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CLIMATOLOGIA

Prof. Dr. Saulo Tasso Araújo da Silva

UNIDADE II
O GLOBO TERRESTRE
E AS
RELAÇÕES TERRA-SOL
 A ciência que estuda os fenômenos atmosféricos é chamada de
meteorologia.
 Trata-se de uma prática muito antiga que obteve um grande avanço
tecnológico nas últimas décadas com o desenvolvimento de radares
mais precisos, computadores e softwares mais sofisticados e
potentes, satélites, etc.
 Processos como temperatura, umidade, precipitação, índice de
radiação e outros são analisados e estudados.
 O estudo do clima de um local ou região é feito com base na análise
estatística dos dados observados pela meteorologia, sendo
contabilizados entre outras coisas as médias, as correlações,
freqüências, distribuições.
 Por exemplo: qual é a temperatura média, máxima e mínima no
Município de Mossoró – RN, no mês de maio?
 Quanto chove em média anualmente nessa região?
 Existem períodos secos e úmidos definidos?
 Estas perguntas só podem ser respondidas com mais precisão se
forem baseadas numa série de observações no decorrer de vários
anos, sendo necessários pelo menos trinta anos para se obter
informações bastante confiáveis.
 Isto se deve as pequenas variações que irão ocorrer de um ano para o
outro, que são normais e devem ser levadas em consideração no
estudo do clima de uma localidade.
É necessário diferenciar os conceitos de TEMPO e CLIMA, para se
evitar confusões bastante comuns quando se falam sobre eles:

• TEMPO→ é como se apresenta a atmosfera em um determinado


instante e local. Por exemplo: hoje, no Município de Cassilândia, o
dia está chuvoso e frio.
• CLIMA→ é o comportamento observado na atmosfera no decorrer
de vários anos. Por exemplo: o clima no Município de Cassilândia é
considerado segundo Köppen como seco de inverno (Cw), com a
precipitação máxima do verão maior ou igual a dez vezes a
precipitação do mês mais seco.
Tempo e Clima
O estado da atmosfera pode ser descrito por
variáveis que caracterizam sua condição física.
Essas variáveis são o que chamamos de
elementos meteorológicos: temperatura do ar,
umidade relativa do ar, velocidade e direção do
vento, precipitação, pressão atmosférica,
radiação solar, etc...

Condição atual, mostrando a ocorrência de


uma tempestade

Para um dado local, o estado da atmosfera pode


ser descrito tanto em termos instantâneos,
definindo a condição atual, a qual é
extremamente dinâmica, como também em
termos estatísticos, definindo a condição média,
a qual é por sua vez uma descrição estática.
Condição média, mostrando as diferenças
entre as regiões brasileiras
À condição atual denomina-se:

TEMPO

Classificação climática de Köppen:

À condição média denomina-se:

CLIMA
Piracicaba, SP - 11 Jul 2004
35 100
90
TEMPO
30
80

Umidade Relativa do ar (%)


70
Temperatura do ar (C)

25
60
A variação da temperatura e da umidade
20 50
relativa do ar, ao longo de um dia,
40 mostra o grande dinamismo das
15
30 condições do tempo.
20
10 T
UR 10
5 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Horário

Piracicaba, SP - 01 Jan 2005


35 100
90
30
80

Umidade Relativa do ar (%)


Observe que dependendo da época do

Temperatura do ar (C)
70
25
ano essa variação ao longo do dia pode 60

ser maior ou menor, o que na realidade é 20 50

40
dependente dos fatores meteorológicos 15
30
que estão atuando em cada um desses T 20
dias. 10
UR 10
5 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

Horário
TEMPO
Temperatura mádia mensal - Piracicaba, SP
28

26
Temperatura média mensal ( C)
o

24

22

20

18

16

14
2001 2002 2003 2004 2005
12

10

O mesmo acontece ao analisarmos as temperaturas médias mensais para uma série de


anos consecutivos. Percebe-se que apesar de haver um padrão de variação, ocorre
oscilação nas médias de um mesmo mês, de ano para ano. Isso também pode ser
observado para a chuva...
TEMPO
Precipitação pluviométrica - Piracicaba, SP
360
2001 2002 2003 2004 2005
Precipitação média mensal (mm)

