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FORÇAS ARMADAS ANGOLANAS

ESTADO MAIOR GENERAL


INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO MILITAR

FISIOLOGIA HUMANA
ANATOMIA RENAL, FILTRAÇÃO
GLOMERULAR,
REABSORÇÃO TUBULAR E SECREÇÃO
TUBULAR

Dr Edgar Pembele
SUMÁRIO
1. Anatomia Fisiológica dos Rins
Organização Geral dos Rins e do Trato
Urinário
2. Funções dos rins.
3. A Formação da Urina Resulta da Filtração
Glomerular, Reabsorção Tubular e Secreção
Tubular
4. Filtração Glomerular
Anatomia Fisiológica dos Rins
Organização Geral dos Rins e do Trato
Urinário
 Parede posterior do abdômen ou seja Retroperitoneal.
 Pesa cerca de 150g
 O tamanho aproximado de uma mão fechada.
 Possuem uma forma similar a de um grão de feijão
 O lado medial apresenta hilo (artéria e veia renais,
vasos linfáticos, nervoso e o ureter)
 Na bexiga, a urina é armazenada e periodicamente
eliminada do corpo.
 O rim é revestido por cápsula fibrosa resistente que
protege as estruturas internas, que são mais
delicadas.
 Cada rim contém cerca de
800.000 a 1 milhão de
néfrons, de formar urina.
 Lesão renal, doença ou
envelhecimento, ocorre
declínio gradual do
número de néfrons.
 Após os 40 anos de
idade, o número de
néfrons funcionais
geralmente diminui por
cerca de 10% a cada 10
anos; assim, com 80
anos, muitas pessoas
têm 40% a
Funções dos rins.

 Excreção de produtos indesejáveis do metabolismo e de


substâncias químicas estranhas.
 Regulação do balanço de água e dos eletrólitos.
 Regulação da osmolalidade dos líquidos corporais e da
concentração de eletrólitos.
 Regulação da pressão arterial.
 Regulação do balanço acidobásico.
 Secreção, metabolismo e excreção de hormônios.
 Gliconeogênesse.
 Os rins são os meios primários para a eliminação
de produtos indesejáveis do metabolismo que
não são mais necessários ao corpo.

 Esses produtos incluem ureia (do metabolismo


dos aminoácidos), creatinina (da creatina
muscular), ácido úrico (dos ácidos nucleicos),
produtos finais da degradação da
hemoglobina (tais como a bilirrubina) e
metabólitos de vários hormônios.
A Formação da Urina Resulta da Filtração
Glomerular, Reabsorção Tubular e Secreção
Tubular
 As diferentes substâncias são excretadas na urina
pela a soma de três processos renais:
 (1) filtração glomerular,
 (2) Reabsorção de substâncias dos túbulos renais
para o sangue
 (3) Secreção de substâncias do sangue para os
túbulos renais.
 Matematicamente isto pode ser expresso por:
 Intensidade de excreção urinária = Intensidade
de filtração -Intensidade de reabsorção + Taxa de
secreção
 A formação da urina começa quando grande
quantidade de líquido sem proteínas é filtrada
dos capilares glomerulares para o interior
da cápsula de Bowman.

 A maior parte das substâncias no plasma,


exceto as proteínas, é livremente filtrada, de
forma que a concentração dessas substâncias
no filtrado glomerular da cápsula de Bowman é
a mesma do plasma.

 A intensidade da excreção urinária é menor


que a da filtração pelos capilares glomerulares.
 Há subtancias que não são reabsorvidas e nem tampouco
secretada. Portanto, a intensidade da excreção é igual à intensidade
com que foi filtrada. tais como a ureia, creatinina, ácido úrico e
uratos

 E substâncias que são livremente filtradas, mas também


parcialmente reabsorvida pelos túbulos de volta para a corrente
sanguínea.
 Portanto, a intensidade da excreção urinária é menor que a da filtração
pelos capilares glomerulares. Isto é típico para muitos eletrólitos
corporais, como os íons sódio e cloreto.

 E algumas substâncias que são livremente filtrada pelos capilares


glomerulares, mas não é excretada na urina porque toda a
substância filtrada é reabsorvida pelos túbulos de volta para a
corrente sanguínea. substâncias nutricionais que estão presentes no
sangue, como aminoácidos e glicose.
 Esse tipo de depuração permite a conservação dessas substâncias nos
líquidos corporais.
 Cada um dos processos — filtração glomerular,
reabsorção tubular e secreção tubular — é
regulado de acordo com as necessidades corporais.

