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Uma boa alternativa para facilitar a elaboração da declaração do Imposto de Renda das Pessoas
Físicas é separar com antecedência todos os documentos e informações que serão utilizados. Seja
criterioso para não esquecer-se de declarar informações obrigatórias.
Uma regra que dá trabalho é informar o CPF e/ou CNPJ de todos os beneficiários de doações e
pagamentos efetuados. Caso não tenha todas as informações em mãos é necessário contatar cada um
dos envolvidos para pedir as informações.
Anexe ao recibo da declaração todos os documentos que, além de instruir a declaração, também
serviram para comprovar a exatidão das informações prestadas. Todos os documentos deverão ser
mantidos arquivados pelo prazo prescricional atribuído à guarda da declaração.
Documentos necessários
A relação de documentos que apresentamos não esgota todas as possibilidades de operações que um
contribuinte poderá fazer no decorrer de um ano:
. Declaração anterior - Cópia da declaração anterior, para facilitar o preenchimento da declaração
atual.
. Documentos de identificação pessoal - Número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e Título de
Eleitor do declarante, CPF do cônjuge (se declarado em conjunto) e endereço completo para
correspondência, quando for a 1ª declaração do contribuinte.
. Informações dos dependentes - Nome do cônjuge, dos filhos etc. quando considerados
dependentes. Informar data de nascimento e relação de dependência que o mesmo tem com o
declarante.
. Comprovantes de rendimentos - Comprovantes de rendimentos recebidos de pessoas físicas e
jurídicas, tais como salários, pró-labore, prestação de serviços autônomos, aposentadoria, pensão,
aluguéis, restituição, indenizações, prêmios, lucros distribuídos, herança, poupança, aplicações
financeiras, resgate de fundo de garantia etc.
. Comprovantes de pagamento - Recibo de pagamento de instrução, pensão alimentícia, aluguéis,
médicos, dentistas, psicólogos etc., convênios médicos, previdência oficial e privada; doações
efetuadas aos Conselhos Estaduais, Municipais ou Federais dos Direitos da Criança e Adolescente; e,
incentivo a cultura.
. Comprovantes de aquisições e/ou vendas - Extratos bancários que apresente os saldos de conta
corrente, poupança, aplicações financeiras e de outros investimentos; notas de corretagem das
operações com ações; recibos, contratos e/ou escrituras de aquisições e/ou vendas de imóveis,
veículos, participações societárias, etc.
. Comprovantes de dívidas e ônus reais - Contratos de empréstimos contraídos de pessoas físicas e
jurídicas.
Obrigatoriedade
Estão obrigadas à apresentação da declaração de 2011, as pessoas físicas residentes no Brasil, que no
ano de 2010:
a) receberam rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração com valores superiores a R$
22.487,25;
b) receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, superiores a
R$ 40 mil;
c) obtiveram, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência
do imposto; ou realizaram operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhadas;
d) obtiveram receita bruta da atividade rural superior a R$ 112.436,25; e, pretendam compensar, no ano
de 2010 ou posteriores, prejuízos de anos anteriores ou do próprio ano de 2010;
e) tiveram a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro, de bens ou direitos, inclusive terra nua, de
valor total superior a R$ 300 mil;
f) passaram, em qualquer mês, à condição de residente no Brasil e encontravam-se nessa condição em
31 de dezembro;
g) optou pela isenção do Imposto de Renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de
imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais
localizados no país, no prazo de 180 dias contados da celebração do contrato de venda.
Dispensados da apresentação
Forma de elaboração
O declarante poderá escolher a forma de tributação de seus rendimentos, por meio do modelo completo
ou simplificado. A melhor opção vai proporcionar maior restituição ou saldo menor de imposto a pagar.
É vedada a opção pela declaração simplificada, ao contribuinte que deseje compensar prejuízo da
atividade rural ou compensar imposto pago no exterior, devendo apresentar a declaração no modelo
completo.
Rendimentos acumulados
Pela primeira vez, o programa da declaração do IR terá um campo exclusivo para que o contribuinte
declare seus rendimentos acumulados (aqueles que deveriam ter sido recebidos em anos anteriores a
2010, mas foram quitados apenas no ano passado por questões judiciais, como salários ou benefícios
conquistados após vitória do contribuinte na justiça).
