Você está na página 1de 135

Cartografia e Sistemas

de Informação
Geográfica

Teórica- Rui Ferreira de Figueiredo


• Ciência da informação geográfica;
Objetivos da uc: • Arquitetura de um SIG;
• Integrar dados primários e secundários
como suporte de SIG;
• Compreender as potencialidades e das
limitações inerentes ao SIG;
• Mecanismos dos SIG;
• Capacidade de análise crítica;
• Desenvolver sentido estético e aplicações
de técnicas;
Conteúdos da
1. Sistemas de Informação Geográfica (SIG);
2. Fontes de dados geográficos: tipificação,
caracterização e interpretação em SIG;
uc: 3. Bases de dados geográficos e gestão
digital da informação geográfica;
4. Operações de geoprocessamentos;
5. Cartografia e visualização devdados em
SIG;
1. Introdução
aos SIG
O que é um
• Através do SIG conseguimos explorar o
fundamento essencial da geografia;
• Conseguimos perceber, ver, questionar,
SIG? visualizar e interpretar, o que nos permite
tomar boas decisões.
• Com o SIG conseguimos entender:
- o que aconteceu;
- o que está a acontecer;
- o que irá acontecer;

No espaço geográfico
• SIG utiliza computadores e software para
O que é um explorar o fundamento principal da
geografia, a localização, importante para a

SIG? vida das pessoas;


• SIG é utilizado para analisar e controlar
muitos aspetos do mundo;
• Há grandes chances que o SIG esteja
incluído em muitos dos sistemas do nosso
dia a dia;
• O SIG, junta os números e dados e coloca-
os no mapa.
O que é um SIG?
• Um sistema de informações geográficas (SIG) é um sistema que cria, gerência, analisa e mapeia
todos os tipos de dados.
• O GIS conecta dados a um mapa, integrando dados de localização (onde as coisas estão) com
todos os tipos de informações descritivas (como as coisas são lá). Isso fornece uma base para
mapeamento e análise que é usada na ciência e em quase todas as indústrias.
• O SIG ajuda os usuários a entender padrões, relacionamentos e contexto geográfico. Os
benefícios incluem melhor comunicação e eficiência, bem como melhor gestão e tomada de
decisão.
O que é um SIG?
Sistema:
- Formado por componentes;
- Acontecem interações dentro dos sistema;
- O sistema é composto por vários
É um Sistema (ou componentes;
- Conjunto de componentes ligados entre si;
uma Ciência, ou Ciência:

um Serviço) - Características e implicações dos dados;


Serviço:
- Facilidade que temos em aceder a
informações geográficas;
Sistema
Conjunto de componentes que interagem entre
si.
• Hardware;
• Software; Componente material
• Dados;
• Métodos;
Componente imaterial
• Utilizador;
• Internet;
Ciência

SIG é muito mais do que geotecnologia, pois


em questões institucionais envolvem política,
conflito de interesses, diferenças culturais,
disputas de propriedades de dados
Serviço
• Utilizador obtém o que que necessita;
• O utilizador não tem que colocar em interação os
componentes;
• Tipos de serviços:
- Engenharia SIG;
- Inventário e gestão;
- Análise de dados espaciais;
- Processamento de determinados tipos de dados
Lidar/Drone;
- Mapas de bases e cartografia;
- Serviços com base na localização;
- SIG- teste baseado e avaliação
- Centro de dados AI/ML/Annotation
Os SIG podem definir-se como um sistema composto por hardware, software e um ambiente institucional
que permitem capturar, armazenar, verificar, integrar, sobrepor, manipular, analisar e visualizar dados
referenciados geograficamente, funcionando como uma ferramenta de apoio à resolução de problemas
geográficos. Envolve uma base de dados espacialmente referenciada e um software próprio. Desta forma um
sistema SIG deve conter:
- Entrada de dados
- Representação
- Armazenamento e pesquisa de dados
- Gestão, transformação, e análise de dados
- Saída de dados, produção de relatórios, gráficos e estatísticas.
Os SIG podem integrar informação de escalas e fontes diversas, como por exemplo:
- Mapas analógicos em formato papel;
- Fotografia aérea;
- Componentes multimédia: imagem, vídeo, som
- Cartografia numérica
- Tabelas alfanuméricas
- Dados de campo
- Deteção remota
- GPS
- Lazer scanning
- Outros
Alguns dos termos que são importantes no âmbito da CIG/SIG são:
- OBJETO- representação física de uma entidade (fenómeno espacial ou
Uma vez referenciados os dados
a coordenadas espaciais ou não)
geográficas poder-se-á utilizar o - CARACTERISTICA (FEATURE) – conjunto da entidade e do objeto
SIG tanto como um sistema de
base de dados com capacidades - TIPO DE OBJETO – forma de representação espacial dependente do
especificas para dados
modelo conceptual utilizado (ex: linha, polígono, pixel)
referenciados especialmente,
como para realizar operações - ELEMENTO GRÁFICO – componente gráfica da construção do objeto
para analisar as fontes de - CAMADA (LAYER) – separação lógica de informação cartográfica de
informação.
acordo com o tema (ex: estradas, cidades, uso do solo)
- CARTA OU MAPA – conteúdo geométrico e propriedades gráficas de
uma representação geográfica com estrutura de desenho ou destinada à
visualização.
Para que serve um 1- Integração de dados ( primários ou
secundários);
SIG? 2- Plataforma de armazenamento e gestão de
dados geográficos;
Os SIG permitem o armazenamento de um conjunto de
informação que possibilita a representação e localização 3- Modelação de dados;
geográfica das entidades e processos do mundo real. As
especifidades dos SIG residem não tanto na singularidade
da informação que utilizam mas sobretudo, no modo como 4- Visualização de dados;
essa informação é modelada num ambiente computacional
adequado à gestão, armazenamento, manipulação, análise
e visualização das características espaciais dos objetos do 5- Análise de dados;
mundo real.

