Universidade Estadual da Paraíba

Centro de Ciências Humanas e Agrárias

Departamento de Agrárias e Exatas
Docente: Maria Karoliny Lima de Oliveira
Série e Turma: 3º Ano “B”

Literatura
Componentes:
Amanda Luzia da Silva
Francienio Gabriel Batista de Sousa
José Igor Ferreira Pereira
Maria Eduarda Lima Silva
Sara Esttefini Pereira de Araújo
“Capitães de Areia”
-Jorge Amado
Jorge Amado foi um escritor brasileiro, um dos maiores
representantes da ficção regionalista que marcou o Segundo
Tempo Modernista.
Jorge Amado de Farias nasceu na Fazenda Auricídia, em
Ferradas, município de Itabuna, Bahia, no dia 10 de agosto de
1912.
Em janeiro de 1914 mudou-se com a família para a cidade de
Ilhéus, onde passou a infância.

Em Salvador, ingressou no Ginásio Ipiranga, onde fez o curso

secundário. Ligou-se à "Academia dos Rebeldes", um grupo de
jovens, chefiado por Pinheiro Viegas, que tinha como objetivo a
renovação literária.
O seu primeiro romance O País do Carnaval, publicado em 1932,

Em 1933, lançou seu segundo livro Cacau, que teve vários

exemplares apreendidos. Em 1936, Jorge foi preso, por
pertencer à Aliança Libertadora Nacional.
Jorge Amado iniciou sua carreira de escritor com obras
de cunho regionalista, que caracterizou o “Segundo
Tempo Modernista” (1930-1945) e que retrata a vida
urbana de Salvador.

Entre suas obras adaptadas para a televisão, cinema e

teatro estão: Dona Flor e Seus Dois Maridos, Gabriela
Cravo e Canela, Tenda dos Milagres e Tieta do Agreste.

Jorge Amado faleceu no dia 6 de agosto. Seu velório foi

realizado no Palácio da Aclamação em Salvador. Foi
cremado e suas cinzas foram colocadas ao pé de uma
mangueira, em sua casa na Bahia.
Temáticas abordadas pelo autor:
Nascido no estado da Bahia, que serve
também de cenário para suas obras, o autor
buscou mostrar, em seus romances, os
problemas sociais que via na sociedade, o
que o levava a analisar, sobretudo, as
camadas sociais mais fragilizadas e
marginalizadas.
Abordando desde o ciclo econômico do
cacau na Bahia até questões dos menores
abandonados e passando por temas como a
seca, o cangaço e o fanatismo religioso,
Jorge Amado consagrou-se como o autor
nordestino que mais diversificou os
assuntos tratados em suas obras.
A obra de Jorge Amado é classificada
como representante da segunda
geração do Modernismo no Brasil.
Essa geração, que demonstrava uma
preocupação com as questões sociais
da época em que vivia e,
simultaneamente, trabalhava a ideia
do regionalismo, teve em Jorge
Amado o representante mais
diversificado em relação aos temas
trabalhados em seus romances.
Características modernistas na obra:
Com Foco narrativo em terceira pessoa, Capitães O fato dos protagonistas
da areia faz parte da chamada segunda fase do serem crianças traz o foco da
Modernismo no Brasil, período literário leitura também para a
marcado pelo engajamento político e social por questão da perda da
parte dos autores da época. Sua principal infância. Os poucos adultos
característica que o torna uma narrativa do que surgem na obra são
modernismo, são as lutas sociais destacadas na apresentados como
narrativa. Capitães da areia funciona como um elementos associados às
romance de aventuras. Porém, as ações dos crianças. Sempre haverá
personagens não se resumem apenas a breves alguma relação de ligação
acontecimentos. A análise social é perpassada com elas. Com linguagem
pela percepção, por parte do autor, de que o objetiva e acessível, o livro é
atual sistema econômico e político potencializa uma espécie de manifesto
as injustiças inerentes ao próprio modelo. Uma contra as desigualdades
vez que os garotos são apresentados como inerentes aos modelos
vitimas da sociedade na qual se inserem, não político e econômico
poderiam ser vistos como opressores, mas sim contemporâneos.
como oprimidos.
Crítica social presente na obra:
A obra começa com a reprodução de uma
reportagem tendenciosa sobre os Capitães da
Areia, seguida de cartas enviadas ao Jornal da
Tarde, que publicou a tal reportagem, a qual
apresenta a seguinte chamada:
“As aventuras sinistras dos “Capitães da Areia”
— A cidade infestada por crianças que vivem do
furto — Urge uma providência do Juiz de
Menores e do Chefe de Polícia — Ontem houve
mais um assalto.”
Vemos denúncia da realidade dessas crianças,
que vivem na marginalidade e usam a linguagem
coloquial das ruas. A maioria delas utiliza
codinome, o que revela sua falta de identidade
ou cidadania, mas também é uma forma de
proteção, já que isso dificulta a identificação
pela polícia.
Devido às condições em que vivem,
esses meninos são obrigados a deixar a
infância de lado e acabam adquirindo a
esperteza dos adultos, para poder
sobreviver. E, de forma precoce, a
sexualidade é vivenciada livremente. O
personagem Gato, por exemplo, tem 14
anos e se envolve com Dalva, uma
prostituta de mais ou menos 35 anos.
os personagens da obra são seres
marginalizados, que vivem em
condições precárias.
Na obra também vemos machismo que
impera entre os meninos e que tem seu
ápice no chocante estupro de uma
jovem negra por Pedro Bala. crítica ao
capitalismo e à opressão.
Obrigada pela atenção!

Catolé do Rocha - PB
2022