a Guerra do Paraguai Autoria • Orientação: Profª. Taíse Ferreira da Conceição • Alunos: André Cazula Aniele Cristina Gustavo Rebeque Ilton Inácio Johnny Mendonça Rafael Fagundes Ricardo Francisco Villen Richard Introdução • O Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai eram, na segunda metade do século XIX, nações recém- independentes que dividiam interesses fluviais e territoriais, viviam em constantes choques de interesses nacionais e contavam com uma participação imperialista britânica, esses acontecimentos propiciaram uma guerra que durou seis anos. A Guerra do Paraguai foi o evento decisivo na formação do Estado brasileiro e abalou as estruturas sociais da região platina. • O desenvolvimento de uma discussão sobre a formação do exército brasileiro, tendo em vista a importância das imagens, através de charges, sobre as deficiências e peculiaridades desse exército, é deveras importante, visto que as caricaturas trazem as informações sobre o conflito, sob várias óticas, as quais podem ser desenvolvidas pelos próprios alunos. Objetivos • Os objetivos desse projeto são desvincular as imagens de heróis e vilões de uma história onde a população e os combatentes não sabiam os motivos da guerra, debater sobre como trabalhar a diferença entre como se pensava o conflito e as razões do mesmo, ampliar o campo de visão ideológico, político e social do confronto. • No campo do ensino de história, os objetivos desse projeto é o de ser uma ferramenta de apoio para auxiliar na construção do conhecimento histórico nas salas de aula. • Através de charges, o projeto objetiva-se a mostrar como o exército se organizava aos olhos das pessoas, refletindo sobre como as pessoas se identificavam com a guerra, evitando o maniqueísmo entre heróis e vilões, e demonstrando que os países envolvidos tinham cada um seus próprios interesses, sejam eles de ordem econômica ou social, dada a fragilidade das novas repúblicas e do Império. • Como conflitos armados trazem sempre um impacto a população, mesmo em eventos passados, pedagogicamente este projeto tem o objetivo de desenvolver a criticidade do aluno, dando apoio metodológico para a construção do ensino escolar na relação professor-aluno. Desta forma, estaremos no caminho de fomentar um pensamento mais crítico de um processo histórico social, fazendo uma ponte entre o passado e as reflexões do presente. Bibliografia – Livros didáticos • NADAI, Elza. Neves, Joana. “História da América”. São Paulo, Saraiva, 1987 – 9ª ed. pp. 191-200. • FIGUEIRA, Divalte Garcia. “História”. São Paulo, Ática, 2002. Pp. 280-282 • HOLLANDA, Sérgio Buarque. QUEIROZ, Carla de. PINTO, Vírgilio Noya. FERRAZ, Sylvia Barboza. “História do Brasil: da independência aos nossos dias atuais”.São Paulo Cia. Ed. Nacional, 1973 – 2ª ed. pp. 31 – 37 • LOBO, Haddock R. “História da América”. São Paulo, Melhoramentos, 1957. • TAPAJÓS, Vicente. “História da América”. Rio de Janeiro; Forense-Universitária, 1974. Bibliografia – Contexto histórico
• GALEANO, Eduardo. “As veias abertas da América
Latina”. Tradução de Galeno Freitas. São Paulo, Paz e Terra, 1989. • DORATIOTTO,Francisco. “Maldita Guerra - Nova história da Guerra do Paraguai ”. São Paulo. Cia das Letras, 2002. • NARLOCH, Leandro. ”Guerra do Paraguai”. In: Grandes Guerras ,Edição 10, São Paulo, Abril, 2006. • CASTRO, Marcio Sampaio de. “Em nome da ordem” In: “Aventuras na História – pra viajar no tempo” Edição 38. São Paulo, Abril – Outubro de 2006. Bibliografia - Didática • CARDOSO, Oldimar Pontes “Representação dos professores sobre o saber histórico escolar”. In: “História e Ensino: Revista do laboratório do ensino de história/UEL” Volume X. Londrina-PR, EDUEL, 2004. • FONSECA, Selva Guimarães. “Didática e prática do ensino de história”. Campinas-SP, Papirus. • MONTEIRO, Ana Maria F. C. “A história ensinada: algumas configurações do saber escolar”. In: “História e Ensino: Revista do laboratório do ensino de história/UEL” Volume X. Londrina-PR, EDUEL, 2004. • CIANPI, Helenice. “O processo do conhecimento/pesquisa no ensino de história”. In: “História e Ensino: Revista do laboratório do ensino de história/UEL” Volume X. Londrina-PR, EDUEL, 2004. Bibliografia - Metodologia • GASKELL, Ivan “História das imagens”. In: BURKE, Peter “A escrita da história: novas perspectivas”.São Paulo, UNESP, 1992 - pp. 238. • STAROBINSKI, Jean “A literatura: o texto e seu intérprete”. In: LE GOFF, Jacques. NORA, Pierre “História: Novas abordagens” Tradução de Henrique Mesquita. Rio de Janeiro; Francisco Alves - 1988. • SCHNAPP, Alain. “A arqueologia”.In: LE GOFF, Jacques. NORA, Pierre “História: Novas abordagens” Tradução de Henrique Mesquita. Rio