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CURSO DE

ESPECIALIZAÇÃO EM
ESTRUTURAS DE
CONCRETO E FUNDAÇÕES
CAPÍTULO 4 VERIFICAÇÃO
DE DEFORMAÇÃO
CAPÍTULO 4 4.8 VERIFICAÇÃO DO ESTADO LIMITE
DE DEFORMAÇÃO EXCESSIVA

Deslocamentos limites
 Aceitabilidade sensorial
Pag 185
o limite é caracterizado por vibrações indesejáveis ou efeito visual desagradável. A
limitação da flecha para prevenir essas vibrações, em situações especiais de
utilização, deve ser realizada como estabelecido na Seção 23 da norma; limites
para esses casos são apresentados no Quadro 4.7 (Tabela 13.3,
ABNT NBR 6118:2014).
Efeitos específicos:
os deslocamentos podem impedir a utilização adequada da construção; limites
para esses casos são apresentados no Quadro 4.8 (Tabela 13.3,
ABNT NBR 6118:2014).
 Efeitos em elementos não estruturais:
deslocamentos estruturais podem ocasionar o mau funcionamento de elementos
que, apesar que não fazerem parte da estrutura, estão ligados a ela; limites para
esses casos são apresentados no Quadro 4.9 (Quadro13.3, ABNT NBR 6118:2014).
Efeitos em elementos estruturais:
os deslocamentos podem afetar o comportamento do elemento estrutural,
provocando afastamento em relação às hipóteses de cálculo adotadas. Se os
deslocamentos forem relevantes para o elemento considerado, seus efeitos sobre as
tensões ou sobre a estabilidade da estrutura devem ser considerados, incorporando-
os ao modelo estrutural adotado.
Pag 186
CAPÍTULO 4
4.8 VERIFICAÇÃO DO ESTADO LIMITE DE DEFORMAÇÃO EXCESSIVA

Deslocamentos limites
 Aceitabilidade sensorial
Efeitos específicos:
Efeitos em elementos não estruturais: .
Efeitos em elementos estruturais:
Aceitabilidade sensorial:
o limite é caracterizado por vibrações indesejáveis ou efeito visual
desagradável. A limitação da flecha para prevenir essas vibrações, em
situações especiais de utilização, deve ser realizada como estabelecido na
Seção 23 da norma; limites para esses casos são apresentados na Tabela
4.7 (Tabela 13.2, NBR 6118:2003).
Razão da Exemplo Deslocamento a Deslocamento
limitação considerar limite
Visual Deslocamentos visíveis em Total /250
elementos estruturais
Outros Vibrações sentidas no Devidos a cargas /350
piso acidentais
Pag 187
Limites para deslocamentos – efeitos estruturais em serviço.
Razão da limitação
DRENAGEM DE ÁGUA; Exemplo Deslocamento
PISTA DE BOLICHE E a LABORATÓRIOS
Deslocamento limite
considerar
Superfícies que devem Coberturas e Total /2501
drenar água varandas
Total /350 + contra-flecha2
Pavimentos que devem Ginásios e Ocorrido após a /600
permanecer Planos pistas de construção do piso
boliche
Elementos que suportam Laboratórios Ocorrido após Conforme definido
equipamentos sensíveis nivelamento do pelo fabricante
aparelho
Efeitos em elementos não estruturais:
Pag 187
Razão da Exemplo Deslocamento a considerar Deslocamento limite
Notas sobre a limitação
tabela 4.9:1.O
vão deve ser
tomado na Alvenaria, caixilhos e Ocorrido após a construção da /5001 ou 10 mm ou
direção na revestimentos parede  = 0,0017 rad2

qual a parede Divisórias leves e caixilhos Ocorrido após a instalação da /2501 ou 25 mm
telescópicos divisória
ou a divisória
se Paredes Movimento lateral de Provocado pela ação do vento para H/1700 ou Hi/8503 entre
edifícios combinação freqüente (1 = 0,30) pavimentos4
desenvolve.2.
Rotação nos
Movimentos térmicos Provocado por diferença de /4005 ou 15 mm
elementos que verticais temperatura
suportam Movimentos térmicos Provocado por diferença de Hi/500
paredes.3.H é horizontais temperatura
a altura total Revestimentos colados Ocorrido após construção do forro /350
do edifício e Forros
Hi, o desnível Revestimentos pendurados Ocorrido após construção do forro /175
ou com juntas
entre dois
pavimentos
Pontes Desalinhamento de trilhos Provocado pelas ações decorrentes H/400
vizinhos. rolantes da frenação
Relembrando Pag 114
CONCRETO ARMADO

