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Estudo dos
Pharmakos logos Fármacos
Farmacologia
Um pouco de História
• Na antiguidade as doenças eram associadas a possessões divinas ou demoníacas,
ou ainda, a castigo dos deuses, sendo tratadas e curadas com preparados de
origem vegetal, mineral ou animal, mas principalmente por plantas. Contudo, a
noção de que estas substâncias poderiam causar tanto efeitos benéficos quanto
nocivos foi relatado por Paracelsus (1493-1541), ainda na Idade Média, ao dizer
que “toda a substância tem potencial tóxico, o que diferencia um medicamento
de um veneno é a dose”.
• Foi somente no século XIX, através da descoberta da química orgânica, que as
primeiras drogas puderam ser identificadas e isoladas, favorecendo a evolução
para a farmacologia moderna. A primeira droga isolada foi a morfina em 1805
por Sertüner, que a extraiu do ópio.
Farmacologia
Um pouco de História
• Na segunda metade do século XIX, na França, é importante destacar as pesquisas
de Claude Bernard, na área de fisiologia. Identificou o local de atuação do
curare, no músculo animal. Sem saber a estrutura química das substâncias que
atuavam na placa motora (local da terminação nervosa no músculo), percebeu
que atuavam nesse local específico.
• A partir desta constatação, surgiu um conceito fundamental em farmacologia: o
organismo possui recetores para drogas que, mesmo não visualizados na época
por não haver recursos técnicos disponíveis, inauguraram a ideia de que a ação
dos medicamentos é um evento químico.
Farmacologia
Um pouco de História
• Outro país onde ocorreu um desenvolvimento intenso da pesquisa química e,
depois, farmacológica foi a Alemanha, com Oswald Schmiedeberg, considerado
o “pai da farmacologia”. Em 1847, depois das pesquisas de Claude Bernard,
surgiu a primeira cadeira de farmacologia como ciência ‘de laboratório’,
separada das demais, na universidade de Dorpat, na Estónia, pelo professor
Rudolph Buchheim.
• Rudolph Buchheim teve como sucessor Oswald Schmiedeberg, em 1869. Este
último foi para a Alemanha em 1872 e, ao contrário de Buchheim, que montou
um laboratório com os seus próprios recursos, recebeu incentivos
governamentais para criar um instituto de farmacologia. Parece situar-se aqui o
primeiro grande ponto de expansão desta nova ciência.
Farmacologia
Um pouco de História
• Na Alemanha, o médico Paul Ehrlich, mais interessado em estudar os tecidos
celulares do que em atuar na prática clínica, introduziu em 1900 o termo recetor
para nomear o que Claude Bernard vislumbrara décadas antes.
• O termo foi criado para designar locais na superfície da célula, com
características moleculares específicas, em que determinadas substâncias
interagem de forma pontual, semelhante ao modelo chave/fechadura. Erlich tem
sido responsabilizado ainda pela introdução da farmacologia terapêutica, que,
diferentemente da farmacologia experimental vigente a partir do século XIX, que
testava drogas em animais saudáveis ou tecidos, passou a provocar doenças em
animais para testar drogas e medicamentos.
Farmacologia
Um pouco de História
Farmacologia
Um pouco de História
• No século XX a indústria farmacêutica revolucionou o mercado farmacêutico. A
produção em massa de substâncias sintéticas fez declinar o trabalho dos
boticários, que manipulavam os medicamentos em farmácias, assim como surgir
novos conceitos em farmacologia.
• O conhecimento da relação entre a estrutura química do fármaco e o efeito
terapêutico resultante foi abordado inicialmente por Fraser (1869), assim como a
teoria de que existem receptores celulares específicos para fármacos no
organismo, por Langley (1878), seguida da teoria da ocupação, por Clark (1920),
onde o efeito do fármaco é diretamente proporcional à fração de recetores
ocupados na célula.
