Você está na página 1de 93

TEMA I

PRINCÍPIOS GERAIS DE
TRÂNSITO E DE
SEGURANÇA RODOVIÁRIA
O Sistema de Circulação
Rodoviário
A circulação rodoviária é um sistema complexo.
Constituído por 3 elementos:

 A via;
 O Homem (elemento principal);
 O veículo.

O condutor deve adaptar o seu comportamento ao


nível das exigências, impostas pela constante
alteração das situações rodoviárias.
Função da Condução

Conduzir é uma tarefa complexa que consiste numa


constante adaptação a diversas situações que evoluem
sem cessar.

A condução para além de um ato motor, deve ser


também um ato de civismo e de respeito pelos outros.

Saber conduzir é ser tolerante e respeitador das


dificuldades alheias, ser capaz de prever e antecipar as
situações perigosas evitando que o veiculo se
transforme num objecto de agressão.
1. Recolha de Informação:

 Visão;
 Audição.

Visão Cromática: capacidade de distinguir as cores.


Visão Estereoscópica: capacidade de avaliar as distâncias.

2. Análise e Decisão:

Após recolher informação, o condutor deve analisar a situação em que se encontra para
prever o que pode acontecer e decidir o que deve fazer.

Quanto maior a experiência melhor será a capacidade de análise e de decisão .


3. Acção:

Para pôr em acção a decisão tomada, o condutor age


sobre os comandos dos veículos.

A decisão deve ser executada no menor tempo


possível e com precisão.

Ou seja

Ver (1)---Pensar (2)---Agir (3)


Tempo de Reacção
Tempo que decorre entre a recolha de informação e acção muscular
(colocar o pé no travão).
Em boas condições físicas e psicológicas o tempo de reacção é de cerca de
1 segundo.

Este tempo aumenta com:


 Álcool
 Fadiga
 Sonolência
 Drogas
 Idade
 Doenças
 Stress.
 (…)

Havendo redução da capacidade de reacção, haverá aumento do tempo de


reacção.
Distância de Reacção

Trata-se da distância percorrida durante o tempo de


reacção.

Os factores que levaram ao aumento do tempo de


reacção originam, do mesmo modo, o aumento da
distância de reacção.
Distância de Travagem

Espaço percorrido entre o momento em que o condutor começa a


travar e aquele em que o veículo pára.

Esta distância aumenta com:

 Condições atmosféricas adversas


 Pavimento escorregadio
 Inclinação da via
 Eficácia dos travões
 Aumento da velocidade
 (…)
Distância de Paragem

Trata-se do espaço percorrido entre o momento em que o condutor


vê o obstáculo e aquele em que o veículo pára.

ou seja

Dist. Paragem= Dist. Reacção + Dist. Travagem

A velocidade influencia todas as distâncias percorridas. Quanto


maior a velocidade maior será o espaço percorridos.
Distância de Segurança

Espaço a aguardar em relação ao veículo que


circula à sua frente (veículo precedente).

O condutor de um veículo, em marcha, deve


ainda manter distância lateral suficiente, para
evitar acidentes, entre o seu veículo e os
veículos que transitam na mesma faixa de
rodagem, no mesmo sentido ou em sentidos
opostos.
Sinalização

Classificação geral dos sinais de trânsito e


sua hierarquia:

Em locais que possam oferecer perigo para


o trânsito ou em que este esteja sujeito a
precauções ou restrições especiais e
sempre que se mostre aconselhável dar
aos utentes quaisquer indicações úteis,
são utilizados os sinais de trânsito.
Hierarquia entre Prescrições

 Ordens dos agentes reguladores de trânsito;


 Sinalização:
Sinalização Temporária;
Sinalização de Mensagem Variável;
Sinalização Luminosa;
Sinalização Vertical;
Marcas Rodoviárias;
 Regras de Trânsito.

Esta hierarquia (ordem de prevalência) serve para


evitar situações de perigo ou de embaraço no trânsito.
Ordens dos agentes reguladores de
trânsito

O desrespeito da obrigação de paragem


imposta por sinal regulamentar dos
agentes fiscalizadores ou reguladores do
trânsito constitui contra-ordenação muito
grave (punido com coima e inibição de
conduzir de 2 meses a 2 anos).
Sinalização Temporária

Destina-se a prevenir os utentes da


existência de obras ou obstáculos ocasionais
na via pública e a transmitir obrigações,
restrições ou proibições especiais que
temporariamente lhes são impostas.

