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Curso de Pedagogia

SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO

“VIRGÍNIA LEONE
BICUDO”

Grupo: Letícia, Kemelly, Lúcilia ,Mayanna , Taylane e Larissa


BIOGRAFIA
 Virgínia Bicudo nasceu em 21 de novembro de 1910, filha de mãe
italiana e do escravo Alforriado Theóphilo Júnior sonhava em ser médico,
contudo, não conseguiu o seu intento por causa de suas raízes. A mãe
de Virgínia, filha mais velha de Pietro Paolo Leone e Agrippina Palemo
Leone trabalhava como empregada doméstica. Bicudo desembarcou no
Brasil, junto com família, no porto de Santos em 1987, vindos de
Catarina na ITÁLIA, para a Fazenda de café do Coronel Bento Augusto
de Almeida.

 Bicudo, sempre foi muito curiosa e demonstrou desde cedo


interesse pelo conhecimento. Sofreu muito preconceito,
devido a sua origem . Mas, apesar do apelido de Negrinha
recebido na escola e pelo preconceito sofrido devido à
ascendência de escravos, e talvez como um refúgio, ela
sempre tirou boas notas na escola e era uma aluna
dedicada.
 A autora, sempre continuou os seus estudos, seguindo o
exemplo e os conselhos de seu pai.
Em 1936, matriculou-se no Curso de Ciências Políticas e
Sociais da Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo
(ELSP),em meio à batalha contra o racismo, Bicudo foi a única
mulher dentre oito bacharéis. Ela chegou a afirmar que optou
pelo curso de sociologia porque queria saber o que lhe
causava tanto sofrimento. Em 1937, ainda estudante,
candidatou-se a membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise
de São Paulo (SBPSP), do qual tornou-se membro efetivo em
1945.

 Nessa época surgiram dois personagens principais que


contribuíram para a trajetória de Virgínia na Psiquiatria ,
Durval MARCUNDES psiquiatra e fundador do movimento
Psiquicanalítico Brasileiro e Aldelheid Koch, psicanalista judia
que vem ao Brasil para fugir do nazismo.
 Em 1945, , entra na escola livre de sociologia para fazer
mestrado em sociologia com o tema” Estudo de atitudes
Raciais de Pretos e Mulatos em São Paul, o qual traz como
objeto de pesquisa a questão das relações raciais e do
preconceito presentes na sociedade e também a premissa de
que a cor da pele se constituir em um empecilho para
ascensão social e, mais , ainda configura-se uma categoria
social , é um elemento impeditivo da consciência social sobre
a questão racial no Brasil .

 Segundo a autora, ela se interessou muito cedo por esse lado


social. Buscou defesas cientificas para o intimo e o psíquico,
para conciliar a pessoa de dentro para com de fora. Também
procurou na sociologia a explicação para questões de status
social. E , na psicanálise , proteção para as expectativas de
rejeição.
.
 Em 1953, publicou na Revista Anhembi, o relatório: “Atitudes dos alunos dos grupos escolares em relação
coma cor de seus colegas”, quando da sua participação no Projeto UNESCO coordenado por Roger
Bastide e Florestan Fernandes. Virgínia foi uma ferrenha defensora da psicanálise no Brasil, a primeira
psicanalista sem formação médica, além de ter sido uma das primeiras professoras universitárias negras do
Brasil. Em 1962, foi eleita presidente da segunda diretoria de psicanálise , função que desemprenharia até
1975. Redigiu colunas sobre o assunto na imprensa, onde defendia a ideia de função social da psicanálise.

 Ajudou na criação da fundação da Sociedade de Psicanálise de Brasília e trabalhou também como


colaboradora da Revista Brasileira de Psicanálise (RBP). Em 2004, esta revista a referenciou como sendo “
“ uma das primeiras psicanalistas brasileiras com o trânsito em publicações internacionais.”

 Em 1970,ela inicia um grupo de estudo do qual participaram: Caiuby De Azevedo Marques Trench,
Humberto de Oliveira Castro, Tito Nícias Rodrigues Teixeira Da Silva e Luiz Mayer), e que se tornaria a
primeira turma da sociedade de psicanálise de Brasília.

 Detentora de um vasto conhecimento e querendo ampliar as suas fronteiras da psicanálise para além dos
consultórios e desejosa de mostrar o assunto sob o prisma: o de auxiliar pais e educadores no cuidado e
atenção com a educação e o desenvolvimento emocional da criança.
 Virgínia, resolve , então, se utilizar
dos meios de comunicação para
lançar um programa chamado “
Nosso Mundo Mental” na tv
Excelsior onde cria episódios que
abordam temas do cotidiano, tais
como: mente, subconsciente,
memória, agressividade, inveja, Para que esse
culpa, que se transformam em
folhetins diários da Folha da objetivo se
Manhã e que em 1955, comporão
o livro com o mesmo nome. Com
concretizasse
isso, ela se torna percussora no
mundo da mídia no Brasil.
 Em setembro de 1955, Bicudo vai estudar em Londres onde conhece
vários nomes de referência na psicanálise. E o fato que está longe do
Brasil, não a impede de continuar divulgando a psicanálise aqui no
Brasil.

 Em 1959, Virgínia retorna ao brasil, Trazendo na bagagem a


experiência e o conhecimento adquiridos na Europa. Em 1960,
apresenta na SBPSB, o trabalho de sua autoria: Inveja e fetichismo”.

 Após 10 anos de atividade me São Paulo, ela passa 12 anos se


alternando entre São Paulo e Brasília, onde leciona na Universidade
Nacional de Brasília, atual UNB e que iria abrigar a sede do Instituto
Brasileiro de Psicanálise de Brasília. E lá permanece por muito tempo e
ajuda a formar vários estudantes na área.

