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Estratégia para influenciar pessoas - e também pela qual somos

influenciados.
Reinaldo Passadori

Influenciar pessoas é um dos grandes desafios do profissional que deseja ver reconhecidos os
seus talentos e seu potencial. Em qualquer contexto ou cenário, seja, em reuniões, vendas,
negociações, entrevistas, relacionamentos social formal ou informal, a grande meta é causar
impacto positivo, fazer-se entender, vender, conseguir um bom resultado em uma negociação
ou o voto em uma eleição. Entretanto, como as pessoas recebem ou percebem as nossas
mensagens?

Cabeça
Quando nos referimos à cabeça, significa que a mensagem transmitida possui lógica, coerência,
é moldada sob a égide do cartesianismo e da racionalidade. As informações são irrefutáveis, há
uma evidente coerência entre os argumentos, métodos, comparações e evidências matemáticas
e físicas. É a linguagem das evidências, da fala objetiva, da decisão baseada em provas, das
ciências exatas, do sistema binário dos computadores, dos softwares, da tecnologia, da
informação precisa e das estatísticas.

Estômago
É um símbolo para representar a satisfação das necessidades primordiais das pessoas. Uma boa
ilustração é a escala das necessidades de Maslow, ou seja, os fatores motivacionais que
impulsionam as pessoas a realizarem ações para a satisfação de suas necessidades. Trata-se de
necessidades relacionadas com a subsistência, sobrevivência e segurança. Em uma escala
ascendente, após suprirem-se as necessidades básicas, busca-se saciar outras de cunho social,
tais como reconhecimento, aceitação e auto-realização.

Outra forma de tornar apresentações interessantes no tocante a dar utilidade e despertar


motivação é demonstrar os benefícios que as pessoas obterão advindos de sua
exposição. Não importa o tipo, tamanho, a forma ou a estratégia, mas o benefício que
proporciona satisfação, ínfima que seja, de necessidades de uma pessoa.

Coração
Apesar de cada pessoa ser diferente da outra, muito distinta em suas percepções e formas de
processar e interpretar os estímulos recebidos, cada um a seu modo aprecia a beleza em suas
diversas manifestações através da arte. É a linguagem das emoções, da sensibilidade, do
estímulo que nos comove e inspira.

As palavras têm força e poder não apenas no tocante à mensagem, mas à maneira
como são expressas. A própria história é recheada de exemplos de grandes oradores que
inspiraram, persuadiram, influenciaram e mobilizaram povos inteiros a realizarem grandes
feitos através de sua capacidade retórica para instigá-los.

Provocar, estimular emoções não apenas as positivas ou que resultem em pena,


compaixão ou amor, mas também as que suscitem ódio, raiva ou terror, se bem
administradas, tornam simples apresentações em magníficas e empolgantes peças de
oratória, além de gerarem mudanças de atitudes e comportamentos.

Imagine se, ao invés de utilizar apenas um desses campos, você conseguir os três, isto é,
comunicar-se com a cabeça, o estômago e o coração das pessoas simultaneamente. Esse é o
momento em que se descobre o poder e a força dos grandes comunicadores que o mundo
conheceu, conhece e conhecerá.
O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

“ Vygotsky diz ainda que o pensamento propriamente dito é gerado pela motivação, isto é, por nossos
desejos e necessidades, nossos interesses e emoções. Por trás de cada pensamento há uma tendência
afetivo-volitiva. Uma compreensão plena e verdadeira do pensamento de outrem só é possível quando
entendemos sua base afetivo-volitiva (Vygotsky, 1991 p. 101). Desta forma não seria válido estudar as
dificuldades de aprendizagem sem considerar os aspectos afetivos.”

O Processo de Aprendizagem
    A aprendizagem é um fenômeno extremamente complexo, envolvendo aspectos cognitivos,
emocionais, orgânicos, psicossociais e culturais. A aprendizagem é resultante do desenvolvimento
de aptidões e de conhecimentos, bem como da transferência destes para novas situações.

    O processo de aprendizagem é desencadeado a partir da motivação. Esse processo se dá no


interior do sujeito, estando, entretanto, intimamente ligado às relações de troca que o mesmo
estabelece com o meio, principalmente, seus professores e colegas. Nas situações escolares, o
interesse é indispensável para que o aluno tenha motivos de ação no sentido de apropriar-se do
conhecimento.

    Essas observações se aplicam a qualquer educando, mas revestem-se de particular importância
quando trata-se de alunos com necessidades educativas especiais, como é o caso de pessoas
surdas. Cabe aos educadores proporcionar situações de interação tais, que despertem no educando
motivação para interação com o objeto do conhecimento, com seus colegas e com os próprios
professores. Porque, embora a aprendizagem ocorra na intimidade do sujeito, o processo de
construção do conhecimento dá-se na diversidade e na qualidade das suas interações.

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