6- Partilha de dados;
1- Integração de dados ( primários ou secundários)

Reunir dados de diferentes plataformas num.

Dados primários: receptores GPS, satélites e drones, smartphones,


dispositivos de IoT, etc.;

Dados secundários: Censos, fontes históricas, mapas antigos, etc


2- Plataforma de Dados atualizados e verdadeiros;

armazenamento e gestão de Armazenar e gerir os dados de modo a que tenhamos


dados geográficos; acesso a ele;

Através de servidores (Infraestruturas de dados


espaciais);

Dados mantidos protegidos para que possam ser


enviados e utlizados;

Acesso a informação;

Segmentar os dados;

Permitem controlar e gerir dados armazenados


localmente, em servidores remotos, na nuvem, etc
3- Modelação de Isto pode envolver diferentes formatos de dados –
em estruturas vetor, raster, nuvem de pontos,
dados tabelas – e o modelo como eles são modelados,
convertidos e usados para produzir informação;

Instrumentos que permitem a implementação de


modelos;

Forma de representar a realidade;


• Tradicionalmente os mapas eram impressos e aos
4- Visualização modos de representação obedeciam a regras mais ou
menos bem definidas, geralmente, orientadas para

de dados uma representação bidimensional. Hoje, contudo,


não só os medias são muito mais diversos (ex.:
smartphone) como os métodos de visualização
baseados em tecnologias são muito mais
sofisticados (ex.: como óculos de realidade virtual e
aumentada, impressoras 3D, etc.);
• Representar os dados geográficos
tridimensionalmente;
• Representação ao longo do tempo (tempo real)
5- Análise de dados As ferramentas de
geoprocessamento são cada vez
acessíveis (em diferentes
plataformas) e com capacidades
cada vez mais sofisticadas;

Utilização de ferramentas;
6- Partilha de Hoje em dia, a informação digital cruza o
mundo em poucos segundos através das
dados redes de comunicação globais. Isto tem um
enorme impacto no acesso à informação (e
á desinformação!)

Internet e facilidade de interligação


Como o GIS é usado?

Centenas de milhares de organizações em praticamente todos os campos estão


usando o SIG para fazer mapas que se comunicam, realizam análises,
compartilham informações e resolvem problemas complexos em todo o mundo.
Isso está mudando a forma como o mundo funciona.
Em que domínios os SIG são
utilizados
e o que se faz com eles?

• Identificar problemas;
• Mudança de monitor;
• Gerir e responder;
• Prospetivas e previsões (aplicar modelos);
• Definir prioridades;
• Perceber as tendências;
Identificar
problemas
Use o SIG para iluminar questões que são
impulsionadas pela geografia. Este mapa de
alegações de prescrição de opioides revela os
padrões geográficos que emergem quando os
dados são bem mapeados.
Mudança de
monitor

Se uma imagem diz mil palavras, um mapa diz mil


fotos
Gerir e responder

O GIS oferece consciência situacional em tempo real


Prospetivas e previsões
(aplicar modelos);

Use o SIG para prever o tráfego.