Pela nova regra, os rendimentos que deveriam ter sido recebidos anteriormente serão tributados na
fonte divididos pelo número de meses em que deveriam ter sido recebidos. Ou seja, o valor total era
tributado na fonte de uma só vez, o que resultava em maior imposto a pagar. Agora os valores serão
divididos e, por serem tributados em quantidade menor, sofrerão menos incidência do imposto na fonte.
Contudo, por ter, possivelmente, pago menos imposto na fonte, o contribuinte terá menos imposto a
compensar na hora de apurar a declaração de ajuste. (IN RFB nº 1127/10).
Taxa imobiliária
O declarante dono de imóveis com rendimento de aluguel pode abater o valor destinado ao pagamento
de taxa às imobiliárias. No campo 'pagamento e doações', informará o que foi pago ao corretor.
Muitos contribuintes ficam na malha fina por diferenças declaradas entre o locatário e o dono do imóvel. A
declaração também tem um campo este ano para a inclusão de CNPJ, quando o imóvel for alugado de
pessoa jurídica. Antes, a declaração só aceitava que o inquilino informasse o CPF do dono do imóvel.
Homossexual
Os critérios utilizados são os mesmos da união estável de casais heterossexuais. É necessário que o
casal tenha vida em comum por mais de cinco anos. A Receita Federal poderá notificar o declarante para
verificar a informação.
É possível também fazer a retificação das declarações apresentadas dos últimos cinco anos.
Na declaração de ajuste, o declarante com 65 anos ou mais tem direito a uma dedução adicional de R$
1.499,15 por mês sobre a aposentadoria e pensão paga pela previdência oficial ou privada. O valor
mensal excedente a esse limite está sujeito à incidência do imposto.
Para quem completou 65 anos em 2010, o benefício vale a partir do mês do aniversário.
Na declaração deverão ser relacionados os bens e direitos que, no Brasil ou no exterior, constituam, em
31 de dezembro de 2009 e de 2010, seu patrimônio e o de seus dependentes relacionados na
declaração, bem como os bens e direitos adquiridos e alienados no decorrer do ano de 2010.
Também, devem ser informados as dívidas e os ônus reais existentes em 31 de dezembro de 2009 e de
2010, do declarante e de seus dependentes relacionados na declaração, bem como os constituídos e os
extintos no decorrer do ano de 2010.
Para evitar diferença na evolução patrimonial, transação entre familiares precisam ser declarada
quando for superior a R$ 5 mil.
Ainda que o assunto fique em família, ambos devem declarar a operação de empréstimo. Embora a lei
do imposto de renda não faça referência a esse tipo de transação, ela precisa ser declarada para evitar
uma diferença injustificada na evolução patrimonial dos contribuintes.
A pessoa que está emprestando deve declarar o valor no campo de bens e direitos, informando o CPF
do tomador e descrevendo as condições do empréstimo. Quem recebe o empréstimo declara a quantia
no campo de dividas e ônus reais, informando o CPF do cedente.
Prazo de entrega
O prazo para entrega iniciou-se em 1º de março e vai até 29 de abril. O serviço de recepção da
declaração transmitida pela Internet será interrompido às 23h59min59s (horário de Brasília).
Delta Org Assessoria - Advocacia, Contabilidade e Imobiliária - www.deltaorg.com.br
A declaração deverá ser apresentada pela Internet, mediante utilização do programa de transmissão
Receitanet, disponível no endereço eletrônico: www.receitafazenda.gov.br; ou, em disquete, nas agências
do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal.
Mudança a partir de 2011 - fim da declaração em formulário. Só serão aceitas declarações em formato
digital.
Do pagamento do imposto
O saldo do imposto poderá ser pago em até 8 quotas, mensais e sucessivas, observados o seguinte:
a) nenhuma quota deverá ser inferior a R$ 50;
b) o imposto inferior a R$ 100 deve ser pago em quota única;
c) a 1ª quota ou quota única deve ser paga até o dia 29 de abril;
d) as demais quotas devem ser pagas até o último dia útil de cada mês, acrescidas de juros equivalentes
a taxa SELIC, acumulada mensalmente, a partir de 29 de abril até o mês anterior ao do pagamento, e de
1% no mês do pagamento.
