Professor: Tarcio M. Mariz Disciplina: História/9º Ano Economia, sociedade e revoltas na República Velha • Atualmente, o Brasil é GOVERNADO por um REGIME REPUBLICANO. • Esse modelo de governo vigorou em nosso país durante boa parte do SÉCULO XX. • No entanto, a REPÚBLICA ATUAL é MUITO DIFERENTE da REPÚBLICA VELHA, iniciada em 1889. Economia, sociedade e revoltas na República Velha
Economia na República Velha
• Na passagem do Império para a República, houve mudanças e permanências na política, na sociedade e na economia brasileiras. • Uma das permanências foi o importante papel que a agricultura de exportação ocupava na economia brasileira. Economia, sociedade e revoltas na República Velha Café • O café era um produto produzido principalmente nos estados São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. •Ele se tornou o produto mais importante na economia brasileira a partir da década de 1850, com o declínio da economia açucareira. • Como o café consumia mão de obra barata e exigia pouca manutenção, os lucros dos cafeicultores eram altos, o que atraía cada vez mais investidores para esse negócio. Economia, sociedade e revoltas na República Velha •No entanto, o mercado consumidor do café brasileiro se manteve estável, ou seja, as pessoas não passaram a consumir mais café do que antes. •O otimismo e a euforia com relação à produção do café resultaram em uma superprodução, ou seja, era produzido mais café do que os consumidores compravam. •Considerando que o café sobrava nas prateleiras dos mercados, tanto no Brasil quanto no exterior, o preço do produto caiu. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • Para resolver o problema da superprodução, os cafeicultores dos principais estados produtores reuniram- se em 1906 na cidade de Taubaté para criar uma estratégia que valorizasse o preço do café. • Nessa reunião, conhecida como Convênio de Taubaté, ficou definido que o governo brasileiro faria empréstimos do exterior e os usaria para comprar o café estocado. Economia, sociedade e revoltas na República Velha
• Além disso, o governo limitaria as
exportações para que não houvesse excesso de café no mercado internacional. Economia, sociedade e revoltas na República Velha Borracha •Outro produto muito importante para a economia durante a República Velha foi a borracha. • Na passagem do século XIX para o século XX, o Brasil era o maior produtor mundial de borracha. • Esse produto, feito com o látex extraído das seringueiras – árvores comuns na região Norte do país – era destinado principalmente às indústrias na Europa e nos EUA. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • Durante esse período, muitas pessoas migraram para a região Norte, a fim de trabalhar com a extração de látex. • Isso ocasionou o crescimento e desenvolvimento de cidades como Manaus e Belém, possibilitando a construção de praças, de teatros e de mercados. • No entanto, por volta de 1914, a concorrência da borracha produzida na Ásia tornou-se muito forte, iniciando a decadência do monopólio brasileiro sobre o produto. Economia, sociedade e revoltas na República Velha PARA SABER MAIS • A produção de borracha teve papel importante no início do Brasil República, pois influenciou na questão de limites territoriais na região Norte do país. • Os seringueiros brasileiros, buscando extrair cada vez mais látex, adentraram as florestas da Bolívia. • Isso gerou conflitos entre o governo brasileiro (que lucrava com os seringueiros na região) e o governo boliviano (que teve o território ocupado de forma irregular). Economia, sociedade e revoltas na República Velha PARA SABER MAIS
• Com a mediação dos Estados Unidos
