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2) Mévio é réu em uma ação penal, pela pratica de três furtos. No curso da demanda o MP
toma conhecimento da prática de um quarto furto, praticado em continuidade delitiva com as
infrações anteriores. Após a condenação de Mévio pela prática dos três furtos é possível o
ajuizamento de uma nova ação penal visando condena-lo pela prática do quarto furto?
R:
3) Manuel seqüestra Maria e a arrasta por diversas cidades, já que muda de cativeiro de tempo
em tempo. Acabou sendo descoberto, vindo a ser processado na comarca onde localizou-se o
primeiro cativeiro, Rio de Janeiro. O membro do MP de São Paulo, tendo conhecimento da
passagem da vítima pela cidade de Santo Amaro, resolveu também denunciar Manuel pelo
crime de seqüestro. Pergunta-se:
B) E se uma das ações tiver sido proferida sentença penal condenatória? Seria possível a
continuação da segunda ação?
R: Não, pois deverá ser argüida a exceção de coisa julgada.
5) É possível a suspensão do processo criminal até que seja apurada em outro juízo a filiação
da vítima para fins de aplicação de agravante previsto no art. 61, II, CP?
R: Não, preceitua o art. 92 do CPP que as questões prejudiciais incidem sobre a existência da infração
penal e não apenas em circunstancias de agravamento de pena.
8) Na hipótese do art. 92 do CPP, se a ação penal não foi suspensa e sobrevier a sentença civil
conflitante com a ação penal, o que o réu deverá fazer?
R: Depende da sentença: se for ABSOLUTÓRIA, nada mais caberá fazer, aplicando-se o princípio da
reformatio pro societatis, que é a vedação da reforma em favor da sociedade. Se a sentença for
CONDENATÓRIA, cabe ao réu a ação de revisão de sentença.
9) O juiz poderá julgar a qualquer tempo a incompetência relativa? (consultar a sum. 33 STJ e
correntes doutrinárias)
R: A incompetência absoluta é um “defeito” que pode ser suscitado pelo juiz (ex-officio), ou qualquer
das partes poderá alegar enquanto o processo está em andamento, porém, em se tratando de
incompetência relativa, o juiz não pode reconhecê-la de ofício (Súmula 33 do STJ - "A incompetência
relativa não pode ser declarada de ofício."). A incompetência relativa só pode ser alegada pelo réu,
nunca pelo juiz. Deve ser alegada nos autos, no primeiro momento oportuno, sob pena de preclusão. O
silêncio do réu faz com que o juiz se torne competente.
Há a formalidade para alegar incompetência relativa, portanto deve ser feita em peça
separada da contestação, a peça cabível é a Exceção de incompetência relativa.
O STJ entende que a incompetência relativa pode admitida ao ser alegada na contestação, por
não causar prejuízo para o autor.