Definir
prioridades

O SIG ajuda a definir prioridades com


base na análise espacial.
Perceber as
tendências

O GIS ajuda a obter informações sobre dados que podem


ser perdidos.
A mais valia da
informação geográfica

Dados :: Informação :: Conhecimento


Dados

• Factos, fenómenos ou conceitos representáveis de


forma convencional, com vista à comunicação,
interpretação e tratamento.
• Não têm relação entre si;
• Podem ser representados através de pontos, linhas…
• Matéria prima;
Informação
• Informação: o significado atribuído aos dados;
• Informação espacial: informação relativa à distribuição
espacial dos fenómenos num espaço tridimensional;
• Informação geográfica: Informação relativa à superfície da
Terra, bem como à geometria, distribuição espacial e
atributos dos fenómenos que a ocupam. A informação
geográfica pode considerar-se um subconjunto da
Informação espacial;
• Grau superior de interpretação de dados;
• Estabelecer relação entre os dados;
• Quantidade aumenta, qualidade diminui;
Conhecimento
• compreensão de determinado tema/processo através da
experiência ou análise. Tipicamente, a ideia de
conhecimento é utilizada no contexto das capacidades ou
especialização de determinado indivíduo num determinado
domínio e é uma pré‐condição para a tomada de decisões a o
desencadear de uma ação.
• Platão definia o conhecimento como “uma crença
justificada”.
• É no conhecimento que nos baseamos para fazer análises
preditivas/prognósticos para o futuro ou para o passado;
• Perceber e compreender o motivo da relação dos factos;
• Perceber porque;
• Compreensão dos fenómenos;
• Quantidade aumenta, qualidade diminui;
Os SIG têm um bom desempenho

Processo ao nível da partilha de dados e


informação mas já não tanto ao

hierárquico
nível do conhecimento, que é
bastante mais difícil de dissociar do
sujeito ‘conhecedor’
• Georreferencia- dizem respeito a uma determinada localização

Dados •
(coordenadas);
Atributos- caracterizam o objeto que está a ser georreferenciado;

geográficos, •

Topologia- Definir posições relativas no espaço;
Momento temporal- Para o mesmo registo podemos ver a
evolução dos objetos ao longo do tempo;

dados
geoespaciais ou
dados SIG:
características
Inter‐relação entre
objetos e atributos
(Inter‐relação
horizontal)
Inter‐relação entre objetos e
atributos
(Inter‐relação vertical)
O SIG enquanto
Ajudar a ver o mundo doutro modo
(informação geográfica). A inteligência
espacial.

instrumento de
conhecimento
«inteligência
espacial»
Amplitude dos
Nível de especialização e estrutura hierárquica
dos domínios profissionais ligados aos SIG;

domínios
profissionais
relacionados
com os SIG
2. Dados
geográficos em
SIG
Dados SIG e conhecimento
(sobre o mundo real) (ou) Os
SIG como instrumentos para
o conhecimento

Em essência, um modelo de dados absorve as


escolhas feitas pelos cientistas e outras na
criação (digital), representações de
fenómenos. Portanto restringe analises,
modelagens e interpretações posteriores
Tipologia dos dados: objetivo
Fontes de dados primários:

• Raster- imagens de sensoriamento remoto digital;

Estrutura de dados
- fotografia aéreas digitais;
• Vector- Fotografia aéreas digitais;
- medições de pesquisa
(assumem três primitivas gráficas: pontos, linhas e políginos)
Tipologia dos dados: objetivo Grelhas
quadriculares
• Raster - mapas digitalizados;
Fontes de dados secundários - modelos de elevação digital;
• Vector - levantamentos topográficos;
- conjunto de dados de toponomia;
• Estrutura vetorial: objeto geográfico (mapa
Estrutura de de linhas), não há objetos só há gráficos;
• Estrutura raster;
dados – formato • Estrutura material (duas entradas, grelha, a
célula tem que ser regular.
de dados
Tem informação positiva

Representação da realidade através de dados


reais.
Ex: fotos
 Cartas Militares:
Tipologia dos  Dados proprietários;

dados de SIG:  Dados de livre acesso;


 Infraestruturas de dados espaciais;

propriedade
Tipologia dos dados de SIG: metodologia
de recolha
A representação cartográfica:
diferentes formas de ver o mundo
Cartografia: o
modelo
comunicacional

Modelo- modo de representar


uma determinada realidade
Cartografia:
mudança de
paradigma
Paradigma comunicacional

Paradigma analítico
Cartografia:
mudança de
paradigma
comunicacional
ao analítico
• Porque existe uma realidade que vai ser
Significado dos transmitida através de códigos para o
utilizador.
conceitos e • O mapa funciona como meio de

implicações para o comunicação;


• O modelo de comunicação de cartografia

uso no quotidiano começou por ser analítico

da informação
geográfica
Os dados
Dados espaciais:
- Descreve a localização absoluta e relativa
das características geográficas;
geográficos em Dados de atributo:

SIG
- Descreve as características espaciais;
- Quantitativa e/ou qualitativa;
- Dados de atributos são frequentemente
chamados de dados tabulares;
Os dados geográficos
em SIG: Estrutura
[vetor (vs) raster]

Raster vs. Vetor

Estrutura vetorial
Dados geográficos em Vector:
Estrutura de dados:
SIG: dados espaciais • Pontos;
• Linhas;
• Áreas;
Formato de dados:
• SHP; DWG; DGN; GPX; etc;