310

260

210

160

110

60

10

... em que apesar de se observar a oscilação estacional, os valores mensais variam


sensivelmente de ano para ano, com o total anual variando de 1.104 mm em 2003 a 1.461
mm em 2002.
CLIMA
Piracicaba, SP
30 350
Chuva
25 Tmed 300
Temperatura médiaoC)
(

Chuva (mm/mês)
250
20
200
15
150
10
100

5 50

0 0
J F M A M J J A S O N D

Já as médias das temperaturas médias mensais e dos totais médios mensais de chuva para
um período igual ou superior a 30 anos, denominadas de NORMAIS
CLIMATOLÓGICAS, mostra apenas a variabilidade estacional, porém com valores
estáticos para cada mês, descrevendo assim o CLIMA do local.
Como dito anteriormente, as NORMAIS CLIMATOLÓGICAS indicam as condições
médias do estado da atmosfera do local e isso possibilita se caracterizar o seu CLIMA e a
comparação entre localidades. Dê uma olhada nas figuras a seguir e veja as diferenças entre
os climas de várias regiões do mundo e também do Brasil.
Pindorama, SP - BRASIL Tampico - MÉXICO
30 300 30 300
Chuva Chuva
25 Tmed 250 25 Tmed 250
Temperatura média (oC)

Temperatura média (oC)


Chuva (mm/mês)

Chuva (mm/mês)
20 200 20 200

15 150 15 150

10 100 10 100

5 50 5 50

0 0 0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Tucuman - ARGENTINA Bhopal - ÍNDIA


30 300 40 500
Chuva Chuva
35
25 Tmed 250 Tmed
400
Temperatura média (oC)

Temperatura média (oC)


30
Chuva (mm/mês)

Chuva (mm/mês)
20 200
25 300
15 150 20

15 200
10 100
10
100
5 50
5

0 0 0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Kano - NIGÉRIA Helwan - EGITO
35 500 30 100
Chuva Chuva
30 Tmed 25 Tmed
400 80
Temperatura média (oC)

Temperatura média (oC)


25

Chuva (mm/mês)

Chuva (mm/mês)
20
300 60
20
15
15
200 40
10
10
100 20
5 5

0 0 0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Valência - ESPANHA Sta. Maria de Leuca - ITÁLIA


30 300 30 300
Chuva Chuva
25 Tmed 250 25 Tmed 250
Temperatura média (oC)

Temperatura média (oC)


Chuva (mm/mês)

Chuva (mm/mês)
20 200 20 200

15 150 15 150

10 100 10 100

5 50 5 50

0 0 0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
O planeta Terra apresenta a forma esférica, cujo raio aproximado é de mais de
6300 quilômetros (Figura 1).
A sua superfície é formada pela litosfera, que é uma camada superficial composta
por rochas, sendo também chamada de crosta terrestre.
Sobre a maior parte da litosfera se encontra a hidrosfera, que é uma camada de
água do tipo continental (rios, lagos, etc.) ou oceânica oceanos e mares).

Existe também uma camada gasosa não


visível que envolve o globo terrestre, e é
chamada de atmosfera terrestre.

Figura 1. O planeta Terra. (Fonte: www.turbosquid.com)


ATMOSFERA TERRESTRE
A atmosfera do planeta Terra, que é presa ao mesmo pela gravidade,
apresenta duas camadas principais: a troposfera e a estratosfera. A
troposfera é a camada que vai da superfície terrestre até uma altura
aproximada de 10 quilômetros, sendo composta por dois conjuntos de
gases: os componentes fixos da troposfera e os componentes variáveis da
troposfera.
• Componentes fixos: é um conjunto de gases, com predominância do
nitrogênio (78%) e do oxigênio (21%). Os demais gases nobres (hélio,
neônio, argônio, xenônio e criptônio, etc.) somados constituem apenas 1%
do total.
• Componentes variáveis: é composto por CO2, vapor d’água e ozônio.
ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA
O GLOBO TERRESTRE E AS RELAÇÕES TERRA-SOL
A superfície terrestre é totalmente irregular, não existindo, até o momento, definições
matemáticas capazes de representá-la sem deformá-la.
A forma da Terra se assemelha mais a um elipsóide, o raio equatorial é
aproximadamente 23 km maior do que o polar, devido ao movimento de rotação em
torno do seu eixo.
O modelo que mais se aproxima da sua forma real, e que
pode ser determinado através de medidas gravimétricas,
é o geiodal. Neste modelo, a superfície terrestre é definida
por uma superfície fictícia determinada pelo
prolongamento do nível médio dos mares estendendo-se
em direção aos continentes