São proibidos a paragem e o estacionamento


de veículos na zona regulada por esta
sinalização.
Existem 3 tipos de sinalização temporária:

 Aproximação;
 Posição: exemplo. Robot (Não substitui o
Homem nem o Agente regulador);
 Final.
Sinalização Luminosa

Luz vermelha:
Parar (excepto se o agente regulador mandar avançar).

Luz amarela:
Parar (excepto se a paragem não se considerar
segura).

Luz verde:
Avançar (excepto se o agente der indicação de
paragem ou se for previsível que fiquemos imobilizados
no interior de uma intersecção).
Luz amarela intermitente: Avançar com
precaução.

Vias de sentido reversível:


São acompanhadas por sinalização luminosa,
podendo transitar nas vias onde estiver luz
verde.

Nestas vias deveremos, tanto de dia como


durante a noite, transitar com as luzes de
cruzamento (médios).
Sinais específicos para transporte colectivo de
passageiros:

Barra horizontal: parar

Barra vertical: avançar


Sinalização Vertical
 Perigo;
 Regulamentação;
 Indicação;
 Mensagem Variável;
 Turístico-Cultural.

Os sinais verticais são colocados do lado direito


ou por cima da via. Podem ser colocados do
lado esquerdo, da via, como repetição daqueles
que se encontram do lado direito.
Sinais de Perigo:

Advertem para situações particularmente


perigosas.

Regra geral devem ser colocados no mínimo a


150 metros e no máximo a 300 metros, do local
que pretendem assinalar.

Devemos moderar a velocidade.


• Selecção de Vias;

Sinais de Regulamentação:
• Afectação de
Vias;

• Zona.
 Cedência de Passagem;
 Proibição;
 Obrigação;
 Prescrição Especifica:

Os sinais de zona são colocados dentro das


localidades.
Sinais de Indicação:

 Informação;
 Pré-sinalização;
 Direcção;
 Identificação de localidades;
 Complementares;
 Confirmação;
 Painéis adicionais.
Marcas Rodoviárias e Sinais do
Condutor:

Visionar no Projector
Regras de Trânsito e Manobras
Inicio e retoma de marcha:

Devemos assinalar com a devida antecedência e


verificar se reunimos as condições necessárias para
evitar situações de perigo/acidente.

Dentro das localidades os condutores devem ceder


a passagem aos transportes colectivos de
passageiros, sempre que estes assinalem a intenção
de retomar a marcha, junto dos locais de paragem.
Posição a ocupar na via:

Lado direito da faixa de rodagem, o mais próximo possível


das bermas ou passeios, conservando sempre uma
distância que permita evitar acidentes.

Pode-se utilizar o lado esquerdo da faixa de rodagem para


efectuar ultrapassagens ou mudanças de direcção à
esquerda.

Os condutores de velocípedes podem circular a par (nunca


mais de dois), excepto nas vias de reduzida visibilidade ou
se existir grande circulação
Pluralidade de vias de trânsito:

Sempre que no mesmo sentido sejam possíveis duas ou mais


vias de transito.

Dentro das localidades, nestes casos, poderemos ocupar a via


mais conveniente ao nosso destino.

Trânsito em filas paralelas:

Existindo mais de uma via de trânsito no mesmo sentido, os


veículos, devido à intensidade de trânsito, ocupem toda a
largura da faixa de rodagem.

Nestes casos, se a via da direita circular mais rapidamente que


a da esquerda, não se considera ultrapassagem.
Trânsito em rotundas, cruzamentos e entroncamentos:

Nestes locais o trânsito deve fazer-se por forma a dar a esquerda à parte central
dos mesmos, desde que se encontrem no eixo da via.

Exceptua-se a esta situação: nas vias de sentido único, em função do nosso


destino, ou quando haja sinalização em contrário.

Rotundas: ocupar a via mais conveniente ao destino.

Primeira saída: ocupar a via mais à direita, assinalando com o “pisca” da direita.

Outras saídas (p.ex. 2ª saída): “pisca” da esquerda, ocupando a via da esquerda,


e quando estivermos a passar pela saída anterior, à qual se quer sair,
sinalizamos com o “pisca” da direita passando progressivamente para a via mais
à direita.