 Por exemplo, quando ocorre excesso de sódio no


corpo, a intensidade com que o sódio é filtrado
aumenta e pequena fração do sódio filtrado é
reabsorvida, resultando em excreção urinária
aumentada de sódio.

 Para a maioria das substâncias, as intensidades de


filtração e de reabsorção são extremamente altas em
relação às de excreção.
 Alterações da filtração glomerular e da
reabsorção tubular geralmente agem de
forma coordenada para produzir as
alterações necessárias da excreção renal.

 Vantagem da alta FG é que ela permite que os


rins rapidamente removam os produtos
indesejáveis do corpo que dependem
principalmente da filtração glomerular para sua
excreção.
 A maioria dos produtos indesejáveis é pouco
reabsorvida pelos túbulos e assim depende da
elevada FG para sua remoção efetiva do corpo.
 Segunda vantagem da alta FG é que
permite que todos os líquidos corporais
sejam filtrados e processados pelo rim,
muitas vezes, a cada dia.
 O volume plasmático é de apenas 3 litros,
enquanto a FG é de 180 L/dia, todo o plasma
pode ser filtrado e processado por 60 vezes a
cada dia.

 A alta FG permite aos rins o controle


rápido e preciso do volume e da
composição dos líquidos corporais.
Filtração Glomerular —
A Primeira Etapa da Formação da Urina
Composição do Filtrado Glomerular
 A formação da urina começa com a filtração de grandes
quantidades de líquido, por meio dos capilares
glomerulares para a cápsula de Bowman.

 Os capilares glomerulares são relativamente


impermeáveis às proteínas, assim, o líquido filtrado
(filtrado glomerular) é livre de proteínas e desprovido de
elementos celulares como as hemácias.

 O cálcio e ácidos graxos, que não são livremente


filtradas por estarem parcialmente ligadas às
proteínas plasmáticas.
A FG Corresponde a Cerca de 20% do Fluxo
Plasmático Renal
 A FG é determinada pelo:
 (1) Balanço das forças hidrostáticas e coloidosmóticas,
atuando através da membrana capilar.

 (2) O coeficiente de filtração capilar (Kf), o produto da


permeabilidade e da área de superfície de filtração dos
capilares.
 Os capilares glomerulares têm elevada intensidade de filtração,
devido à alta pressão hidrostática glomerular e ao alto Kf .
 No humano adulto médio, a FG é de cerca de 125 mL/min, ou
180 L/ dia.
 A fração do fluxo plasmático renal filtrado (a fração de filtração) é,
em média, de 0,2; isso significa que cerca de 20% do plasma
que flui pelos rins são filtrados pelos capilares
glomerulares.
Membrana Capilar Glomerular
 A membrana capilar glomerular é semelhante à encontrada
em outros capilares, exceto por ter três (em vez de
duas) camadas principais:
 (1) O endotélio capilar,
 (2) A membrana basal.
 (3) A camada de células epiteliais {podócitos), sobre a
superfície externa da membrana basal capilar.
 A MCG é mais espessa e muito mais porosa.
 Filtra líquidos com mais alta intensidade.
 É seletiva na determinação de quais moléculas serão
filtradas, com base no seu tamanho e em sua carga
elétrica.
 Grandes Moléculas, com Carga Negativa, São Filtradas
Menos Facilmente Que Moléculas com Carga Positiva
com Igual Dimensão Molecular.
 A FG é determinada:
 (1) Pela soma das forças hidrostáticas e
coloidosmóticas através da membrana
glomerular que fornecem a pressão efetiva de
fdtração.

 (2) Pelo coeficiente de filtração capilar


glomerular Kf.

 Expressa matematicamente, a FG é igual ao


produto de Kf pela pressão líquida de filtração:
 FG = Kf x Pressão líquida de filtração
A Pressão Hidrostática Aumentada na
Cápsula de Bowman Diminui a FG
 Aumentando-se a pressão hidrostática na cápsula
de Bowman, reduz-se a FG, enquanto ao se
diminuir essa pressão, a FG aumenta.
 No entanto, alterações na pressão da cápsula de
Bowman normalmente não servem como meio
primário de regulação da FG.
 Em certas condições patológicas, associadas à
obstrução do trato urinário, a pressão na
cápsula de Bowman pode aumentar de forma
acentuada causando redução grave da FG.
A Pressão Hidrostática Glomerular
Aumentada Eleva a FG
 A pressão hidrostática capilar glomerular foi
estimada em cerca de 60 mmHg nas condições
normais.

