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Não Precisava

Não teve culpa, pobre ser


De ter sido o mesmo um doente
Ao passo lento encontrou a morte
Não é digno de choro pungente.

O mesmo fel que lhe escorreu à boca sem perspectivas,


Emanou de outra forma dos lábios alheios que
De fundamentos de caridade lhe inundavam
Da boca pra fora, pra dentro nem sabiam exatamente o porquê.

Assim pulsou o que lhe restava de humano,


Nunca foi sábio, solene, soberano
Nem pôde entender seus poucos momentos

Disso tudo lhe restou a alma


Uma frente tensa, agora calma
Que apesar de tudo, teve sentimentos.

Oribes Neto

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