Czarismo era uma monarquia absolutista comandada
por um czar (título de imperador russo que significa
césar). No começo do século XX, a economia do Império russo ainda era predominantemente rural. 150 milhões de habitantes e mais de 80% da população morava no campo, sendo constituída na maioria de camponeses. Apenas no governo do czar Nicolau II que foram oferecidos incentivos para a entrada no país de capitais estrangeiros, provenientes da França, Alemanha e da Bélgica, para iniciar o processo de industrialização da Rússia. Em 1905 a Rússia foi derrotada pelo Japão em uma guerra imperialista. Perdeu a guerra, o que agravou ainda mais a insatisfação popular com o governo. Centenas de manifestantes foram pra frente do palácio de inverno do Czar e foram massacrados. O episódio ficou conhecido como DOMINGO SANGRENTO. Diante do crescente clima de revolta, o czar Nicolau II resolve abrir mão do seu absolutismo e convoca eleições para a DUMA (Parlamento) que se encarregaria de elaborar uma Constituição para o país. O Czar não cumpre com o prometido, e a DUMA é substituída por um parlamento formado apenas pelas elites. Os trabalhadores das cidades, se organizam em SOVIETES (conselhos de trabalhadores) e reivindicam: Melhores condições de trabalho. Participação política. Até a 1ª Guerra Mundial a oposição era dividida entre: Narodniks (populistas). Niilistas (anarquistas). Social-Democratas (marxistas). Mencheviques: Liderados por Martov e Plekhanov, eram mais moderados. Bolcheviques: Liderados por Lênin, eram mais radicais. MENCHEVIQUES (termo que significa “minoria”) – grupo que defendia que o melhor caminho era o estabelecimento de alianças políticas entre trabalhadores e burguesia liberal para conquistar o poder. (Martov e Plekhanov) BOLCHEVIQUES (termo que significa “maioria”) – grupo que defendia a conquista do poder pelos trabalhadores de forma imediata, mediante a luta revolucionária e a instauração de uma ditadura do proletariado. (Lenin) Em março de 1917, o czar Nicolau II foi derrubado e proclamou-se o governo da DUMA. Quem assumiu foi o líder menchevique e ministro da Guerra Alexander Kerensky.
Reduziu a jornada de trabalho.
Anistiou os presos políticos. Decepcionou a todos pois não tirou a Rússia da guerra. Lênin retorna e inicia o processo de reorganização do Partido Bolchevique, lança as Teses de Abril (1917) sobre o lema: “Todo poder aos sovietes” e “pão, paz e terra”.
Trótski (outro líder bolchevique) organizava uma milícia
revolucionária formada por operários armados chamada de Guarda Vermelha. Os Bolcheviques assumiram o poder em novembro de 1917. Foi criado o Conselho de Comissários do Povo, presidido por Lênin, que tomou as seguintes medidas: Pedido de paz imediata: A Rússia retira suas tropas da Primeira Guerra Mundial (Tratado de Brest-Litovsk); Confisco de propriedade privada: 150 milhões de hectares foram confiscadas e distribuídas entre os camponeses; Estatização da economia: O Governo passou a intervir duramente na vida econômica do país, nacionalizando bancos e fábricas. Afastou a burguesia: expropriando suas propriedades. Dissolveu a DUMA: que foi substituída pelos Sovietes. Entre 1918 e 1920, os bolcheviques tiveram que enfrentar contrarrevolucionários monarquistas e burgueses que recebiam o apoio de países capitalistas. A situação crítica fez Lênin decretar o “Comunismo de Guerra”. O governo Bolchevique venceu a guerra e em 1921 Lênin começa, de fato, a governar um país devastado. Lênin criou a NEP (Nova Política Econômica) “Um passo atrás para dar dois passos à frente”. Em 1923 foi proclamada a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) Com a morte de Lênin (1924), a disputa sucessória fica acirrada entre Trótsky e Stálin: Trótsky (revolução permanente). Stalin (revolução em um só país) Stalin sai vitorioso na luta pelo poder e governa de 1924 até 1953. A partir de dezembro de 1929, Stálin concentra todo o poder em suas mãos e dá início a ditadura stalinista. Stálin persegue Trótsky e o exila no México.