Medalha de Honra por salvar a vida de mais de 75 homens de infantaria durante a Batalha de Okinawa em 1945. Donald Thomas Doss nasceu em Lynchburg, Virgínia, Estados Unidos, no dia 7 de fevereiro de 1919. Filho de William Thomas Doss e Berta Doss foi criado seguindo a doutrina e as crenças da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ainda criança, um acontecimento marcou sua vida ao ver seu pai bêbado discutir com seu tio e depois pegar uma arma de fogo. Sua mãe tomou a arma do marido e pediu a Doss que a levasse para longe do pai. Ele correu dois quarteirões e prometeu que nunca mais pegaria em uma arma. Em abril de 1942, Doss foi recrutado pelo Exército dos Estados Unidos, mas se negou portar uma arma. A única arma que portava era uma Bíblia de bolso. A insistência de Doss em não tocar em armas irritava os seus companheiros do corpo de treinamento. Ao se ajoelhar ao lado da cama para orar, seus colegas atiravam sapatos nele. Um oficial ameaçou levá-lo para a corte marcial e até tentar dispensá-lo do Exército.
Inscrito no corpo de socorristas da 77.ª Divisão de
infantaria do Exército Americano nas batalhas do Pacífico, logo conquistou o respeito de seus companheiros.
Nos combates, mesmo sob o risco de morte,
recusava-se a abandonar os soldados feridos. Pela constante bravura em Guam, em 1944 e nas Filipinas entre 1944 e 1945, Doss recebeu duas Estrelas de Bronze. Em maio de 1945, a unidade militar da qual Desmond Doss fazia parte, recebeu a missão de captura na Escarpa Maeda, um despenhadeiro de 120 metros que cercava a frente da ilha de Okinawa e que servia de quartel para os militares japoneses O Japão, durante a Segunda Guerra Mundial, era membro do Eixo, grupo que havia sido formado por Alemanha, Itália e Japão após a assinatura do Pacto Tripartite em 1940. Já os Estados Unidos lutaram ao lado dos Aliados a partir de 1941.
O ataque japonês aconteceu sem uma declaração
formal de guerra e tinha como objetivo a destruição total da frota americana do Oceano Pacífico. Isso, entretanto, não aconteceu, pois o ataque a Pearl Harbor conseguiu destruir apenas parcialmente a frota americana. O resultado foi um saldo de mais de dois mil americanos mortos. Depois de escalar a montanha a tropa foi recebida por um intenso fogo inimigo. Desmond Doss conseguiu retirar daquela região mais de 75 fuzileiros feridos, arrastando-os e carregando um a um para levá-los até a base americana, com a ajuda de uma corda. No dia 21 de maio, em um ataque noturno, Doss foi ferido nas pernas por estilhaços de uma granada. Levado por um maqueiro para uma área segura foi mais uma vez atingido no braço. Ele mesmo cuidou das feridas e pela primeira vez fez uso de um fuzil quando o usou como tala no braço para poder se arrastar para um hospital de campanha. Em outubro de 1945, Doss recebeu uma Medalha de Honra das mãos do presidente Harry S. Truman durante uma cerimônia na Casa Branca. Em 1946 foi dispensado do Exército e passou cinco anos tratando de suas lesões e doenças. Uma tuberculose, mesmo tratada com antibióticos lhe deixou sem um pulmão. Em 1970 ficou surdo e viveu o resto de sua vida como um homem humilde. Mesmo doente viveu até os 87 anos.
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