da América, houve um acordo em 1904: o Brasil comprou as terras em disputa e ainda cedeu parte do território do Mato Grosso para a Bolívia. •Essas novas terras brasileiras deram origem ao estado do ACRE. Economia, sociedade e revoltas na República Velha Indústrias • Apesar de a exportação de borracha e produtos agrícolas ser a base da economia brasileira na República Velha, houve um aumento no investimento nas indústrias. • O governo concedia descontos e isenções de impostos aos empresários estrangeiros que desejavam instalar indústrias de tecidos, alimentos, pneus e outros bens de consumo no Brasil. • Com isso, houve um aumento na quantidade de indústrias e operários. Economia, sociedade e revoltas na República Velha Movimento operário • A industrialização tardia no Brasil mostrou os mesmos problemas iniciais que a Revolução Industrial na Inglaterra do século XVIII: longas jornadas de trabalho que podiam chegar a 16 horas por dia; salários muito baixos; inexistência de leis trabalhistas; ambientes de trabalho sujos, mal iluminados e mal ventilados; Economia, sociedade e revoltas na República Velha • Além disso, os alimentos básicos aumentavam de preço a cada ano, mas esse aumento não era acompanhado pelos salários. •Tudo isso acabou gerando problemas e consequentemente a insatisfação entre os trabalhadores, que se organizavam para exigir direitos. •Esse movimento de reivindicar os seus direitos passou a ser mais sistemático com a vinda de imigrantes italianos e espanhóis aos centros urbanos. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • Entre essas pessoas, os ideais anarquistas de organização de trabalhadores eram amplamente difundidos, o que inspirou a criação de sindicatos e de associações de operários nas fábricas. • Os sindicatos foram importantes mecanismos de reivindicação de direitos e negociação entre trabalhadores e patrões. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • Os ideais anarquistas contribuíram para a conscientização dos trabalhadores brasileiros com relação aos seus direitos, bem como o incentivo à ação direta dos operários por mudanças. •Isso resultou na realização de greves, petições e passeatas. Nas duas primeiras décadas do século XX, ocorreram mais de 400 greves no Brasil. • A mais importante delas ocorreu no ano de 1917. Economia, sociedade e revoltas na República Velha Greve de 1917 • Nas primeiras décadas do século XX, houve várias paralisações de trabalhadores por direitos no Brasil, as quais se tornaram mais frequentes ano a ano. • Em julho de 1917, o trabalhador de origem espanhola José Martinez foi morto pela polícia, que tentava reprimir uma manifestação. •A morte do trabalhador foi o estopim para uma grande paralisação que ficou conhecida como GREVE DE 1917. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • Estimou-se que mais de 45 mil trabalhadores aderiram a esse movimento, o qual reivindicou os direitos trabalhistas, o fim do trabalho infantil e da repressão contra os trabalhadores que protestavam. • Essa greve se iniciou em São Paulo e durou 30 dias; fábricas, oficinas, bondes e ferrovias foram paralisadas. Houve saques a lojas, armazéns e caminhões. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • As atividades só foram retomadas depois do reajuste salarial e da promessa do governo estadual de libertar grevistas presos e da fiscalização do trabalho de menores. •Mesmo com o fim da greve na capital, ela se estendeu para o interior do estado e para outras regiões do país. •A partir de 1920, a repressão do governo se intensificou contra o movimento operário, prendendo manifestantes e expulsando imigrantes do país. Economia, sociedade e revoltas na República Velha Urbanização e modernização do Brasil • As riquezas que o Brasil possuía durante a República Velha promoveram a prosperidade econômica de algumas cidades do país. • Nesse período, conhecido no Brasil como Belle Époque (1870-1930), ocorreram grandes mudanças em cidades como Belém, Manaus, São Paulo e Rio de Janeiro. •Esse período teve fortes influências da Europa, onde reformas urbanas também foram promovidas. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • No Brasil, as cidades ganharam iluminação elétrica e os bondes elétricos também se fizeram presentes: o primeiro deles funcionou em 1892, na cidade do Rio de Janeiro. • A partir do ano de 1903, no Rio de Janeiro, o prefeito Pereira Passos promoveu uma das maiores reformas urbanas do país, a pedido do presidente Rodrigues Alves. •A cidade não possuía rede de água e de esgoto suficientes, a coleta de lixo era precária e os cortiços estavam superlotados. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • Esses fatores facilitavam a proliferação de muitas doenças, como tuberculose, sarampo, tifo e hanseníase. • Agravavam-se, ainda, grandes epidemias de febre amarela, varíola e peste bubônica. • A fim de combater essas doenças, algumas ações foram tomadas, por exemplo, foram derrubados imóveis velhos, alargadas e prolongadas avenidas e destruídos morros. Economia, sociedade e revoltas na República Velha •Essas obras tinham o objetivo de sanear, higienizar e ordenar a cidade. Nesse período, foram criadas largas avenidas que existem até hoje, como a Avenida Central, atual Avenida Rio Branco. • O governo acreditava que a cidade do Rio de Janeiro estava incompatível com a elegância exigida por uma capital, por isso investiu na infraestrutura da cidade. • Apesar das melhorias sanitárias na cidade, o BOTA-ABAIXO, como ficou conhecida a reurbanização da cidade do Rio de Janeiro, gerou vários problemas sociais. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • Muitas pessoas foram expulsas dos cortiços onde moravam – sem receber indenizações –, mercearias e outras lojas foram demolidas para dar espaço às avenidas. • Com as melhorias, os preços dos imóveis aumentaram, forçando a população a se afastar cada vez mais do centro, construindo CASAS sem estruturas nos MORROS. •Isso deu origem a várias FAVELAS CARIOCAS que existem até hoje. Economia, sociedade e revoltas na República Velha Movimentos sociais na República • A República Velha foi palco de diversos conflitos sociais, tanto no campo quanto na cidade. • Em muitos desses conflitos, a população colocou-se contra o governo por não concordar com ele ou por ver-se excluída de participação política no cenário nacional. • A seguir, vamos conhecer alguns desses movimentos de revolta. Economia, sociedade e revoltas na República Velha Revolta da Vacina • A Revolta da Vacina (1904) está diretamente ligada aos desalojamentos que ocorreram no Rio de Janeiro no bota-abaixo de 1903, que levou à formação de grandes favelas nos morros. •Apesar da reurbanização do centro da cidade, não houve melhoria na condição sanitária da maior parte da população do Rio de Janeiro: com o surgimento das favelas, os focos de doenças apenas foram deslocados, e não resolvidos. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • O médico sanitarista Oswaldo Cruz foi nomeado para combater as doenças. • Em 1904, o Rio de Janeiro era assolado por uma epidemia de varíola, uma doença transmitida por vírus. Para detê-la, a solução era vacinar a população. • Oswaldo Cruz conseguiu que o Congresso aprovasse a Lei da Vacinação Obrigatória. Economia, sociedade e revoltas na República Velha •Com esse aval, as brigadas sanitárias passaram a ter permissão de vacinar as pessoas à força, podendo inclusive entrar nas casas delas sem a autorização dos moradores. • No entanto, a vacina era um procedimento relativamente novo e desconhecido, e não houve campanhas de informação sobre sua importância para a população. • Além disso, os aplicadores não receberam treinamento adequado e acabaram realizando o procedimento de forma truculenta. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • Por isso, as pessoas consideraram a vacinação uma violação pessoal, cujo objetivo era humilhar e desmoralizar a população que já havia sido expulsa de suas casas. •A imposição da vacinação foi o estopim da revolta. Entre 10 e 16 de novembro de 1904, o Rio de Janeiro virou um campo de batalha. • A população exaltada apedrejou casas, invadiu quartéis, saqueou mercadorias, depredou lojas, virou e incendiou bondes, arrancou trilhos, quebrou postes, atacou tropas da polícia etc. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • A polícia do Rio de Janeiro não conseguiu conter a população, de forma que também foram convocadas as Forças Armadas e a Guarda Nacional. • O resultado foi dezenas de mortos, centenas de presos e feridos e a suspensão temporária da Lei da Vacinação Obrigatória. • Controlada a revolta, o governo recomeçou a vacinação, erradicando a varíola da cidade. Economia, sociedade e revoltas na República Velha Revolta da Chibata • As primeiras décadas da República evidenciaram problemas sociais muito sérios, como a continuidade de relações de trabalho que remetiam à escravidão, mesmo após a Abolição da Escravatura. Isso ocorria, por exemplo, na Marinha do Brasil. • Os marinheiros, além de serem punidos com chibatadas, eram submetidos a jornadas excessivas, alimentação insuficiente e baixos salários. Eles eram convocados à força e não tinham perspectiva de mudança de hierarquia. Economia, sociedade e revoltas na República Velha •Além disso, os oficiais subalternos eram, em grande maioria, brancos pobres, negros e descendentes de escravizados, enquanto os oficiais superiores e generais eram brancos provenientes de famílias ricas. • Assim, apesar da Abolição da Escravatura, muitos aspectos da escravidão ainda permaneciam no cotidiano dos marinheiros. •Em 1890, foi decretado que o limite para os castigos físicos para faltas graves na Marinha seria de, no máximo, 25 CHIBATADAS. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • No entanto, em 1910, um marinheiro foi punido com 250 chibatadas, o que indignou seus colegas e deu início à Revolta da Chibata. • Liderada por João Cândido, que ficou conhecido como almirante negro, os marinheiros exigiram fim dos castigos físicos, aumento de salário, melhores condições de trabalho e anistia aos participantes da revolta. • Eles tomaram o navio, fizeram os altos oficiais de reféns e ameaçaram bombardear a capital caso não fossem atendidos. Economia, sociedade e revoltas na República Velha
• O presidente Hermes da Fonseca
aceitou algumas das reivindicações, os castigos físicos foram abolidos e as condições de trabalho melhoraram. • No entanto, vários envolvidos na revolta foram expulsos da Marinha, presos e morreram na prisão. Economia, sociedade e revoltas na República Velha Tenentismo • Outro movimento ocorrido entre os membros das Forças Armadas foi o tenentismo. • Descontentes com os governos da República Velha, surgiram revoltas em vários estados do Brasil, mobilizadas principalmente por jovens tenentes do Exército. • Nessas revoltas, foram tomados fortes, prisões e prédios públicos. Economia, sociedade e revoltas na República Velha •Esse movimento não foi homogêneo e cada grupo defendia pautas específicas. •No entanto, podemos citar algumas de suas reivindicações em comum: o voto secreto, as reformas políticas e sociais e o fim das fraudes eleitorais. •Esses tenentes acreditavam que cabia aos militares moralizar a política do país. • As reivindicações apresentadas por eles, mesmo sem conseguir as transformações desejadas, contribuíram para desestabilizar a República Velha. Economia, sociedade e revoltas na República Velha INTERAÇ ÃO
•O movimento tenentista deu origem a
várias revoltas por todo o país, como a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (1922), a Revolta Paulista (1924), Comuna de Manaus (1924) e a Coluna Prestes (1925-1927). Economia, sociedade e revoltas na República Velha Guerra de Canudos • No final do século XIX, o líder religioso Antônio Conselheiro peregrinou pelo Sertão Nordestino pregando a purificação do catolicismo e o fortalecimento da fé na justiça divina. • Ele também pregava mensagens afirmando que a miséria do povo era culpa do governo. •As pregações de Antônio Conselheiro atraíam muitas pessoas, que passaram a segui-lo. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • Em 1893, Antônio Conselheiro fundou um arraial no interior da Bahia, chamado Belo Monte, onde eram plantados alimentos para a subsistência da população local. • O arraial não pagava impostos e, como crescia rapidamente, gerou incômodo aos latifundiários, que tinham medo de que essas pessoas invadissem suas terras. • Esses latifundiários chamavam o lugar de Arraial de Canudos. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • O Arraial de Canudos desafiava a autoridade dos coronéis e do governo central. •Por isso, as oligarquias estaduais e o governo federal resolveram destruí-lo, com medo de que os sertanejos que ali viviam se revoltassem contra a República. • Quatro expedições militares foram organizadas para derrotar Canudos entre 1896 e 1897, mas só a última foi bem-sucedida. Economia, sociedade e revoltas na República Velha PARA SABER MAIS • Outro evento ocorrido durante a República Velha foi a Guerra do Contestado (1912-1916), na região Sul do Brasil. •Esse conflito envolveu líderes religiosos que peregrinavam pelo interior, dando esperança à população miserável. • A guerra foi motivada pela concessão de terras entre Paraná e Santa Catarina para a construção de uma estrada de ferro. Economia, sociedade e revoltas na República Velha PARA SABER MAIS •Porém, várias casas de camponeses que estavam na rota dos trilhos seriam destruídas. •Comandados pelo monge João Maria, os moradores da região do Contestado (que era assim chamada, pois não havia limites bem definidos entre os estados) se rebelaram e proclamaram a independência da região. • A revolta levou anos para ser controlada e foi duramente reprimida. Economia, sociedade e revoltas na República Velha Cangaço • Outro movimento popular de grande força no século XX foi o cangaço. •Apesar de não ter sido uma revolta, o cangaço foi muito significativo para demonstrar a insatisfação do povo pobre do Nordeste, em especial das regiões que eram assoladas pela seca, com relação às condições de vida. • O cangaço surgiu na época do Império e se espalhou com a grande seca de 1877. Economia, sociedade e revoltas na República Velha • O cangaceiro era um homem que, após ser desonrado, ofendido ou injustiçado, tornava-se um fora da lei e passava a agir em bandos, cometendo crimes. •A origem da palavra cangaceiro vem de canga, ou seja, um conjunto de arreios que amarram o boi. • É possível que esse termo tenha sido utilizado porque os bandoleiros usavam as espingardas a tiracolo, com as correias cruzadas no peito, lembrando a canga do boi. Economia, sociedade e revoltas na República Velha •Os bandos variavam de tamanho e podiam ter de três a cem integrantes. • Eles não possuíam moradia fixa e andavam pelo interior do Nordeste, a pé ou a cavalo. •Prestavam serviços a um chefe local e saqueavam povoados e cidades em busca de armas, alimentos, dinheiro, cavalos, bebidas, roupas etc. •Os alvos dos seus ataques eram desde pessoas ricas até vilarejos muito pobres. Economia, sociedade e revoltas na República Velha •O mais famoso bando de cangaceiros foi liderado por VIRGULINO FERREIRA DA SILVA, mais conhecido como LAMPIÃO, considerado o “REI DO CANGAÇO”. •Por causa da forma como agiam, o bando e ele passaram a ser perseguidos pela polícia de vários estados brasileiros. • O final de sua vida e de seus companheiros se deu em 1938, quando caíram em uma emboscada às margens do Rio São Francisco, em Sergipe. Economia, sociedade e revoltas na República Velha Semana de Arte Moderna de 1922 •Os movimentos de contestação durante a República Velha não foram apenas por meio de rebeliões, mas também se utilizando da arte. •A Semana de Arte Moderna de 1922 foi um evento artístico realizado entre 11 e 18 de fevereiro no Teatro Municipal de São Paulo. • Participaram dela escritores, artistas plásticos, arquitetos e músicos, que apresentaram esculturas, poesias, pinturas e músicas bastante diferentes Economia, sociedade e revoltas na República Velha •O objetivo desses artistas era propor novas formas de se pensar e fazer arte, rompendo com a estética clássica, que era considerada “fechada”. • Eles buscavam criar uma arte “mais brasileira”, fundindo aspectos de vanguardas europeias com elementos e temas tipicamente brasileiros. • Nesse evento, os artistas foram vaiados pelo público, que considerou a arte apresentada inferior à tradicional. Economia, sociedade e revoltas na República Velha
• Mesmo com a péssima recepção
inicial, as performances da Semana de Arte Moderna de 1922 trouxeram alternativas à tradição, ao conservadorismo e ao academicismo nas artes, dando lugar à experimentação, à liberdade de expressão e à preocupação com a realidade vivida no país.