Estadios

c c c
Rc Rc
c
Rc c c
Rc Rc
Rc c c c
Rc R
c c c c
Rc Rc Rc
Rc
M M>M r Mu
d zI zII z III M M>M r Mu
As d zI zII z III
As M M>M r Mu
d zI zII z III d M M>M r Mu
R c,t Rc,t As
As zI zII zIII
Rs Rs Rs Rs Rs
Rs Rc,t Rc,t
Rs Rs Rs Rs Rs
b ESTÁDIO I ESTÁDIO II ESTÁDIO I I b ESTÁDIO I ESTÁDIO II ESTÁDIO III
Rs
b ESTÁDIO I ESTÁDIO II ESTÁDIO III b ESTÁDIO I ESTÁDIO II ESTÁDIO III

Estádio I: Estádio II Estádio III


Pode-se dizer, simplificadamente, que:
Estádios I e II    correspondem às situações de serviço (quando atuam
as ações reais);
Estádio III    corresponde ao estado limite último (ações majoradas,
resistências minoradas), que só ocorre em situações extremas.

O cálculo de dimensionamento das estruturas de concreto


armado será feito no estado limite último (estádio III)
Pag 189
Previsão de flechas instantâneas
Viga simplesmente apoiada
p

x  K
M 0  M1
a 
a
dx
x 0
EI Diagrama de Momento M 0
p

Diagrama de Momento M 1 P=1


K

Figura 4- Esquema para o cálculo do deslocamento


a em um ponto K de uma viga simplesmente
apoiada sob carregamento uniforme.
Pag 190
Para vigas de seção constante, o produto EI, chamado de rigidez, pode ser colocado
em evidencia, e a flecha passa a ser função da integral x 

Viga de Concreto armado


 M 0  M1 dx
p x 0

Diagrama de Momento

Viga sob carga de serviço

x
Região funcionado Região funcionado Região funcionado
no estádio I no estádio II (M>M ) no estádio I

sem fissuras com fissuras de flexão sem fissuras


de flexão
de flexão
tensão no tensão no concreto
concreto tensão no
concreto
* *
c,2> c,1
*
c
xI x II xI

** **
c < f ct c < f ct

Figura 5 Viga de concreto armado simplesmente apoiada sob ações de serviço.


Relembrando Pag 96 cap. 25

Ensaio feita na
UFSCar para
mostrar o efeito
da fissuração na Estádio I
flecha

Real ensaio 1600


1600
1400

1400 1200
P- Carga aplicada + peso

1200 1000

Efeito da fissuração
próprio (daN)

800
1000
A B C 600

800 400

200
600
0
400 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

200
Estádio II Puro
Figura 2.17 Esquema do ensaio de flexão e diagrama carga  flecha de uma nervura de laje pré-
0 moldada [FLÓRIO et all (2003)].
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

a - flecha (mm)

igura 2.17 Esquema do ensaio de flexão e diagrama carga  flecha de uma nervura de laje pré-
moldada [FLÓRIO et all (2003)].
Pag 191
35
Além da fissuração há o efeito y = -0,0004x 2 + 0,1386x + 14,479
30
da fluência R2 = 0,9776

25

Flecha (mm)
20

BRANSON
15
(1968)
10
y = -0,0145x 2 + 0,9034x + 0,2669
Efeito da fluência 5
R2 = 0,9386

0
0 30 60 90 120 150 180 210
Tempo (dias)