Condutores de veículos de tração animal, velocípedes e pesados, podem ocupar


a via mais à direita, independentemente da saída que pretendam
Auto-Estradas:

 Via destinada ao trânsito rápido;


 Separação física de faixas de rodagem;
 Sem cruzamentos de nível;
 Possui acessos condicionados;
 Limite mínimo de 50km/h;
 Podem transitar automóveis (ligeiros e pesados) e
motociclos/triciclos com cilindrada superior a 50cm3;
 Veículos incapazes de atingir velocidade superior a 60km/h.

Nestas vias, os pesados de mercadorias ou conjunto de


veículos com mais de 7m de comprimento, apenas podem
usar as duas vias mais à direita (contra-ordenação grave).
Trânsito na Ponte 25 de Abril e Viaduto Norte:

 Possui legislação complementar;

 Pesados, motociclos e ligeiros com reboque, apenas


podem utilizar as duas vias mais à direita;

 Em caso de acidente, avaria ou falta de combustível,


os ocupantes devem permanecer dentro do veiculo. Se
tal for impossível, permanecer à sua frente;

 Proibida a reparação de avarias;

 Proibida a ministração do ensino da condução.


Visibilidade reduzida ou insuficiente:

Considera-se que a visibilidade é reduzida ou


insuficiente sempre que o condutor não possa
avistar a faixa de rodagem em toda a sua
largura numa extensão de, pelo menos, 50
metros.
Sinais sonoros
 Dentro das localidades, em caso de perigo iminente e
de dia. Durante a noite deveremos substituir os sinais
sonoros pelos sinais luminosos;

 Fora das localidades, em caso de perigo iminente,


para prevenir a intenção de ultrapassar, assim como
nas curvas, cruzamentos e lombas de visibilidade
reduzida;

 São proibidos em forma de protesto e de saudação;

 Devem ser utilizados de forma breve.


Iluminação dos veículos

Objectivo: ver e ser visto.

Utilização: desde o anoitecer até ao


amanhecer e de dia sempre que existam
condições meteorológicas ou ambientais
que tornem a visibilidade insuficiente.
Luzes de Presença (mínimos):

 Visíveis no mínimo a 150 metros;


 Brancas à frente e vermelhas à
retaguarda;

Exemplo: enquanto se aguarda a abertura


da passagem de nível (durante a noite ou
de dia quando há pouca visibilidade).
Luzes de Cruzamento (médios):

 Branca ou Amarela;
 Iluminam até 30 metros, em direcção ao solo;

Exemplos:

 No cruzamento com outros veículos, pessoas ou animais;


 Nos túneis, vias de sentido reversível e na condução de
motociclos/ciclomotores, veículos que transportam
mercadorias perigosas (de dia e de noite);
 De dia quando as condições atmosféricas produzem pouca
visibilidade, para assinalar a presença do veículo.
 Na aproximação de uma passagem de nível fechada.
Luzes de Estrada (máximos):

 Brancas ou Amarelas;
 Iluminam a pelo menos 100 metros;

Exemplo:
 Quando a via possui pouca visibilidade e não
haja perigo de provocar encandeamento.

O encandeamento é uma contra-ordenação


muito grave.
Luzes de Nevoeiro:

 À frente são facultativas;


 À retaguarda são obrigatórias;
 À frente são brancas ou amarelas;
 À retaguarda são vermelhas. Existindo
apenas uma luz, esta é colocada do lado
esquerdo.
Luzes de Travagem:

 São obrigatórias;
 Vermelha ou Alaranjada.

Luzes de marcha atrás:

 Facultativas;
 Branca;
 Alcance não superior a 10 metros.
Luzes indicadoras de mudança de direcção:

 Branca ou laranja, à frente;


 Vermelha ou laranja, a retaguarda.

Luz da chapa de matrícula:


 Branca;
 Deve permitir a leitura, da mesma, a pelo
menos 20 metros.
Veículos em missão urgente de
socorro
São obrigados a suspender a marcha perante:
 Sinal de STOP;
 Sinal luminoso vermelho;
 Ordem de paragem do agente regulador.

Perdem a prioridade:
 Ao entrar numa auto-estrada;
 Ao entrar numa via reservada a automóveis e
motociclos;
 Ao encontrarem veículos que saiam de uma
passagem de nível.
Cedência de Passagem

Prioridade: direito de passar em primeiro


lugar.

