Revisão/Complementação:

Sistema de projeção
Vistas Ortográficas,
Cortes, Seções e
Perspectivas

Professor Antônio Carlos Néri

Lavras, abril de 2018
Projeções

Figura 5.1 – Diagrama das Projeções

Vistas Ortográficas
 VISTAS ORTOGRÁFICAS
 Define a Norma Técnica Brasileira (NBR 10647) que
Vistas Ortográficas são as "figuras resultantes da
projeção cilíndrica ortogonal do objeto sobre planos
convenientemente escolhidos, de modo a representar
com exatidão a forma do mesmo com seus detalhes".
No presente estudo, fixa-se o observador a grande
distância (infinita) ao objeto e ao plano de projeção e
com as projetantes perpendiculares ao plano de
projeção: são as chamadas Vistas Ortogonais. É
possível obter 6 vistas de uma mesma peça
acumulando uma das dimensões (Figura 5.2).
Figura 5.2. Representação esquemática das vistas ortogonais de uma edificação

Representação esquemática das vistas

ortogonais de uma edificação
As vistas ortogonais consistem na representação do objeto sobre
planos horizontais e verticais de projeção que formam os diedros

Sistema de representação de projeção

ortogonal com o objeto no 1°Diedro
 Existem 02 Sistemas de projeção ortogonal: O Sistema Europeu (método de
projeção ortográfica no 1º diedro - Figura 5.4, adotado pelo Brasil e, o Sistema
Americano (método de projeção ortográfica no 3º diedro) de projeção.
A diferença entre os dois sistemas está na posição do plano de projeção em
relação à peça e observador.

Sistemas Europeu e Americano de Projeção

 Estando o desenho representado no Sistema Americano haverá uma composição do
paralelepípedo formado pelos planos de projeção e consequentemente uma abertura
diferente, causando outra distribuição das vistas em torno da vista anterior (Vista
Frontal). Esta diferença entre os dois sistemas pode causar confusão na produção de uma
peça na indústria. Na Figura a seguir são representadas as vistas ortográficas do objeto da
Figura anterior. Observe as inversões das vistas conforme os diedros estabelecidos.

É indispensável que se faça a identificação no rotulo da folha de Desenho quando a

peça ou objeto estiver desenhados no 3° diedro.

Simbologia 1º Diedro Simbologia 3º Diedro

Vistas Principais

Das 06 vistas ortogonais, Vista anterior (V.A), Vista posterior (V.P), Vista Lateral
esquerda (V.L.E), Vista Lateral direita (V.L.D), Vista superior (V.S) e vista inferior (V.I),
apenas 03 são suficientes para representar uma peça ou objeto de geometria simples
sem detalhes internos, sendo as vistas Frontal, Lateral esquerda e Superior denominadas
de vistas principais como representado na figura a seguir. Dependendo do objeto a ser
representado, como por exemplo, chapas finas, apenas 01 vista é suficiente, devendo
escrever a abreviação "ESP." de espessura, informando a espessura da chapa.

Vista Frontal Vista Lateral

Vista Superior Perspectiva Isométrica

Vistas principais de uma perspectiva isométrica

CORTES E SEÇÕES
Importância de Cortes e Seções
 Esclarecer possíveis dúvidas de representação
do interior de peças que tenham detalhes
relevantes não definidos totalmente por uma
projeção ortogonal em arestas visíveis.
 Possibilita a indicação do material através de

hachuras.
 Evita a abundância de linhas tracejadas nas

vistas.
Corte ou Seção?
 O CORTE registra tanto a intersecção do plano secante
com o objeto quanto a projeção visível situada além
do plano.
 A SEÇÃO registra somente a interseção do plano
secante com o objeto.
Seções
Disposição do desenho
 É a mesma das vistas ortogonais seja no 1º
ou 3º Diedro.
Hachuras
Em cortes ou seções, a interseção do plano
secante com o objeto é destacada pela
hachura.
São desenhadas com linhas estreitas, fazendo
45° com as linhas principais ou contornos.
Hachuras
 Hachuras de peças
adjacentes devem ser
diferenciadas pela
direção ou
espaçamento.

 Se a área hachurada for

grande, pode-se limitar
o traçado à vizinhança
do contorno.
Hachuras
 Depende do tipo de material
Hachuras
 Caso seja necessário escrever na área
hachurada, as hachuras devem ser
interrompidas.
Tipos de Cortes
• Corte Pleno ou
total;
• Corte em Desvio
ou Composto;
• Meio Corte;
• Corte Parcial ou
Ruptura.
Omissões de Corte
 Para melhor compreensão do corte os elementos de ligação
como eixos, parafusos, porcas pinos, rebites, chavetas,
lingüetas, dentes de engrenagens, os furos, nervuras, elementos
de rolamento com esferas não devem ser hachurados no corte.
Nos cortes de desenhos de conjunto em vista explodida em
perspectiva os eixos as nervuras e os pinos não são cortados, ou
seja, aparecem em perspectiva sem corte e hachura.

Exemplo de omissão de corte na representação de elementos de ligação em vista explodida.