4.8.2.1 Características geométricas de seções no estádio I


R s  A s  s  A s  s  E s  A s   c  E s R s  A c,eq   c  E c

Igualando as duas expressões de Rs


A s   c  E s  A c,eq   c  E c A c,eq  A s   e
 e  E s / Ec
Pag 192
Pag 193
Para considerar seção
homogeneizada Faz-se a seção de
concreto + a seção de aço

Faz-se o equilíbrio de forças


considerando todos os materiais
resistente e flexão simples, também
lei de Hooke
Encontrando-se os valores →
Pag 194

Estádio I Bruto
Sem As

Expressão
Área (seção Ag  bf  bw   h f  bw  h (4.10)
geométrica)
 h f2  2
Centro de (b f  b w )     bw  h (4.11)
 2  2
gravidade  
y cg 
Ag
Momento de (bf  b w )  h 3f b w  h 3
2 2
 h   h
inércia à Ig    (bf  b w )  h f   ycg  f   b w  h   ycg   (4.12)
flexão 12 12  2  2
Pag 195

Estádio I
Homogeneizado
Com As

Quadro 4.11 Características geométricas de seções transversais em "T", no estádio I,


com armadura longitudinal As.
Expressão
Área (seção A h   b f  b w   h f  b w  h  A s     1 (4.13)
homogeneizada)
Centro de  h f2  2
gravidade (b f  b w )     b w  h  A s (  1)  d (4.14)
 2  2
 
yh 
Ah
Momento de 2
(b  b w )  h 3f b w  h 3  h 
inércia à flexão Ih  f   (b f  b w )  h f   y h  f 
12 12  2  (4.15)
2
 h
 b w  h   y h    A s     1   y h  d  2
 2
Pag 196 e 197
Estádio II bf

PURO
 
d' c c
Cc
hf
xII xII
A'
s
d h z M>Mr
A s

 T

Concreto tracionado
s t

bw
a) seção tr ansver sal b) deformações b) tensões e r esultantes

não entra Figura 4.10 Seção transversal em forma de " T" no estádio II puro.

Faz-se o equilíbrio de forças Para o cálculo do momento de inércia no est ádio  puro é necessário conhecer a posição x II
da linha neutra, obtida igualando o momento estático da seção homogeneizada a zero. O cálculo
de xII pode ser encontrado em GHALI & FAVRE (1986), que em casos de vigas com seção em
forma de "T" é obtido da equação do segundo grau:

considerando todos os a1  x

cuja solução é
II
2
 a 2  x II  a 3  0 (4.16)

materiais resistente e flexão x II 


 a 2  a 2
2
2  a1
 4  a1  a 3
(4.17)

com os coeficientes a1, a 2 e a3 iguais a:

simples, também lei de a1  b w / 2

 bf  e
(4.18)

a 2  h f   b w   1  A s
'
 e  As (4.19)

Hooke chega-se a equação a 3  d '  e  1  A s


'
 d  e  As 
hf
2
2
 bf  b w 
(4.20)

2
a 1  x II  a 2  x II  a 3  0
a1  b w / 2 a 2  h f   b f  b w     e  1  A '
s  e  As
2
h
a 3  d '    e  1  A s'  d   e  A s  f   b f  b w 
2
2
 a2  a2  4  a1  a 3
x II 
2  a1
Pag 196 e 197
Estádio II bf

PURO
 
d' c c
Cc
hf
xII xII
A'
s
d h z M>Mr
A s

 T

Concreto tracionado
s t

bw
a) seção tr ansver sal b) deformações b) tensões e r esultantes

não entra Figura 4.10 Seção transversal em forma de " T" no estádio II puro.

