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Mestrado de Engenharia Civil

Hidrogeologia

Relatório da Visita Palestra,


Dinâmica Morfológica E Sedimentar Da Praia Do Porto Santo

Gilberto Laranja – 2010004

Professora Susana Prada


2009
Hidrogeologia – Eng. Civil

RESUMO

O presente relatório visa abordar e descrever os aspectos mais relevantes apresentados,


na palestra do dia da Terra, pelo Professor Catedrático César Andrade formado na área
de Geologia Costeira da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Departamento de Geologia & Centro de Geologia. Dinâmica Morfológica e Sedimentar
Da Praia Do Porto Santo demonstra a evolução da praia ao longo dos tempos.

Palavras Chaves: Praia, Porto Santo, Dinâmica

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Hidrogeologia – Eng. Civil

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Movimentação transversal, troca sedimentar. ................................................. 1


Figura 2 – Modelação da agitação marítima proveniente de Norte. ................................. 2
Figura 3 – Modelação da agitação marítima proveniente de Sul Oeste ........................... 2
Figura 4 – Difracção e direcção da agitação na ponta da Canaveira. ............................... 2
Figura 5 – Causas da perda de sedimentos da praia. ........................................................ 3
Figura 6 – Vertente sul, produtora. ................................................................................... 3
Figura 7 – Planície costeira, vertente sul, depósitos. ........................................................ 3
Figura 8 – Exemplo de construção totalmente sobre a duna. ........................................... 4
Figura 9 – Diques de contenção de sedimentos................................................................ 4
Figura 10 – Efeito da elevação do nível médio do mar e erosão costeira. ....................... 4

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Hidrogeologia – Eng. Civil

Í.DICE

1. Introdução ..................................................................................................................... 1
1.1. Delimitação do tema .............................................................................................. 1
1.2. Objectivos .............................................................................................................. 1
2. Praia do Porto Santo ..................................................................................................... 1
2.1. Enquadramento ...................................................................................................... 1
2.2. Dinâmica dos sedimentos ...................................................................................... 1
2.3 Perda e Recarga dos sedimentos............................................................................. 2
2.4 Obstruções ao ciclo de sedimentos ......................................................................... 3
3. Considerações finais ................................................................................................. 4
4. Bibliografia ................................................................................................................... 4

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Hidrogeologia – Eng. Civil

1. I.TRODUÇÃO

1.1. Delimitação do tema


A palestra trata e descreve os fenómenos responsáveis pela constante alteração da
morfologia da praia do Porto Santo. São apresentados os principais fenómenos de
recarga a nível sedimentar e de perda tendo por base a apresentação.

1.2. Objectivos
A sensibilização de que a praia está em constante alteração ao longo do tento. E apontar
as medidas para não haver interferência nesse processo natural.

2. PRAIA DO PORTO SA.TO

2.1. Enquadramento
Localização do Porto Santo na Placa Africana num ponto quente com actividade
vulcânica miocénica, intra-placa extinta desde há 8 Ma.
Processo construtivo foi vulcanismo (miocénico) posteriormente edificação eólica com
Erosão
As areias têm origem no talhe da plataforma costeira, Clima frio (último estádio
glaciário), cimentação carbonatada (eolíanito)
Praia tem forma estreita com aproximadamente 30 metros, reflectiva – intermédia, areia
media fina.

2.2. Dinâmica dos sedimentos


As areias da praia estão em constante movimento e renovação ao longo do tempo. Esta
movimentação aproximadamente sazonal.

Agitação marítima

A agitação marítima provoca uma movimentação nas areias, isto depende das direcções
provenientes da agitação marítima.
Existe uma troca de sedimentos transversal, Figura 1, devido a mares de tempestade a
posterior recuperação pode ser lenta de semanas a meses.

Figura 1 – Movimentação transversal, troca sedimentar.