TERRA:
Forma: geóide;
Raio Equatorial: ≈ 6.371 km;
Raio Equatorial > Raio Polar ≈ 21,5 km.
MOVIMENTOS DA TERRA

 Rotação: 23 horas, 56 minutos e 4 segundos;


 Translação: 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos;
 Movimento de Spin ou de Precessão: De acordo com a inclinação do eixo Norte-
Sul da Terra que pode variar de 22,1o a 24,5o (45.000 anos).
No momento a inclinação é de 23,45o.
Translação e formação
das estações do ano
DISTÂNCIA TERRA-SOL

A órbita da Terra em torno do Sol é uma elipse ficando a Terra posicionada em um


dos focos da elipse, por este motivo a distância Terra-Sol varia ao longo do ano,
atingindo um ponto de máxima aproximação do Sol em janeiro (PERIÉLIO) e um
ponto de mínima aproximação em julho (AFÉLIO).
Estes pontos são chamados de APSIDES e ocorrem variando ano a ano do dia 1
ao dia 6.

A excentricidade da órbita terrestre se


aproxima de uma circunferência, esta
variação na distância é mínima
atingindo no máximo 2% para mais ou
para menos da distância média
(149.700.000 km ≈ 150.106 km).
EQUAÇÕES PARA DETERMINAÇÃO DA DISTÂNCIA TERRA-SOL

• Equação de SPENCER (1971)


2
D
   1, 000110  0, 034221 CosX  0, 001280 SenX  0, 000719 Cos 2 X  0, 000077 Sen 2 X
D

em que:
2
D
  , é o raio vetor Terra-Sol ou fator de correção (R) à excentricidade terrestre
D
 

(admensional);
6
D , a distância média Terra-Sol (150.10 km);

D, a distância instantânea Terra-Sol (km); 2


X  d  1
X, é o ângulo diário (radianos 365
DIA DE ORDEM DO ANO
DIA
MÊS
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
1 1 32 60 91 121 152 182 213 244 274 305 335
2 2 33 61 92 122 153 183 214 245 275 306 336
3 3 34 62 93 123 154 184 215 246 276 307 337
4 4 35 63 94 124 155 185 216 247 277 308 338
5 5 36 64 95 125 156 186 217 248 278 309 339
6 6 37 65 96 126 157 187 218 249 279 310 340
7 7 38 66 97 127 158 188 219 250 280 311 341
8 8 39 67 98 128 159 189 220 251 281 312 342
9 9 40 68 99 129 160 190 221 252 282 313 343
10 10 41 69 100 130 161 191 222 253 283 314 344
11 11 42 70 101 131 162 192 223 254 284 315 345
12 12 43 71 102 132 163 193 224 255 285 316 346
13 13 44 72 103 133 164 194 225 256 286 317 347
14 14 45 73 104 134 165 195 226 257 287 318 348
15 15 46 74 105 135 166 196 227 258 288 319 349
16 16 47 75 106 136 167 197 228 259 289 320 350
17 17 48 76 107 137 168 198 229 260 290 321 351
18 18 49 77 108 138 169 199 230 261 291 322 352
19 19 50 78 109 139 170 200 231 262 292 323 353
20 20 51 79 110 140 171 201 232 263 293 324 354
21 21 52 80 111 141 172 202 233 264 294 325 355
22 22 53 81 112 142 173 203 234 265 295 326 356
23 23 54 82 113 143 174 204 235 266 296 327 357
24 24 55 83 114 144 175 205 236 267 297 328 358
25 25 56 84 115 145 176 206 237 268 298 329 359
26 26 57 85 116 146 177 207 238 269 299 330 360
27 27 58 86 117 147 178 208 239 270 300 331 361
28 28 59 87 118 148 179 209 240 271 301 332 362
29 29   88 119 149 180 210 241 272 302 333 363
30 30   89 120 150 181 211 242 273 303 334 364
31 31   90   151   212 243   304   365
 Equação de DUFFIE e BECKMAN (1977)

2
D  2 d 
   1  0, 033 Cos  
D  365 
2
D é o raio vetor Terra-Sol ou fator de correção (R) à excentricidade
  terrestre (admensional);
D

D , a distância média Terra-Sol (150.106km);


D, a distância instantânea Terra-Sol (km);

d é o dia de ordem do ano (d=1 p/ 1º de janeiro e d=365 p/ 31 de dezembro).


