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HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Aula 2 –Revolução Industrial


HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA I

Conteúdo Programático desta aula

- Definir o sentido do termo


Revolução industrial;
 
- Identificar a transição entre o
modo de produção artesanal e o
manufaturado;
 
- Reconhecer as mudanças
provocadas pela Revolução
Industrial nos mais diversos
setores da sociedade
contemporânea.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – AULA 02
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Nesta aula, analisaremos a conjuntura que proporcionou o


surgimento da Revolução Industrial Inglesa no século XVIII.
Nos deteremos, sobretudo, na consolidação da burguesia
industrial e na formação da classe operária, dois atores
fundamentais para as transformações sócio econômicas do
século XX.
 

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Como é o mundo no qual vivemos ?

O que é uma revolução ?

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O termo Revolução Industrial designa o conjunto de


transformações no sistema pela produtivo pelo qual a
Inglaterra passou no século XVIII. Foi um processo
iniciado pela Inglaterra mas que não ficou restrita
apenas à esse país mas expandiu-se pelo mundo.
Importante destacar que essa revolução não tem um
início, é um processo que vai se desenvolvendo e
ganhando mais aperfeiçoamento, em um processo
contínuo que dura até os dias atuais.

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Mas, por que começou na Inglaterra ?

O que ela tinha de especial ?

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Vamos enumerar alguns dos fatores que, segundo


Hobsbawm, permitiram que a Inglaterra fosse
pioneira nesse processo:

•Problema agrário já estava resolvido;


•Atividades agrícolas dirigidas ao mercado;
•Cercamento dos campos;
•Política engatada ao lucro;
•Economia forte e Estado agressivo;
•Mão-de-obra disponível;

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• Jazidas de carvão mineral, possibilitando o


desenvolvimento de fábricas movidas a este
combustível

• Etapa inicial da revolução não precisava de


refinamento intelectual e por isso a Inglaterra
teve condições de dar início ao processo;

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Ingleses também conseguiram acumular


riquezas através da vinda de metais
preciosos das colônias. Por exemplo, uma
grande parte de tudo o que era extraído do
Brasil passava por Portugal e ia parar nos
cofres Ingleses pois Portugal tinha muitas
dívidas com os ingleses.

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Durante a Idade Média, a produção era artesanal e o


artesão era o dono de sua força de trabalho e de sua
produção. As mercadorias eram produzidas em etapas
e cada um tinha sua função dentro desse universo. A
revolução industrial muda esse universo, a produção
passa a ser em série e o produtor artesanal perde seu
espaço, dando lugar ao trabalhador assalariado, que
vende a sua força de trabalho.

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Dessa forma, podemos dizer que, a partir do


século XVIII, a indústria substitui o comercio
como principal fonte de riqueza. A burguesia
permanece, mas surge uma nova classe, o
proletariado. Então, se na Idade Moderna havia
uma burguesia comercial, na Idade
Contemporânea nasce a burguesia industrial. Na
definição de Karl Marx, o burguês seria o dono
dos meios de produção e o operário aquele que
vende a sua força de trabalho.

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Há um forte crescimento das cidades, uma expansão


que muda a face das mesmas. Elas se tornam sujas,
caóticas, com doenças. Um claro problema de fata de
infraestrutura é uma de suas características básicas.
Problemas de habitação, saneamento, transporte,
típicos de grandes cidades. A falta de emprego estimula
a fome, a miséria, o crime e a prostituição. Muitos
indivíduos tornam-se alcoólatras pois assim
encontravam uma fuga para seus problemas.
Não havia emprego para todos pois a oferta de mão-de-
obra ultrapassava a necessidade, o que gerava muitos
desempregados. As dificuldades eram muitas...

Vamos analisar um pouco de um filme que reflete essa


realidade: Germinal (1993)
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Havia uma intensa exploração da mão-de-obra infantil e


feminina pois custavam mais barato e a lei era o lucro. A
mortalidade infantil era alta devido á problemas de higiene e
de miséria. O operariado vivia em péssimas condições e isso
acabaria por gerar questionamentos quanto à esse contexto,
além de reflexões sobre a exploração do trabalhador e a
busca pelo lucro incessante.

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Essas reflexões originaram as duas principais


correntes do pensamento econômico do século
XIX e XX: o capitalismo e o socialismo,
pensadas a partir das relações entre o trabalho
e os meios de produção. Essas duas correntes
de pensamento se enfrentaram em um embate
que caracterizou as reflexões sobre o mundo
do trabalho no século XIX e adentrou o século
XX.

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As linhas de montagem

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Com a evolução do mundo do trabalho e o


aperfeiçoamento da produção, tivemos a formação das
linhas de montagem, que inauguraram a produção em
série ou a mecanização da produção. O homem passa a
ser integrado à máquina e foram com ela quase que um
único corpo. Esse aumento na escala de produção torna-
se importante para que o indivíduo se integre
definitivamente ao mundo capitalista, como ator
envolvido no processo e peça-chave para a consolidação
do mesmo, ao mesmo tempo em que se torna necessário
dentro de um mercado consumidor também.

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Com o desenvolvimento do capitalismo, vários fatores


passaram a fazer parte do universo do mundo do trabalho, por
exemplo, se antes uma pessoa comprava um sapato, ela
pagava pelo valor do trabalho do artesão levando em
consideração o seu trabalho, o tempo gasto por ele para essa
confecção e o material utilizado. Com a aceleração da
produção e fabricação em série, isso muda radicalmente pois
aquele pois aquele sapato, produzido junto com milhares de
outros, tem seu preço diminuído radicalmente, o que cria um
mercado consumidor em larga escala, o que não existia antes.
Atualmente, quando queremos um produto confeccionado com
exclusividade, pagamos mais caro por ele.

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Tivemos, assim, um forte desenvolvimento tecnológico que


passou a fazer parte da sociedade contemporânea e nos
acompanha até hoje. Transportes, ferrovias, escoamento
de mercadorias, o futuro despontava com a produção em
larga escala que passava a abastecer o mercado externo, o
que tornou a Inglaterra uma das maiores exportadoras de
seu tempo.
 

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Alguns resultados da Revolução Industrial


inglesa:

• a urbanização;
•a transformação do mundo do trabalho;
• a produção em larga;
•desenvolvimento da infra estrutura;

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Estas características, que se iniciaram na


Inglaterra, se espalhariam pela Europa no
século seguinte, espalhando-se por outros
países e configurariam a Segunda Revolução
Industrial, marcada por um advento maior de
tecnologias e aperfeiçoamentos industriais. O
mundo entrou definitivamente na era
tecnológica !!

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NESSA AULA VOCÊ:

- Definiu o sentido do termo Revolução industrial;


 
- Identificou a transição entre o modo de produção
artesanal e o manufaturado;
 
- Reconheceu as mudanças provocadas pela
Revolução Industrial nos mais diversos setores da
sociedade contemporânea.

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