de Janeiro; Francisco Alves – 1988. • NISHIKAWA, Reinaldo “História e fotografia: Uma discussão acerca do método pictográfico para a historiografia” In: “Boletim do laboratório do ensino de história”, Londrina-Pr. Uel (Setembro de 2002/Abril de 2003). Bibliografia - Metodologia • TOMAZI, Nelson Dácio “Cultura, ideologia e educação”. In: TOMAZI, Nelson Dácio. “Sociologia da Educação”. São Paulo, Atual, 1997. Contexto histórico • Guerra da Secessão: aumento nas exportações de algodão para a Inglaterra • Conflitos políticos e suas expansões para as fronteiras • Aguirre, Urquiza e Lopez de um lado, Flores, Mitre e Dom Pedro II de outro • Sanções e bloqueios de ambas as partes. • Paraguai: estabilidade econômica e desenvolvimento? • Influência e diplomacia britânica. Contexto histórico
• Declaração de guerra: movimentações
iniciais • Movimentos diplomáticos de Solano Lopez • Solano Lopez: busca de Montevidéu • Formação da Tríplice aliança Contexto histórico • O avanço da tríplice aliança • Riachuelo • Tuiuti • Curupaiti • Humaitá • Sai Mitre, entra Caxias • Dezembrada • Sai Caxias, entra o Conde D’Eu • Cerro Corá: o fim da guerra e de Lopez Tuiuti A formação do exército • O Brasil tinha um exército mal-organizado e muito pequeno. E, na verdade, tal situação era reflexo da organização escravista da sociedade, que, marginalizando a população livre não proprietária, dificultava a formação de um exército com senso de responsabilidade, disciplina e patriotismo, • O serviço militar era visto como um castigo sempre a ser evitado e o recrutamento era arbitrário e violento. Um reforço era, portanto, necessário. Quando iniciou-se a guerra do Paraguai o entusiasmo da população e em se alistar era tão crescente que criou o decreto numero, 3.371, de 7 de Janeiro de 1865,criando assim os chamados corpos Voluntários da Pátria • No entanto a desorganização e a falta de estrutura era algo que contribuía para as epidemias de tifo, sarampo, cólera e bexiga entre outras, que deixavam os “soldados” fora de ação antes das batalhas, mas isso atingia mais a força voluntária. A formação do exército • O exército brasileiro era formado por pessoas que eram sua maioria mendigos, negros, pobres e escravos com o sonho da liberdade prometida, eles recebiam somente um mosquetão, duas camisas, sabre- baioneta, marmita, cantil e cinturão para alojar a munição .Somente com a chegada de Duque de Caxias,em outubro de 1867, é que o exército foi reestruturado em bases mais profissionais, com ensino de táticas e práticas militares aos soldados, a disciplina e hierarquia, a evacuação de feridos em meio as batalhas, praticamente o básico que um chamado soldado deve saber, A formação do exército • Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nasceu em 25 agosto de 1803, na fazenda de São Paulo, no Taquaru, na Capitania do Rio de Janeiro. O termo Caxias simbolizava a revolução subjugada , significava disciplina , administração , justiça, Caxias sempre teve uma vocação militar, em 1818, aos quinze anos de idade, matriculou-se na Academia Real Militar, de onde ingressou, promovido a Tenente, em 1821, para servir no 1º Batalhão de Fuzileiros, • Quando estourou a guerra com o Paraguai foi o nome mais lembrado para comandar as tropas brasileiras. Em 1865 inicia-se a Guerra da Tríplice Aliança, reunindo Brasil, Argentina e Uruguai contra as forças paraguaias de Solano Lopez. A formação do exército • Caxias utiliza, pela primeira vez no continente americano, a aeroestação (balão) em operações militares, para fazer a vigilância e obter informações sobre a área de operações. • Sua liderança atinge a plenitude no seu esforço para concitar seus homens à luta na travessia da ponte sobre o arroio Itororó - "Sigam- me os que forem brasileiros",Caxias só deu por finda sua gloriosa jornada ao ser tomada a cidade de Assunção, capital do Paraguai, a 1º de janeiro de 1869. • Eis aí um fato inédito pois Caxias foi o único Duque brasileiro. Caxias resolve retirar-se para sua terra natal, a Província do Rio de Janeiro, na Fazenda Santa Mônica, na estação ferroviária do "Desengano", hoje Juparaná, próximo à Vassouras, • No dia 7 de maio de 1880, às 20 horas e 30 minutos, fechava os olhos para sempre aquele bravo militar e cidadão, que vivera no seio do Exército para glória do próprio Exército. Conseqüências da guerra • Naturalmente, o país que mais sofreu com a guerra foi o Paraguai, que perdeu 140 mil km2 de sue território, e teve sua população quase dizimada, marcando profundamente sua história a partir daí, • As aldeias paraguaias destruídas pela guerra foram abandonadas e os camponeses sobreviventes migraram para os arredores de