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Pediatria ICBAS/HGSA 2006 – 2007 Tojal Monteiro

Regime alimentar após o 1º ano

PADRÕES ALIMENTARES
MORTAIS
PADRÕES
ALIMENTARES

1 - OCIDENTAL
PADRÃO OCIDENTAL
Energia:
 Excesso de calorias em
relação aos gastos.
 Grandes quantidades de
gordura e de má qualidade:
saturadas, degradadas pelo
calor (fritos);ingestão
elevada de colesterol
 Redução e preferência por
cereais muito espoados e
abandono da leguminosas
secas
PADRÃO OCIDENTAL
Produtos hortícolas e
frutos:
 Utilização
decrescente
 Monotonia de
espécies
 Preferência por
sumos e
refrigerantes
PADRÃO OCIDENTAL
Fornecedores
proteicos:
 carne de
vaca,peixe e ovos
em quantidades
excessivas e de
confecção
duvidosa
PADRÃO OCIDENTAL
Açúcar:
 Abuso:refrigerantes,
doces, compotas e
guloseimas
Sal:
 Excesso: exigência
da cozinha rápida e
emprego em produtos
processados
PADRÃO OCIDENTAL
Álcool:
 Elevado consumo
 Bebidas destiladas
e cerveja ganham
preferência
Culinária
 Monótona, salgada
e engordurada
PADRÃO OCIDENTAL
Consequências:
hecatombe servida no
prato e no copo:
- Obesidade
- Diabetes
- Hiperuricemia (gota e
cálculos renais)
- Cálculos biliares
PADRÃO OCIDENTAL
 Dislipidémias e
ateroesclerose
 Acidentes cardio –
vasculares
 Obstipação e
divertículos do cólon
 Neoplasias: órgãos
digestivos, mama,
bexiga e próstata.
 Cirrose
PADRÕES ALIMENTARES

2 – SUB-URBANO
POBRE
Padrão alimentar sub-urbano
pobre
 Excesso de sal
 Bebidas:
refrigerantes
cervejas e
destilados
Padrão alimentar sub-urbano
pobre
 Escassez de produtos
hortícolas e frutos
 Fornecedores
proteicos: ovos,
salsichas, rissóis,
croquetes.
 Fornecedores
energéticos: cereais
espoados, batatas fritas
Padrão de cafetaria
-É o comer dos pobres,
remediados e
apressados das mais
ricas sociedades de
consumo
- É o fast food ou lixo
alimentar
- O Padrão do
desequilíbrio total e
gerador de obesidades
monstras
Emílio
Peres
ERROS ALIMENTARES
Emílio Peres

 Excesso de sal
 Abuso de bebidas
alcoólicas
 Muita gordura
 Pouco leite
 Comida a mais
 Escassez de produtos
hortícolas e fruta
 Muita doçura
 Pequeno almoço de
grilo
 Refeições irregulares
CONSEQUÊNCIAS
1. OBESIDADE
2. DOENÇAS CARDIOVASCULARES
3. CANCRO
4. OSTEOPOROSE
Doença coronária:
FACTORES DE RISCO
Obesidade
OBESIDADE
 Definição:
- IMC p 85 – 94:
Excesso de peso
- IMC » p 95:
Obesidade
Classificação

 Obesidade orgânica, endógena ou intrínseca 1%


 Obesidade de origem nutricional, simples ou
exógena 99%
Distribuição andróide (tipo maça)

diabetes mellitus
patologia coronária
HTA
alterações da tolerância oral à glicose
aumento da resistência à insulina

Distribuição ginóide (tipo pêra)

patologia venosa
litíase biliar
Obesidade orgânica
Síndromes somáticos dismórficos
S. de Prader-Willi
S. de Vásquez
S. associados ao X
pseudohipoparatiroidismo

Lesões do SNC
Traumatismo
Tumor
Pós infecção

Endocrinopatias
Hipopituitarismo
Hipotiroidismo
S. de Cushing
Corticóides exógenos
leptina
sangue

núcleo ventromedial do hipotálam

< neuropeptido Y(n.


arqueado)

< sensação de
apetite
> níveis de NA

terminais simpáticos do
tecido adiposo
> sensibilidade à insulina.
OBESIDADE
 A obesidade está a
aumentar
 Probabilidades de ser
obeso em adulto:
- Obeso aos 6 anos: 25%
- Obeso aos 12 anos:75%
 Os genes da obesidade
oferecem vantagem
biológica nos períodos
de fome
OBESIDADE
OBESIDADE
OBESIDADE
OBESIDADE
 Síndrome
metabólico
 Resistência à
insulina
 Teste de tolerância à
glicose alterado
 Perfil lipídico
alterado
 » TA
OBESIDADE
 Síndrome
metabólico
 Resistência à
insulina
 Teste de tolerância à
glicose alterado
 Perfil lipídico
alterado
 » TA
OBESIDADE
OBESIDADE
 Terapêutica
- Modificação
comportamental
- Dieta
- Exercício físico
OBESIDADE
 Tratamento mais
eficaz:
PREVENÇÃO
CONSEQUÊNCIAS
 OBESIDADE
 DOENÇAS CARDIOVASCULARES

