Peccatoris

A jovem freira de hábito pomposo, tão gentil tão zelosa, lesou o voto de
castidade, e achou tão gostosa a liberdade de provar o viril jovem padre a sua
reprimida mas parruda obscenidade. Dou-lhe uma dou-lhe duas, dou-lhe três.
Freirinha rodopiou e excomungou o celibato, achou chato não dar a Quarta
pro moço, espichou o pescoço, enquanto tomava caipirinha. -Eu quero outra
vez! -Aos santos berrou.
A batina do padre ainda besuntada de gostas de luxúria da freira puritana, ao
entrar na Igreja exprime sua fúria, ao demostrar o bispo o volume do pecado
não oprimido, meio de lado, encantou as beatas com “ooohs e óóós” ....
Adiada a pilhagem, Bispo foi ver a Madre pedir favor:- Posso ver? Posso
entrar? – Pode pôr. A vontade!- E que vontade superiora a da Madre, o Bispo
foi direto ao ponto de xeque-mate, o convento virou vendaval.
Que hábito incômodo: -“ bati na mesa, aqui está cômodo?” O padre febril
suplicante, a madre aos uivos rogava um terço da metade” Santa misericórdia,
ora pro nobis! Bis, Bis!- pecado. Local errado, altar debaixo- “ Serafim?
Querobim! Bim! Meu anjo! Aleluia! Que a dor remova o pecado. Mas que tão
cedo não retires o pão da vida de meu reino! Glória! Salve!”
O outro vigário da paróquia vizinha era salvo por uma pecadora confessante.
- Pequei de novo, seu vigário, peguei e pequei bastante.
O vigário paciente, após passar-lhe a penitência devida, revida o voto em sua
residência, fazendo a adúltera pedir clemência, enquanto em libertino pecado
pelo vigarista: - Pároco! – Ainda não! – Não ofereceu resistência. Deu no que
deu. A pecadora original desfrutou penitentes cardeais, Freis ( seis talvez), até
o exorcismo, extrema unção... Pecou tanto que foi canonizada. História
gozada, não? Não, é séria, é da bula- papal a todos: tomai e comei.
- Virou Santa Célia Bhatto Dolssim. Santa das pregações anuais, orais etc...
E o monge, sozinho, lá longe, admirando o clero vinho-água! Papa-cara-
coroinha-frade, túnica e manto. Atônito descascando sua cabeça meditante,
afoito, ligeiro, gozou do catolicismo, preferiu o seu budismo e exclamou
limpando a mente:
- - “ E depois se acham gente!”

Oribes Neto