente.
DORMÊNCIA MECÂNICA (DM)
• Cascas e/ou endospermas muito resistentes;
• Endospermas ricos em mananos sofrem enfraquecimento pelas enzimas
mananases.
• Sementes dormentes falham em produzir tais enzimas.
• ABA evita o enfraquecimento do endosperma na região micropilar de
sementes de Arabidopsis thaliana.
Dormência química- (DQ)
• Inibidores de germinação presentes nas cascas ou tecidos ao redor do

embrião (compostos fenólicos como florodizina e ácido clorogênico).

• Cascas intactas retém inibidores (dormência devido à inibição da oxidação

do inibidor pelo O2 atmosférico).

• Baixos níveis de O2 inibem a síntese de etileno que promove germinação

de algumas espécies.
Dormência do embrião ou dormência
endógena

DORMÊNCIA FISIOLÓGICA:
• Embriões dormentes de várias espécies contém ABA e outros
inibidores nos cotilédones.
• ABA é o inibidor de cotilédones de maçã.
• Embriões de girassol mostram síntese contínua de ABA que causa sua
dormência.
• Além disso, sementes dormentes teriam incapacidade de transcrever
certos genes devido à repressão de certos mRNA de germinação.
• Mas transcrevem genes ligados à dormência
• Remoção de cotilédones permite germinação de embriões em meios de
cultura.
• Em maçã a remoção de apenas um cotilédone ou partes do cotilédone
permite germinação do embrião “in vitro”.
• Sementes dormentes não produziriam enzimas hidrolíticas necessárias à
germinação.
• ABA ativa a transcrição de genes envolvidos com inibição de germinação.
• ABA teria função antogônica às giberelinas na indução de enzimas
hidrolíticas.
• GAs induzem síntese de enzimas hidrolíticas.
• ABA não tem capacidade de induzir essas enzimas.

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