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Sistema linfático

•Sistema vascular
•Linfonodos
•Orgãos Linfóides (tonsilas, timo, baço)
Linfa = plasma(Água/ Eletrólitos/Proteínas plasmáticas)

Vasos linfáticos
Superficiais : através da fáscia (São mais numerosos)
Profundos: seguem veias profundas localizados sob as fáscias
Grande capacidade de reparação

Capilares linfáticos (linfáticos iniciais)


Compostos de um cilindro de células endoteliais justapostas que se
unem ao tecido conjuntivo intercelular através dos filamentos de
proteção (filamentos de Casley-Smith)
Devido a este arranjo os capilares linfáticos são mais permeáveis que
os sangüíneos
Iniciam em fundo cego
Vasos lácteos: localizados nas vilosidades intestinais, que auxiliam a
absorção de gordura no trato digestivo (suspensão gordurosa – “quilo”)

Vasos pré-coletores ou pós-capilares


 Estrutura semelhante à dos capilares, revestidos internamente por
tecido conjuntivo, elementos elásticos e musculares
Válvulas em seu lúmen
Vasos coletores
 Estrutura semelhante às veias de grande calibre, composto de
três camadas: íntima, média e adventícia.

Linfagion
Segmento do coletor linfático delimitado por uma válvula
proximal e distal
Coração do sistema linfático ( seis a sete vezes por minuto)

Linfonodos
Em número de 600 a 700
Variações na forma
Geralmente em grupos, podendo vir isolados
Função: filtrar impurezas da linfa e produzir linfócitos 
impedem que o processo infeccioso se dissemine e detectam células
tumorais na tentativa de frear o processo de metástase (íngua)
Fluxo lento  vasos aferentes mais numerosos e mais finos que
os eferentes

Auxiliam no fluxo linfático:


O bombeamento do sistema arterial  O bombeamento dos

músculos
 Os movimentos respiratórios  O peristaltismo intestinal
 A massagem de drenagem linfática  A pressão externa
 A ação da gravidade

Circulação linfática
Aproximadamente 3 litros a cada 24 horas

Capilares linfáticos pré coletorescoletores aferentes


linfonodoscoletores eferentes troncos Ducto circulação
sangüínea
Cisterna do quilo (segunda lombar)troncos lombares intestinais e
intercostais descendentesDucto torácico
Ducto direito  troncos subclávioD (braço e pescoço) jugular D(cabeça) e
broncomediastinal D (tórax, pulmão, parte do fígado e coração lado D)
Diferentes gradientes
de pressão dos
capilares sangüíneos
Equilíbrio de Starling: equilíbrio entre a filtragem e a reabsorção
 Filtração (+) Reabsorção (-)

Pressão hidrostática: capilares arterial 30 mmHg


capilar venoso 20 mm Hg
espaço livre no tecido subcutâneo frouxo atinge-3 a

-6 mmHg
Pressão oncótica (Coloidosmótica)- 25 mmHg no capilar e desprezível
no líquido intersticial
Pressão de filtração ( diferença entre a pressão hidrostática capilar e a
pressão do líquido intersticial)

Aproximadamente 10 a 20% do líquido que sai dos vasos são conduzidos


por um sistema de finos capilares linfáticos.

A quantidade de líquido nos espaços intersticiais depende da pressão


capilar, da pressão do líquido intersticial, da pressão oncótica, da
permeabilidade dos capilares, do número de capilares ativos, do fluxo
linfático e do volume total de líquido extracelular

Edema

Acúmulo de quantidades anormais de líquido nos espaços


intercelulares
Duas causas: aumento do aporte líquido vascular  aumenta a pressão
hidrostática aumentando a filtragem
Diminuição dos meios de reabsorção do sistema linfático( pode drenar
mais ou menos 24 a 30 l por dia)
Edema por aumento do
aporte líquido
Aumento da pressão hidrostática (aumenta nas veias em posição
ortostática)
 Varizes: aumenta a permeabilidade venosa por estase de sangue
não oxigenado aumentando a saída de proteínas para o interstício
Flebite: um obstáculo venoso gera processo idêntico ao das varizes,
aumentando as anastomoses veno-venosa
 Insuficiência cardíaca: aumenta a pressão venosa por insuficiência
do coração direito diminuindo a reabsorção
Diminuição da pressão oncótica (carência proteica): as proteínas do
sangue se opõem a filtragem retendo água na luz do capilar. Em caso
de diminuição destas proteínas circulantes ocorre diminuição da
pressão oncótica com estravazamento de líquido para o interstício
Alteração da parede vascular : aumenta a permeabilidade e
conseqüentemente a saída de moléculas de grande tamanho