Regras para representação de
omissões de corte

Exemplo de regra para omissão de corte

 Regras para
omissões de corte
Representações de omissões e
pequenas espessuras de corte e roscas
 Detalhes de pequena espessura (Enegrecer);
 Nervuras, parafusos, rosca (Omissão da hachura).
PERSPECTIVAS
PERSPECTIVAS
 CARACTERÍSTICAS:

• Observador
• Objeto observado
• Plano de projeção
PERSPECTIVAS
 Projeções Geométricas Planas

1) Projeções Paralelas
• Oblíqua - Cavaleira

• Ortogonal - Axonométrica - Isométrica

- Dimétrica
- Trimétrica

- Vistas Múltiplas - 1º Diedro

- 3º Diedro

2) Projeções Cônicas - um Ponto de Fuga

- dois Pontos de Fuga
- três Pontos de Fuga
PERSPECTIVAS
 Projeções Geométricas Planas

1) Projeções Paralelas
• Oblíqua - Cavaleira

• Ortogonal - Axonométrica - Isométrica

- Dimétrica
- Trimétrica

- Vistas Múltiplas - 1º Diedro

- 3º Diedro

2) Projeções Cônicas - um Ponto de Fuga

- dois Pontos de Fuga
- três Pontos de Fuga Cavaleira explodida
PERSPECTIVAS
 Projeção Paralela: Oblíqua
Cavaleira
(30º, 45º, 60º)
PERSPECTIVA CAVALEIRA
PERSPECTIVAS
 Projeções Geométricas Planas

1) Projeções Paralelas
• Oblíqua - Cavaleira

• Ortogonal - Axonométrica - Isométrica

- Dimétrica
- Trimétrica

- Vistas Múltiplas - 1º Diedro

- 3º Diedro

2) Projeções Cônicas - um Ponto de Fug

- dois Pontos de Fuga
- três Pontos de Fuga
PERSPECTIVAS
 Projeção Paralela: Ortogonal Axonométrica
PERSPECTIVAS
 Projeção Paralela: Ortogonal Axonométrica:
PERSPECTIVA ISOMÉTRICA
Perspectiva isométrica
Explodida de conjunto
Projeto Água Fria - isométrica
Explodida de conjunto
PERSPECTIVAS
 Projeções Geométricas Planas

1) Projeções Paralelas
• Oblíqua - Cavaleira

• Ortogonal - Axonométrica - Isométrica

- Dimétrica
- Trimétrica

- Vistas Múltiplas - 1º Diedro

- 3º Diedro

2) Projeções Cônicas - um Ponto de Fuga

- dois Pontos de Fuga
- três Pontos de Fuga
PERSPECTIVAS
 Projeção Paralela: Ortogonal
 Tipo Vistas Múltiplas:
• 1º Diedro
• 3º Diedro
PERSPECTIVAS
 Projeções Geométricas Planas

1) Projeções Paralelas
• Oblíqua - Cavaleira

• Ortogonal - Axonométrica - Isométrica

- Dimétrica
- Trimétrica

- Vistas Múltiplas - 1º Diedro

- 3º Diedro

2) Projeções Cônicas - um Ponto de Fuga

- dois Pontos de Fuga
- três Pontos de Fuga
PERSPECTIVAS
 Projeção Cônica
ESCOLHA MELHOR PERSPECTIVA
Próxima Aula
 Trabalho orientado em sala sobre Vistas em
Corte;

 Representação de Seção;

 Trabalho orientado sobre Perspectiva.

OBRIGADO!
 Referências Bibliográficas
 ACCETTI JR., A. et al. “Desenho Técnico Para Engenheiros”. 3º ed. Uberlândia: EDUFU,
2000.
 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS: NBR 6492 (representação de projeto

de arquitetura); NBR 8196 (emprego de escala); NBR 8402 (execução de caracteres

para escrita); NBR 8403 (aplicação de linhas de desenho); NBR10067 (princípios
gerais de representação em desenho técnico); NBR 10068 (folhas de desenho);
NBR10126 (cotagem em desenho técnico); NBR 10209-2 (documentação técnica de
produto – vocabulário parte 2: termos relativos aos métodos de projeção); NBR 12298
(representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico).
 BORGENSON, J. e LEAKE, J., “Manual de Desenho Técnico para Engenharia: Desenho,

Modelagem e Visualização”, Ed. LTC, Rio de Janeiro, 2010.

 BORNANCINI, J.C. et al. “Desenho técnico básico: fundamentos teóricos e exercícios à

mão livre”. 2º ed. v. 1 e 2. Porto Alegre: Ed. Sulina, 1981.

 FRENCH, T. E.; VIERCK, C. J. “Desenho técnico e tecnologia gráfica”. 7. ed. São Paulo:

Globo, 2002. 1093 p.

 PROVENZA, F. “Desenhista de máquinas”. São Paulo: Escola Pró-Tec. 192. 403p.
 SILVA, A., RIBEIRO, C. T., DIAS, J., SOUSA, L., “Desenho Técnico Moderno”, 9ª Edição,

Editora LIDEL, ISBN 972-757-337-1, 2009.