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Médiuns segundo o

desenvolvimento da
faculdade mediúnica
O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende
de:
 Aptidão – produto da organização física que pode ser facilitado pelo
hábito e adquirido em pouco tempo.

 Experiência - depende de estudo e possibilita ao médium identificar a


natureza (boa ou má) dos espíritos. Através do estudo e contínua
análise das comunicações recebidas, o médium adquire a capacidade
de distinguir espíritos zombeteiros de espíritos sérios. Esse “estudo”
significa que o médium deve conhecer as dificuldades que se
apresentam na prática do espiritismo e manter-se atento às condições
morais elevadas e senso crítico.

É comum o médium confundir a aptidão (organização física)


com experiência (fruto do estudo) e assim ficar a mercê de espíritos
mentirosos, bajuladores que os elogiam e os fazem sentir-se
importantes (mestres).
O que deve ser salientado é que: o
desenvolvimento mediúnico deve ser encarado como um
dever, uma condição de melhoria pessoal que deve ter
como objetivo a caridade ao próximo, ideais de melhoria
da condição humana. Para isso não basta o médium ser
habilidoso (capacitação física). Todo médium necessita
estudo e conhecimento para ser lúcido na análise das
manifestações e humilde para receber conselhos e
críticas.
Maior será nosso aproveitamento como
médium quanto maior for nossa capacidade de aprender
que os espíritos necessitam que tenhamos
conhecimentos para fazerem-se entender.
Segundo o desenvolvimento da capacidade mediúnica os
médiuns podem ser classificados em:

 Médiuns novatos: aqueles cujas faculdades não estão inteiramente


desenvolvidas e que ainda não possuem experiência. Nesse caso as
comunicações são lentas e difíceis.
 Médiuns improdutivos: aqueles que ainda não conseguem obter
comunicações significantes (monossílabos, letras sem conexão).
 Médiuns feitos ou formados: aqueles que têm as faculdades
mediúnicas desenvolvidas e que conseguem comunicações claras,
precisas, sem hesitação. Esse resultado é obtido pelo hábito. Ou seja,
um médium novato poderá vir a ser um médium formado.
 Médiuns lacônicos: aqueles que recebem a comunicação com
facilidade, mas essas são breves e sem desenvolvimento.
 Médiuns explícitos: aqueles que fazem comunicações muito claras e
com toda a extensão que se pode esperar. Essa aptidão depende da
expansão e da facilidade de combinação de fluídos entre o médium e o
espírito comunicante. Esses médiuns são usados para assuntos de
grande desenvolvimento.
 Médiuns experimentados: aqueles que apresentam o estudo necessário para
apreciar a natureza dos espíritos. Essa qualidade é fundamental no
desenvolvimento de qualquer médium.
 Médiuns maleáveis: aqueles que se prestam à variedade de comunicações e,
através dele todos ou quase todos os espíritos podem se manifestar. Essa
categoria de médiuns se aproxima de médiuns sensitivos.
 Médiuns exclusivos: ao contrário dos médiuns maleáveis, os exclusivos só se
prestam a comunicação de um espírito específico. Pode ser considerada como
um defeito do médium porque se presta à obsessão.
O espírito pode se ligar ao médium por simpatia ou intenção louvável
(bom) ou para pôr o médium na sua dependência (mau).
 Médiuns para evocação: são os médiuns maleáveis que se prestam a
comunicações específicas.
 Médiuns para ditados espontâneos: são médiuns que recebem comunicações
espontâneas de espíritos que se apresentam sem serem chamados. Essa
faculdade necessita de um desenvolvimento cerebral do médium, pois se
referem a pensamentos elevados e não corriqueiros dos escritos humanos.
Classificação dos médiuns segundo a particularidade
das comunicações:

A classificação que vamos citar a seguir refere-se a variedades de


médiuns relacionadas a aptidões especiais que, geralmente, têm origem em
conhecimentos adquiridos em experiências físicas anteriores. Os
conhecimentos, nesses casos, ficam latentes no médium, fazendo parte dos
materiais cerebrais de que necessita o espírito que se manifesta. Pode-se
citar:

 Médiuns historiadores: fazem explanações históricas. Aparentemente podem


ocorrer com médiuns sem conhecimento sobre o assunto.

 Médiuns receitistas: servem às manifestações médicas. Apenas prescrevem,


não são médiuns curadores.

 Médiuns científicos: são aptos à comunicações relativas às ciências, mas


podem parecer ignorantes em relação ao assunto.
Outras classificações:

 Médiuns versejadores: obtêm comunicação em versos.


 Médiuns poéticos: não precisam ser em versos, mas são comunicações
poéticas, leves, sutis. Muito comuns.
 Médiuns positivos: apresentam comunicações nítidas e precisas, exatas. São
muito raros.
 Médiuns literários: dissertam com sagacidade, estilo correto e elegante, de
notável eloqüência (entre poéticos e positivos).
 Médiuns incorretos: podem apresentar pensamentos moralmente elevados,
mas com repetições, muito prolixos e com termos impróprios. Geralmente a
incorreção deve-se à ignorância do médium que se presta à comunicação
porque o espírito está interessado no pensamento e não na forma como ele
será apresentado. Não confundir com comunicações de idéias falsas e ilógicas
que sempre contêm um índice de inferioridade do espírito que se manifesta.
 Médiuns religiosos: que se prestam a comunicações de ordem religiosa
 Médiuns filósofos e moralistas: as comunicações que recebem referem-se à
questões de ordem filosófica e, principalmente moral.
Ainda podemos citar:

 Médiuns de comunicações triviais e obscenas:


são médiuns que recebem comunicações de
espíritos perversos que se comprazem em
exprimir seus pensamentos nos mais baixos
termos. Fica evidente que essas comunicações
não ocorrem de espíritos bons.
Classificação dos médiuns segundo as qualidades
físicas:
 Médiuns calmos: escrevem com lentidão, sem apresentar agitação
alguma.
 Médiuns velozes: escrevem mt rapidamente, mais rápido do que
fariam normalmente. Pode-se dizer que, nesses casos, há uma
abundância de fluídos e a comunicação é feita com a rapidez de um
raio.
O inconveniente desses casos é que, geralmente, a escrita fica
prejudicada, de difícil entendimento. Além disso, é extremamente
fatigante pelo grande desprendimento de fluído.

 Médiuns convulsivos: esses médiuns ficam num estado de excitação


quase febril. A mão e, às vezes, todo o corpo ficam num tremor
impossível de controlar. Pode ser relativo à organização do médium ou
a qualidade do espírito comunicante.

Os bons espíritos sempre produzem uma


impressão suave e agradável; os maus, produzem
sensação desagradável e penosa.

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