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Modelo e dinâmica da

estrutura interna da geosfera

 ricardo barroso, 2010-2014


Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Sismologia

1906 – Observações de Richard Oldham

Foco

Vp= 6,5 Km/s


Hipótese
Richard Oldham Atraso da propagação
(1858-1936).

?
Geólogo Irlandês das ondas P no interior
da Terra deve-se à
existência de um núcleo
central composto por
uma matéria diferente
que as transmite com
menor velocidade.

Vp= 4,5 Km/s

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Sismologia

MEIO 1 MEIO 2

Foco

A mudança de meios de propagação A refração das ondas sísmicas internas é


pode provocar a extinção da onda acompanhada por uma alteração da
sísmica interna ou a sua reflexão e/ou velocidade de propagação da onda,
refração dependendo das características assim como da sua direção de
do novo meio de propagação propagação

Direção de propagação da onda sísmica interna


V2 > V1

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Sismologia

1913 – Observações de Beno Gutenberg


Foco

 ondas sísmicas internas diretas


Vp= 6,5 Km/s 1
2  ondas sísmicas internas refletidas
 ondas sísmicas internas refratadas
Beno Gutenberg
(1889-1960).
Sismólogo alemão Núcleo

Descontinuidade
3 mudança radical nas
propriedades e na
composição dos
Vp= 4,5 Km/s
elementos que
constituem o interior
da geosfera

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
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1913 – Observações de Beno Gutenberg

A P+S
B (P+S
)

103º
P
Beno Gutenberg
(1889-1960). Zona de sombra
Sismólogo alemão P sísmica ondas internas (39º)
142º
NÚCLEO

Descontinuidade
de Gutenberg
COMBO
A – Epicentro;
B, C e D – estações sismográficas Core-mantle
boundery

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R

R e R

ZONA DE SOMBRA

R  ricardo barroso, 2010-2014


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1913 – Observações de Beno Gutenberg

P+S
P+S

Beno Gutenberg
(1889-1960).
Sismólogo alemão
P+
S

Estações sismográficas

Zona de sombra sísmica


Zona da superfície terrestre onde não se
registam ondas sísmicas internas diretas
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Epicentro Epicentro

103o 103o 103o 103o

142o 142o

Zona de sombra sísmica Zona de sombra sísmica


das ondas S das ondas P

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142º

103º

142º

103º

Epicentro

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Ondas P

12
Velocidade de propagação (Km/s)

8
Ondas S

5150
2891

6371
220
410

660
19
0

Profundidade (Km)

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
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Velocidade de propagação (Km/s)

12
Ondas
P
Velocidade de propagação (Km/s)

Profundidade (Km)

Ondas SOndas S On das P

Profundidade (Km)

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
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1936 – Observações de Inge Lehmann

Descontinuidade de Lehmann

Inge Lehmann Aumento da velocidade de


(1888-1993).
Geofísica dinamarquesa propagação das ondas P
a 5150 Km de
profundidade levou
Núcleo externo fluído
existência adesupor
Lehmann um núcleo
a
interno sólido a partir
Núcleo interno sólido desta profundidade

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1936 – Observações de Inge Lehmann

Núcleo externo fluído


Inge Lehmann Descontinuidade de Lehmann
(1888-1993).
Geofísica dinamarquesa Núcleo interno sólido
Aumento da velocidade de
propagação das ondas P a
5150 Km de profundidade o
que levou Lehmann a supor a
existência de um núcleo
interno sólido a partir desta
profundidade

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
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1909 – Observações de Andrija Mohorovicic


“No início do século, a Jugoslávia criou o seu observatório
sismológico em Zagreb [atual capital da Croácia].
Foi dirigido por André Mohorovicic, filho de um ferreiro
croata. Este notável geofísico instalou vinte e quatro estações
sismológicas repartidas por todo o país, cujas informações eram
diariamente centralizadas no seu laboratório. A 8 de Outubro de
Andrija Mohorovicic
(1857-1936) 1909, observava os sismogramas dos seus instrumentos quando
de repente os estiletes ziguezagueavam: chegavam as ondas P;
depois as ondas S, depois… de novo ondas P e de novo ondas S!
As ondas desdobravam-se. Os aparelhos estavam perfeitamente
regulados, pois eram verificados todos os dias por um sismólogo
muito meticuloso.
O sismo foi identificado, e teve o seu foco sob a cidade
croata de Pokupsko, ao sul de Zagreb, a 40 quilómetros de
profundidade. Mas porquê esta repetição de ondas P e S, da
mesma maneira que o eco segue o som? Mohorovicic passeia no
seu gabinete, fuma cigarro atrás de cigarro, procura
compreender.”
Adaptado de Maurice Kraft ,
“La Terre une planète vivante”