No entanto, a prioridade não é um direito


absoluto e não dispensa o seu beneficiário
das devidas precauções necessárias para
evitar o acidente.
Regras de cedência de passagem:

 Devem ceder a passagem os condutores que


encontrem o sinal de paragem obrigatória, o
sinal de cedência de passagem, o sinal
luminoso vermelho ou haja indicação nesse
sentido do agente regulador;

 Regra geral, não havendo sinalização, têm


prioridade os veículos que se apresentam pela
direita (exceptuando os veículos de tração
animal);
 Regra geral quem pretender mudar de direcção à
direita, tem prioridade;

 Os eléctricos são veículos com prioridade,


perdendo-a perante veículos prioritários;

 Nas rotundas, regra geral, tem prioridade quem lá


circula, independentemente de ter motor ou não;

 Na entrada das auto-estradas e vias reservadas a


automóveis e motociclos, todos os veículos perdem
a prioridade, mesmo circulando em missão urgente
de socorro;
 Os veículos que saiam de uma passagem de
nível têm, sempre, prioridade;

 Os veículos que saiam de caminhos


particulares, parques de estacionamento,
zonas de coexistência ou postos de
abastecimento de combustível, devem ceder
a passagem a todos os veículos (excepto os
que circulem em missão urgente).
Passagens estreitas:
 Deve ceder a passagem o veículo que tenha
de contornar um obstáculo;
 Nas vias obstruídas de ambos os lados:
 Cede passagem o veículo que chegar depois ao
troço.
 Sendo necessário efectuar marcha atrás, deve
recuar o veículo que estiver mais próximo do
local onde o cruzamento é possível.
 Havendo inclinação:
 Deve ceder a passagem o veículo que desce;
 Recua o veículo que sobe, excepto se a manobra
for mais fácil para o veículo que desce.
 Caso as distâncias sejam idênticas:

 Recuam os ligeiros, perante os pesados;


 Recuam os pesados de mercadorias, perante
pesados de passageiros;
 Recua qualquer veículo, perante um conjunto de
veículos.
Manobras
Ultrapassagem:

Como regra geral, a ultrapassagem de veículos


ou de animais deve fazer-se pela esquerda.

Excepções:
 Quando o condutor da frente assinala a intenção
mudar de direcção para a esquerda e, deixe livre a
parte direita da faixa de rodagem.
 Quando o condutor da frente dá indicação de
pretender parar à esquerda numa via de sentido
único e, deixe livre a parte direita.
 Veículos que circulam sobre carris, desde que
não utilizem a parte direita da faixa de rodagem e
não estejam parados. Estando parados podem
ser ultrapassados pela direita caso exista uma
placa de refúgio para peões.

Esta manobra deve ser realizada tão rápido


quanto possível, mas sem constituir perigo ou
embaraço para a restante circulação
rodoviária.

Em relação aos velocípede, devemos aguardar


distância lateral mínima de 1,5 metros.
Mudança de direcção:

 Direita: o condutor deve aproximar o veículo


do limite direito da faixa de rodagem. Deve
efectuar a manobra pelo trajecto mais curto.

 Esquerda: nas vias de sentido único deve


aproximar-se, com a devida antecedência,
do limite esquerdo da faixa de rodagem.
Nas vias de dois sentidos deve, aproximar-
se com a devida antecedência, do eixo da
faixa de rodagem.
Marcha atrás:

Só é permitida como manobra auxiliar ou


de recurso.

Deve ser realizada lentamente e no menor


trajecto possível.
Paragem:

Imobilização do veículo pelo tempo


necessário à entrada e saída de passageiros
ou carga e descarga de mercadorias.
O condutor deve encontrar-se pronto a iniciar
a marcha sempre que necessário.

Estacionamento:

Imobilização do veículo por tempo ilimitado,


em local destinado a esse fim.
Locais onde é proibido parar/estacionar:

 Rotundas, pontes, túneis, passagens de


nível e em todos locais de visibilidade
reduzida.
 A menos de 5m para um o outro lado dos
cruzamentos, entroncamentos e rotundas
(dentro das localidades).
 A menos de 25m, antes, e 5m, depois, dos
sinais indicativos da paragem dos
transportes colectivos de passageiros.
 A menos de 6m, antes, dos sinais
indicativos de paragem dos eléctricos.
 A menos de 5m, antes, das passagens
assinaladas para a travessia de peões.
 A menos de 20m, antes dos sinais verticais
ou luminosos se a altura dos veículos,
incluindo a respectiva carga, os encobrir.
 Na faixa de rodagem sempre que esteja
sinalizada por linha longitudinal contínua e a
distancia entre esta e o veiculo seja inferior
a 3m.
 A menos de 50m, para um e outro lado dos
cruzamentos, entroncamentos, rotundas,
curvas e lombas de visibilidade reduzida
(fora das localidades).
Locais onde é proibido estacionar:

 Nas faixas de rodagem, em segunda fila.


