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‘um povo, nem a de um individuo, nem outra cosa eno essa vida prépria que encontramos no *poetifcado” do pocma. Essa vida €consraid segundo as formas do mito grego, mis—e se €. elemento decisive — nio apenas por elas: precisamente o elemento grego encontra-e suprimido na ltima versio e subs- tituo por um outro que (a bem da verdad, sem uma justi iva explicita) denominamos de oriental. Quase rods 3s mo- dlcages da slim versio vio nessa ditesS0, ej nas imagens, sejanaintrodusio ds ideas, por fim, na nova sgnificaio que E dada 3 morte, todos esses elementos elevando-se como iit tados fice a0 fendmeno que repousa em si mesmo, imitado por sua forma. Que aise oculte uma questio decisiv, no apenas para o conhecimento de Halderin, €algo que nio cabe demons- ‘tar no presente context, O estado do "poetificado, entra (0, 1d leva a0 mito, mas leva apenas — nas obras naires — As ligagdes micas que a obra deat plasma uma igura sini, {que néo é nem micolgica nem miticae que nos ¢impossvel de conceber de modo mais preciso. Sehouvesepalavias para captar a reagio que se etabelece entre mito ea vida interior da qual nasce oiltimo poeta, se riam aquels que Halder exreveu numa obra pertenicente aw perfodo ainda mas tard: “As lendas, que da Tetras fata Lu Voltam-se para a humanidade” ("Die Sagen. di der Erde sich ensfernend | Sie kebren zu der Menschheie ih 2° Trap de Set Kam Lae Do poems "Der Heb “O oto. da 8) sobre a linguagem do homem ‘Toda manifetagi da vida espititual humana pode ser con- «cbida como uma espécie de linguagem, e esa concepso leva, «em toda a parte, & mancira de verdadero métado, a novos ques- tionamentos. Pode-se falar de uma linguagem da miisica e da ‘scultura, de uma linguagem da jurisprudéncia que nada tém a vet, imediatamente, com as linguas em que estio redigidas as sentengas dos tribunas inglesesealemies; pode-se falar de ums linguagem da réenica que néo & lingua especialzada dos técni- cos, Nesse context, lingua, ou linguagem,! significa 0 princ- 21 Ui dt died de nds dee een io de oko (sim om im, ings oma, por exemple) perencer lng qu f- em um tino bina nr Spc ade eaguana ports oem uma sig tei nga’, "Ugg "pla" Ea die ‘nad deempetcino o ings E Cost, a acne quo er Sp eps se arid agi an poring” ome pring, depend dodo comexo.Oalaner pclae c onal de Spaces ml de merce ser remade pode tend orion sd flo sent pic aque do romano aed dio qu node Benjani se mer, xupund a de deague Com ft amo gue ing se confi ing human, ino eral arcu is ng dame 2 pio que e volta para a comunicagio de conteidos espirtuais?? nos dominios em questi: na ténica, na arte, na jurispradéncia ‘ou na elgio, Resumindo: toda comnicagio de contesdos s- Pitiuaisé lingua, linguagem, sendo a comunicagio pela palara ‘apenas um caso particular oda comunicagio humana edo que 4 fundamenta ou do que se funda sobre el (a jurispeudénca, a poesia), Masa exstncia da lnguager etende-s nfo apenas a todos 0 dominios de manifetago do exptito humano, a0 qu, um send eminene (veo vee Ssh do Dace Wirerbcdosiemios ‘Grimm em confide com da tao loi gue tinge o home ov outs anima pela poe da ings cl preps un fan xpresina abuse ds linguingsage, qu nso pole wr rede icant sngas ‘ers humans: Nee etd, em leno nio ma mfr a “inga os psa” da Tnguagr ds msi" 0 con lingua slen asia india be sles ne cn “guages” ling ans (corm © fp explo, Adorno, em seu Boss “Paget Gt Mus od Sprache” “Fragment sore mis aug a