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Medidas cautelares

As medidas cautelares têm finalidade:


Provisória: devem durar até que a medida definitiva as substitua ou até que uma
situação superveniente as torne desnecessárias.
INSTRUMENTAL: não tem finalidade ou objetivo em si mesmas, mas existem em
função de outro processo.

A medida cautelar é a providencia jurisdicional protetiva de uma bem envolvido no


processo. O PROCESSO CAUTELAR É A RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL,
dotada de procedimento próprio, que se instaura para a concessão de medidas
cautelares, mas nem todas as medidas cautelares são determinadas ou deferidas em
processo cautelar. Algumas no de conhecimento, outras na execução, ou mesmo nos
procedimentos especiais, bem como outras possuem natureza mais administrativas.

As medidas cautelares podem ser preventivas ou incidentais, mas necessitam de


processo principal.
Além do interesse de agir, a possibilidade jurídica do pedido e legitimidade de
partes, o procedimento cautelar tem como pressupostos op periculum in mora e o
fumus boni iuris.

Periculum in mora: possibilidade de dano resultante da demora do ajuizamento do


processo e o julgamento desta.
Fumus boni iuris é a probabilidade ou possibilidade de existência de direito invocado.

PODER GERAL DE CAUTELA.


O juiz pode determinar medidas provisórias assim que tiver receio de causa de lesão a
uma das partes, vetando pratica de determinados atos, ordenando guardas judicial de
pessoas e depósito de bens e impor a prestação de caução.
Entretanto, a concessão de cautela, para que não seja abusiva deve guardar relação
lógica e de proximidade com a satisfação do direito pleiteado em caráter principal.

Mesmo que a parte contrária que resiste é responsável pelos prejuízos decorrentes da
demorado reconhecimento e satisfação do direito.

O juiz atua de 2 foras. A) medida não prevista no rol – inominada; B) nos próprios autos
do processo de conhecimento ou execução, dependendo da situação, independente de
processo cautelar ou manifestação das partes.

As medidas cautelares conservam suas eficácias até a propositura da ação principal, que
deverá ser feita no prazo de 30 dias, e ficará permanente enquanto a ação principal
estivar pendente. Não há coisa julgada no processo cautelar.

Pode ser requerida caução, se com a concessão da medida puder vir a causar danos ao
requerido.

Se por qualquer motivo cessar a medida, é defeso repetir o pedido, salvo por motivo de
novo fundamento.
A responsabilidade é objetiva. Pode caber indenização se, que será liquidada nos
próprio autos:
Houver sentença desfavorável
Não for citado se obtida liminar altera par
Decadência e prescrição

Pode haver audiência de justificação para dar a medida liminar.


Concedida ou não a liminar o requerido será citado no prazo de 5 dias. Segundo Vicente
Greco, essa citação interrompe a prescrição
Não cabe reconvenção e pode pedir a contra-cautela.
Despesas serão pagas pelo vencido.

ARRESTO:

O arresto é a apreensão cautelar de bens com finalidade de garantir uma futura


execução por quantia. Daí, quanto ao procedimento e extensão, serem aplicáveis as
disposições relativas à penhora, que é a medida executiva de apreensão de bens.
São arrestáveis os bens penhoráveis, e tantos os bens que possam garantir a futura
execução.

Para concessão do arresto é necessário:


- Prova literal da dívida líquida e certa (pode ser sentença favorável pendente de recurso
de pagamento de dinheiro, ou algo que possa ser transformado em dinheiro)
- prova documental ou justificação de situações previstas no 813.

Os casos legais para a concessão são:


I- Quando o devedor sem domicilio certo intenta ausentar-se ou se desfazer dos
bens
II- Se tiver domicilio, quando tenta se ausentar, ou quando caindo em
insolvência cria dívidas monstro,
III- Quando possui bens de raiz e intenta alienados.

Pode o juiz pedir JUSTIFICAÇÃO


A julgada procedente, o arresto se resolve em penhora.

SEQUESTRO
O seqüestro é a apreensão da coisa objeto do litígio, a fim de garantir sua entrega
total ao vencedor. Quanto a materialidade e procedimento, é igual ao Arresto.:

Pode ser quando o objeto pode ser danificado ou quando em ações de separação, se o
cônjuge estivar dilapidando.

O juiz nomeara depositário, que pode ser uma das partes desde que haja caução

DA CAUÇÃO

A caução é a garantia do cumprimento de um dever ou de uma obrigação


consistente em colocar à disposição do juízo bens ou dar fiador idôneo, que
assegura tal finalidade.
Pode ser caução real ou a fidejussória.
A caução é contra-cautela por excelência.
Quando a lei em nada falar pode ser dinheiro, titulo da União, pedras preciosas,
hipoteca, penhor e fiança e pode ser prestada por terceiro..

Julgado procedente o pedido o juiz determinará a caução e assinará prazo para ser
prestada.