Edema por defeito de drenagem


Leva ao Linfedema
Agenesia/ Hipoplasia (hereditária ou adquirida): exemplo ausência
do canal torácico
Incontinência válvular, estase ou refluxo linfático : (congênita ou
adquiridas )
Causas do edema

Aumento da pressão capilar


•retenção renal excessiva de sal e de água
•pressão venosa elevada
•diminuição da resistência arteriolar

 Diminuição da pressão oncótica do plasma


•perda de proteínas na urina
•perda de proteínas a partir da pele
•incapacidade de produzir proteínas

 Aumento da permeabilidade capilar


•reações imunes
•toxinas
•infecções bacterianas
•deficiência vitamínica
•isquemia prolongada
•queimaduras
•bloqueio da captação e retorno linfático
•bloqueio dos linfonodos por câncer
•bloqueio dos linfonodos por infecção
•ausência congênita ou anormalidade dos vasos
Drenagem linfática

Objetivo
Pressão externa superior a 25- 40 mmHg nos grandes vasos
linfáticos
Elimina o excesso de líquido e diminui a probabilidade de fibrose
Influência da massagem de drenagem, do exercício passivo e da
estimulação elétrica ( Ladd et al, 1952)
Melhores resultados: elevação, massagem e enfaixamento ( Cabeça-
15 a 20o)
Técnicas:
Leduc
Vodder
Alain Ganância (adaptação para a estética)

Manobras:
1- Captação
2- Reabsorção
3- Evacuação
Captação é a realização diretamente sobre o segmento edemaciado,
visando aumentar a captação da linfa pelos linfocapilares

Reabsorção  as manobras se dão nos pré coletores e coletores


linfáticos, os quais transportarão a linha captada pelos linfocapilares

Evacuação  ocorre nos linfonodos que recebem a confluência dos


coletores linfáticos
Manobras básicas

Segundo Leduc:
Drenagem dos Linfonodos
Movimentos circulares com os dedos
Movimentos circulares com o polegar
Movimentos combinados
Bracelete

Segundo Vodder:
Círculos fixos
Movimentos de bombeamento
Movimento do doador
Movimento giratório ou de rotação

Segundo Alain Ganância:


Bombeamento dos Linfonodos
Deslizamento em tempos
Com pressão e descompressão
Compressão com deslocamento
Deslizamento superficial
Bombeamento da veia safena (MMII)
Estímulo da cisterna do quilo
Bracelete
Efeitos da drenagem
linfática manual

1- aumento progressivo da formação da linfa


2- deslocamento da linfa e do fluido tecidual
3- aumento da motricidade do Linfagion
4- relaxamento e/ou amolecimento do tecido conjuntivo alterado
5- aumento do volume/ tempo linfático nos vasos linfáticos
afetados- transporte
6- reabsorção do edema (venoso e linfático)

Indicações
•Todo tipo de edema ou linfedema periférico
•Fibroedema gelóide
•Distúrbios reumáticos
•Pós trauma de qualquer natureza
•Pós-operatório (plástica ou reparadora)
•Cirurgias oncológicas
•Distúrbios venosos
•Úlcera varicosa
•Imobilização
•Queimaduras
•Cefaléias de origem tencional
•Acne
•Distúrbios congestivos da face ( rosácea, couperose, etc..)
•Enxertos
•Entre outras
Contra indicações e
Orientações

Contra-indicações
•Processos agudos de inflamação ou infecção
•Neoplasias
•Trombose venosa profunda na fase aguda
•Erisipela
•Edemas cardíacos e renais
•Hipertensos não controlados
•Cardiopatas
•Disfunção da glândula tireóide
•Flebite
•Dermatites e dermatoses
•Entre outras

