Você está na página 1de 2

Pobres Coitados

E enfim quem somos nós?


Soldados enterrados na matriz
Ou meras filiais que, sem voz,
Agüentam a cruz e tentam um dia ser feliz.

Não creio que o peso do conjunto


Seja negado pelo, talvez, soldado,
Que a meus olhos lembra o defunto
De um ninguém que fora condenado.

Qual a pena que foi à julgamento?


A da caneta que demarca pôr fim nos elementos
Que juravam ser soldados.

A solda que muda só molda, os que teimam em crer


Que um rabisco pendurado comanda o poder
Dos que pensam ser deuses, mas são os coitados.

Oribes Neto

Você também pode gostar