Para o cálculo do momento de inércia no est ádio  puro é necessário conhecer a posição x II
da linha neutra, obtida igualando o momento estático da seção homogeneizada a zero. O cálculo
de xII pode ser encontrado em GHALI & FAVRE (1986), que em casos de vigas com seção em
forma de "T" é obtido da equação do segundo grau:

a1  x 2
 a  x  a  0 (4.16)

a 22
II 2 II 3

 a2   4  a1  a 3 cuja solução é

x II 
2
 a 2  a 2  4  a1  a 3
x II  (4.17)
2  a1

2  a1
com os coeficientes a1, a 2 e a3 iguais a:

a1  b w / 2 (4.18)

a 2  h f   bf  b w   e  1  A s
'
 e  As (4.19)

hf2 (4.20)
a 3  d '  e  1  A s
'
 d  e  As   bf  b w 
2

Inércia com a linha neutra passando na mesa


b f  x 3II
 x, 0    e  A s  ( x II - d) 2  ( e  1)  A s'  ( x II - d ' ) 2
3
Inércia com a linha neutra passando na alma

 x, 0 
 b f b w   h
bw  x 3

3
 h 
 (b f  b w )  h f   x II  f  
f II
2

12 3  2
2 ' ' 2
  e  A s  ( x II - d)  ( e - 1)  A s  ( x II - d )
Pag 197 e 198
4.8.2.3 Efeito da fissuração - modelo simplificado de Branson
para flecha imediata
BRANSON (1968)

Esse procedimento pode ser utilizado para obter o valor da inércia,


intermediário ao valor no estádio I e no final do estádio II (estádio II puro).
De forma geral, a expressão obtida por Branson é dada por

 Mr 
n
 M 
n

I m     I I  1   r    I II
 M at    M at  

SEGUNDO A NBR6118:2014
 M  3  M 
3 
   I II   E cs  I c
(E  I) eq  E cs   r   I c  1   r 
 M a    Ma   
 

Só usar se Ma>Mr
Pag 199 já dado na aula de
sexta
  f ct ,m  I c  = 1,2 para seções em forma de "T" ou duplo "T"
Mr   = 1,3 para seções I ou T invertido
 = 1,5 para seções retangulares;
yt
f ct , m  0,3  f 2/3
ck (para o caso de estado de deformação excessiva) e resistência à tração inferior do
concreto dado por f ctk , inf  0,21  f ck2 / 3 (para verificação do estado de formação de fissura);
expressões validas até C50.

Im  momento de inércia efetivo para uma seção ou para toda a peça, no caso de vigas
simplesmente apoiadas; momento de inércia médio entre a seção do apoio e a
seção do meio do vão, para o caso de vigas contínuas;

II  momento de inércia da peça no estádio I (da seção bruta ou homogeneizada);

III  momento de inércia da peça no estádio II pura;

Mr  momento de fissuração do concreto;


Mat  momento atuante na seção mais solicitada;

n  índice de valor igual a 4, para situações em que a análise é feita em apenas uma
seção da peça, ou igual a 3, quando se faz a análise da peça ao longo de todo o
seu comprimento, que é a situação em questão.
Pag 199

Efeito da fissuração
 c  p  4
a (4.26)
 E  I  eq

onde:

p carga definida por uma certa combinação (por exemplo, quase permanente) ;
 vão da viga;
(E.I)eq  rigidez equivalente dada pela expressão 4.24;
c  coeficiente que depende da condição estática do sistema considerado
(simplesmente apoiado, contínuo) e do tipo de ações atuantes; é encontrado
em livros de resistência dos materiais e de teoria das estruturas; no caso de
vigas simplesmente apoiadas e carga uniformemente distribuída, c = (5/384).
Pag 200 e 201

   f  Efeito da fluência do concreto  avaliação da flecha diferida no
4.8.2.4 (4.2
f    1  50  ' (4.27)
1 f tempo
501 
'50  '  (4.27)
1    f 
a
nde: onde: t ,
onde: a t ,0 f 1  50  '