COORDENADAS TERRESTRES, GEOGRÁFICAS OU DE POSIÇÃO

São parâmetros que servem para a localização de pontos situados sobre a


superfície terrestre, tomando-se como referência o nível médio do mar, o
equador terrestre e o meridiano de Greenwich
• ALTITUDE (z)→ É a distância vertical de um ponto ao nível médio do mar. Será
positiva quando o local em questão estiver acima do nível médio do mar e negativa
quando abaixo. Ex: Mossoró: z = 20,0 m

• LATITUDE (φ) → É o ângulo compreendido entre o plano do equador e o


prolongamento de um raio terrestre passando pelo ponto em questão. Varia de 0 a
±90º para Norte ou para Sul. Ex: Mossoró: Φ = 5º 12’ 10,04” S.
Os paralelos de 23º 27’N e 23º 27’S recebem os nomes de Trópico de Câncer e
Trópico de Capricórnio, respectivamente. Os paralelos de 66º 33’N e 66º 33’S são
denominados de Círculo Polar Ártico e Círculo Polar Antártico.

• LONGITUDE (l) → É o ângulo formado entre o plano do meridiano local e o plano


do meridiano de Greenwich. Varia de 0º a 180º para Leste (E) ou para Oeste (W) do
meridiano de Greenwich. Ex: Mossoró: l = 37º 19’ 35,05” W.

O meridiano de 180º é chamado de Linha de Mudança de Data.


HORÁRIOS USADOS EM METEOROLOGIA E ASTRONOMIA

TEMPO SOLAR VERDADEIRO

→ é aquele que leva em consideração o movimento aparente


do Sol através do céu

DIA SOLAR VERDADEIRO

→ É o espaço de tempo compreendido entre duas passagens


consecutivas do Sol sobre um determinado meridiano. Este
dia começa no momento da passagem do Sol sobre o
meridiano oposto ao do local em consideração. Sua duração
varia ao longo do ano em função da variação da velocidade
de translação da Terra.
  Em que:
V  w.D V é a velocidade de translação da Terra;
w é a velocidade angular da Terra;
D é a distância Terra-Sol.
TEMPO SOLAR MÉDIO

→ É aquele em que o DIA é obtido dividindo-se o ano solar


verdadeiro por 365,2422 dias de exatamente 24 horas cada
um.

TEMPO LEGAL

→ É aquele escolhido por uma determinada Nação para ter


validade sobre seu Território.
EQUAÇÃO DO TEMPO (∆t)

É a diferença (positiva, negativa ou nula) entre a hora solar verdadeira (h *)


e a hora solar média (h) em uma determinada data. É uma correção a ser
aplicada à hora solar média, para se obter a hora solar verdadeira. Seu
valor varia ao longo do ano, por causa da variação da velocidade de
translação da Terra (2a Lei de Keppler).

t  h* - h
h*  h  t  
h*  h  t  
h é a hora solar média em uma determinada data;

ROBERTSON & RUSSELO sugerem a equação:


t  0, 002733  7,343Sen  F   0,5519Cos( F )  9, 47 Sen(2 F )  3, 03Cos(2 F )  0,3289Sen (3F ) 
0, 07581Cos(3F )  0,1935Sen(4 F )  0,1245Cos(4 F )

360 d
F é a fração angular do dia
365
∆λ, é uma correção usada quando a localidade não se encontra sobre o meridiano
central de seu fuso horário. Esta correção será positiva se o local estiver a oeste do
meridiano central (pois o meio dia solar verdadeiro vai ocorrer mais tarde que no
meridiano central), ou negativa se o local estiver a leste (pois o meio dia solar
verdadeiro no local vai ocorrer mais cedo).
Esta correção deverá levar em consideração a relação da velocidade angular de rotação
da Terra (15o/hora). Assim, se a diferença de longitude for 5 o a correção será de ± 20
minutos conforme a localidade esteja a oeste ou a leste do meridiano central do fuso.

t  9,87 Sen  2 B   7,53Cos ( B)  1,5Sen( B ) B


2  d  81
365
ÂNGULOS ESTUDADOS NAS RELAÇÕES TERRA-SOL

DECLINAÇÃO SOLAR (δ)


É o ângulo compreendido entre o plano do equador Terrestre e a linha
que liga o centro da Terra ao centro do Sol.
Seu valor varia de 0o nas passagens dos equinócios (21 de março e 23 de
setembro) a ±23o e 27’nos solstícios (21 de dezembro e 22 de junho). Esta
variação ocorre em função da inclinação do eixo Norte-Sul da Terra e
delimita as estações do ano.