Farmacologia
Um pouco de História
• Vários fármacos foram descobertos neste século, como a penicilina,
por Fleming (1928), o prontosil por Domagk (1935), as trazidas por Beyer
(1950), assim como o propanol e os barbitúricos, que serviram como protótipos
para a descoberta de uma infinidade de medicamentos hoje existentes na
terapêutica.
• A tecnologia permitiu avanços, e hoje temos a biofarmácia, que atua através
da biologia molecular, visando o estudo dos biofármacos, ou seja, de
medicamentos cujo princípio ativo é obtido de microrganismos ou células
modificadas geneticamente
Farmacologia
Um pouco de História
• O ácido salicílico, do salgueiro (Salix alba), planta utilizada desde a Antiguidade
para dores e problemas reumáticos, teve a substância salicilina isolada em 1829.
• No organismo, converte-se em ácido salicílico, que por sua vez foi sintetizado
em laboratório na segunda metade do século XIX para ser utilizado como
analgésico.
• Em 1893, o ácido salicílico teve a sua estrutura modificada por Félix Hoffmann,
funcionário da Bayer, para ácido acetilsalicílico (uma forma mais estável, que
permitiu melhor administração e comercialização da droga, nessa época utilizada
para dores, febres e problemas reumatológicos).
• Em 1899, o medicamento foi nomeado Aspirina®.
Farmacologia
Um pouco de História
• Mesmo entrando para domínio público em 1919 e, a partir daí, sendo
comercializado por outras empresas sob o seu nome químico, continuou
conhecido como ‘aspirina’.
• Este talvez seja o medicamento mais famoso e difundido de todos os tempos. A
sua inserção na vida das pessoas no Ocidente é tal, que talvez seja o único que
conste em dicionários não médicos como vocábulo usual.
• Pode dizer-se até que, algumas vezes o termo ‘aspirina’ transformou-se em
sinónimo de analgésico, de alívio da dor, sendo utilizado como metáfora para se
referir a algo que atenua dores não físicas.
Farmacologia
Um pouco de História
• Atualmente a farmacologia é considerada uma das principais ferramentas para os
profissionais de saúde, assim como para aqueles que têm o contato direto ou
indireto com os medicamentos.
• Ao estudar os efeitos e mecanismos de ação das drogas, pode-se compreender
não somente como os fármacos atuam, mas também conhecer a fisiologia normal
do organismo.
Farmacologia
Um pouco de História
• Atualmente a farmacologia é considerada uma das principais ferramentas para os
profissionais de saúde, assim como para aqueles que têm o contato direto ou
indireto com os medicamentos. Ao estudar os efeitos e mecanismos de ação das
drogas, pode-se compreender não somente como os fármacos atuam, mas
também conhecer a fisiologia normal do organismo.
• Na sua fundamentação, a Farmacologia é uma ciência que compreende o
entendimento histórico, propriedades físico-químicas, composição,
Farmacologia, efeitos fisiológicos, mecanismo de ação, absorção, distribuição,
excreção e terapêutica, relacionados a substâncias químicas que são capazes de
alterar a função normal do organismo.
Farmacologia
Farmacologia
Farmacologia
Ramos da Farmacologia
Com base na evolução das técnicas e métodos farmacológicos:
• Farmacologia Básica,
• Farmacodinâmica,
• Farmacocinética,
• Farmacologia Clínica.
Farmacologia
Ramos da Farmacologia
Com base no tipo de estudo:
• Farmacognósia: estudo da matéria-prima no seu estado natural;
• Farmacotécnica: preparação, purificação e conservação dos medicamentos;
• Farmacogenética: relação entre a genética e a ação dos fármacos, assim como
das alterações genéticas provocadas por fármacos.
• Toxicologia: ações tóxicas provocadas por fármacos e agentes químicos.
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Fármaco: substancia química capaz de provocar algum efeito terapêutico no
organismo.
• Medicamento: produto tecnicamente elaborado contendo um ou mais fármacos.