2 tipos de dados vetoriais SIG:


• SIG
• Não SIG
Ex: EPS, AI
Dados geográficos
em SIG: dados
espaciais
Raster:
Estrutura de dados:
• Pontos;
• Linhas;
• Áreas;
Formato de dados:
• JPG; PNG; GIF; TIF; IMG…
A representação formal dos fenómenos geográficos corresponde a especificações que envolvem um processo
computacional de organização de uma taxonomia dos objetos de um dado domínio (representação de uma
cidade, de uma linha de água, de uma área protegida, etc), para uma forma que permita a sua tradução
automática para o SIG (representação em pontos, linhas, ou polígonos)

Os fenómenos geográficos/objetos são armazenados no SIG de acordo com a sua localização e respetivos
atributos. O SIG permite assim fazer análises espaciais de sobreposição e permitem juntar e adicionar objetos
com atributos ou localizações comuns.
-> O objeto vetorial (ponto, linha ou polígono) encontra-se no SIG associado a um registo numa tabela com os atributos que
caracterizam esse objeto. A utilização de um SIG com base em modelos vetoriais pode ser orientada para a inventariação,
pesquisa e visualização de dados assim como para suporte de análise espacial.

-> a estrutura do modelo matricial é caracterizada por uma grelha regular de células, normalmente quadradas (designadas por
pixéis), estas unidades básicas podem no entanto assumir diferentes formas: unidades triangulares, hexagonais ou retangulares.
Estas unidades correspondem a uma partição da área de estudo e a cada célula é associado apenas um valor, o espaço geográfico
na estrutura matricial é considerado discreto.
A cada célula está associado um único valor numérico. Tais valores podem provir de medições especificas para cada célula,
casos das imagens satélite, obtidos por interpolação ou por conversão a partir de informação vetorial. Quanto menor for a
dimensão da célula maior será a resolução da imagem e maior é a dimensão do ficheiro de dados. Um dos problemas da estrutura
matricial decorre da dificuldade em definir uma resolução adequada à representação do fenómeno em análise. Frequentemente
esta não pode ser tipificada, pois depende do objetivo do trabalho, do tipo de dados a introduzir no sistema, da escala dos dados
originais, da sua exatidão e da sua precisão.
Estrutura de
dados Pontos, linhas, áreas;

Para a mesma estrutura de


dados posso ter múltiplos
tipos de dados
Formatos de Formatos de dados têm
características diferentes;
dados
Formatos de dados que
suportem os dados;

E os que necessitam de
ficheiros associados (Raster);
Os dados Dimensão geométrica;

geográficos: 4
características Relações topológicas (posição
relativa);

Atributos;

??
• Numéricos;

Tipos de • Texto;
• Horas (campo com formato data/hora);

atributos • Datas;

• Integer short;
• Integer long;
• Float;
• Double;
Escala de atributos-
Intervalo/ domínio correspondente às escalas de valores/ categorias;
Uteis: noção do tipo de campos na base de dados;

ESCALA ESCALA ESCALA DE ESCALA DE ESCALA


NOMINAL; ORDINAL; INTERVALO; RAZÃO; DIRECIONA
L;
 Divide os dados em categorias mutuamente
Escala Nominal exclusivas e coletivamente exaustivas, o que
implica que toda a tração de dados se
encaixe numa única categoria e que todos os
dados se encaixem nalguma categoria da
escala.
Exemplos: sexo: 1- masculino, feminino- 2
Tipos de lojas
Minimercados- 0
Supermercados- 1
Grandes superfícies- 2
 Mantém as características da
Escala Ordinal escala nominal mas tem a
capacidade de ordenar os dados;
 Permitem ordenar – hierarquizar
– gradação escalar
Exemplos:
1. Gosta de fazer compras em
centros comerciais?
Não gosta- 0
Gosta- 1
Gosta muito- 2
 Contem todas as características das