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Figura 2 – Modelação da agitação marítima


proveniente de Norte. Figura 3 – Modelação da agitação marítima
proveniente de Sul Oeste

Figura 4 – Difracção e direcção da agitação na ponta da Canaveira.


A modelação da agitação marítima possibilita a melhor compreensão da movimentação
dos sedimentos da praia. Na Figura 2 conclui-se que a ondulação nada afecta a baia e
existe uma assimetria das ondas provocando uma movimentação nas areias ao longo da
baia. A Figura 3 mostra a ondulação proveniente da vertente Sul onde deixa a baia
completamente exposta, novamente uma assimetria da energia no sentido oposto ao da
provocada pela agitação Norte. Assim provoca uma movimentação equilibrada, ainda
assim havendo perdas.

2.3 Perda e Recarga dos sedimentos


Os sedimentos apesar de se movimentarem alternadamente ao longo da praia há sempre
perdas, então estas perdas necessitam de ser repostas. O processo natural encarrega-se
de fazer as recargas de sedimentos perdidos para o fundo oceânico onde já não há forma
de voltarem à praia, Figura 5.
Estes sedimentos são transportados pela acção da gravidade por regueiros e barrancos,
escoamentos concentrados, afluentes a ribeiras desembocando na planície costeira,
Figura 7, e na linha de costa, Figura 6. Estes sedimentos alojados na linha de costa

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formam a dunas que servem de reserva imediata, quando praia necessitar, tem
imediatamente na duna uma fonte de sedimento.
Há estimativas de produção de sedimentos, por diversos factores e agentes, de 8 000 a
9 000 m3/ano.

Figura 5 – Causas da perda de sedimentos da praia.

Figura 6 – Vertente sul, produtora. Figura 7 – Planície costeira, vertente sul,


depósitos.

2.4 Obstruções ao ciclo de sedimentos


As actividades Humanas têm vindo a obstruir o processo natural de recarga dos
sedimentos da praia, isto levará a uma redução da sua extensão transversal da praia. Na
Figura 5 estão indicadas algumas das causas que levarão a essa redução. As Figuras 6 e
7 demonstram também o exemplo da via de comunicação como bloqueia o transporte
dos sedimentos até as planícies costeiras.
Outros meios de obstruir o ciclo natural são a intervenção Humana sobre as dunas,
Figura 8, a construção de barreiras e diques, Figura 9.
Um fenómeno secundário, não directamente pela mão do Homem, é a subida média do
nível do mar, esta subida leva a uma perda de sedimentos tal como indica a Figura 10,
do modelo conceptual – BRUUN.

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Figura 8 – Exemplo de construção Figura 9 – Diques de contenção de


totalmente sobre a duna. sedimentos.

Figura 10 – Efeito da elevação do nível médio do mar e erosão costeira.


Sobre critérios geomorfológicos e de risco de erosão estimaram que para o horizonte
temporal de 2100:
 0.15m/ano – Tendência da evolução passada (balanço sedimentar negativo)
 30 m – Aceleração de subida do nível médio do mar
 30 m – Variabilidade sazonal e inter-anual
 25 m – Tempestades marítimas

3. Considerações finais
A estimativa para a evolução da morfologia da praia do Porto Santo, apresentado pelo
estudo Professor Catedrático César Andrade, indica o ligeiro recuo da praia devido aos
balanços negativos e intervenções negativas do Homem.
No âmbito da Engenharia Civil e do Planeamento Regional e Urbano cabe o bom
planeamento das zonas costeiras de modo a não interferir de forma muito gravosa no
ciclo natural dos sedimentos. Ainda é referido que deve-se contemplar as opções de
alimentação artificial dos sedimentos da praia de forma a repor os valores que as
barreiras Humanas criaram.

4. BIBLIOGRAFIA

ANDRADE, CÉSAR; Dinâmica Morfológica E Sedimentar Da Praia Do Porto Santo –


Dia da Terra, Funchal, 22 Abril 2009

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