Os outros componentes do medicamento recebem a denominação de excipientes,
os quais podem ter as mais variadas funções, como melhorar o sabor, odor e até
mesmo atuar como conservantes do mesmo; Do ponto de vista terapêutico o
excipiente é inerte, não devendo também, interagir com o fármaco. Os
medicamentos podem ser classificados em: magistrais e oficinais; por sua vez,
os medicamentos oficiais por sua vez podem ser classificados em: referência,
similares e genéricos.
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Fórmulas Magistrais - quando são preparados segundo uma receita
médica que especifica o doente a quem o medicamento se destina;
• Preparados Oficinais - quando o medicamento é preparado segundo
indicações compendiais, de uma Farmacopeia ou Formulário.
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Medicamento de referência - aquele que foi desenvolvido por um
laboratório, para ter sua comercialização autorizada pelo órgão de
vigilância de cada país Infarmed em Portugal). O laboratório necessita
apresentar estudos clínicos que comprovem a eficácia e a segurança do
medicamento. Normalmente, após um novo medicamento ser lançado no
mercado, apenas o laboratório criador tem o direito de comercialização.
Esta exclusividade termina quando expira o prazo da patente, que dura
entre 10 a 20 anos na maioria dos casos. Depois desse tempo, outros
laboratórios podem usar o mesmo princípio ativo e fazer cópias do
medicamento de referência. Essas cópias são os medicamentos genéricos.
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Medicamento genérico - medicamento com a mesma substância ativa,
forma farmacêutica e dosagem e com a mesma indicação terapêutica que
o medicamento original, de marca, que serviu de referência. São
representados pelo principio ativo.
• Medicamento similar - têm por característica manter os mesmos
princípios ativos, na mesma concentração, mesma dose e mesma forma
farmacêutica do que os medicamentos de referência ou os genéricos.
A diferença está no fato de que esses medicamentos possuem marca
própria.
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Remédio: qualquer tratamento que faça bem à saúde do paciente, o conceito de
remédio é muito amplo, podendo envolver mesmo o medicamento.
• Dose: quantidade de fármaco capaz de provocar alterações no organismo.
Esta dose pode eficaz (DE), letal (DL).
• DE - dose capaz de produzir um efeito terapêutico desejado, podendo ser
classificada em mínima eficaz e máxima tolerada.
• DL - dose capaz de causar mortalidade.
Em ambos os casos (DE e DL) a eficácia pode ser determinada em
percentagem, portanto, DE50 é a dose eficaz em 50% dos tecidos ou
pacientes.
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Índice terapêutico: relação entre a DL50 e a DE50, pode ser um indicativo da
segurança do fármaco.
• Janela terapêutica: faixa entre a dose mínima eficaz e máxima eficaz.
• Posologia: estudo da dosagem, de como a dose deve ser empregada
• Forma farmacêutica: forma de apresentação do medicamento:
comprimidos, capsulas, xaropes.
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Pró-fármaco: fármaco que necessita ser ativado no organismo para ação
terapêutica. São administrados na forma inativa, sendo ativados apenas após
biotransformação (metabolismo normal). Estes podem melhorar a absorção ou a
ação. Podem ter ativação intracelular ou extracelular.
• Interação medicamentosa: efeito resultante da interação entre dois fármacos,
podendo como resultado final ocorrer o aumento, redução ou atenuação do efeito
farmacológico de ou mais fármacos envolvidos.
Farmacologia
Conceitos Básicos
Efeito indesejado: efeito provocado pela ação do fármaco no organismo diferente do
planeado.
Pode ser classificado em previsível e imprevisível.
Os efeitos previsíveis podem-se dividir em:
• toxicidade por superdosagem,
• efeito secundário (reação provocada pelo efeito principais do fármaco num sítio
diferente do alvo principal), efeito colateral
• interações medicamentosas.
Por sua vez, o efeito imprevisível pode ser dividido em: idiossincrático, alérgico e
intolerância.