Assunção, dedicando-se à agricultura, • O mercado paraguaio abriu-se para os produtos ingleses e o país viu-se forçado a contrair seu primeiro empréstimo no exterior: um milhão de libras da Inglaterra, que se pode considerar a potência mais beneficiada por esta guerra, • O Brasil, que sustentou praticamente sozinho a guerra, pagou um preço alto pela vitória. A guerra foi financiada pelo Banco de Londres e pelas casas Baring Brothers e Rothchild. Durante os cinco anos de lutas, as despesas do Império chegaram ao dobro de sua receita, provocando uma crise financeira O papel do exército na República até os dias de hoje Documentos Documentos • É uma fonte primária, que na época que ocorreu o fato, e é uma fonte visual, se trata de uma caricatura. • O documento é de provavelmente entre os anos de 1866/1867 que foram os anos em que o Cólera mais castigou os exércitos, mesmo período (outubro de 1866 a julho de 1867) em que não foram tomadas, quer pelos aliados quer pelos paraguaios, iniciativas capazes de decidir a guerra, ocorreram apenas emboscadas entre as vanguardas. • As condições nas quais os soldados viviam nos front eram muito precárias. A água para beber era retirada de buracos rasos escavados no areal, era poluída e amarela, em decorrência dos cadáveres sepultados nas proximidades, uma das principais causas da presença da doença nos acampamentos. Documentos Documentos • É uma fonte primária, que na época que ocorreu o fato, e é uma fonte visual, uma caricatura. • A charge é uma crítica paraguaia ao exército brasileiro que era chamado por eles de “exército de macacos”, devido à presença de negros. • A ilustração foi publicada no jornal paraguaio Cabichuí, por volta de 1865-1866. • A dificuldade em preencher vazios nas tropas dos jornais paraguaios e de Solano Lopes. A presença de escravos nas tropas também se deu pelo envio de substitutos para cumprir o serviço militar que era prática comum, não só no Brasil. Roberto Salles diz que o número de escravos combatentes libertos não tenha passado de 10% do conjunto das tropas. Metodologia • No decorrer das duas últimas décadas, a utilização de diferentes fontes e linguagens no ensino de história tem sido tema de destaque na área de metodologia de ensino de história, graças aos avanços da industria cultural brasileira e os espaços vagos do currículo, os espaços os quais não conseguem ser preenchidos plenamente pelos livros didáticos. Metodologicamente, trata-se de fontes que ampliam a visão do historiador, flexibilizando o processo de ensino. Metodologia • Conceitos: • “Arte”: todos os objetos construídos pelas pessoas e que expressam algum valor, seja decorativo ou social, incluindo-se aí também os conceitos associados a esses objetos e sua respectiva sociedade • “Cultura”: os valores morais e conhecimentos de uma sociedade, que são transmitidos de geração a geração, tendo esses valores e conhecimentos algum valor comercial ou não. • “Fonte” ou “Imagem”: documentos impressos por métodos diversificados e com valores visuais e/ou mentais, mantidos dentro de uma representação de uma realidade. Metodologia • Divisão em duas direções distintas: uma referente ao ensino e ao campo de investigação, com suas limitações e possibilidades e outra referente às respostas alcançadas, suas contribuições e efeitos, as suas conseqüências. • Primeira direção: • Etapas do trabalho: Croqui de Moberg • Etapas da aula: • Autoria • Cânone • Interpretação • Realidade: porque não trabalhar com a fotografia? Metodologia • Segunda direção: • Resultados • Volta ao Croqui de Moberg • Conceito de Feedback (Retro alimentação) Conclusões
• O Brasil no período pré-guerra possuía
um estado monárquico centralizado e unidade interna, que, aliado a um exército estruturado, possibilitaria ações externas, • Os políticos brasileiros, porém, não tinham uma política externa, vinculada à Bacia Platina, voltando-se a questões momentâneas Conclusões A estruturação do exército brasileiro possibilitou, em relação ao Paraguai buscar: • A livre circulação naval na Bacia do rio Paraguai, • Definição das fronteiras, • Evitar a expansão territorial argentina e promover a própria expansão Conclusões
• O exército saiu do conflito com um
sentimento de identidade desconhecida anteriormente, • Após o fim da guerra foi crescente a dissociação entre Exército e Monarquia, a ponto de, em 1889, ele ser o instrumento dos republicanos para a instauração da República brasileira Avaliação Croqui de Moberg Croqui de Moberg Nishikawa Tríplice Aliança Caxias Conde d’Eu Expedição Movimentações da “Dezembrada”. Bateria de Canhões “Londres” Igreja de Humaitá destruída por bombas Território Paraguaio