Deve-se deixar crescer as unhas por duas semanas. Ah!
Como doce arrancar brutalmente
de seu leito uma criana ainda sem plos acima dos lbios, e, com olhos arregalados, ingir aagar suavemente sua testa, penteando para trs seus belos cabelos! Depois, de repente, !uando ele menos espera, cravar as longas unhas no seu peito macio. "m seguida, bebe-se o sangue, lambendo as eridas# e, durante esse tempo, !ue n$o deve durar menos !ue uma era, o menino chora. %ada t$o bom como seu sangue, extra&do desta orma e bem !uente ainda, a n$o ser pelas suas lgrimas, amargas como sal. 'omem, nunca provaste teu sangue, ao cortar o dedo por acaso( )om, n$o ( *ois n$o tem sabor algum. Alis, n$o te lembras de um dia, em tuas l+gubres relex,es, teres levado a m$o enri-ecida a teu rosto doentio, encharcado pela chuva de teus olhos# m$o essa !ue em seguida se dirigiu atalmente . boca, sorvendo as lgrimas a longos tragos( )om, n$o ( *ois tm gosto de vinagre. As lgrimas da criana, no entanto, s$o melhores ao paladar. "ssa n$o trai, n$o conhece o mal. /uem ama trai, mais cedo ou mais tarde. "nt$o, - !ue teus pr0prios sangue e lgrimas n$o te eno-am, v em rente, alimenta-te . vontade das lgrimas e do sangue do adolescente. Deixa seus olhos vendados, en!uanto dilaceras suas carnes palpitantes# e, ap0s ter ouvido por horas seus gritos resplandecentes, semelhantes aos gritos roucos de morte !ue emitem durante a batalha as goelas dos moribundos, depois soltars suas m$os, com nervos e veias inchados, devolvers a vis$o a seus olhos desvairados, pondo-te a lamber suas lgrimas e seu sangue. Ah, como ent$o o arrependimento verdadeiro! A!uela agulha divina dentro de n0s, !ue aparece t$o raramente, revelada# tarde demais! Como o cora$o se derrama ao consolar o inocente a !uem se e1 o mal. 23h criana, !ue acaba de sorer tortura t$o cruel, !uem ousou cometer tal indescrit&vel crime contra ti( *obre alma! Como deves sorer! *erdoa-me, criana. 4 este !ue est a!ui diante dos seus nobres e sagrados olhos o homem !ue !uebrou teus ossos e rasgou em trapos tuas carnes, !ue pendem de vrios lugares do teu corpo. 5oi uma inspira$o eu0rica da minha mente delirante, ou oi um instinto secreto !ue n$o depende da minha ra1$o, !ue me levou a cometer esse crime( " contudo, tanto !uanto minha v&tima, eu sori! *erdoa-me, criana. 6ma ve1 livres desta vida passageira, !uero !ue se-amos entrelaados eternamente, nos transormando em um +nico ser, minha boca colada a tua boca. 7esmo assim, minha puni$o n$o ser completa. "nt$o, tu me dilacerars sem parar, com dentes e unhas alternadamente. Deixarei !ue o aas# e -untos soreremos, eu por ser erido, voc por me erir... minha boca colada a tua boca. 3h, criana loira, de olhos t$o gentis, ars agora o !ue te aconselho(2 " di1endo isso, ao mesmo tempo ters praticadoo mal contra um ser humano, e sers amado por esse mesmo ser8 eis a& a maior elicidade imaginvel.
LAUDO ANTROPOLÓGICO REFERENTE À DILIGÊNCIA TÉCNICA REALIZADA EM PARTE DA ÁREA DA ANTIGA FAZENDA BANANAL, TAMBÉM CONHECIDA COMO SANTUÁRIO DOS PAJÉS, LOCALIZADA NA CIDADE DE BRASÍLIA, DISTRITO FEDERAL, BRASIL