Orientações
Posição de drenagem
Sentido fisiológico
Primeiramente a evacuação
Conhecimento das vias de drenagem
Manobras rítmicas e intermitentes (45mmHg para linfedema)
Não realizar arraste em lesões recentes
DRENAGEM LINFÁTICA
FACIAL
Técnica de aplicação
Fazer de três a cinco vezes cada movimento:
Bombeamento do ângulo venoso
Bombeamento dos linfonodos:
Cervicais proximal e distal
Sub-mandíbulares proximal e distal
Sub-mentonianos
Parotídeos
Pré-auriculares
Retro-auriculares ou mastóideos
Occipitais
1 Da região do pescoço para a região subclávia
2 Da região do pescoço, bombear R.S.C, deslizamento posterior do
pescoço, bombear linfonodos occipitais, retorna a região do
pescoço
3 Com os polegares sobre o mento e o indicador e médio sob o
mento deslizar até a região de linfonodos sub-mandibulares
4 Da parte inferior medial do lábio até os linfonodos sub-
mentonianos
5 Da parte medial dos lábios deslizar para os linfonodos da região
sub-mandibular
6 Do ângulo externo da boca para os linfonodos sub-mandibulares,
ao terceiro movimento bombear R.S.C
7 Da parte medial supralabial para os Linfonodos da região sub-
mandíbular proximal
8 Da ponta do nariz deslizar para os linfonodos da região sub-
mandibular distal
Técnica de aplicação
Continuação
9 Da parte medial do nariz deslizar para os linfonodos
parotídeos
10 Da parte superior do nariz deslizar para os linfonodos sub-
mandibulares, bombeia, ao terceiro movimento levar para
região subclávia
11 Do ângulo interno da pálpebra inferior para os linfonodos
da região sub-mandibular
12 Da parte medial da pálpebra inferior para os linfonodos da
região pré-auricular
13 Da região externa dos olhos para os linfonodos pré-
auriculares, ao terceiro movimento levar para a região
subclávia
14 Contornando toda pálpebra inferior para os linfonodos da
região pré-auricular
15 Da parte medial da pálpebra superior para os linfonodos
da região pré auricular
16 Contornando toda a pálpebra superior para os linfonodos
da região pré auricular
17 Alternar pálpebra inferior e pálpebra superior, ao terceiro
movimento levar para a região subclávia
18 Da parte frontal para os linfonodos da região pré auricular,
levar para R.S.C.
19 Bombear os linfonodos retro-auriculares para a região
subclávia
20 Rolante cutâneo pequeno
21 Pressão e descompressão
DRENAGEM LINFÁTICA
CORPORAL
Técnica de aplicação
Antes de iniciar as manobras sempre realiza-se a evacuação dos
linfonodos

MMII/ Decúbito dorsal : (dividir a coxa em quatro partes)


-Deslizamento anterior, medial e lateral (ou movimentos
em onda)
-Pressão e descompressão
-Pressão com deslocamento
-Deslizamento superficial
* Bracelete ou manobras em S se necessário
-Movimentos ao redor do joelho
-Bombeamento da safena
-Pressão com deslocamento: perna e coxa
-Deslizamento superficial: perna e coxa
-Deslizamento no dorso do pé
-Fricção circular no tendão de Aquiles e planta do pé
-Frição com o punho fechado na planta do pé

ABDÔMEN E TÓRAX
-Estímulo da cisterna do quilo
-Deslizamento do baixo ventre (ou movimentos em onda)
-Movimentos em espiral acompanhando a crista ilíaca
-Da cicatriz umbilical para baixo com manobras em onda
-Da cicatriz umbilical para cima com manobras em onda
-Região dos seios com manobras em onda e deslizamento
Técnica de aplicação

MMSS (dividir em partes):


-Idem aos movimentos dos MMII
-Termina com amassamento e bracelete
-Mãos: deslizamento lateral dos dedos/deslizamento da
palma e do dorso

MMII (decúbito ventral)


-Idem ao dorsal: região postero-medial leva medial mente e
região postero-lateral leva lateralmente
-Repete os movimentos na perna levando para linfonodos
poteos

GLÚTEOS
-Deslizamento
-Manobra em ondas
-Rolamento

COSTAS
-Região escalapulo-umeral para axila
-Deslizamento ou manobras em onda para axilas
-Idem ao anterior, mais região cervical para linfonodos
occipitais
-Amassamento
- Deslizamento
Bibliografia

Leduc, A & Leduc, O- Drenagem linfática- teoria e prática-


ed. Manole, 2a edição, São Paulo, 2000

Vogelfong, D.- Linfologia básica- Ed. Ícone, São Paulo, 1995

Marx, A.G. & Camargo, M.C.- fisioterapia no edema


linfático- Ed. Panamed

Jacquemay, D.- A drenagem vitalidade- Ed. Manole, São


Paulo, 2000

Guirro,E & Guirro,R- Fisioterapia Dermato-Funcional- 3a ed.,


Ed. Manole, 2002

Marx, A.G. & Camargo, M.C.- Reabilitação física no câncer


de mama, Ed. Roca, São Paulo,2000

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