 Retornou a São Paulo em 1980, mas continuou dando aulas em


Brasília, onde permanece uma semana por mês, satisfeita com o
trabalho realizado.
Virgínia deu continuidade ao seu trabalho clínico
até três anos antes da sua morte. A pesquisadora
morreu em 2003, aos 93 anos. A pesar do seu
pioneirismo, Bicudo é pouco reconhecida no Brasil.
Sua tese de Mestrado, por exemplo, só foi
publicada 65 anos mais tarde.

Psicanalista,Educadora Sanitária, Visitadora Psiquiátrica,


Socióloga, Professora Universitária, Divulgadora Científica .
OBRAS
 Atitudes Raciais de Pretos e Mulatos em
São Paulo
(2010)

 Nosso Mundo Mental


(1996)
MENSAGENS

“ Eu tinha conflitos muitos grandes comigo mesma, mas achava


que a causa era social. Desde criança eu sentia preconceito de
cor. Queria o curso de sociologia porque, se o problema era esse
preconceito, eu deveria estudar para me proteger do preconceito,
que é formado ao nível cultural”.

“ Vejam bem o que fiz: eu fui buscar defesas científicas para o íntimo, o
psíquico, para conciliar a pessoa de dentro para fora. Fui procurar na
sociologia a explicação para questões de status social. E na psicanálise,
proteção para a expectativa de rejeição. Essa é a minha História”
PRÊMIOS
Profissional Virgínia Bicudo
Em 2011, o Conselho Federal de Psicologia lançou o
Prêmio Profissional Virgínia Bicudo como forma de
enaltecer o pioneirismo e a valiosa contribuição para a
psicologia Brasileira. A iniciativa pretende formentar a
divulgação de estudos e ações existosas no campo da
psicologia e sua interface com as questões raciais. O
prêmio tem como objetivo identificar, valorizar e divulgar
estudos e ações de Psicólogos e coletivos que envolvam a
psicologia e as relações Étnico Raciais fundamentadas
nos Direitos Humanos e que tenham impacto na saúde
mental, na redução das desigualdades sociais e nos
posicionamento antirracista.
VÍDEO
Atividade lúdica
Trabalhando a Identidade da
Criança

 PLANEJAMENTO
 Faixa Etária: 10-11 anos
 Ensino Fundamental l
 Ano: 5º Série
RESPEITO ACEITAÇÃO

VALORIZAÇÃO IGUALDADE

DIVERSIDADE
DINÂMICA

Após explicarmos sobre a importância que o livro “ A menina


do Laço de Fita “ traz para a construção da identidade da
criança e o desenvolvimento de valores como o respeito, a
tolerância, a igualdade, a valorização e a própria aceitação,
vamos distribuir folhas de sulfite para os alunos desenharem
seus traços e seus cabelos, e depois de feito iremos recolher 8
trabalhos e colar na lousa com fita, para evidenciarmos as
diferenças existentes em nosso meio. Depois para finalizarmos
iremos distribuir novamente as folhas sulfite e somente uma
cor de lápis.
Com a finalidade de causar uma reflexão nas crianças se todos
os ser humanos fossem iguais, ressaltando a importância dessa
diversidade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A história de Vida de Virgínia Leone Bicudo nos ensina a lutarmos pelos
nossos objetivos independentemente dos obstáculos que aparecerem
nessa trajetória. A persistência, a força de lutar por uma convicção de que
todos são iguais e todos tem a liberdade de conquistar aquilo que almeja;
mesmo que as circunstâncias não sejam ao seu favor.
Ela rompeu com os paradigmas de uma sociedade corrompida pelo
preconceito e pela discriminação, sendo uma das primeiras professora
universitária negra do Brasil da faculdade de São Paulo. Aprendemos
com ela a olhar além do que os nossos olhos estão vendo e acreditar em
nossa capacidade.
Um dado surpreendente da autora é que ela foi psicanalista sem ter uma
formação médica. As pesquisas não fazem referência se Bicudo foi
casada ou se teve filhos.
Seus estudos e suas obras foram de suma importância para a sociedade
e para a educação porque defede o negro como um ser dotado de
direitos e que deve ser tratado com respeito e ser valorizado como
qualquer outro cidadão; e por suma, no que diz respeito ao racismo
presente no contexto escolar.
REFERÊNCIAS

REVISTAEDUCAÇÃO.COM.BR. Disponível em: <https://revistaeducacao.com.br/2017/10/04/virginia-bicudo/>.


Acesso em: 23 nov. 2022.

REVISTA BRASILEIRA DE PSICANÁLISE. Ver. bras. Psicanál vol.54 no.3 São Paulo jul./set.2020. Disponível em: <https://
Pepsic.bvsalud.org/scielo>. Acesso em. 23 Nov. 2022.

PRÊMIO PROFISSIONAL VIRGÍNIA LEONEBICUDO. Disponível em: <https://site.cfp.org.br/cfp/


comissãodedireitoshumanoss>. Acesso em: 23 Nov. 2022

MULHERESDELUTA.COM.BR. Disponível em: <https://www.mulheresdeluta.com.br>. Acesso em: 23. Nov .2022.

CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS: < https:// centropsicanalise.com.br/2020/06/2022

MÚSICA DE PROFESSOR SOBRE DIFERENTES TIPOS DE CABELO É SUCESSO: Disponível em:


https//youtu.be/146c0oBDTmY>. Acesso em: 23. Nov. 2022

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