 A pressão hidrostática glomerular é determinada


por três variáveis, cada uma das quais sob
controle fisiológico: (1) pressão arterial, (2)
resistência arteriolar aferente e (3)
resistência arteriolar eferente.
 O aumento da pressão arterial tende a elevar a
pressão hidrostática glomerular e portanto
aumentar a FG.
 A resistência aumentada das arteríolas aferentes
reduz a pressão hidrostática glomerular e
diminui a FG.
 De modo oposto, a dilatação das arteríolas
aferentes aumenta tanto a pressão hidrostática
glomerular como a FG.
 A constrição das arteríolas eferentes aumenta a
resistência ao fluxo de saída dos capilares
glomerulares.

 Isso eleva a pressão hidrostática glomerular, e,


enquanto o aumento da resistência eferente não
reduzir demasiadamente o fluxo sanguíneo
renal, a FG se elevará discretamente
Controle da FG
 A forte ativação dos nervos simpáticos renais
pode produzir constrição das arteríolas renais e
diminuir o fluxo sanguíneo renal e a FG.
 Norepinefrina, Epinefrina e Endotelina Provocam
Constrição dos Vasos Sanguíneos Renais e
Diminuem a FG.
 Os hormônios que provocam constrição das
arteríolas aferentes e eferentes, causando
reduções na FG e no fluxo sanguíneo renal,
incluem a norepinefrina e epinefrina liberadas
pela medula adrenal.
 A Angiotensina II Preferencialmente Provoca Constrição das
Arteríolas Eferentes na Maioria das Condições Fisiológicas.

 Níveis aumentados de angiotensina II ajudam a preservar a


FG e a excreção normal de produtos indesejáveis do
metabolismo, tais como a ureia e a creatinina, que
dependem da filtração glomerular para sua excreção; ao
mesmo tempo, a constrição das arteríolas eferentes,
induzida pela angiotensina II, aumenta a reabsorção
tubular de sódio e de água, o que ajuda a restaurar o
volume e a pressão sanguínea.

 O Óxido Nítrico Derivado do Endotélio Diminui a Resistência


Vascular Renal e Aumenta a FG. Permite que os rins
excretem quantidades normais de sódio e água.
Fluxo Sanguíneo Renal
 Em um homem médio de 70 quilos, o fluxo
sanguíneo para ambos os rins é de cerca de
1.100 mL/min ou, aproximadamente,
22% do débito cardíaco.

 Considerando o fato de que os dois rins


constituem apenas cerca de 0,4% do peso
corporal total, pode-se observar que eles
recebem fluxo sanguíneo
extremamente elevado, comparado
com outros órgãos.
Formação da Urina pelos Rins: II.
Reabsorção e Secreção Tubulares
 Após o FG entrar nos túbulos renais, ele flui pelo —
túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distai,
túbulo coletor e, finalmente, dueto coletor
Algumas substâncias são seletivamente reabsorvidas
dos túbulos de volta para o sangue enquanto outras
são secretadas, do sangue para o lúmen tubular.

 A urina total formada representa a soma de


três processos renais básicos — filtração
glomerular, reabsorção tubular e secreção
tubular .
 Excreção urinária = Filtração glomerular - Reabsorção
tubular + Secreção tubular
 A reabsorção tubular é muito seletiva.

 Algumas substâncias, como glicose e aminoácidos,


são quase que completamente reabsorvidas pelos
túbulos, logo excreção urinária é zero.

 O sódio, cloreto e bicarbonato, também são


muito reabsorvidos e de excreção urinárias são
variáveis, dependendo das necessidades do
organismo.

 Resíduos de produtos como ureia e creatinina, ao


contrário, são pouco reabsorvidos pelos túbulos,
sendo excretados em quantidades relativamente
altas.
 Os processos de filtração glomerular e de
reabsorção tubular são quantitativamente
maiores, em relação à excreção urinária, para
muitas substâncias.

 A Reabsorção Tubular Inclui Mecanismos


Passivos e Ativos
Transporte Ativo
 O transporte ativo pode mover o soluto contra gradiente
eletroquímico e requer energia derivada do
metabolismo.

 O transporte que é acoplado diretamente à fonte de


energia, como, por exemplo, a hidrólise de trifosfato de
adenosina (ATP), é denominado transporte ativo
primário.
 O transporte que é acoplado indiretamente à fonte de
energia, como, por exemplo, a fornecida por gradiente
iônico, é chamado transporte ativo secundário.
Os Solutos Podem Ser Transportados através das
Células Epiteliais ou por Entre as Células.