' onde:
''  A s
A s' As (o valor de ' será ponderado no vão de maneira análoga ao cálculo de Ieq);
'  '  (o valor de  d ' será
(obvalor de 'ponderado
será ponderado no vãonodevãomaneira análoga
de maneira ao cálculo
análoga de Ieq);
ao cálculo de Ieq);
bd bd ' área da armadura de compressão no trecho considerado; As '
A  considerado;b  d (o valor de ' será ponde
 ' 
As'  Aárea '
s  da s armadura
área da armadura de compressão
de compressão no trecho considerado;
no trecho
  coeficiente função do tempo, sendo   ( t ) ' ( t 0 ) ;
  coeficiente
  coeficiente funçãofunção do tempo,   (t )((tt)0) ;( t 0A) s;  área da armadura de comp
sendosendo
do tempo,
 t0,680,32
 0,996 t 0 , 32
 0,68(0t,)68 0,996 0,32  t para t  70 meses
  coeficiente função do temp
996 t t  para
t t   70 meses
para t meses
70 ;
 ( t ) ( t )   2 para t  70 meses ; ;
2 para  70
2 tpara  70 meses
t meses  0,68  0,996 t  t 0,32 para
t  tempo, em meses, quando se deseja o valor da (flecha t )   diferida;
t  tempo, em meses,
em quando
meses, se
quando deseja
se o valor
t  t  idade, em meses, relativa à data de aplicação da carga
tempo, deseja o da flecha
valor da diferida;
flecha diferida; 2 para t  70duração;
de longa meses se a
0
t0  idade,
t0  idade,em meses,em meses,
parcelas relativa à data
de relativa
cargas àde
de aplicação
data
longa deduração da forem
aplicação carga de
da carga longa
adotadas de longaduração; sevariadas,
duração;
em idades as se as entã
t  tempo, em meses, quando
parcelas de cargas
parcelas de longa
de cargas de duração
longa foremforem
duração adotadas em idades
adotadas em variadas,
idades então então
variadas,
Pi  t 0i t0  idade, em meses, relativa
 Pi  t0tP 
 t ;
t 0  t 0  i0i; 0i ; Pi parcelas de cargas de long
 P  Pi  Pi  t 0i
Pi  i parcelas de carga; t  ;
Pi  Pparcelas
i  tparcelasde carga;de carga; 0

0i  idade (em meses) em que se aplicou cada parcela P i . Pi
t0i  t0iidade idade(em meses) em que
(em meses) emseque aplicou cada parcela
se aplicou P i . P i.
cada parcela
FormaPi  simplificada
parcelas de carga;
t0i  idade (em meses) em que s
Resumo cap 4 e cap1
  Para C20 e =1  c  p  4 Para bi apoiado   f ctm  I c
a Mr 
 E  I eq
E cs  4760  f ck a
5  p  4
yt
384   E  I  eq f ct ,m  0,3  f ck2 / 3

E ci   E  5600  f ck para fck de 20 MPa a 50 MPa (1.9)

1/ 3
3 f 
E ci  21,5  10   E   ck  1,25  para fck de 55 MPa a 90 MPa (1.10)
 10 
em que:
αE = 1,2 para basalto e diabásio
αE = 1,0 para granito e gnaisse
αE = 0,9 para calcário
αE = 0,7 para arenito

O módulo de deformação secante também pode ser obtido segundo método de ensaio
estabelecido na ABNT NBR 8522, ou estimado pela Expressão 1.11:

 f 
E cs   0,8  0,2  ck   E ci  E ci (1.11)
 80 
Peograma UNI CD
Resumo final
Combinação quase permanente

VISUAL 

  
a t ,0 1 (1 f )  (ag1  g 2  2  q)  alimite  250
a t ,a fluência
Considerando

VIBRAÇÕES SENTIDAS NO PISO

 a q  alimite


aq  a g1  g 2  q  a g1  g 2  alimte 
350
 flecha de carga acidental = flecha da combinação – flecha da combinação
permanente.
CONCRETO ARMADO Pag 215
Exemplo 2
Verificar o estado de deformação excessiva das lajes do exemplo anterior (admitir que a
edificação se destine a fins residenciais), que tem as seguintes características:  16 (h = 16 cm);
simplesmente apoiada; intereixo de 50 cm; vão de 5,00 m; classe 27; As = 3,615 cm2; peso
próprio g1 = 1,60 kN/m2; sobrecarga permanente g2 = 1,5 kN/m2; carga acidental q = 4 kN/m2;
fck = 20 MPa; retirada do escoramento após duas sema nas da concretagem; d = 16,0 –
2,1= 13,9 cm (cobrimento de 1,5 cm e barra de 12,5 mm).