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Principio ativo - é o composto responsável pela ação, ou seja, pelo efeito
farmacológico. Está presente em alimentos, plantas e medicamentos, conferindo-
lhes propriedades farmacêuticas.
• Desta forma, embora os alimentos, as plantas e medicamentos possuam diversas
substâncias na sua composição, será o princípio ativo o responsável em realizar o efeito
terapêutico. Os medicamentos, em especial, possuem substâncias inertes, conhecidas
como excipientes, e compostos ativos denominados fármacos ou ingrediente
farmacêutico ativo (IFA) na sua formulação
• Os princípios ativos ficaram muito conhecidos com a chegada dos genéricos, porque
levam o próprio nome da molécula, como o Omeprazol (Pratiprazol®) e Nistatina+Óxido
de Zinco (Pratiderm®).
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Placebo: Um placebo substância inócua e/ou tratamento inerte, cuja ação
teoricamente não deveria produzir qualquer reação, mas quando associada a
fatores psicológicos, acaba por produzir efeitos de melhoria clínica em alguns
indivíduos, por consequência da crença do paciente de que o tratamento será
eficaz.
• Biodisponibilidade: é um termo farmacocinético que descreve a velocidade e o
grau com que uma substância ativa ou a sua forma molecular terapeuticamente
ativa é absorvida a partir de um medicamento e se torna disponível no local de
ação. A avaliação da biodisponibilidade é realizada com base em parâmetros
farmacocinéticos calculados a partir dos perfis de concentração plasmática do
fármaco ao longo do tempo.
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Bioequivalência tem por objetivo comparar as biodisponibilidades de dois
medicamentos considerados equivalentes farmacêuticos ou alternativas
farmacêuticas e que tenham sido administrados na mesma dose molar. Entende-
se por equivalentes farmacêuticos os medicamentos que contêm a mesma
substância ativa, na mesma dose e na mesma forma farmacêutica.
• Se nestas condições as biodisponibilidades de dois medicamentos forem
consideradas similares, os seus efeitos, no que respeita à eficácia e segurança dos
mesmos serão essencialmente os mesmos.
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Em resumo, a avaliação da bioequivalência é um método indireto de avaliar a
eficácia e a segurança de qualquer medicamento contendo a mesma substância
ativa que o medicamento original, cuja ação seja dependente da entrada na
circulação sistémica.
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Recetores - são macromoléculas (proteínas) que participam da sinalização
química dentro da célula e entre diferentes células; podem estar localizados na
membrana de superfície ou no citoplasma da célula.
• Os recetores ativados regulam direta ou indiretamente os processos bioquímicos
celulares (p. ex., condutância de iões, fosforilação de proteínas, transcrição do
ácido desoxirribonucleico DNA e atividade enzimática).
Farmacologia
Conceitos Básicos
Recetores
• As moléculas (p. ex., fármacos, hormonas e neurotransmissores) que se ligam ao
recetor são denominadas ligantes.
• A ligação pode ser específica e reversível. Um ligante pode ativar ou inativar um
recetor, podendo a ativação aumentar ou diminuir uma função celular particular.
• Cada ligante pode interagir com múltiplos subtipos de recetores. Poucos fármacos,
talvez nenhum, são absolutamente específicos para um recetor ou subtipo, porém a
maioria possui seletividade relativa. Seletividade é o grau de ação de uma substância
num determinado local em relação a outros locais; a seletividade refere-se em grande
medida à ligação físico-química do fármaco aos recetores celulares.
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Para produzir efeito farmacológico o fármaco precisa ter duas características:
A capacidade do fármaco em afetar um
determinado recetor relaciona-se à afinidade
do fármaco (probabilidade de ocupar um
recetor a qualquer instante) e à eficácia
intrínseca (atividade intrínseca — grau em
que o ligante ativa recetores e conduz à
resposta celular).
A afinidade e a atividade de um fármaco são
determinadas pela sua estrutura química.