 A menos de 10m, para um e outro lado, das
passagens de nível.
 A menos de 5m, para um e outro lado, dos
postos de abastecimento de combustível.
 Veículos ostentando qualquer informação
com vista à sua transacção, em parques de
estacionamento.
Estacionamento indevido ou abusivo:

 Veículo estacionado durante 30 dias seguidos em


local de via pública ou em parque de estacionamento
isento de pagamento.
 Estacionamento em parque com parquímetro durante
5 dias, sem o pagamento das respectivas taxas.
 Falta de pagamento das respectivas taxas ou tiverem
decorrido 2 horas para além do período de tempo
permitido.
 Veículo que apresente sinais evidentes de abandono,
por tempo superior a 48 horas.
 Veículos agrícolas, máquinas industriais, reboques e
semi-reboques e veículos publicitários, no mesmo
local por tempo superior a 72 horas. Se estacionados
em parques que lhes são destinados, 30 dias.
Remoção de veículos:

 Quando se encontram estacionados de


forma indevida ou abusiva.
 Estacionados na berma da auto-estrada ou
da via reservada a automóveis e motociclos.
 Imobilizados de forma a constituir evidente
perigo ou grave perturbação para o trânsito.

Um veículo bloqueado, pode não ser


removido.
Tema II
O condutor e o seu estado físico e psicológico

Acuidade visual: capacidade de discriminar com nitidez


os pormenores dos objectos observados a uma
determinada distância.

Alcoolemia: presença de álcool no sangue.

Taxa de álcool no sangue: número de gramas de álcool


que existe por cada litro de sangue.

Exemplo. 0,4g/l: por cada litro de sangue, existem 0,4 gramas de álcool puro.
Principais efeitos do álcool no sangue:

 Aumento do risco de acidente;


 Diminuição da concentração;
 Diminuição da acuidade visual e do campo visual;
 Falseamento na apreciação das distancias e
velocidades;
 Aumento do tempo de recuperação apos
encandeamento;
 Aumento do tempo de reacção;
 Diminuição dos reflexos;
 Falso estado de euforia e sobrevalorização das
capacidades;
 (…)
Taxa de álcool no sangue:

 Igual ou superior a 0,5g/l (0,2g/l - regime probatório


ou condutores profissionais):

 Contra-ordenação grave
 Coima: 250 a 1250€
 Inibição de conduzir: 1 mês a 1 ano.

 Igual ou superior a 0,8g/l (0,5 g/l - regime probatório


ou condutores profissionais):

 Contra-ordenação muito grave


 Coima: 500 a 2500€
 Inibição de conduzir: 2 meses a 2 anos.
 Igual ou superior a 1,2g/l

 Crime
 Prisão até 1 ano ou multa até 120 dias
 Proibição de conduzir de 3 meses a 3 anos.

Substâncias psicotrópicas:
 Contra-ordenação muito grave
 Coima de 500 a 2500€
 Inibição de conduzir de 2 meses a 2 anos.
Os condutores que se recusem submeter-se a
estas provas (álcool e substâncias psicotrópicas)
são punidos por crime de desobediência.
 Pena de prisão até 1 ano ou multa até 120 dias.

Fiscalização do álcool:
 Exame do ar expirado;
 Contraprova: novo exame ou análise de sangue.
O resultado da contraprova prevalece ao exame
inicial.

Impedimento de conduzir:
 Álcool: 12 horas.
 Substâncias psicotrópicas: 48 horas.
Tema III
O condutor e o veículo

Peso bruto (massa máxima autorizada): peso da tara e da


carga que o veículo pode transportar.

Tara: peso do veículo em ordem de marcha, sem passageiros


nem carga, incluindo o peso médio de um condutor com 75kg.

Peso total: peso da tara e da carga que o veículo transporta no


momento.

O peso total não pode exceder o peso bruto.