 Os solutos podem ser


reabsorvidos ou
secretados através das
células pela via
transcelular, ou por entre
as células movendo-se
através das junções
oclusivas e dos espaços
intercelulares pela via
paracelular.
 O sódio é substância que
se move por ambas as
vias.
O Transporte Ativo Primário através da Membrana
Tubular Está Ligado à Hidrólise de ATP.

 A importância especial do transporte ativo primário é


que ele pode mover solutos contra seu gradiente
eletro químico.
 A energia para esse transporte ativo vem da hidrólise de
ATP, por meio da ATPase ligada à membrana; a ATPase
também é componente do mecanismo transportador que
liga e move solutos através das membranas celulares.
 Bom exemplo de sistema de transporte ativo primário é
a reabsorção de íons sódio através da membrana tubular
proximal.
A reabsorção resultante dos íons sódio, do
lúmen tubular de volta para o sangue,
envolve pelo menos três etapas:
 1. O sódio se difunde através da membrana luminal (também
chamada de membrana apicat) para dentro da célula a favor
do gradiente eletroquímico estabelecido pela bomba sódio-
potássio ATPase, na porção basolateral da membrana.

 2. O sódio é transportado, através da membrana basolateral,


contra o gradiente eletroquímico pela bomba sódio-potássio
ATPase.

 3. Sódio, água e outras substâncias são reabsorvidos do


líquido intersticial para os capilares peritubulares por
ultrafiltração, processo passivo movido pelos gradientes de
pressão hidrostática e coloidosmótica.
Reabsorção Ativa Secundária
através da Membrana Tubular.
 O transporte ativo secundário não necessita de energia
diretamente do ATP ou de outras fontes com fosfato de
alta energia.

 Em vez disso, a fonte direta de energia é liberada pela


difusão facilitada simultânea de outra substância
transportada a favor de seu gradiente eletroquímico.

 Esses mecanismos de transporte são tão eficientes que
removem quase toda a glicose e os aminoácidos do
lúmen tubular.
1-Líquido intersticial
2-Células tubulares
3Lúmen tubular
Pinocitose — Um Mecanismo de
Transporte Ativo para Reabsorção de
Proteínas
 A nível do túbulo proximal, reabsorvem moléculas
grandes, como proteínas, por pinocitose.
 Nesse processo, a proteína se adere à borda em escova
da membrana luminal e, então, essa porção da membrana
se invagina para o interior da célula, até que esteja
completamente envolvida e destacada e seja formada
vesícula contendo a proteína.
 Uma vez dentro da célula, a proteína é digerida em seus
aminoácidos constituintes, que são reabsorvidos,
através da membrana basolateral, para o líquido
intersticial.
 Como a pinocitose requer energia, é considerada
forma de transporte ativo.
A Reabsorção Passiva de Água por Osmose Está
Acoplada Principalmente à Reabsorção de Sódio

 A nível do túbulo proximal, é altamente permeáveis à


água, e a reabsorção de água ocorre tão rapidamente
que há apenas pequeno gradiente de concentração para
os solutos, através da membrana tubular.

Nas porções mais distais do néfron, começando na alça de


Henle e se estendendo ao longo do túbulo coletor, as
junções ocludentes se tornam bem menos
permeáveis à água e aos solutos, e as células epiteliais
também têm área de superfície de membrana
acentuadamente diminuída.
Reabsorção de Cloreto, Ureia e de
Outros Solutos por Difusão Passiva
A reabsorção ativa de sódio está intimamente acoplada à
reabsorção passiva de cloreto por meio de potencial
elétrico e de gradiente de concentração de cloreto.

Quando o sódio é reabsorvido através da célula epitelial


tubular, íons negativos, como cloreto, são transportados
juntos com sódio.

Os íons cloreto também podem ser reabsorvidos por


transporte ativo secundário.
 No dueto coletor medular interno, a
reabsorção passiva de ureia é facilitada por
transportadores de ureia específicos.

 No entanto, apenas cerca de metade da ureia


filtrada pelos capilares glomerulares é
reabsorvida dos túbulos.

 O restante da ureia passa para a urina,


permitindo que os rins excretem grandes
quantidades desse produto do metabolismo.
Reabsorção e Secreção ao Longo de
Porções Diferentes do Néfron
 Reabsorção Tubular Proximal: 65% da
carga filtrada de sódio e água. OsTúbulos
Proximais Têm Elevada Capacidade para o a
Reabsorção Ativa e Passiva.
Transporte de Soluto e de Água na
Alça de Henle
 A alça de Henle consiste em três segmentos
funcionalmente distintos: o segmento descendente fino,
o segmento ascendente fino e o segmento ascendente
espesso.
 A porção descendente do segmento fino é muito
permeável à água e moderadamente permeável à
maioria dos solutos, incluindo ureia e sódio.

