DISSOCIAÇÃO: processo para separar as partículas do soluto (quebra de ligação), que envolve absorção de
energia, logo um processo endotérmico.
NaCl(s) → Na+(l) + Cl-(l) ΔHd > 0
SOLVATAÇÃO: processo para manter as partículas do soluto separadas, que envolve liberação de energia,
logo um processo exotérmico.
Na+(l) + Cl-(l) + H2O (l) → Na+(aq) + Cl-(aq) ΔHh < 0
NaCl(s) → Na+(l) + Cl-(l) ΔHd > 0 Na+(l) + Cl-(l) + H2O (l) → Na+(aq) + Cl-(aq) ΔHh < 0
A dissolução de cloreto de cálcio na água resfria o A dissolução de hidróxido de sódio na água aquece o
recipiente da dissolução, logo é um processo de recipiente da dissolução, logo é um processo de
dissolução endotérmico. dissolução exotérmico.
O que são dispersões coloidais ou coloides?
1. Efeito Tyndall:
O Efeito Tyndall ocorre quando há a dispersão da luz pelas partículas coloidais. Neste caso, é possível visualizar o trajeto
que a luz faz, pois estas partículas dispersam os raios luminosos.
2. Movimento Browniano:
Movimento Browniano é o movimento desordenado e caótico das partículas suspensas em um fluido (líquido ou gás),
resultante dos choques das moléculas do fluido. Estes choques, como são muitos e independentes, provocam o
movimento aleatório das partículas.
O movimento Browniano foi observado pela primeira vez por Robert Brown em 1827 após ter verificado o movimento
aleatório de pequenas partículas na água.
https://www.youtube.com/watch?v=hNOAX7hZ7H0
COEFICIENTE DE SOLUBILIDADE (Cs, Ks, S)
“O coeficiente de solubilidade é a máxima quantidade de soluto que se solubiliza em uma dada quantidade de solvente,
a uma dada temperatura.”
O coeficiente de solubilidade do sal na água, por exemplo, é igual a 36 g de NaCl/ 100 g de água a 20 °C. Não é possível
dissolver nenhum grama a mais de sal nessa quantidade de água e nessa temperatura, pois o coeficiente de solubilidade
é específico para cada substância.
Outro ponto é que sempre que se menciona o coeficiente de solubilidade de um soluto em determinada quantidade de
solvente, é preciso indicar também a temperatura, pois esse é um fator que interfere. Por exemplo, se pegarmos 100 g de
água a 20 °C e adicionarmos 40 g de sal, 36 g solubilizar-se-ão e 4 g formarão o precipitado. Mas se levarmos essa solução
para o aquecimento, veremos que os 4 g dissolver-se-ão conforme a elevação da temperatura.
Isso nos mostra que um mesmo soluto dissolvido em uma mesma quantidade de solvente possui diferentes coeficientes
de solubilidade conforme o aumento da temperatura.
Veja um exemplo abaixo:
Coeficiente de solubilidade do
NH4Cl em relação à temperatura
Observe que, nesse caso, o coeficiente de solubilidade do NH 4Cl aumenta com o aumento da temperatura. Isso acontece
com a maioria dos sais em água. Porém, existem situações em que o coeficiente de solubilidade diminui com o aumento da
temperatura, como é o caso do Ce2(SO4)3.
Gráficos de solubilidade
Já para outras substâncias, o aumento da temperatura não interfere tanto na solubilidade, como ocorre com uma solução
de sal de cozinha (NaCl). Em 20 ºC, o coeficiente de solubilidade do NaCl é de 36 g em 100 g de água, mas, se
aumentarmos a temperatura para 100ºC, essa solubilidade aumentará somente para 39,8 g, um aumento muito pequeno.
Classificação de uma solução por meio de um gráfico com curva de solubilidade
As curvas de solubilidade também ajudam a determinar a saturação das soluções, ou seja, se elas são insaturadas,
saturadas, saturadas com corpo de fundo ou supersaturadas. Veja um exemplo:
Veja quais são os tipos de solução indicados pelos pontos A, B e C:
A: Saturada com corpo de fundo. No ponto A, 30 g de soluto são
dissolvidos em 100 g de água a 20ºC. A curva mostra que nesse ponto o
coeficiente de solubilidade é cerca de 15 g/100 g de água. Assim, como
a quantidade de soluto presente é maior, obtém-se uma solução
saturada com corpo de fundo.
B: Saturada. O ponto B está localizado exatamente na curva de
solubilidade, o que indica que a solução é saturada, pois há 30 g de
soluto dissolvidos em 100 g de água a 40ºC. Esse é, então, exatamente o
coeficiente de solubilidade desse soluto nessa temperatura.
C: Insaturada. Há 30 g de soluto dissolvidos em 100 g de água a 60ºC. A
curva mostra que nesse ponto o coeficiente de solubilidade é maior que
50 g/100 g de água. Assim, como a quantidade de soluto dissolvida é
menor que o coeficiente de solubilidade, há uma solução insaturada.
Obs.: Pode ser que consigamos também, em determinadas situações específicas, dissolver uma quantidade de soluto no
solvente maior que o seu coeficiente de solubilidade, obtendo assim a chamada solução supersaturada.
Por exemplo, imagine que uma solução formada com 100 g de água, a 20ºC, e 40 g de sal de cozinha (com 36 g dissolvidos
e 4 g precipitados), seja levada para aquecimento até atingir uma temperatura em que todo o soluto se solubilize. Em
seguida, essa solução é deixada em repouso para que ela esfrie até atingir a temperatura ambiente, que é próximo de
20ºC.
Se não houver nenhuma perturbação na solução, o soluto a mais permanecerá dissolvido, constituindo, então, uma
solução supersaturada. No entanto, esse tipo de solução é muito instável, e qualquer movimento brusco pode fazer com
que a quantidade acima do coeficiente de solubilidade para aquela temperatura cristalize-se. Desse modo, a solução que
era supersaturada passará a ser saturada com corpo de fundo.
LEI DE HENRY
Quando a fase de dispersão, ou solvente, é um líquido, a solubilidade do gás é governada pela lei de Henry, proposta em
1801 pelo químico inglês William Henry, a qual pode ser escrita como na equação
Sg = KH . Pg
em que Sg é a solubilidade do gás, KH a constante de Henry e Pg a pressão parcial do gás. A constante de Henry, KH,
depende da natureza do gás, do solvente e da temperatura