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Sismologia

1909 – Observações de Andrija Mohorovicic

“No início do século, a Jugoslávia criou o seu observatório


sismológico em Zagreb [atual capital da Croácia].
Foi dirigido por André Mohorovicic, filho de um ferreiro croata. Este
notável geofísico instalou vinte e quatro estações sismológicas repartidas
Andrija Mohorovicic por todo o país, cujas informações eram diariamente centralizadas no seu
(1857-1936)
laboratório. A 8 de Outubro de 1909, observava os sismogramas dos seus
instrumentos quando de repente os estiletes ziguezagueavam: chegavam
as ondas P; depois as ondas S, depois… de novo ondas P e de novo
ondas S! As ondas desdobravam-se. Os aparelhos estavam perfeitamente
regulados, pois eram verificados todos os dias por um sismólogo muito
meticuloso.
O sismo foi identificado, e teve o seu foco sob a cidade croata de
Pokupsko, ao sul de Zagreb, a 40 quilómetros de profundidade. Mas
porquê esta repetição de ondas P e S, da mesma maneira que o eco segue
o som? Mohorovicic passeia no seu gabinete, fuma cigarro atrás de
cigarro, procura compreender.”
Adaptado de Maurice Kraft ,
“La Terre une
plracai ndr èotberarvosivo,a2n01t0e2- ”014
Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Sismologia

1909 – Observações de Andrija Mohorovicic

Andrija Mohorovicic
(1857-1936)

Superfície de descontinuidade de Mohorovicic


O registo de dois grupos distintos de
A B C D ondas internas era consequência da
CRUSTA
refração das ondas numa superfície
MOHO de descontinuidade – o primeiro
grupo de ondas P e S correspondia a
ondas refratadas e o segundo a
19 Km
ondas diretas.
MANTO

— ondas sísmicas diretas; — ondas sísmicas refratadas

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Sismologia

1909 – Observações de Andrija Mohorovicic

Superfície de descontinuidade de Mohorovicic – MOHO


O registo de dois grupos distintos de ondas internas era consequência da
refração das ondas numa superfície de descontinuidade – o primeiro grupo
de ondas P e S correspondia a ondas refratadas e o segundo a ondas diretas.
A B C D

Foco Crusta
sísmico 19 Km

Manto

— ondas sísmicas diretas; — ondas sísmicas refratadas estação sismográfica


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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Sismologia

1909 – Observações de Andrija Mohorovicic

Superfície de descontinuidade de Mohorovicic – MOHO


O registo de dois grupos distintos de ondas internas era consequência da
refração das ondas numa superfície de descontinuidade – o primeiro grupo de
ondas P e S correspondia a ondas refratadas e o segundo a ondas diretas.

A B C D

Foco Crusta
sísmico 19 Km

Manto

— ondas sísmicas diretas; — ondas sísmicas refratadas estação sismográfica


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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Sismologia

Contributos de sondagens e de explorações mineiras para a separação da


crusta segundo um critério composicional

Sima

Sial

Fema
(peridotítica)

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Sismologia

Velocidade de propagação (Km/s)


Divisão do Manto
4 8
12
ASTENOSFERA

Zona de diminuição da
Manto superior velocidade de propagação
das ondas sísmicas (em fusão
Profundidade (Km)
Manto inferior parcial)

Ondas S Ondas P

Aumento de velocidade de
propagação das ondas
internas sugere a passagem
para um meio mais rígido, mas
com a mesma composição.

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Sismologia

Divisão do Manto

Astenosfera Zona de diminuição da


Manto superior velocidade de propagação das
ondas sísmicas (em fusão
parcial)

Manto inferior
Aumento de velocidade de
propagação das ondas internas
sugere a passagem para um
meio mais rígido.

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Sismologia

Localização relativa da Litosfera e da Astenosfera

CROSTA CONTINENTAL CROSTA OCEÂNICA


Granítica (d= 2,7 g/cm3) Basáltica (d= 2,9 g/cm3)

MANTO
Peridotítico (d= 3,3 g/cm3)

Manto superior (sólido)

ASTENOSFERA
Manto superior plástico

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Sismologia

Localização relativa da Litosfera e da Astenosfera

CROSTA CONTINENTAL CROSTA OCEÂNICA


Granítica (d= 2,7 g/cm3) Basáltica (d= 2,9 g/cm3)

LITOSFERA
Crosta + Manto
superior sólido
subjacente

ASTENOSFERA
Manto superior plástico
sob a Litosfera

Manto superior sólido

ASTENOSFERA
Manto superior plástico

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Vulcanologia

Composição Química (%)