CANCRO
 OSTEOPOROSE
Projecto DAFNE
UE
 Padrão 1(Europa e USA)
Alto aporte lipídico
Alto aporte de gordura animal
 Padrão 2(Mediterrâneo)

Alto aporte lipídico


Baixo aporte de gordura animal
 Padrão 3(Pro.Oriente,A Sul)
Moderado aporte lipídico
Baixo a moderado aporte de
gordura animal
 Padrão 4(África,Ext Oriente)
Baixos aporte lipidico e gordura
animal
ALIMENTAÇÃO E CANCRO
REDUZIR: AUMENTAR:
 CALORIAS  HORTALIÇAS,
 ALIMENTOS GORDOS LEGUMES E
E COMIDA FRUTAS
ENGORDURADA
 ALIMENTOS FUMADOS
 CEREALÍFEROS
E INADEQUADAMENTE RICOS EMFIBRAS
GRELHADOS  VEGETAIS RICOS
 SAL,NITRITOS E EM ANTI -
NITRATOS OXIDANTES
AICR Diet and Health Guidelines for
Cancer Prevention
Escolha uma dieta rica em diferentes
variedades de alimentos de origem vegetal.

2. Coma muitos legumes e frutas.

3. Mantenha um peso saudável, faça exercício físico.

4. Se beber álcool, faça-o com moderação.

5. Escolha alimentos com baixos teores de gorduras e sal.

6. Prepare e armazene os alimentos de forma saudável e cuidada


National Research Council:

“o que comemos durante a nossa vida


influencia
fortemente a probabilidade de desenvolver
certos tipos de cancro”
OSTEOPOROSE
UMPROBLEMA
PEDIÁTRICO
Alimentação/Cálcio/Osteoporose

 É a doença metabólica mais frequente


do idoso
 Acarreta muito sofrimento
 Consome muitos cuidados médicos
 Acarreta muitos gastos:

- 3500 milhões de Euros


- 500.000 camas utilizadas
Osteoporose Factores de risco
O risco de osteoporose depende do pico de
massa óssea alcançado o qual se relaciona
com:
- Factores genéticos( 70% da massa óssea)
-Factores ante natais: atraso do crescimento I U
- Doenças crónicas da infância
- Fármacos: corticóides e alguns
antiepilepticos
- Abuso: álcool e tabagismo
Osteoporose: Factores de risco
 ERROS ALIMENTARES
-Défice de aporte de
Cálcio
-Défice de Vit D
A.A.P. Pediatrics 2006; 117(2)
A.A.P. Pediatrics 2006; 117(2)
Osteoporose: Factores de
Risco
Até quando se pode conseguir o pico de
massa óssea?
- 3ª Década da Vida
- Há assim que cuidar do aporte de
cálcio e de Vit. D na infância e
adolescência
OSTEOPOROSE: PREVENÇÃO

 Necessidades de vit D
- 1º ano 400 U. I.
- Pré – adolescentes e adolescentes:
100.000 U. I. de 3 em 3 meses, de Out a
Junho
10 Mandamentos para prevenção
da osteoporose
1. Exercitar-te-ás regularmente (as
contracções musculares são potentes estimuladores da
mineralização óssea);
2. Controlarás teu peso (baixo peso está
relacionado com menor mineralização óssea);
3. Comerás cálcio (leite e derivados fornecem cálcio
e fortalecem o osso);
4. Comerás fósforo (carnes, ovos, grãos e leite
asseguram uma adequada ingestão de fósforo);
5. Comerás vitaminas (outras vitaminas para
além da D
10 Mandamentos para prevenção
da osteoporose
6. Comerás proteínas na medida certa (é
indispensável a ingestão diária de proteínas. No entanto, não deve
ser excessiva. O excesso de proteínas ocasiona perda de cálcio na
urina); são necessárias para o osso e são fornecidas por frutas e
verduras variadas);

7. Tomarás sol (passear ao sol durante algumas horas


semanalmente garante uma boa produção de vitamina D).
8. Não fumarás (prejudica a mineralização óssea);

9. Não te excederás no café (produz perda


de cálcio na urina);
10. Não consumirás bebidas alcoólicas (o álcool
altera o metabolismo mineral do osso).

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