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Constituição
Constituição
A Constituição de 1838
Artigo 8.º
(Direito internacional)
Juntamente com Francisco de Vitória, Hugo Grócio foi um dos principais teóricos
do DI no período, baseando-se na teoria do direito natural.
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Sua principal obra jurídica, De Jure Belli ac Pacis ("do direito da guerra e da paz"), em
muito contribuiu para o desenvolvimento da noção de Guerra Justa.
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O mesmo não acontece no DI. Neste, os Estados são juridicamente iguais (princípio da
igualdade jurídica dos Estados) e, portanto, não existe uma entidade central e superior
ao conjunto de Estados, com a prerrogativa de impor o cumprimento da ordem jurídica
internacional e de aplicar uma sanção pela sua violação. Os sujeitos de direito (os
Estados), aqui, diferentemente do caso do direito interno, produzem, eles mesmos,
directamente, a norma jurídica que lhes será aplicada (por exemplo, quando um Estado
celebra um tratado), o que constitui uma relação de coordenação. O DI é, portanto, sui
generis, peculiar, entre os ramos do direito.
Monismo com supremacia do DI (a ordem jurídica é uma só, mas as normas de direito
interno devem ajustar-se ao DI); e
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Monismo com supremacia do direito interno (o inverso do anterior).
Monismo com supremacia do DI: Esta doutrina (assim como a seguinte, do monismo com
supremacia do direito interno), formulada por Kelsen, Verdross, Duguit e outros, não
acata a existência de duas ordens jurídicas independentes, afirmando haver apenas uma
única ordem jurídica, na qual o DI é considerado superior ao direito interno. Baseando-se
na pirâmide normativa kelseniana, os proponentes entendem que a norma fundamental (no
vértice da pirâmide) seria uma regra de DI, pacta sunt servanda, da qual derivaria a sua
validade e as demais. Segundo os defensores desta teoria, não seria possível o conflito
entre o DI e o direito interno, pois prevaleceria a norma hierarquicamente superior (no
caso, o DI).
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Tratados (CVDT), de 1969. Dentre estes princípios, destacam-se o princípio
lógico-jurídico pacta sunt servanda (em latim, "os acordos devem ser
cumpridos") e o princípio do cumprimento de boa fé, ambos presentes no costume
internacional e no artigo 26 da CVDT.
Outra Convenção de Viena, de 1986, regula o direito dos tratados celebrados entre
Estados e organizações internacionais, e entre estas.
O DI foi, até meados do século XIX, em sua maior parte um direito costumeiro e
não escrito. Os tratados eram episódicos e, sempre bilaterais, não criavam regras
universais de conduta, ao contrário do costume. A situação inverteu-se com a celebração
dos primeiros tratados multilaterais e hoje fala-se da codificação do DI, isto é, a
consolidação das normas costumeiras em textos convencionais (tratados).
Comentário:
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ainda detém a soberania no que toca a integrar leis internacionais nas nossas
leis internas.
Decorre da leitura do primeiro ponto deste artigo que as normas e os princípios de
Direito internacional fazem parte integrante do Direito português, aplicando-se aqui o
princípio da recepção automática do Direito Internacional, ou seja, tais normas são
directamente aplicáveis na ordem jurídica interna portuguesa sem necessidade de
qualquer acto de transposição.
O segundo ponto acrescenta que as normas constantes das convenções internacionais
vigoram em Portugal desde que regularmente ratificadas ou aprovadas, após a sua
publicação oficial (em Diário da República). Vê-se também aqui o princípio da recepção
automática mas condicionado pela publicação oficial.
O terceiro ponto refere que, os actos das organizações internacionais a que Portugal
pertence vigoram directamente na ordem jurídica interna se tal ficar a constar nos
respectivos tratados constitutivos, consagrando-se também o princípio da recepção
automática.
Finalmente, no quarto ponto, podemos constatar que as normas emanadas da União
Europeia se aplicam directamente na nossa ordem interna, no entanto, consoante o
estabelecido pela União, ou seja, nenhuma das leis comunitárias serão superior à
Constituição.