Escala de intervalo escalas ordinais e além disso


conhecem-se as distâncias entre
quaisquer dois números (posições)
desta escala;
 Este tipo de escala permite ao
investigador discutir as diferenças
que separam os dois objetos;
 A escala possui propriedades de
ordem e diferença , porém com um
ponto zero arbitrário;
 Oferece um conjunto de capacidade
maior;
 0 não é um dado absoluto o que traz
problemas;
Escala de Razão
 Tem todas as características das escalas discutidas
anteriormente e ainda fornece um zero absoluto ou uma
origem significativa;
 Por haver um acordo universal acerca das localizações do
ponto zero, as comparações entre magnitudes de valores
na escala de razão são aceitáveis;
 Uma escala de razões reflete a quantidade rela de uma
variável;
 Todas as operações aritméticas são possíveis;
 O 0 é absoluto – ou chove ou não chove;
 Deve-se optar pela escala de razão;
Escala
direcional
 É uma escala específica dos dados geográficos
e está relacionada com a introdução de dados
relativos à orientação de fluxos ou quadrantes
de exposição.
 Varia entre um mínimo de 0º (zero graus- norte)
e um máximo de 360º;
 Vai variar dependendo da orientação;
 Não permite a realização de operações
aritméticas.
Principais
Global Navigation Satellite Systems
(GNSS) ou Global Position System
(GPS):
Fontes de Dados - Um dos primeiros a ser atribuído ao público em
geral;
Geográficos - Propriedade dos serviços militares dos Estados
Unidos;
- Fornece ao utilizador serviços de
posicionamento, navegação e cronometragem
(PNT);
- O que é? Método de posicionamento global à
superfície da Terra com grande exatidão
Exatidão Vs. Precisão
• Diz respeito ao rigor associado aos dados
• Pode ser definida como o grau de aproximação
(repetibilidade). Os dados podem ser muito
entre a informação representada no mapa e a
realidade. Desse modo, quando falamos em rigorosos e, ainda assim,  serem pouco
exatidão estamos a referir‐nos à qualidade dos exatos, nos casos em que foram cometidos
dados geográficos e, portanto, ao número de erros erros no seu posicionamento espacial ou no
existentes na base de dados. No caso particular da registo dos atributos
informação geográfica, a exatidão tanto diz
respeito aos erros posicionais dos dados como à • Comparação dos processos;
qualidade dos atributos (exatidão conceptual); • Repetição do processo;
• Relação entre a posição real e aposição definida
• Consegue determinar a posição dos objetos
pelo sistema;
mais próximos;
• Próximo da realidade;
• Capacidade de repetição do processo;
• Modelo e atributos;
• O método produz dados sucessivos;
• Censos de 2011: desatualizados (pouca exatidão)
Principais
• Galileo;

fontes de dados • GLONASS;

geográficos-
outros GNSS • BeiDou Navigation Satelite System/ BDS
GNSS (Global
Navigation Satellite
Systems)
Em que consiste? 3 componentes fundamentais:
• Constelação de satélites (30 mil Km de
altitude);
• Estações de controlo (contacto permanente);
• Usuário/ utilizador final;
Em que consiste: constelação de satélites; estações de Cálculo da distância entre
controlo; utilizador final
Como funciona:

- Por trilateração (são precisos pelo menos os


tês componentes para determinar a posição do
lugar) da posição do utilizador com base na
troca de sinais entre elementos do sistema
Componentes
do sistema:
• Satélites;
• Recetor em terra;
• Estações de controlo- monitorizar os
satélites;
• Utilizador;
Fontes de erro
1. Geometria da distribuição dos satélites;
2. Órbitas dos satélites;

nos Sistemas de 3. Interferência da atmosfera na propagação


do sinal;

posicionamento 4. Interferência de objetos na propagação do


sinal;

por Satélite
5. Erros na sincronização e de
arredondamento de relógios utilizados nos
instrumentos componentes do sistema;
• Satélites muito próximos podem afetar a
1. Geometria da precisão;

distribuição dos
satélites

Elevada precisão do sistema Baixa precisão do sistema


2. Órbitas dos
satélites
• A posição dos satélites é função do tempo;
• Existem forças que atuam sobre o satélite e
podem provocar desvios momentâneos na
sua trajetória;
• Desvios das trajetórias são causados pelas
forças;
3. Interferência da
atmosfera na propagação
do sinal
O satélite/ sinal é influenciado pelas
características da Ionosfera
(camadas mais altas);
4. Interferência de objetos • Nuvens causam dificuldades de
fixação (desvios, erros,
na propagação do sinal interferência);
• Partículas da atmosfera e
densidade significativa de
poeiras;
• Determinação dos objetos:
dificuldades nas áreas urbanas,
linhas, florestas, devido à
interferência;
5. Erros na sincronização
e de arredondamento de
relógios utilizados nos
instrumentos
componentes do sistema

• Erros posicionais;
-
Processos para
Utilização de múltiplas frequências;
- Adição de informação adicional (técnica:
A-GPS – utilização dos sinais de internet
melhoria de para complementar os sinais dos satélites;
- Adição de outros satélites/ áreas mais
qualidade -
especificas do globo (satélites regionais);
Sistema RTK (Real Time Kinematic) ou
posicional pós processamento- para além da
informação global, obter informação local e
rigorosa (recetor local). Erros de pouco
centímetros;
Sistema RTK (Real Time Kinematic)

Utilização de diversas frequências

A‐GPS (Assisted GPS or Augmented GPS

SBAS  (Satellite‐based augmentation systems) ou WADGPS


(Wide‐Area Differential GPS)
Deteção remota/ • Deteção remota é a ciência e arte
de obter informações de um
Teledeteção/ objeto, área, ou fenómeno
através da análise de dados
Sensoriamento remoto adquiridos por um dispositivo
que não está em contacto com o
objeto, área ou fenómeno sob
investigação.
• Por outras palavras, é a ciência,
técnica permite obter informação
acerca de um objeto sem entrar
em contacto direto.