Gammel ol. 13,9925 8. A fang expres site de Spc sad mbm ender gue ‘eps der dorhomens qe le tn ga diene, is, ome po, sem mesma lngulingugem, co dine Wal von Humbe evese, por im, obsemar qt pr pertapus do ating preci, formado a parr do sbsativo Space, dedobea ns iste. Emalpums ita, poe serra por lng’ dene quedo ea ue semlaica desu rig, nem conf dts ps cece dh epesn,Via dre, pos dail Se linggem, para mane seu sleace. Oto arn come Mico Si ‘manna (ve Le odo mde, Waker Bein romani po ‘So Fal,Uuminuns, 1999), pei o elaine ng” pas alr dimen. (Na E) 2 Sobee a ada do emo Gi ses coro, wet note “Dis poem de Fhch Holdin’, nee ve (Nd) Sobre linquagom om geal sobre inguagem do home ‘num sentido ou em outro lingua sempre pertence, masa ab- solutamente tudo, Nao hi evento ou coisa, tanto na natureza animada, quanto na inanimada, que no tenha, de alguma ma- reir, partcipasso na inguagem, pois é esencial a tudo comu- nica seu conteido espiritual. Mass palavras “lingua” e“ingua- gem", nessa acepso, nfo constituem em absoluto metiforas. O fato de que ndo podemos representar para nds mesmos nada que ‘nio comunique, através da expressio, sua esséncia espiriual, € ‘um conhecimento pleno de conteido; 0 maior ou menor grat cde consciéncia com o qual tal comunicagio aparentemente (ou realmente) est ligada em nada alterao faro de nfo podermos representar para nét mesmos em parte alguma uma coal ausén- cia de linguagem, Uma existncia que no tvesse nenhuma re- lagio com a inguagem é uma ideas mas nem mesmo no dom(- ‘io daquelasideias que definer, em seu ambiro, a ideia de Deus, ‘uma tl ida seria capaz de se corn Fecunda. 6 € corteto dizer que, ness terminologia toda expressio, sna medida cm que se consticui como comunicagio de contes- dos espirtuas, éatrbuida 8 linguagem. E nao hi divida de que a expres 46 deve ser entendida, de acordo com sua inteira © ‘mais fatima esénca, como finguagem; por outro lado para com- preender uma exséncia linguistica, temos sempre que perguntar ‘de que essncia espiritual ela & manifestasio imediata. 50 sig- nifica que a lingua alems, por exemplo, nio é em absoluto, a ‘expresso de tudo 0 que podemos — supostamente — expres- sar azravés dela, mas, sim, a expresso imediata daquilo que se ‘comunica dentro dela. Este “se” & uma esséncia espritual. Com isso, primeira vista, €evidente que aesséncia espiritual que se comunica na lingua no é prépria lingua, mas algo que dela deve ser diferenciado. A visio segundo a qual a esncia espiri- tual de uma coisa consist precisamente em sua lingua ou ingua~ ‘gem — al visio, entendida como hipétese, grande abismo srs sobre mito tnguaper, to qual ameagaprecpitar-se toda teoria da linguagem. sua tarefi éa de manter-s em suspenso, preisamenteacima desse abismo. A diferenciagio entre a esfncia espittual ea esséncia linguistic, na qual aquela communica, éa dsingo primorial em uma investigacio de carter tedrco sobre a linguagen;c esa «ifeenga parece ser to indubitivel que, 20 contro, a identida- ddeentrea eséncia espiriual ea lingutstica, tanta ves a, constitu um profundo ¢ incompreen dual seencontrou expresso no duplo sentido da pal rl paradoxo, para o ca Not (ago. E, no entanto, esse paradoxo, enquanto vlugo, cup ‘um lugar central na teoria da lingwagem, permanccendo para- oxo, ¢ insolivel, quando colocado no inicio, ‘0 que comunica a lingua? Ela co tual que the corresponde. F fundamental saber que ess essen

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