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BIOSSEGURANÇA

Prof.ª: Enf. Ana Beatriz Linard de Carvalho


Curso Técnico em Enfermagem/Santana do Cariri

UNIDADE II
CONTROLE DE INFECÇÃO
RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE

São eventos adversos (EA) que ainda


IRAS persistem nos serviços de saúde.
Essas infecções elevam custos do
cuidado prestado ao paciente, tempo
de internação, morbidade e PORTARIA N°
mortalidade. 2.616/1998

CCIH Dispõe sobre a obrigatoriedade da


manutenção pelos hospitais do
país, de Programa de Controle de
Infecções Hospitalares.
CONTROLE DE INFECÇÃO
RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE

PACIENTES Pacientes de UTI;


CRÍTICOS
Pacientes de berçário de alto risco;

Pacientes queimados e submetidos a transplante de


órgãos;

Pacientes hemato-oncológicos;

pacientes com Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.


CONTROLE DE INFECÇÃO
RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
Competências 3.1 Elaborar, implementar, manter e avaliar programa de controle de infecção hospitalar, adequado às características e
necessidades da instituição, contemplando, no mínimo, ações relativas a:
da CCIH
3.1.1. implantação de um Sistema de Vigjlância Epidemiológica das Infecções Hospitalares;

3.1.2 - adequação, implementação e supervisão das normas e rotinas técnico-operacionais, visando à prevenção e controle das
infecções hospitalares;

3.1.3 - capacitação do quadro de funcionários e profissionais da instituição, no que diz respeito à prevenção e controle das
infecções hospitalares;

3.1.4 - uso racional de antimicrobianos, germicidas e materiais médico-hospitalares;

3.2 avaliar, periódica e sistematicamente, as informações providas pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica das infecções
hospitalares e aprovar as medidas de controle propostas pelos membros executores da CCIH;

3.3 realizar investigação epidemiológica de casos e surtos, sempre que indicado, e implantar medidas imediatas de controle;

3.4. elaborar e divulgar, regularmente, relatórios e comunicar, periodicamente, à autoridade máxima de instituição e às chefias
de todos os setores do hospital a situação do controle das infecções hospitalares, promovendo seu amplo debate na
comunidade hospitalar;
CONTROLE DE INFECÇÃO
RELACIONADA À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
3.5 elaborar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando limitar a disseminação de agentes
Competências presentes nas infecções em curso no hospital, por meio de medidas de precaução e de isolamento;
da CCIH
3.6. adequar, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas técnico-operacionais, visando à prevenção e ao tratamento das
infecções hospitalares;

3.7.definir, em cooperação com a Comissão de Farmácia e Terapêutica, política de utilização de antimicrobianos, germicidas e materiais
médico-hospitalares para a instituição;

3.8.cooperar com o setor de treinamento ou responsabilizar-se pelo treinamento, com vistas a obter capacitação adequada do quadro de
funcionários e profissionais, no que diz respeito ao controle das infecções hospitalares;

3.9 elaborar regimento interno para a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar;

3.10. cooperar com a ação do órgão de gestão do SUS, bem como fornecer, prontamente, as informações epidemiológicas solicitadas pelas
autoridades competentes;

3.11. notificar, na ausência de um núcleo de epidemiologia, ao organismo de gestão do SUS, os casos diagnosticados ou suspeitos de outras
doenças sob Vigilância epidemiológica (notificação compulsória), atendidos em qualquer dos serviços ou unidades do hospital, e atuar
cooperativamente com os serviços de saúde coletiva;

3.12. notificar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica e Sanitária do organismo de gestão do SUS, os casos e surtos diagnosticados ou
suspeitos de infecções associadas à utilização de insumos e/ou produtos industrializados.
CONCEITOS E CRITÉRIOS DIAGNOSTICOS
DAS INFECÇÕES HOSPITALARES
INFECCÇÃO COMUNITÁRIA
Associada à complicação ou
Constatada ou em incubação
extensão da infecção já presente
na admissão, não relacionada
na admissão, exceto se houver
com internação anterior;
troca de microorganismo.
INFECÇÃO HOSPITALAR

 Adquirida depois da admissão do paciente;


Manifestada durante internação ou depois da alta, quando relacionada à internação ou aos procedimentos
hospitalares;
Infecções do RN, exceto as transmitidas por via transplacentária ou associadas à bolsaa rota superior a 24
horas.
ATENÇÃO!

 Infecções do sítio cirúrgico-ISC serão consideradas IRAS se ocorrerem nos primeiros 30 dias depois da cirurgia ou
até 90 dias , se houver inserção de implantes. No caso de identificação de Microbactérias de crescimento Rápido
considera critério diagnóstico de ISC se a infecção ocorrer até 24 meses depois do procedimento cirúrgico.

COM INCUBAÇÃO
72 H DESCONHECIDA + SEM
DEPOIS DA EVIDÊNCIA CLÍNICA OU
ADMISSÃO LABORATORIAL
INFECÇÃO
HOSPITALAR
INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA
À SAÚDE (IRAS)EM NEONATOLOGIA
TRANSPLACENTÁRIAS Acometimento intraútero. Ex: herpes
simples, toxoplasmose, sífilis, zika,
chikungunya e dengue.