Outros dados: fck = 20 MPa; aço da treliça do tipo CA-60. A seção transversal real e a adotada
para o cálculo estão na Figura 4.18.

V100

eixo da viga 400 cm 


50 cm
eixo do pilar 4
detalhe 1
15 16 cm
V101 (25 X )
a) As
50
V103

V104
40 760 cm 40 760 cm 40
4
500 cm 

15 16
V102
b)
10 cm As
Pag 216
d = 16,0 – 2,1= 13,9 cm 15
50 cm
4

16 cm

a) As
50
4

15 16

b)
10 cm As

a) Características geométricas da seção transversal no estádio I


Para calcular as características geométricas no estádio I, inicialmente sem considerar a presença
da armadura, conforme previsto na ABNT NBR 6118:2014 no item 17.3.2.1.1, basta fazê-lo para
a seção bruta usando as fórmulas 4.11 e 4.12 da seção 4.8.2.1.

 h f2  h 2  42  16 2
(b f  b w )     bw  (50  10)     10 
 2  2  2  2
y cg        5,0 cm
Ag 40  4  10  16

2 2
(bf  bw )  h3f bw  h3  h   h
IIg    (bf  bw )  hf   ycg  f   bw  h   ycg  
12 12  2  2

2 2
40  4 3 10 16 3  4  16 
I Ig    40  4   5,0    10 16   5,0    6507 cm 4  6,5110 5 m 4
12 12  2  2
No cálculo das características geométricas no estádio I, poderia ter sido considerada a
existência de armadura, tornando a seção homogênea com e = 9,865 (calculado a seguir). Nesse
caso a inércia seria I h  8,8  10 5 m 4 .
Pag 216
b) Características geométricas da seção transversal no estádio II puro
Para calcular as características da seção no estádio II puro é preciso conhecer, inicialmente, o
valor do módulo de deformação longitudinal do concreto, para encontrar o valor de e (relação
entre os módulos de deformação do aço e do concreto).

Es 210 000 210 000 210 000


e      9,865
E cs 4 760  f ck 4 760  20 21 287

Para o estádio II puro o valor da posição da linha neutra e o momento de inércia são
dados pelas expressões 4.16 a 4.21, destacando que neste caso A s'  0 e admitindo-se,
inicialmente, a linha neutra passando na mesa (x II < hf, seção retangular), de modo que bw = bf.
 Posição (profundidade) da linha neutra:

a 1  b w / 2  b f / 2  50 / 2  25 cm

a 2   e  A s  9,865  3,615  35,66 cm2

3
a 3   d   e  A s   13,9  9,865  3,615   495,7 cm

 a 2  a 22  4  a 1  a 3  35,66  35,66 2  4  25  495,7


x II    3,8 cm  h f  4 cm
2  a1 2  25

 Momento de inércia no estádio II puro:

bf  x3 2 50  3,8
3
 x, 0    e  A s  ( x - d)   9,865  3,615   3,8  13,9 2  4552 cm 4 (4,5 10 5 m 4 )
3 3
Pag 217
c) Cálculo das flechas para as diversas combinações
As flechas para as diversas combinações de ações podem ser calculadas pela expressão:

5  p  4
a
384  E cs  I m

sendo Ec = 21287 MPa e Im a inércia média de Branson (expressão 4.23):

M 
3  M 
3
Im   r   I Ig  1   r    I x,II
 M at    M at   0
 
  f ct ,m  I Ig 1,2  2210  6,51  10 5
Mr    1,57 kN m
yt (0,16  0,05)

2/3
com f ct ,m  0,3  f ck  0,3  20 2 / 3  2,21 MPa  2210 kN m .
Os momentos atuantes são dados por:

p  2
M at 
8
Pag 218
As cargas p atuantes por nervura (largura da mesa de 50 cm) serão calculadas para as
combinações permanente, quase permanente e rara:

 permanente: p1  (g 1  g 2 )  0,5  (1,6  1,5)  0,5  1,55 kN/m (por nervura);

 quase permanente: p 2  (g 1  g 2  0,3  q )  0,5  (1,6  1,5  0,3  4)  0,5  2,15 kN/m (por
nervura);

 rara: p 3  (g 1  g 2  q )  0,5  (1,6  1,5  4)  0,5  3,55 kN/m (por nervura).