Automóveis:

 Passageiros
 Até 3500kg
 Ligeiros  Mercadorias
 Até 9 lugares
 Mistos

 Passageiros

 Pesados  Mercadorias
Dimensões máximas dos veículos:

Largura:
 2,55 metros
 2,6 metros, para veículos de transporte
condicionado.

Altura:
 4 metros, a contar do solo.
Painel de instrumentos:

É onde se situam os principais


instrumentos/indicadores, que informam o condutor
sobre o estado e condições de circulação do
veículo.

 Velocímetro: indica a velocidade instantânea.


 Conta-quilómetros total: número de quilómetros
percorridos pelo veículo ao longo da sua vida.
 Conta-quilómetros parcial: número de quilómetros
percorridos pelo veículo durante determinado percurso.
 Termómetro: temperatura do liquido de refrigeração do
motor.
 Manómetro do óleo: pressão a que está a ser
enviado o óleo lubrificante para os diversos
pontos do motor.
 Amperímetro: intensidade de energia eléctrica
que está a ser enviada pelo alternador para a
bateria.
 Tacógrafo: obrigatório nos pesados. Regista os
tempos de condução e de repouso do condutor,
bem como os quilómetros percorridos e as
velocidades instantâneas. Os pesados afectos
ao ensino da condução automóvel estão
dispensados deste dispositivo.
 Conta-rotações: número de rotações do motor
por minuto.
Outros componentes:

 Embraiagem: estabelece ou interrompe a ligação


entre o movimento do motor e das rodas. Permite
arranques e paragens suaves.

 Amortecedores: absorvem as oscilações das


molas.

 Pneus: a sua pressão deve ser verificada quando


estão frios. A pressão exagerada provoca desgaste
prematuro na zona central do pneu e diminui a
aderência. A pressão a menos provoca desgaste
nos bordos exteriores do pneu, podendo originar
sobreaquecimento.
 Relevo dos pneus (altura mínima):

 1,6 mm, para os automóveis ligeiros e


reboques até 3500kg.
 1 mm, para os pesados, motociclos e reboques
que excedam os 3500kg.

 Bateria: a sua função é acumular energia


eléctrica. Necessitando de manutenção,
colocar água destilada.
Inspecções periódicas obrigatórias (I.P.O.)

Objectivo: visam confirmar a manutenção das


condições de funcionamento e de segurança dos
automóveis ligeiros, pesados e reboques.

A I.P.O. pode ser realizada em qualquer centro,


devidamente credenciado para o efeito.

Documentos a apresentar:

 Certificado de matrícula ou documento equivalente;


 Ficha da última inspecção, caso exista.
Tipos de deficiências:

 Tipo 1: até 5 é aprovado.


 Tipo 2: 1 ou mais, reprova.
 Tipo 3: 1 ou mais, reprova.

Não pode apresentar deficiências do tipo 2 ou 3 para


aprovação.

No caso de aprovação o centro de inspecções emite


uma ficha de inspecção com vinheta de cor verde.

Havendo reprovação emite uma ficha de inspecção com


vinheta de cor vermelha.
Sempre que o veículo tenha sido reprovado, temos
30 dias para proceder à respectiva reinspecção. O
prazo será reduzido para 15 dias sempre que as
deficiências constatadas, anteriormente, não tenham
sido corrigidas.

Periocidade da I.P.O.(após data da 1ª matrícula):

 Ligeiros de passageiros, motociclos triciclos e


quadriciclos (com cilindrada superior a 250cm3): 4 anos.

 Ligeiros de mercadorias e mistos: 2 anos.

 Pesados, ambulâncias e veículos de instrução: 1 ano.


Transporte de pessoas e carga

Transporte de pessoas:

A entrada e saída deve fazer-se pelo lado direito ou, pelo


lado permitido para a paragem.

As crianças com menos de 12 anos e menos de 135 cm


de altura, devem ser seguras por sistema de retenção
homologado e adaptado ao seu tamanho e peso.

O transporte de passageiros menores ou inimputáveis


sem que façam uso dos acessórios de segurança
obrigatórios, constitui contra-ordenação grave
(responsabilidade atribuída ao condutor).
Transporte de carga:

As operações de carga e descarga devem


fazer-se pela retaguarda ou pelo lado
permitido para a paragem, de modo a não
causar perigo ou embaraço para os outros
utentes.