G. W ROBERTSON e D. A. RUSSELO:
  0, 3964  3, 631Sen  F   22,97Cos( F )  0, 03838Sen(2 F )  0, 3885Cos(2 F )  0, 07659 Sen(3F )  0,1587Cos(3 F )  0, 01021Cos(4 F )

KLEIN (1977):
O

  23, 45 Sen 
360 o
 d  80   O

  23, 45 Sen 
360 o
 284  d  
 
 365   365 
EQUINÓCIO → Posição em que os raios solares incidem perpendicularmente
sobre o equador terrestre (δ = 0o 21 de março e 23 de setembro).

SOLSTÍCIO → Posição em que os raios solares incidem perpendicularmente


sobre os Trópicos (δ = ±23,45o 22 de junho e 21 de dezembro).
ÂNGULO HORÁRIO DO SOL (w)

→ É o ângulo formado pelo deslocamento do Sol para leste ou


para oeste do meridiano local, em função do movimento de
rotação da Terra em torno do seu eixo.
Seu valor será negativo pela manhã e positivo à tarde e varia de
0o a 90o ao nascer e pôr do Sol.

w   h * 12 15 o

em que h* é a hora solar verdadeira

h*  h  t  
ÂNGULO ZENITAL DO SOL (Z)

É o ângulo formado entre a linha vertical de um determinado


local, em um dado instante, e a linha que liga este local ao centro
do Sol.
Pode ser medido com um teodolito ou com um telescópio, porém
é mais fácil calculá-lo.

CosZ  Sen Sen  Cos Cos Cosw


Em que:
Z é o ângulo zenital
 é a latitude local;
d é a declinação solar;
w é o ângulo horário;
Como um observador vê o sol (ao meio dia) em diferentes
latitudes e épocas do ano
Zênite

Ângulo
Zenital (Z1)

OBS. O ângulo de elevação do Sol (E) é igual ao complemento do ângulo zenital.


Ou seja:

E  90º  Z
AZIMUTE DO SOL (A)

É o ângulo formado entre a direção Norte-Sul e a projeção do Sol sobre


a linha do horizonte, tomando-se como referencial o Sul. Seu valor será
negativo para Leste e positivo para Oeste, 0o para Sul e 180o para
Norte.
Senw Cos
SenA 
SenZ
Em que:
A é o Azimute solar;
w é o ângulo horário;
d é a declinação solar;
Z é o ângulo zenital
CÁLCULO DO FOTOPERÍODO
 
• FOTOPERÍODO (N)
É o número máximo de horas de sol que poderá ocorrer em
determinado dia e local da Terra.
Seu valor varia com a latitude e a declinação solar.

2H
N o 
2 arcCos  tg . tg   0,83o

o
15 15
EXERCÍCIOS
1. Estimar a distância Terra-Sol (D) para o dia 13 de MAIO de 2013, considerando que a distância média
é 150 . 106 km. Usar a equação de SPENCER (1971).

2. Calcular a declinação solar (δ) para Mossoró-RN para o dia 15 de MARÇO de 2013.

3. Determinar a hora solar verdadeira (h*) para as 09:00 horas (hora solar média h) do dia 15 de MARÇO
de 2013, em Mossoró-RN (5º11’S; 37º20’W), considerando como padrão o fuso horário de Brasília-DF
(3h = 45º).

5. Estimar o ângulo horário do Sol (w) para as 10:00 horas (hora solar média) do dia 15 de MARÇO de
2013, em Mossoró-RN (5º11’S; 37º20’W).

6. Calcular o ângulo zenital do Sol (Z) para as 09:00 horas (hora solar média) do dia 15 de MARÇO de
2013, em Mossoró-RN (5º11’S; 37º20’W). Calcule também o valor de Z para o meio dia solar.

7. Encontrar o valor do azimute solar (A) as 09:00 horas (hora solar média) do dia 15 de MARÇO de
2013, em Mossoró-RN (5º11’S; 37º20’W).

8. Calcular a hora de nascer e pôr do Sol (HNS e HPS) e o fotoperíodo (N) para 15 de MARÇO de 2013
em Mossoró-RN.

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