As flechas, calculadas para as três combinações, deverão atender aos limites dados na tabela 4.7
para a condição de aceitabilidade sensorial

Planilha em Excel no CD
Pag 218

As flechas, calculadas para as três combinações, deverão atender aos limites dados na
Quadro4.7 para a condição de aceitabilidade sensorial:

 para a totalidade de cargas: /250

 para a carga acidental: /350

Quadro4.12 Inércia média e flechas para as diversas combinações.


p Mat = Mmáx M r Im p/Im a
Ação (kN/m) (kN.m) M max (m4) (cm)
Permanente 1,55 4,84 0,324 4,5710-5 33917 1,30
Quase-permanente 2,15 6,72 0,234 4,5310-5 47461 1,81
Rara 3,55 11,09 0,142 4,5110-5 78714 3,01
c) Cálculo das flechas para as diversas combinações
As flechas para as diversas combinações de ações podem ser calculadas pela expressão:
c) Cálculo das flechas para as diversas combinações

p 2 5  p  4 As flechas para as diversas combinações de ações podem ser calculadas pela expressão:
a 
384  E cs  I m

M
5  p  4
a
sendo Ec = 21287 MPa e Im a inércia média de Branson (expressão 4.23): 384  E cs  I m

8   Mr  
3 3
 Mr  sendo Ec = 21287 MPa e Im a inércia média de Branson (expressão 4.23):
Im  
 
  I Ig  1  
 

  I x,II
 M at    M at  
0
 
M 
3   M 3 
I m   r   I Ig  1   r    I x,II0
 M at    M at  
 


a q  3,01  1,30  1,71 cm  a lim ite   1,43 cm Não passa
350
Pag 219 e 220
d) Determinação do efeito da fluência
O cálculo do efeito da fluência é realizado com a combinação quase permanente (2,15 kN/m),
cujo momento resultante é 6,72 kNm, e com as equações do item 4.8.2.4.
O tempo t0 (idade, em meses, relativa à data de aplicação da carga de longa duração, no
caso 14 dias) fica:
t0 = 14/30 = 0,47

Os coeficientes  para as idades t0 = 0,47 e para o tempo infinito são:

( t 0 )  0,68  0,996 t  t 0,32  0,68  0,996 0, 47  0,47 0,32  0,53 ;

()  2 (valor fixo para idade maior que 70 meses).

Como não há armadura comprimida, então '  0 , resultando para o fator f:

 2  0,53
f    1,47
1  50  ' 1
Pag 219 e 220
Quadro4.12 Inércia média e flechas para as diversas combinações.
p Mat = Mmáx M r Im p/Im a
Ação (kN/m) (kN.m) M max (m4) (cm)
Permanente 1,55 4,84 0,324 4,5710-5 33917 1,30
Quase-permanente 2,15 6,72 0,234 4,5310-5 47461 1,81
Rara 3,55 11,09 0,142 4,5110-5 78714 3,01

 Não passa
a cf   1,42cm
350

a total ,  4,47  1,42  3,05   2 cm
250
CONCRETO ARMADO Pag 219
Exemplo 3
Refazer o exemplo anterior considerando que a laje seja 20, (h = 20 cm, hf = 6 cm e
bw = 10 cm), simplesmente apoiada, com intereixo de 50 cm, vão igual a 5,00 m, classe 27
(As = 3,615 cm2); peso próprio g1 = 2,2 kN/m2, g2 = 0,9 kN/m2, q = 4 kN/m2, fck = 20 MPa,
retirada do escoramento com após duas semanas da concretagem. Admitir d = 18 cm. A
sobrecarga permanente g2 foi reduzida, neste exemplo, de 1,5 kN/m2 para 0,9 kN/m2 para manter
a carga permanente total empregada nos exemplos anteriores.

