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Eletricidade
Podemos dizer que a eletricidade é um fenômeno natural, pelo qual se formam cargas elétricas
positivas e negativas que se atraem ou se repelem, desprendendo eletrões do núcleo do átomo.
Esse movimento acaba por produzir a eletricidade.
• Para instalações:
– Incêndio.
– Explosão.
Quando dois reservatórios têm o mesmo nível, será que a água corre de um para
outro?
+ _
_
+
Os materiais condutores (cobre, prata, alumínio) têm muitos eletrões livres por
isso são usados para conduzir a corrente elétrica, já que apresentam uma
resistência praticamente nula (R ≈ 0).
Os materiais isoladores (plástico, borracha, baquelite) não têm eletrões livres por
isso não conduzem a corrente elétrica oferecendo uma grande resistência à sua
passagem (R ≈ ∞).
Recetores:
Lâmpada, campainha, motor, eletrodomésticos.
Aparelhos de comando:
Interruptor, botão de pressão.
Condutores elétricos:
Condutor de cobre com um isolamento exterior de plástico.
A unidade de potência elétrica (P) é o watt (W), do tempo (t) é a hora (h)
logo, a unidade de energia elétrica é o Watt-hora (Wh)
Uma ficha de um equipamento que está em carga retirada de uma tomada provoca
normalmente um arco o qual, numa atmosfera explosiva, pode provocar um acidente. Os
seccionadores, quando abertos em carga, também produzem arcos elétricos violentos.
A energia elétrica criada por cargas estáticas é normalmente muito pequena e por
isso não oferece risco para as pessoas, apesar das tensões em jogo atingirem por
vezes milhares de Volts. No entanto, o arco elétrico produzido durante uma descarga
electroestática em meios carregados de gases inflamáveis pode originar graves
explosões; estes arcos podem ser produzidos por fricção entre materiais sólidos,
líquidos e gasosos ou ainda pelo simples contacto ou rutura de contacto entre dois
corpos.
Quanto à proteção contra o arco produzido pela eletricidade estática, há que evitar a
produção de cargas electroestáticas ou, quando tal não for possível, eliminá-las de um
modo contínuo, de forma a evitar a sua acumulação.
O contacto entre Homem e o elemento sobre tensão pode ser do seguinte tipo:
• Contacto direto: Acontece quando um indivíduo entra em contacto com uma parte
ativa de um circuito que está sob tensão. É o tipo de contacto que acontece quando
alguém toca num elemento condutor de um circuito. Ex: Quando ao furarmos uma
parede o berbequim atinge uma ligação elétrica.
• Contacto Indireto: Acontece quando um indivíduo entra em contacto com massas
(partes metálicas) acidentalmente sob tensão. Ocorre, por exemplo, quando se toca
na cobertura metálica de uma máquina elétrica que por deficiência no isolamento
está sob tensão elétrica. Este tipo de contacto resulta de falhas no isolamento dos
equipamentos elétricos, geralmente causados pelo envelhecimento dos materiais
dos mesmos.
CONTACTO DIRETO
CONTACTO INDIRETO
Contacto entre uma massa
acidentalmente sob tensão, por
exemplo, a carapaça metálica
de um eletrodoméstico, e um
elemento condutor ligado à
terra (relativamente frequente)
Tensão de segurança: é o valor da tensão de contacto que pode ser indefinidamente suportada
pelo organismo sem acarretar efeitos fisiopatológicos perigosos. O RSIUEE, refere os seguintes
valores:
- 50 V, quando não há massas suscetíveis de serem empunhadas.
- 25 V, se houver massas suscetíveis de serem empunhadas ou aparelhos portáteis com massas
acessíveis.
Perceção
O limiar de perceção representa o valor mínimo da corrente sentida por uma pessoa e
que apenas representa uma sensação de formigueiro.
A publicação IEC 479 (Comissão Eletrotécnica Internacional) aceita como valor médio do
limiar de perceção 0,005 Ampere ou 5 mA.