Na colocação da carga devemos assegurar o


equilíbrio do veiculo, quer parado quer em
andamento, a visibilidade do condutor e que
esta não caia na via pública.
Equipamentos de segurança

Segurança activa:

Compreende qualquer medida destinada a


evitar o acidente.

 ABS (sistema antibloqueio, que impede o


bloqueio das rodas).
 ASR (sistema de controlo de tracção, que
limita a patinagem das rodas em aceleração).
Segurança passiva:

Compreende todas as medidas destinadas


a atenuar as consequências do acidente.

 Cintos de segurança
 Sistemas de retenção das crianças
 Encostos da cabeça
 Capacetes de protecção
 Airbags.
Tema IV

O comportamento cívico e a condução


defensiva

Para que a circulação dos demais utentes da via pública se


proceda em segurança é importante que haja cooperação
entre todos eles.

Assim sendo é importante:


 Não importunar;
 Compreender;
 Não surpreender (ser visto);
 Não se deixar surpreender (ver).
 Prever
 Antecipar.
Esta forma de actuar denomina-se por
condução defensiva, que não é mais que
a atitude tomada pelo condutor no acto da
condução de modo a evitar acidentes.
Tema V

O condutor, a via e outros


factores externos
Zona de coexistência: zona da via pública
especialmente concebida para utilização partilhada
por peões e veículos .Limite máximo de 20 km/h.

Aquaplanagem: perda de aderência, resultante da


formação de uma camada de água.
Tema VI
Habilitação legal para conduzir
Títulos de condução:
 Cartas de condução;
 Licenças de condução (p.ex. máquinas agrícolas).

Carácter provisório:
 3 anos.

Quem conduzir veículo a motor sem para tal estar habilitado é


punido com:

 Prisão até 1 ano ou multa até 120 dias;


 Prisão até 2 anos ou multa até 240 dias, tratando-se de motociclo ou
automóvel.
Sendo a carta de condução provisória,
esta é cancelada se o condutor tiver sido
condenado por:

 Um crime rodoviário;
 Duas contra-ordenações graves;
 Uma contra-ordenação muito grave.
Categorias de cartas de condução:

 Categoria A (24 anos - motociclos ou 20 anos desde que possua 2 anos de


habilitação da categoria A2; 21 anos - triciclos):

 Motociclos com ou sem carro lateral;


 Triciclos a motor;
 Categorias A1, A2 e AM.

 Categoria A1 (16 anos):

 Motociclos de cilindrada não superior a 125cm3, de potência máxima até 11KW;


 Triciclos de potência máxima não superior a 15 KW;
 Categoria AM.

 Categoria A2 (18 anos):

 Motociclos de potencia máxima não superior a 35 KW;


 Categorias A1 e AM.

 Categoria AM (16 anos):

 Ciclomotores, motociclos de cilindrada não superior a 50cm3 e quadriciclos ligeiros.


 Categoria B (18 anos):
 Automóveis ligeiros ou conjunto de veículo composto por automóvel ligeiro e
reboque, desde que o reboque não exceda os 750kg de massa máxima autorizada;
 Veículos da categoria A1, se o titular for maior de 25 anos;
 Veículos da categoria AM;
 Triciclos a motor de potencia superior a 15 KW, se o titular tiver mais de 21 anos.
 Tractores agrícolas ou florestais com reboque desde que não excedam os 6000kg.

 Categoria C (21 anos):


 Automóveis pesados de mercadorias, a que pode ser atrelado um reboque até
750kg;
 A obtenção desta categoria depende da titularidade da categoria B;
 Tractores agrícolas ou florestais com ou sem reboque, máquinas agrícolas ou
florestais e industriais (sem restrição de peso).
 Veículos da categoria C1.

 Categoria D (24 anos):


 Automóveis pesados de passageiros, a que pode ser atrelado um reboque até
750kg;
 A obtenção desta categoria depende da titularidade da categoria B;
 Veículos da categoria D1;
 Tractores agrícolas ou florestais com ou sem reboque, máquinas agrícolas ou
florestais e industriais (sem restrição de peso).
 Categoria BE (18 anos):
 Automóveis ligeiros com reboque ou semi-reboque,
com peso superior a 750kg.

 Categoria CE (21 anos):


 Conjunto de veículo trator da categoria C e reboque
ou semi-reboque, com peso superior a 750kg.