Satélites geocêntricos- previsão meteorológica


Instrumentos:
Existe uma grande variedade de instrumentos para
fazer deteção remota a diversas escalas de análise.
1. Plataformas orbitais (satélites geostacionais e
satélites em orbita polar) deteção permanente;
2. Plataformas suborbitais;
3. Processos de deteção remota terrestres (avião, Stuff in space
drones, gruas, raio x);

Satélites geoestacionários ‐ Satélites em órbita polar


Sensores
passivos ou
ativos
• Dependentes de uma fonte de
Sensores passivos energia;
• Dependentes da energia que
provem do sol;
• Sentinel II, heliocêntrica (de
acordo com o sol)

Sentinel‐2: MultiSpectral Instrument (MSI) – Sistema


passivo Planeamento Monitorização ambiental e agrícola
Monitorização dos recursos hídricos Monitorização da
vegetação e floresta
• Dependem da própria energia
Sensores ativos magnética que produzem-
plataformas aéreas;
• RADAR, LIDAR, SONAR,
COPERNICUS (plataforma
Sentinel I);

Ondas transmitidas pelo próprio


sensor- ondas longas

Sentinel‐1: Advanced Synthetic Aperture Radar (SAR),


funcionando na banda C (região das microondas)
LIDAR- Light
Detection And
Ranging
• A tecnologia LiDAR (Light Detection And
Ranging) é uma tecnologias de deteção remota
ativa e pode ser instalada em aviões, em drones
ou em carros para criar imagens 3D com elevado
resolução espacial formadas por nuvens de
pontos.
• Ondas de luz- centenas de pontos de luz
(infravermelhas ou de banda verde);
• Sensor emite pontos de luz;
• Determinam distâncias;
Em que consiste
e funciona o
processo de
Deteção Remota
 Sol- maior quantidade de radiação;
Espectro - comprimento de onda curta;

magnético
- raios gama, raios x, ultravioleta;
 Terra- ondas longas;
- menos quantidade de radiação;
 Espectro visível- captado pelo olho do ser
vivo e pelos telemóveis, elementos sensorial;
 RGB- banda do vermelho, verde e azul;
 Ondas de grande comprimento-
infravermelhas, micro-ondas, radio
(infravermelho térmico, para determinar a
temperatura dos objetos sem tocar);
Hypeespectrais-
RGB-
umaespectro
centena visível;
ou várias bandas;
Multiespectrais-NDVI- dados
conseguem infravermelhos
recolher próximos;
até uma dúzia de bandas;
Térmicos-
NIR- infravermelho
infravermelho;
próximo;
LIDAR- infravermelha verde;
Sensores
orbitais
• Parte exterior da atmosfera;
• Não podem recolher dados de qualquer
onda de sensores;
Janelas Comprimentos de onda que
conseguem atingir a superfície

atmosféricas terrestre sem serem absorvidos;

0% filtrada

100% filtração Maior parte


é filtrada
Telecomunicações
(atmosfera transporte)

Maior parte chega


Resolução da
Imagem
- Pode ser definida com o grau de pormenor (detalhe)
numa imagem;
- Este detalhe pode manifestar‐se de várias formas:
 Resolução espacial;
 Resolução espectral;
 Resolução temporal;
 Resolução radiométrica;
Resolução
espacial
Spatial resolution: corresponde ao menor
tamanho dos objetos que podem ser
identificados numa imagem.
• Grau/ modo como se consegue distinguir o
tamanho dos objetos;
• Identificar objetos de menor dimensão;
• Maior resolução até 30cm de dimensão;
• Resolução temporal baixa;
• Quanto mais pequeno for o pixel mais fácil
é encontrar pequenos objetos;
Resolução
Spectral resolution: diz respeito ao número e
dimensão dos intervalos de radiação
eletromagnética aos quais os instrumentos de

espectral deteção remota são sensíveis.