A evidência diagnóstica ocorre nas primeiras 48 horas


PRECOCE DE PROVÁVEL ORIGEM de vida. EX: TP em gestação inferior a 37 S, bolsa rota
MATERNA maior ou igual a 18 horas, procedimento de medicina
fetal nas últimas 72 horas, ITU materno sem
tratamento ou em tratamento a menos de 72 horas.

Infecção cuja evidência diagnóstica ocorre depois das


TARDIA DE ORIGEM HOSPITALAR primeiras 48 horas de vida, enquanto o neonato estiver em
unidade de assistência neonatal ou depois de alta
hospitalar, de acordo com o início da manifestação clínica.
Controle de infecção no suporte nutricional, enteral e
parenteral
 Preparo para punção periférica:
Álcool a 70% Clorexidina > 0,5 %
PVPI alcoólico a 10%
Não definido Movimentos de vai e
Movimentos circulares de
vem (30 segundos)
dentro para fora (1,5 a 2
minutos)

Aguarde secagem do antisséptico antes da punção;


A cada nova tentativa de punção no mesmo paciente utilizar um novo cateter periférico;
O sítio de inserção do cateter não deve ser tocado após aplicação do antisséptico;
Limitar, no máximo, a 2 tentativas de punção periférica por profissional e, no máximo 4 no total.
Controle de infecção no suporte nutricional, enteral e
parenteral

 Troca de equipamentos e dispositivos:


Remoção do cateter Tempo para remoção
Infusões intermitentes 24 horas;

Inseridos em situações de emergência Tão logo quanto possível;


com comprometimento da técnica
Cateter periférico Rotineiramente não trocar com período
inferior a 96 h;
CVC em situações de emergência ou sem Trocar assim que possível não
utilizar barreira máxima ultrapassando 48 h;
Nutrição parenteral/ sangue e Troca a cada bolsa
hemocomponentes
Emulsões lipídicas 12 horas
Pacientes pediátricos e neonatais Não trocar rotineiramente
Varicela, COVID-19.
Varicela, COVID-19
DESAFIO DA HIGIENIZAÇÃO

 Escolha de um aluno representante;


 Aplicação de substância;
 Verificação da remoção da substância pela técnica ( com o seu
conhecimento prévio antes da explicação) de higienização das
mãos que o aluno irá executar.
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS

Higienização das mãos


Água e sabonete líquido – RDC N° 42/2010
sujas ou contaminadas

Preparação alcoólica para


as mãos ( 60 a 80%) –
limpas

Álcool forma líquida (60 e


80%) Forma em gel mínima
de 70%

Mãos como fonte de surtos de


infecção relacionada à assistência
à saúde causados por
microrganismos multirresistentes
MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
1. Higienização simples das mãos (água e sabonete comum)- 40 a 60 segundos
Quando as mãos estiverem visivelmente sujas com sangue ou outros fluidos;
Ao iniciar e terminar o turno de trabalho;
Antes e depois de ir ao banheiro;
Antes de preparo e da manipulação de medicamentos;
Depois de várias aplicações consecutivas de produto alcoólico.
MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
2. Fricção das mãos com antisséptico (preparação alcoólicas de 60% a 80%) – de 20 a 30 segundos;
Antes do contato com o paciente e após;
Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos;
Antes de calçar luvar para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico;
Depois de risco de exposição a fluidos corporais;
Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro
Depois do contato com objetos inanimados e superfícies próximas ao paciente;
Antes e depois da remoção de luvas.
MÉTODOS DE HIGIENIZAÇÃO DAS
MÃOS
3. Higienização antisséptica das mãos – Sabonete associado a agente antisséptico- clorexidina
degermante a 4% e PVPI a 10%
Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de
microorganismos multirresistente;
Nos casos de surto.

4. Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório (de 3 a 5 minutos) na primeira cirurgia e de 2


a 3 minutos nas subsequentes, caso a cirurgia seguinte seja com intervalo dentro de uma hora da
primeira cirurgia.
VAMOS PRATICAR !
AV3 – PESQUISA E RESUMO DE
ARTIGO CIENTÍFICO
AV3
REFERÊNCIAS
ANVISA. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa,
2017. Disponível em: http://
www.riocomsaude.rj.gov.br/Publico/MostrarArquivo.aspx?C=pCiWUy84%2BR0%3D.
ANVISA. Segurança do paciente em serviços de saúde higienização das mãos. Anvisa, 2009.
Disponível em: https://
bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/seguranca_paciente_servicos_saude_higienizacao_maos.p
df
.
ANVISA. Precauções padrão. Disponível em: https://
www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/precaucoes_a3.pdf.
BRASIL. PORTARIA Nº 2616, DE 12 DE MAIO DE 1998. Disponível em: https://
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html.
“EVOLUIR EXIGE QUE VOCÊ PASSE POR TODAS
AS ETAPAS DA SUA VIDA, ENTÃO FAÇA ALGO
POR VOCÊ HOJE”.

OBRIGADA!

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