 Categoria DE (24 anos):


 Conjunto de veículo trator da categoria D e reboque
ou semi-reboque, com peso superior a 750kg.
Requisitos para obtenção dos títulos de
condução:
 Idade mínima de acordo com a categoria a
que se pretenda habilitar;
 Aptidão física, mental e psicológica;
 Residência habitual em território nacional ou
condição de estudante em território nacional
há, pelo menos, 185 dias;
 Saber ler e escrever;
 Não esteja a cumprir proibição ou inibição de
conduzir;
 Aprovação em exame teórico e prático.
Termo de validade das cartas de condução (obtidas após
2 Janeiro de 2013):

 A; A1; A2;AM; B; B1e BE:


 30, 40, 50, 60, 65, 70 e, posteriormente, de 2 em 2 anos (atestado
médico obrigatório a partir dos 50 anos).

 C; C1; CE e C1E:
 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60, 65, 70 e, posteriormente, de 2 em 2
anos (certificado de avaliação psicológica obrigatório a partir dos 50
anos).

 D; D1 ;DE e D1E:
 25, 30, 35 40, 45, 50, 55, 60 e 65 anos.
 A última revalidação é aos 60 anos, podendo conduzir até aos 65
anos (certificado de avaliação psicológica obrigatório a partir dos 50
anos).
Cassação do título de condução:

 Ao infractor que, num período de 5 anos, pratique:


 3 contra-ordenações muito graves;
 5 contra-ordenações entre graves e muito graves.

A quem tenha sido cassado o título de


condução não é concedido novo título de
condução, antes de decorridos 2 anos sobre a
efectivação da cassação.

O título de condução é cancelado quando for


cassado.
Contra-ordenações rodoviárias
Classificação:
 Leves: coima.
 Graves: coima e sanção acessória de inibição de
conduzir d 1 mês a 1 ano.
 Muito graves: coima e sanção acessória de inibição de
conduzir de 2 meses a 2 anos.

Atenuação especial da sanção acessória:


 Os limites mínimo e máximo da sanção
acessória para as contra-ordenações muito
graves podem ser reduzidos para metade se:
 Nos últimos 5 anos, o infractor, não ter praticado contra-
ordenações graves ou muito graves, ou facto sancionado
com proibição ou inibição de conduzir.
Cumprimento voluntário da coima:

O pagamento voluntário da coima é


admitido no prazo de 15 dias úteis.
Comportamento em caso de avaria ou
acidente

Aquando desta situação, o condutor, deve tentar proceder


ao seu regular estacionamento ou, não sendo possível,
retirar o veículo da faixa de rodagem ou aproximá-lo o mais
possível do limite direito.

Enquanto o veículo não for devidamente estacionado ou


removido o condutor deve adoptar as medidas necessárias
para que os outros se apercebam da sua presença. Para tal
deve utilizar:

 Colete retrorreflector;
 Triângulo de pré-sinalização de perigo;
 Luzes de perigo.
O condutor interveniente em acidente
deve fornecer aos restantes intervenientes
a sua identificação, a do proprietário do
veículo e a da seguradora, bem como o
número da apólice.

É obrigatório a prestação de auxilio, às


vitimas, em caso de acidente. Chamando
as autoridades competentes, ajudando a
identificar o local, é uma das formas de
prestar auxilio.
Velocidades
Velocidades
velocidades
Lig. Pass./ Lig. 50 90 E 100 120
Mistos
Lig. Merc. 50 80 X 90 110

Pes. Pass. 50 80 P 90 100

Pes. Merc. 50 80 O 80 90

Lig. Pass/Reboque 50 70 80 E 100

Lig. Merc/Reboque 50 70 80 X 90

Pes. Pass/Reboque 50 70 90 P 90

Pes. Merc/Reboque 40 70 70 O 80
 Dentro das localidades todos os automóveis ligeiros têm o mesmo
limite máximo de velocidade, 50km/h.

 No entanto, tal, não se aplica a todos os automóveis (ligeiros e


pesados) pois dentro das localidades, para os pesados de
mercadorias com reboque o limite máximo de velocidade é de
40km/h.

 Dentro e fora das localidades a velocidade mínima é aquela que se


considerar necessária para evitar situações de embaraço
injustificada para a circulação rodoviária. Em auto-estrada é de
50km/h.

 Em locais com visibilidade reduzida ou condições atmosféricas


adversas devemos circular com maiores precauções.

Você também pode gostar