Tetanização
É um fenómeno decorrente da contração muscular produzida por um impulso elétrico.
O limite de “não largar” define-se como o valor máximo da corrente que um indivíduo
pode suportar e largar um condutor ativo (condutor afeto à passagem da corrente
elétrica).
Experiências indicam para este limite os seguintes valores médios:
Em corrente alternada 50/60 Hz:... 10 mA para mulheres; 16 mA para homens;
Em corrente contínua:.....................51 mA para mulheres; 76 mA para homens
A CEI 479 indica como limiar de “largar” 10 mA.
Correntes inferiores a este limite, mesmo não ocasionando graves lesões diretas
no organismo, podem estar na origem de quedas, acidentes com partes móveis
de máquinas, etc.
Paragem respiratória
Correntes superiores ao limite de “largar” podem provocar nas vítimas uma
paragem respiratória. A passagem da corrente leva à contração dos músculos
ligados à respiração e/ou aos centros nervosos que os comandam, produzindo
asfixia que, permanecendo a passagem da corrente, levam à perda de consciência
e morte por sufocamento.
Por este motivo, é necessário fazer respiração artificial num curto lapso de tempo (3 a 4
minutos no máximo) para evitar a asfixia e lesões irreversíveis no cérebro.
Queimaduras
Sendo a passagem da corrente elétrica acompanhada por desenvolvimento de calor,
por efeito de Joule, uma das consequências mais frequentes dos acidentes elétricos
são as queimaduras.
Estas queimaduras revelam-se mais intensas nas zonas de entrada e saída da corrente
porque:
• A pele, quando comparada com os tecidos internos, apresenta uma elevada
resistência elétrica;
• À resistência da pele soma-se a resistência de contacto entre a pele e as partes sob
tensão;
• Os pontos de entrada e saída da corrente, sobretudo se as áreas de contacto forem
pequenas, a densidade de corrente é maior.
Existem ainda as queimaduras provocadas pela libertação de calor por arco elétrico.
Estas queimaduras assumem graves proporções nos acidentes elétricos com alta tensão, são
as de mais difícil tratamento, podendo provocar a morte por insuficiência renal.
Fibrilação ventricular
Este fenómeno fisiológico é o mais grave que pode ocorrer devido à passagem da
corrente elétrica. Deve-se ao facto de aos impulsos elétricos naturais que provocam a
contração muscular do músculo cardíaco, se sobrepor uma corrente externa que faz
com que as fibras ventriculares passem a contrair-se de modo descontrolado.
Fibrilação ventricular
Limiar da fibrilação: este limite é de difícil determinação porque há que ter em conta os
seguintes aspetos:
• Só uma parte da corrente que circula no corpo humano é que atinge o coração;
• O percurso da corrente é importante, e é necessário introduzir o designado fator de
corrente de coração (F), que relaciona a intensidade de campo elétrico no coração
para um dado percurso de corrente com a intensidade do campo elétrico para
uma corrente da mesma intensidade circulando da mão esquerda aos pés, que é o
percurso de referência. Assim, por exemplo, uma corrente de 300 mA de mão a mão (F=0,4) tem
o mesmo efeito que uma corrente de 120 mA (0,4 x 300) da mão esquerda aos pés.
• A importância do momento do ciclo cardíaco em que se dá a passagem da corrente. Em
corrente alternada a 50 Hz existe uma redução considerável da fibrilação se a
circulação da corrente se prolongar para além de um ciclo cardíaco. Para tempos de
passagem com duração inferior a 0,1 seg., a fibrilação pode ocorrer para correntes
acima dos 500 mA. Correntes elevadas não provocam, de um modo geral, fibrilação;
podem, no entanto provocar uma paragem cardíaca ou produzir alterações orgânicas
irreversíveis no sistema cardíaco.
01/06/2022 DAVID DOMINGUES 67
Risco de incêndio de origem elétrica – Proteção de pessoas contra
risco elétrico
OBRIGADO