Da BUSCA E APREENSÃO;

É outra medida de apreensão judicial, diferindo do arresto e do seqüestro porque


pode atingir pessoas, e porque é subsidiária em relação as estas. Normalmente em
direito de família, ações de guarda.
Será cumprido por 2 oficiais de justiça, podendo usar da força para invadir.

Da EXIBIÇÃO
Tem por finalidade a constatação de um fato sobre a coisa com interesse probatório
futuro ou para ensejar a propositura de outra ação principal.

É admissível a medida em caráter incidental, se for antes da fase instrutória

Pode ser coisa móvel com outro, ou documentos e sociedade condomínio, credor ou
devedor; balanços de empresas etc.

DA PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS


Cabe quando há perigo de perecimento de prova.
O requerente deve justificar a necessidade e mencionar os fatos que recairá sobre as
provas.
Deve ser colhida sempre com o contraditório, uma vez que poderá ser usada em
processo futuro.
Autos permanecem em cartório.
Não caduca em 30 dias.

DOS ALIMENTOS PROVISIONAIS

Tem por finalidade prover o sustento da parte durante a pendência de


determinadas ações.
Pede-se em a) ação de separação judicial; b) ação de alimentos c) investigação de
paternidade se favorável sentença de primeiro grau, mesmo havendo recurso.

Processa-se SEMPRE em 1º grau de jurisdição,mesmo que esteja já no tribunal.

DO ARROLAMENTO DE BENS

É a documentação da existência e estado de bens, sempre que houver fundado


receio de extravio ou de dissipação, com o depósito em mãos de pessoa de
confiança do juízo.
Pode ser medida preparatória de outra cautelar, de arresto ou seqüestro por exemplo.
Tem finalidade documental. Se for constritivo, prazo de 30 dias. Se não, não.
DA JUSTIFICAÇÃO

Audiência de testemunhas com a finalidade e demonstrar a existência de algum


fato ou relação jurídica, seja para simples documentos, seja para servir de prova
em processo regular.

Não precisa de contraditório. Apenas atesta que as testemunha compareceram e


declararam o que consta o termo perante o juiz. Mas os interessados são citados para
acompanhar os depoimentos. Se não forem citados pessoalmente, o MP atuará.

Não se admite defesa, contrariedade ou mesmo recurso.

O manifestação do juiz se dá apenas se ocorreu as formalidades legais.


Autos entregues ao requerente.

DO PROTESTO, NOTIFICAÇÕES E INTERPELAÇÕES.

São manifestações formais de comunicação de vontade, a fim de prevenir


responsabilidades e eliminar a possibilidade futura de alegações de ignorância
Não possuem conseqüências jurídicas a não ser o conhecimento incontestável da
manifestação de alguém. Se tem relevância ou não, será decidido no processo
competente se houver..

As vezes a legislação civil condiciona o exercício de certas ações a notificação prévia


do réu.
Têm por efeito a interrupção da prescrição e constituição do devedor em mora nas
obrigações sem prazo assinado.
Poderá ser feita intimações por editais, ou por não achar o intimado, ou para tornar
publico.
Recolhe-se os autos em 48 horas.

DA HOMOLOGAÇÃO DO PENHOR LEGAL


Tomado o penhor legal, o credor, ato contínuo, requererá sua homologação.
Citação para pagar ou apresentar defesa em 24 horas, que só poderá ser em nulidade do
processo, extinção da obrigação, ou não estar a divida compreendida entre aquelas
previstas em lei, ou não estarem os bens sujeitos a penhor legal.

DA POSSE EM NOME DO NASCITURO

A lei guarda desde a concepção os direitos do nascituro. Serve para a mulher


provar seu estado de gravidez.
Não prejulga a paternidade.
Declara a mãe investida na posse dos direitos do nascituro, desde que não haja
impedimento.

ATENTADO

È o processo cautelar que tem por finalidade recompor a situação de fato alterada
indevida demente por uma das partes.
I – viola penhora, arresto, seqüestro, ou imissão na posse
II – prossegue em obra embargada
III – alteração da situação de fato praticada de maneira ilegal

Tem finalidade processual, documentando a violação e impor ao agente a ordem de


restabelecimento ao estado anterior e a proibição do réu de falar nos autos até a
purgação da atentado.
Pode ser obrigado a ressarcir por perdas e danos. Nesta parte faz coisa julgada material
e pode ser executada como título judicial.

DO PROTESTO.

O protesto de título é medida administrativa extrajudicial, regulada na lei cambial,


lei de duplicatas e lei de falência, cada uma delas estabelecendo os requisitos do
título a ser protestado.
A finalidade deste protesto é caracterizar o não pagamento, e conseqüências em
função da lei específica
Tudo isso se faz extrajudicialmente por meio do cartório.

A APREENSÃO DE TÍTULOS.
Como é ilegal a não devolução do título por aquele que deveria praticar algum ato
cambial é ilegal, permite que se apreenda o título.
É preparatório da ação de execução ou cobrança de crédito.

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