Farmacologia
Conceitos Básicos
Resumindo:
Um recetor de um fármaco é uma macromolécula alvo especializada, presente na
superfície celular ou intracelularmente, que se liga ao fármaco e medeia a sua ação
farmacológica.
Os fármacos podem interagir com enzimas, ácidos nucleicos ou recetores de
membrana.
Em qualquer um dos casos, a formação de um complexo fármaco-recetor conduz à
resposta biológica, e a magnitude da resposta é proporcional ao número de complexos
fármaco-recetor:
fármaco + recetor complexo fármaco-recetor efeito
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Os agonistas e os antagonistas permitem caracterizar melhor a ligação do
fármaco ao seu recetor, o que permite conhecer melhor as características da
ligação.
• Um agonista total é um fármaco que é capaz de produzir num órgão a resposta
máxima que esse órgão pode dar como consequência da ativação de um
determinado sistema de recetores por um ligando endógeno. Ou seja, esse
fármaco tem uma eficácia de 100%.
• um agonista parcial - fármaco que produz apenas um efeito submáximo no
órgão (ou seja, a sua eficácia é superior a zero mas inferior a 100%). A resposta é
inferior à da provocada pelo agonista por completo).
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Moléculas agonistas podem ter frequentemente propriedades agonistas e
antagonistas, desta forma estes fármacos são denominados agonistas parciais
(eficácia baixa) ou agonistas/antagonistas.
• Por exemplo, a pentazocina ativa os recetores opioides, mas bloqueia a ativação
por outros opioides. Assim, a pentazocina desencadeia efeitos opioides, mas
atenua os efeitos de outro opioide se este for administrado enquanto a
pentazocina ainda estiver ligada.
• O fármaco que age como agonista parcial num tecido pode agir como agonista
completo em outro.
Farmacologia
Conceitos Básicos
Um antagonista é um fármaco que
apenas ocupa os receptores (apenas
possui afinidade), não produzindo
qualquer efeito no órgão, isto é, não o
activa. A sua eficácia é portanto zero.
Estes fármacos, ao ocuparem os
receptores, impedem que os agonistas
actuem no órgão
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Os antagonistas de recetores podem ser classificados como:
• Reversíveis: dissociam-se prontamente de seus recetores
• Irreversíveis: inversamente, formam uma ligação química estável,
permanente ou quase permanente com seus recetores
• Pseudo irreversíveis: dissociam-se lentamente de seus recetores.
Farmacologia
Conceitos Básicos
• Antagonistas competitivos - fármacos que interagem com os receptores no
mesmo local do agonista, competindo pela mesma ligação que este. Um
antagonista competitivo desloca a curva de dose-resposta do agonista para a
direita, fazendo com que o fármaco se comporte como se fosse menos potente.
• Antagonistas não competitivos - impedem a ligação do agonista ou impedem a
activação do receptor por este. Um antagonista não competitivo diminui a
resposta máxima.
Farmacologia
Conceitos Básicos
Farmacologia
Exercício
As soluções são definidas como misturas homogéneas de duas ou mais substâncias, cujas
propriedades dependem da composição e da natureza dos seus componentes e que podem
existir no estado sólido, líquido ou gasoso.
• Soluto - é o componente da solução que se encontra presente em menor quantidade
• Solvente - é o componente da solução que se encontra presente em maior
quantidade.
Isto ocorre muitas vezes porque o medicamento, embora atue no combate à doença,
acaba por interagir também com outras proteínas do corpo, dando origem a efeitos
colaterais.
Por isso, um bom princípio ativo deve ser específico e potente o suficiente para
interromper apenas as cadeias de reações ligadas exclusivamente ao funcionamento da
doença. E este processo não é simples.