SiO2 Al2O3 Fe2O3 FeO MgO CaO Na2O K2O Outros

Magma 41,0 7,6 7,0 8,8 22,7 6,3 1,1 0,7 4,8

Granito 71,6 14,5 1,5 1,1 0,9 2,0 3,0 1,1 1,3

Basalto 43,6 13,0 5,8 7,1 11,6 10,5 2,0 1,2 5,2

Peridotito 40,1 7,8 7,3 8,6 23,7 6,5 1,2 0,5


4.3
Sienito 60,2 16,3 2,7 3,3 2,5 4,3 4,0 4,5 2,3

Gabro 51,8 17,4 2,6 6,4 7,6 7,5 2,8 1,4 2,5

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Sismologia

Contributos dos dados sismológicos e vulcânicos para o conhecimento da


composição da geosfera

Sima

Sial

Fema
(peridotítica)

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra - Vulcanologia

Modelo composicional
Silício e Alumínio
Continental Rochosa granítica
(Sial)
Crosta
Silício e Magnésio
Oceânica Rochosa basáltica
(Sima)

Rochosa Ferro e Magnésio


Manto peridotítica (Fema)

Interno
Níquel e Ferro
Núcleo Metálica
(Nife)
Externo

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra – Planetologia e Astrogeologia

Estudos sísmicos na Lua


Entre 1969 e 1972 os astronautas das missões Apollo colocaram
sismógrafos nos locais de onde alunaram. Os instrumentos da Apollo 12,
14, 15 e 16 enviaram regularmente os seus dados para a Terra até à sua
desativação em 1977.

www.nasa.gov

Existem pelo menos 4 tipos de sismos


lunares: (1) de foco profundo, a cerca
de 700Km de profundidade,
provavelmente provocados pelas forças
de atração entre a Terra e a Lua; (2)
sismos provocados pelo impacto de
meteoritos; (3) sismos térmicos,
provocados pela expansão da crusta
lunar seca e rígida, iluminada pelo sol
matinal após duas semanas de noite
lunar gélida; e (4) de foco superficial, a
apenas 20 a 30 Km da superfície.
Foco profundo Foco superficial Impacto de meteoritos
Sismos Lunares http://seismo.berkeley.edu/

Sismógrafos da Apollo 16
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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.1 Contributos para o conhecimento da estrutura interna da Terra – Planetologia e Astrogeologia

Estudos sísmicos na Lua

www.nasa.gov
Crosta anortosítica

~ 587 Km de raio
Zona de fusão parcial
(Manto inferior)
~ 350 Km de raio
Núcleo externo fluido

~ 160 Km de raio
Manto intermédio Núcleo interno sólido
(pressupondo que 10% do núcleo
tenha cristalizado)
Manto superior
http://en.wikipedia.org/wiki/Internal_structure_of_the_Moon

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.2 Modelos da estrutura interna da Terra

Figura 1 – Modelo da estrutura interna da Terra de Figura 2 – Modelo da estrutura interna da Terra de
acordo com a composição química dos materiais. acordo com a rigidez dos materiais.

Litosfera
Km
sólida
Crosta 220
410
Astenosfera
Manto plástica

Núcleo

2891
Mesosfera
Núcleo sólida
externo
5150
líquido
Endosfera
Núcleo

6371 sólido
interno

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.2 Modelos da estrutura interna da Terra

Modelo em função da densidade e composição química – Modelo composicional


Densidade Composição Profundidade Espessura
Composição
(g/cm3) química (Km) (Km)
base
0
Continental 2,7 Granítica Si e Al (sial)
20-27
CROSTA 19
Si e Mg 0
Oceânica 2,9 Basáltica
(Sima) 5-10
5-70
Superior 3,3 a 4,3
Fe e Mg 660
MANTO Peridotítica 2872
(fema)
660
Inferior 4,6 a 5,7
2891

2891
Externo 9,4 a 11,5
5150
NÚCLEO Metálica Ni e Fe (nife) 3480
5150
Interno 14 a 17
6371
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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.2 Modelos da estrutura interna da Terra

Modelo em função da rigidez – Modelo físico

Estado físico Profundidade (Km) Espessura (Km)

0
LITOSFERA Sólida 220
220

Parcialmente liquida 220


ASTENOSFERA 190
(plástica) 410
410
MESOSFERA Sólida 2481
2891

2891
Externamente líquida
5150
ENDOSFERA 3480
5150
Internamente sólida
6371

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.2 Modelos da estrutura interna da Terra

Os movimentos de
convecção gerados pelo
aquecimento do material
rochoso em profundidade
explica o movimento das
placas tectónicas e a
existência de uma
geodinâmica interna

Célula de convecção Célula de convecção

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Capítulo 4 Modelo e dinâmica da estrutura interna da geosfera
4.2 Modelos da estrutura interna da Terra

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