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http://jn.sapo.pt/2008/04/05/nacional/peticao_internet_requer_afastamento_.html
Petição na Internet requer
afastamento da ministra
alfredo cunha

Ministra voltou a recusar qualquer

hipótese de recuo na avaliação

Alexandra Inácio

Quase 4500 pessoas subscreveram uma petição

(http//www.petitiononline.com/demissao) a pedir a
demissão da ministra da Educação. Maria de Lurdes
Rodrigues torna-se assim na segunda governante do
Executivo de José Sócrates a ser alvo de semelhante
pedido. A ex-ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima,
foi demitida poucas semanas depois de circular na
Internet a petição para o seu afastamento.

"O sucesso escolar está a ser fabricado de uma forma

falaciosa", lê-se no texto dirigido a "todos os cidadãos
portugueses". Além das críticas ao processo de
avaliação dos professores, os subscritores também
consideram o Estatuto do Aluno "mais uma tentativa
de mudar o ensino por decreto-lei. Tudo se baseia na
manipulação de dados estatísticos", escrevem.
Insurgem-se contra a falta de diálogo da tutela e
defendem que as motivos para pedir a saída da
ministra "são mais do que os possíveis de enumerar"
numa petição. Por isso, concluem "Por ser parte do
problema e nunca ter sido parte da solução, por favor
demita-se". À medida que o tempo passa ao correr da
escrita os subscritores vão aumentando, como
torneira a pingar ininterruptamente.

Indiferente a críticas ou iniciativas a ministra voltou a

reafirmar, anteontem à noite, no Porto, que o processo
de avaliação terá de avançar.

Num colóquio na Fundação Serralves, Lurdes

Rodrigues não mencionou o regime de desempenho
na sua intervenção, no entanto, o tema dominou as
perguntas do público. Muitos dos professores na
plateia aproveitaram para manifestar o seu desagrado
em relação ao processo e insurgirem-se contra o
excesso de burocracia. É "uma complicação absoluta.
Por que motivo o ME não altera este modelo se há
dificuldades?", questionou uma docente. A ministra

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retorquiu que não se resolve um problema retirando-o

do caminho.

"O modelo não pode ter problemas porque ele ainda

nem sequer foi aplicado. Não é legítimo, nem razoável
invocar os problemas teóricos que o modelo possa ter,
porque todos os modelos têm problemas. Qual é a
alternativa?", perguntou, concluindo que o modelo foi
aprovado e por isso "deve ser aplicado".

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