É facultado ao contribuinte antecipar, total ou parcialmente, o pagamento do imposto ou das quotas, não
sendo necessário, nesse caso, apresentar declaração retificadora com a nova opção de pagamento.
Pode também ampliar o número de quotas do imposto inicialmente previsto na declaração, até a data de
vencimento da última quota desejada, mediante a apresentação de declaração retificadora ou o acesso
ao sítio da Receita Federal na Internet, opção "Extrato da DIRPF", no endereço referido.
Forma de pagamento
O pagamento do imposto pode ser efetuado por meio de transferência eletrônica de fundos; em
qualquer agência bancária por meio do DARF; ou, de débito automático em conta corrente bancária.
No caso de pessoa física que receba rendimentos do trabalho assalariado de autarquias ou repartições
do Governo Brasileiro, situadas no exterior, o pagamento do imposto pode ser efetuado mediante
remessa de ordem de pagamento com todos os dados exigidos no DARF, no respectivo valor em reais
ou em moeda estrangeira, a favor da Receita Federal, por meio do Banco do Brasil S.A., Gerência
Regional de Apoio ao Comércio Exterior - Brasília-DF (Gecex - Brasília-DF), prefixo 1608-X.
Débito automático
Recibo de entrega
A partir deste ano, serão geradas duas vias de recibo de entrega da declaração. Muitos contribuintes
precisam apresentar cópia da declaração para comprovar renda, como, por exemplo, em operações de
empréstimo bancário. Como os números dos recibos geram um código de acesso aos dados do
contribuinte no site da Receita, o órgão decidiu gerar uma via sem o número. A outra para uso pessoal
do contribuinte terá o número em destaque.
Retificação
A declaração retificadora deverá ser apresentada pela Internet, mediante a utilização do programa de
transmissão Receitanet; ou em disquete nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica
Federal, ou nas unidades da Receita Federal.
Caso a pessoa física constate que cometeu erros, omissões ou inexatidões em declaração já entregue
poderá apresentar declaração retificadora:
a) pela Internet, mediante a utilização do programa de transmissão Receitanet, aplicativo "Retificação
online"; ou,
b) em disquete, nas agências do Banco do Brasil S.A. ou da Caixa Econômica Federal; ou, nas
unidades da Receita Federal.
Para a elaboração e a transmissão de declaração retificadora deve ser informado o número constante
no recibo de entrega referente à última declaração apresentada, relativa ao mesmo ano-calendário.
Após o último dia do prazo legal, não é admitida retificação que tenha por objetivo a troca de opção por
outra forma de tributação.
Após 29 de abril, a declaração deverá ser apresentada pela Internet, mediante a utilização do programa
de transmissão Receitanet; ou em disquete, nas unidades da Receita Federal.
A entrega da declaração depois do dia 29 de abril, se obrigatória, está sujeita à multa de 1% ao mês ou
fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido nela apurado, ainda que integralmente
pago. Esta multa é objeto de lançamento de ofício e tem como valor mínimo R$ 165,74 e no máximo,
20% do imposto devido.
A multa mínima aplica-se inclusive no caso de declaração de que não resulte imposto devido.
A declaração de saída definitiva do país, deve ser apresentada pela pessoa que saiu do Brasil em
caráter definitivo. Ou que passe a condição de não-residente no país, quando houver saído do território
nacional em caráter temporário. Até o momento essa era uma declaração específica. Entretanto, a
partir de 2011, estará junto com a declaração do IR.
DMED
Para evitar possíveis fraudes nas declarações do imposto de renda no que se refere às despesas
médicas, a Receita Federal, instituiu a Declaração de Serviços Médicos (DMED), para 2010, as
pessoas jurídicas prestadoras de serviços de saúde e operadoras de planos privados de assistência à
saúde.
Malha fina
Estar na malha fina não representa, necessariamente, um problema com a Receita Federal. Significa
que as restituições ficaram retidas na Receita para serem analisadas mais detalhadamente.
Para esses contribuintes, a restituição se houver, pode levar até cinco anos para ser liberada – é esse o
prazo que a receita tem para notificar os contribuintes com declaração retida e convoca-los para prestar
esclarecimentos. Liberadas, as declarações são incluídas nos lotes residuais.
Para saber se há alguma coisa para regularizar na declaração, deve-se consultar o extrato da
declaração, disponível no site da Receita.