 O componente ascendente, incluindo tanto a porção fina


quanto a espessa é praticamente impermeável à água,
característica importante para a concentração da urina.
Túbulo Distal
 Aproximadamente 5% da carga filtrada de
cloreto de sódio são reabsorvidos no túbulo
distai inicial.

 Os diuréticos tiazidíacos, que são muito usados


para o tratamento de distúrbios como
hipertensão e insuficiência cardíaca, inibem o
cotransportador de sódio-cloreto.
Dueto Coletor Medular
 As características especiais desse segmento tubular são as
seguintes:
 1. A permeabilidade do dueto coletor medular à água é
controlada pelo nível do ADH. Com níveis elevados de ADH, a
água é absorvida avidamente para o interstício medular,
reduzindo dessa forma o volume urinário e concentrando a
maioria dos solutos na urina.

 2. Diferentemente do túbulo coletor cortical, o dueto coletor


medular é permeável à ureia e existem transportadores de
ureia especiais que facilitam a difusão da ureia, através da
membrana luminal e basolateral.
Dueto Coletor Medular
 Portanto, parte da ureia tubular é reabsorvida para o
interstício medular, ajudando a elevar a osmolaridade
nessa região dos rins e contribuindo para a capacidade
global dos rins para formar urina concentrada.

 3. O dueto coletor medular é capaz de secretar íons


hidrogênio contra grande gradiente de concentração,
como também ocorre no túbulo coletor cortical.
 Dessa forma, o dueto coletor medular também
desempenha papel fundamental na regulação do
equilíbrio acidobásico.
SECREÇÃO TUBULAR
 Movimento de água e
solutos do plasma dos
capilares peritubulares
ou células dos túbulos
renais para dentro do
lúmen dos néfrons.
EXCREÇÃO
 A intensidade com que as substâncias são excretadas na
urina representa a interação entre os processos de
manipulação do plasma.

 Excreção = Filtração – Reabsorção + Secreção

 A excreção envolve a eliminação de soluto e água do


corpo sob a forma de urina Taxa de excreção tem efeito
direto sobre o volume e a composição do plasma.
Micção
 Micção é o processo pelo qual a bexiga se esvazia
quando fica cheia.

 Isso envolve duas etapas principais: primeira, a


bexiga se enche progressivamente até que a
tensão na sua parede atinja nível limiar;
 isso dá origem ao segundo passo, que é um reflexo
nervoso chamado de reflexo da micção, que esvazia a
bexiga ou, se isso falha, ao menos causa um desejo
consciente de urinar.
 Embora o reflexo da micção seja um reflexo autônomo
da medula espinhal, ele também pode ser inibido ou
facilitado por centros no córtex ou tronco cerebrais.
Reflexo da Micção
 Quando o reflexo da micção se torna suficiente para
esvaziar a bexiga, ele produz outro reflexo para
relaxar o esfíncter externo através dos nervos
pudendos.

 Caso este reflexo de relaxamento do esfíncter


externo seja mais potente do que sua inibição
voluntária, a micção ocorre.

 Caso contrário, a micção não ocorrerá até que a


bexiga se encha mais e o reflexo da micção se torne
suficiente para sobrepujar a inibição voluntária.
Facilitação ou Inibição da Micção
pelo Encéfalo
 O reflexo da micção é reflexo espinhal
totalmente autônomo, mas pode ser inibido ou
facilitado pelos centros cerebrais.
 Esses centros incluem (1) potentes centros
facilitadores e inibitórios no tronco
cerebral, localizados principalmente na ponte e
(2) vários centros localizados no córtex cerebral
que são principalmente inibitórios, mas podem
se tornar excitatórios.
 O reflexo da micção é a causa básica da micção, mas os centros
superiores normalmente exercem o controle final da micção como
se segue:
 1. Os centros superiores mantêm o reflexo da micção parcialmente
inibido, exceto quando se tem vontade de urinar.
 2. Os centros superiores podem evitar a micção, até mesmo quando
o reflexo da micção está presente, pela contração tônica do
esfíncter vesical externo, até o momento conveniente para o
esvaziamento.
 3. No momento da micção, os centros corticais podem auxiliar os
centros sacrais a iniciar o reflexo de micção e, ao mesmo tempo,
inibir o esfíncter vesical externo, de forma que a micção ocorra.
MUITO OBRIGADO

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