• Numero de espectros/ bandas;
• Numero de bandas incluído nas imagens:
- RGB images: 3 bandas (vermelha, verde e
azul)
- Pancromática: mais bandas (preto e branco).
Para além do que os olhos conseguem ver
- Infravermelhas:
….
Resolução
espectral
Imagens multiespectrais
- Imagens multiespectrais: 10 a 15 bandas (mais
pequena)
- Imagens Hiperespectrais: centenas de badas (maior,
comprimento de onda curta)
• Quanto menor o pixel maior a rigorosidade;
• Mais bandas menos intervalos do espectro magnético;
• Mais bandas mais informação;

Imagens Hiperespectrais
• Obter informação de pormenor com erros
Levantamentos baixos, da localização dos objetos;
• Processo de triangulação;
de campo e • Georreferenciação de imagens

Georreferenciaç
ão de cartografia
em formato Um Teodolito corresponde a um telescópio
móvel montado entre dois eixos (um vertical e
Uma Estação Total integra funções de
Teodolitos mas, para além de medir ângulos,

papel
outro horizontal) e serve, essencialmente, para integra também uma função de medição
medir ângulos eletrónica de distâncias (EDM‐Electronic
Distance Measurement), ou seja, permite medir
tanto ângulos como distâncias em linha reta
Levantamentos de campo e
Georreferenciação de
cartografia em formato papel

Exemplo ilustrativo de um levantamento topográfico


planimétrico.
• Um levantamento topográfico refere ‐se a um
conjunto de métodos e processos onde, através de
medições topográficas (ângulos horizontais,
verticais, distâncias horizontais ou inclinadas e
diferença de nível) (ou usando recetores GPS de
elevada exatidão), se realizam medições sobre a
superfície terrestre com a finalidade de
representar graficamente uma porção do terreno
sobre uma superfície plana
Georreferenciação
Procedimento para ajustamento
espacial de dados geográficos por
comparação com outros dados de
referência (geralmente, através do uso
de pontos de controlo)
• Pontos de controlo permitem
posicionar os objetos;
• Utilização de coordenadas
absolutas;
Geocodificação
• Procedimento para espacialização
de dados com base num atributo
alfanumérico;
• Informação alfanumérica;
• Espacializar essa informação;
• Associar a uma localização;
Geocodificação
inversa
Procedimento para a definição de um atributo
alfanumérico de referenciação espacial a partir
das coordenadas espaciais do objeto
Dados
Censitários
• 10 anos;
• Levantamento de características da
população;
• Difundida com base areal: distrito, sub
unidade, estatísticas;
• Ter um sítio onde é armazenada informação
Metadados e sobre o território;

Infraestruturas • Escala europeia;


Volume de dados imenso

de Dados
• Escala nacional;
• Escala regional;

Espaciais (IDE) • Escala local;

• SNIG- repositório de informação


geográfica português
• Idecentro- repositório subnacional;
• São dados sobre dados que caracterizam
Metadados o (tempo) para cada conjunto de dados;
• Os metadados de informação
que são e para geográfica não são mais do que uma
descrição textual de forma normalizada

que servem? da informação geográfica. Para além


de fazerem uma caraterização técnica
da informação geográfica (e.g. escala,
sistema de referência, qualidade,
extensão geográfica e temporal,
contactos dos responsáveis.)
• A transformação para os modelos de dados

Os Metadados: INSPIRE, normalmente designada por


harmonização, visa permitir a interoperabilidade
dos Conjuntos de Dados Geográficos (CDG).

o que são e para •



Projeção de legislação da EU;
Criar um processo de harmonização de dados;

que servem A
diretiva
INSPIRE
3. Bases de dados
geográficos e gestão
digital da informação
geográfica
Formatos de ficheiros SIG (mais comuns)
Entidades discretas Entidades continuas

Campos que se diluem


Identidade gráfica (linhas
no espaço
ou pontos

Shape file

Transformar a realidade e
Permite compactar os
armazena-la num universo
ficheiros
virtual Geo data base
Outras formas de armazenar dados
SIG
Geodatabase;

Base de dados espaciais (spacial database);

Armazéns espaciais (spatial warehouse);


Geodatabase
Uma geodatabase é: a pasta do sistema de arquivos proprietário
da ESRI para armazenar e gerir conjuntos de dados
geográficos ‐ que são mantidos em tabelas relativas a feature
classes ou conjuntos de dados raster e armazenados na máquina
de um usuário ou numa Base de Dados relacional. Uma Base de
dados geoespacial é: uma Base de Dados que permite armazena
• Shape files- coleção de objetos gráficos que são
armazenados em ficheiros (projetos individuais);
• GDB- pasta onde são guardados um conjunto de ficheiros.
- Feature class (camadas);
- Organizadas em layers;
- Objetos gráficos;
- Cprojetos complexos;
Base de dados espaciais Uma Base de dados geoespacial é
uma Base de Dados que permite
(spacial database) armazenar, consultar e indexar
dados espaciais de maneira
eficiente.
• Constituição mais robusta;
• FME- conectividade entre
múltiplas aplicações,
transformação de dados;
• Serviço de informação geográfica;
Armazéns • Infraestrutura que permite integrar a
informação dos SIG;
espaciais - Recolher