V100

eixo da viga 400 cm 


eixo do pilar
detalhe 1

V101 (25 X )

Pag 202
V103

V104
40 760 cm 40 760 cm 40

500 cm 

V102

Detalhe 1 20 cm
12,5

eixo da viga eixo do pilar


CONCRETO ARMADO Pag 219
a) Características geométricas no estádio I
Os valores são calculados como no exercício anterior, obtendo- se: 
 yi = 13,82 cm (distância do centro de gravidade à borda tracionada);
 IIg = 1,27x10-4 m4 (momento de inércia da seção geométrica (bruta) de concreto, sem
armadura).
b) Características geométricas no estádio II puro

E c  2,1  107 kN / m 2  e  9,865


fct,m = 2,21 M Pa = 2210 kN/m2.
  f ct ,m  I c 1,2  2210 1,27 10-4
Mr    2,44 kN . m
yt 0,1382
Pag 220
b) Características geométricas no estádio II puro

•Linha neutra no a 1   b f / 2  25 cm
• estádio II com a 2   e  A s  9,865  3,615  35,66 cm 2
a 3   d   e  A s  18  9,865  3,615   642 cm 3

 a2  a22  4  a1  a3
xII  
2  a1

 35,66  35,66 2  4  25  642


xII   4,4 cm  h f  6 cm
2  25
3
bf  x
 x, 0    e  A s  ( x - d) 2 
3
50  4,43
 9,865  3,615   4,4  18  8016 cm 4 (8,0 105 m 4 )
2
 x, 0 
3
Pag 220

c) Cálculo das flechas para as diversas combinações


c) Cálculo das flechas para as diversas combinações
Usando diretamente a tabela 4.12 do exercício anterior:
Usando diretamente a tabela 4.12 do exercício anterior:
Tabela 4.13 Inércia média e flechas para as diversas combinações.
Tabela 4.13 Inércia média e flechas para as diversas combinações.
p Mat = Mmáx Mr Im p/Im a
4
Ação (kN/m)
p M(kN.m)
at = Mmáx MM r (mIm) p/Im (cm)
a
max 4
Ação (kN/m) (kN.m) (m )-5
M max 8,6010 (cm)
Permanente 1,55 4,84 0,504 18023 0,69
Permanente
Quase-permanente 1,55
2,15 4,84
6,72 0,363 8,6010-5-5 26156
0,504 8,2210 18023 0,69
1,00
Quase-permanente
Rara 2,15
3,55 6,72
11,09 0,220 8,2210-5-5 44099
0,363 8,0510 26156 1,00
1,69
Rara 3,55 11,09 0,220 8,0510-5 44099 1,69
Pag 220
Usando diretamente a tabela 4.12 do exercício anterior:

Tabela 4.13 Inércia média e flechas para as diversas combinações.

p Mat = Mmáx Mr Im p/Im a


Ação (kN/m) (kN.m) M max (m4) (cm)
Permanente 1,55 4,84 0,504 8,6010-5 18023 0,69
Quase-permanente 2,15 6,72 0,363 8,2210-5 26156 1,00
Rara 3,55 11,09 0,220 8,0510-5 44099 1,69

O cálculo da flecha de carga acidental é dada por:


a q  1,69  0,69  1,00 cm  a lim ite   1,42 cm
350
Atende
Pag 220
Usando diretamente a tabela 4.12 do exercício anterior:

Tabela 4.13 Inércia média e flechas para as diversas combinações.

p Mat = Mmáx Mr Im p/Im a


Ação (kN/m) (kN.m) M max (m4) (cm)
Permanente 1,55 4,84 0,504 8,6010-5 18023 0,69
Quase-permanente 2,15 6,72 0,363 8,2210-5 26156 1,00
Rara 3,55 11,09 0,220 8,0510-5 44099 1,69
c) Determinação do efeito da fluência
O cálculo do efeito da fluência é realizado da mesma forma que no exercício anterior,
resultando em:
 2  0,53
f    1,47
1  50  ' 1 Não Atende

a total ,  1,00  (1  1,47)  2,47 cm   2 cm
250
contraflecha

a total ,  2,47 cm  1,42  1,05 cm   2 cm
250 Atende

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