Farmacologia
Descoberta de novos fármacos
Na sua fase final, para serem testados em pessoas, inicia-se o processo de ensaios
clínicos que envolve diversas fases, cada uma com um objetivo específico:
Farmacologia
Grupos Farmacológicos
Fármaco ideal
Farmacologia
Análise Custo x benefício
Deve ser sempre analisado o histórico clínico do paciente e realizar uma anamnese completa
(fumador, diabético, idade etc.), as ações farmacológicas e efeitos colaterais dos fármacos.
Farmacologia
Uso racional de medicamentos
Farmacologia
Uso racional de medicamentos
Farmacologia
Suplementos alimentares
Legislação aplicável
Os suplementos alimentares obedecem à legislação específica para suplementos
alimentares e à regulamentação geral sobre géneros alimentícios.
A nível nacional, os suplementos alimentares são regulados pelo Decreto-lei nº. 136/2003,
de 28 de junho, que transpôs para ordem jurídica nacional a Diretiva 2002/46/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 10 de junho, relativa à aproximação das legislações
dos Estados Membros respeitantes aos suplementos alimentares. Este diploma foi
posteriormente alterado pelo Decreto-lei n.º 296/2007 de 22 de agosto e mais tarde pelo
Decreto-lei n.º 118/2015 de 23 de junho.
Farmacologia
Suplementos alimentares
Legislação aplicável
De acordo com o Decreto-lei nº. 136/2003:
Suplementos alimentares - são géneros alimentícios que se destinam a complementar e ou
suplementar o regime alimentar normal e que constituem fontes concentradas de
determinadas substâncias nutrientes (vitaminas e minerais) ou outras com efeito nutricional
ou fisiológico.
São comercializados em forma doseada, tais como cápsulas, pastilhas, comprimidos,
pílulas e outras formas semelhantes, saquetas de pó, ampolas de líquido, frascos com
conta-gotas e outras formas similares de líquidos ou pós e destinam-se a ser tomados em
unidades de medida de quantidade reduzida.
Farmacologia
Suplementos alimentares
Legislação aplicável
O mesmo diploma estabelece que os suplementos alimentares apenas podem ser postos à
disposição do consumidor final sob a forma pré-embalada.
Deverá ser tido em conta que o entendimento do consumidor pode variar nos diversos Estados-
Membros, pelo que a adequação da redação das alegações fica sujeita ao controlo das autoridades
nacionais.
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Suplementos alimentares
Alegações de saúde para plantas e substâncias à base de plantas
As alegações de saúde para plantas e substâncias à base de plantas são um caso particular de alegações
cuja avaliação e decisão se encontra pendente.
O Regulamento (CE) n.º 1924/2006 prevê que as alegações de saúde feitas sobre os alimentos,
incluindo as plantas, só devem ser autorizadas depois de uma avaliação científica por parte da EFSA
(European Food Safety Authority) na qual os estudos de intervenção são um elemento essencial.
Em 2009, nenhuma alegação de saúde para plantas ou substâncias à base de plantas foi avaliada
favoravelmente pela EFSA, principalmente devido à falta de estudos de intervenção, o que levou à
suspensão do procedimento de autorização em 2010.
Farmacologia
Suplementos alimentares
Alegações de saúde para plantas e substâncias à base de plantas
Em 2012, a Comissão estabeleceu uma Lista de «espera» na qual aparecem 2.078 alegações
de saúde relacionadas com plantas/substâncias à base de plantas, que, enquanto aguardam
uma decisão final, ainda podem ser utilizadas no mercado da UE sob a responsabilidade dos
operadores económicos e desde que os princípios e condições gerais do Regulamento das
Alegações e disposições nacionais pertinentes sejam cumpridos.
Atualmente a Comissão e o Parlamento ainda não decidiram se estas alegações devem ser
revistas de forma semelhante às outras alegações ou se devem ser definidos requisitos
específicos.
https://
www.ordemfarmaceuticos.pt/fotos/editor2/2022/www/colegios/cear/liliana_marques_suplementos
_alimentares_final.pdf
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Suplementos alimentares
Obrigada