(spatial
- Organizar Dados
- Armazenar

warehouse)
• Volume de dados- o aumento faz com que
Limitações na seja necessário aumentar a capacidade de
armazenamento;

utilização de • Atualização de dados- realidade em


permanente atualização. Demora mais tempo

dados SIG e são poucos acessíveis. O desenvolvimento


de grandes armazéns de dados permite que o
resultado final possa ser atualizado em tempo

armazenados real;
• Modos de uso dos dados- Hoje em dia

em ficheiros permitem ter uma maior certeza. Necessidade


na sociedade, ter conhecimento sobre a
realidade para tomar as melhores decisões;
Outras formas de armazenar BIG Data:

dados SIG: Bases de Dados • Passagem para a utilização de


aplicações online. Grandes
geoespaciais sistemas (empresas);
• Quantidade imensa de dados
produzidos para cada um de nós;
• Utilidade no processo de seleção
individual;
• Cada um de nós acede e produz
dados;
• Big Data espacial:
O que - Relacionar identidades;

diferencia uma - Conceito mais genérico das bases de dados;


- Componentes especificas para trabalhar com

BD espacial de referencias especificas das bases de dados;


• Big Data não espacial:

uma BD não - Dados tabelares sem relação com o espaço;

espacial?
O que diferencia uma BD espacial de
uma BD não espacial?
Ainda que a arquitetura base possa ser idêntica (Entidade‐Relação) em ambos os casos, a Base de Dados
espacial está otimizada para armazenar, recuperar e analisar objetos espaciais. Os objetos espaciais têm uma
localização espacial (ex. latitude e longitude) que permite extrair um conjunto de informação adicional que não
está disponível nas análises realizadas com dados não espaciais.
Para além dos atributos normais de caracterização das entidades, as Bases de Dados espaciais armazenam
também as relações espaciais (topológicas) existentes entre os objetos. Isso, por exemplo, permite procurar um
objeto que cruza espacialmente outro ou definir o sentido de fluxos numa rede.
Obviamente, também é possível armazenar coordenadas espaciais numa Base de Dados comum mas, não só o
desempenho não será o mesmo como as capacidades de análise suportadas por esse tipo de informação será
também muito diferente. A Base de Dados espacial é muito mais eficiente a armazenar e gerir objetos espaciais
e oferece funcionalidades de análise impossíveis (não necessárias) nas Bases de Dados não espaciais.
Classificação
dos sistemas de
base de dados
Bases de dados
espaciais em
operação
Processos de ligação
Permitem relacionar dados que
estão em múltiplas tabelas e criar
uma interligação de tabelas

de tabelas
Bases de Dados
Entidade: Corresponde a uma classes de
elementos do mundo real caracterizados por
atributos que se pretendem armazenar na Base

geoespaciais em de Dados.
Ex1. Sistema Bancário: + Cliente + Conta

operação Corrente + Agência


Ex2. Inventário Florestal: + Proprietário +
Região + Espécie + Idade
Atributo: Dados associados a cada ocorrência
da entidade ou do relacionamento.
Entidade Entidade
A Relacionamento B Relacionamento: É uma associação entre duas
entidades.
Chaves de
ligação

Primary key/ chave primária (PK) : é o identificador exclusivo de


cada linha, referindo‐se a uma ou mais colunas.

Foreign Key/ chave estrangeira (FK): é uma chave primária em


outra tabela (estrangeira)
Tipos de Relações
(Cardinalidade)

1:1;

1: N;

M:N;
Um para um
(1:1)
1 linha da tabela para 1 linha
Um para muitos
(1:N)
1 elemento para múltiplos elementos
Muitos para
muitos (M:N)
Múltiplos elementos relacionados com múltiplos
elementos, tendo eu existir uma terceira tabela
Normalização
da BD
• first normal form (1NF)
• 1NF‐ Os valores de cada atributo devem ser
atómicos (não divisíveis)
• Os valores de cada atributo devem ser atómicos
(não divisíveis);
• Não podemos ter a identificação de múltiplos
atributos associados á mesma coluna;
• Devem ser atómicos, sem serem divididos;
• Normalização: divisão da quantidade de
elementos em colunas separadas;
• Mesmos objetos (repetição dos dados)
Normalização
da BD
• Second normal form (2NF)
• 2NF‐ Obedece a 1NF e todas as colunas estão
dependentes de uma única Chave de Ligação i.é.,
todos os atributos da tabela devem estar relacionados
apenas com uma única Entidade do mundo real.
• Todas as colunas estão dependentes de uma única
chave da ligação;
• Associar através de uma chave de ligação de dados
única;
Normalização
da BD
• third normal form (3NF).
• 3NF‐ Obedece a 2NF e todas as colunas
não correspondentes  à chave de ligação
são mutuamente independentes.
• Permite criar uma base de dados coerente;
Base de dados
espacial em
ArcGis
Base de Dados
espacial em
Access
Mongo DB
Atlas
• Dados armazenados em ficheiros Json;
• Pode ser adaptado para informação
geográfica;
• Armazena ações;

Você também pode gostar