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Eletricidade

Itatiaia/RJ
Março/2010

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Sumário

Conteúdo
Introdução.............................................................................................................................................3
Eletricidade...........................................................................................................................................4
História da eletricidade...................................................................................................................4
Carga elétrica...................................................................................................................................4
Choque Elétrico...............................................................................................................................5
Efeitos fisiológicos da corrente elétrica....................................................................................5
Corrente Elétrica..............................................................................................................................5
Para medir a corrente elétrica nos temos os seguintes instrumentos:.................................5
Efeitos da Corrente Elétrica.......................................................................................................6
Eletrólise...........................................................................................................................................6
Noções de Eletromagnetismo........................................................................................................6
Campos Magnéticos....................................................................................................................6
Correntes e eletromagnetismo...................................................................................................7
Indutância.....................................................................................................................................7
Campos e forças..........................................................................................................................7
Leis de Kirchhoff..............................................................................................................................7
1ª Lei.............................................................................................................................................7
2ª Lei.............................................................................................................................................7
Lei de OHM......................................................................................................................................7
Conceito sobre o enunciado da lei de Ohm.............................................................................8
Potência............................................................................................................................................8
Resistência elétrica.........................................................................................................................8
Para medir a resistência existem os seguintes instrumentos:...............................................8
Resistividade e Condutância..........................................................................................................8
Tensão..............................................................................................................................................8
Para medir a tensão elétrica temos os seguintes instrumentos:...........................................9
Perigo do choque em relação à rede elétrica..............................................................................9
Percepção do Choque de Acordo com a Intensidade da Corrente......................................9
Referências........................................................................................................................................10

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Introdução

"Eu sou a força inesgotável que move grandes máquinas, forneço luz que concorre até
mesmo com a do Sol, aqueço e também esfrio; sou o sopro invisível que conduz mensagens
e sons a todos os recantos do mundo; sou o impulso poderoso que arrasta locomotivas,
rápidos veículos e barcos enormes. Com o meu auxílio, o homem domina a Terra, sulca os
ares, baixa ao fundo do mar, penetra até as entranhas do nosso planeta. Sob minha
influência maravilhosa, os motores palpitam, os corpos unem-se e volatizam-se, forjo e ligo
metais mais resistentes.
Meus poderios são incalculáveis, porém submisso ao homem, que conhece meus segredos;
sob sua sábia direção levo a civilização até os mais recônditos confins do mundo; sou a
base do progresso: eu sou a eletricidade..."

A eletricidade, ou energia elétrica, é uma das mais versáteis, pois se transforma com muita
facilidade e eficiência em muitas outras modalidades.

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Eletricidade
História da eletricidade

Foi descoberta por um filosofo grego chamado Tales de Mileto que, ao esfregar um âmbar a
um pedaço de pele de carneiro, observou que pedaços de palhas e fragmentos de madeira
começaram a ser atraídas pelo próprio âmbar.
Do âmbar surgiu o nome eletricidade. No século XVII foram iniciados estudos sistemáticos
sobre a eletrificação por atrito, graças a Otto von Guericke. Em 1672, Otto inventa uma
maquina geradora de cargas elétricas onde uma esfera de enxofre gira constantemente
atritando-se em terra seca. Meio século depois, Stephen Gray faz a primeira distinção entre
condutores e isolantes elétricos.
Durante o século XVIII as maquinas elétricas evoluem até chegar a um disco rotativo de
vidro que é atritado a um isolante adequado. Uma descoberta importante foi o condensador,
descoberto independentemente por Ewald Georg Von Kleist e por Petrus van
Musschenbroek. O condensador consistia em uma maquina armazenadora de cargas
elétricas. Eram dois corpos condutores separados por um isolante delgado.
Mas uma invenção importante, de uso pratico foi o pára-raios, feito por Benjamin Franklin.
Ele disse que a eletrização de dois corpos atritados era a falta de um dos dois tipos de
eletricidade em um dos corpos. Esses dois tipos de eletricidade eram chamados de
eletricidade resinosa e vítrea.
No século XVIII foi feita a famosa experiência de Luigi Aloisio Galvani em que potenciais
elétricos produziam contrações na perna de uma rã morta. Essa diferença foi atribuída por
Alessandro Volta ao fazer contato entre dois metais a perna de uma outra rã morta. Essa
experiência foi atribuída a sua invenção chamada de pilha voltaica. Ela consistia em um
serie de discos de cobre e zinco alterados, separados por pedaços de papelão embebidos
por água salgada.
Com essa invenção, obteve-se pela primeira vez uma fonte de corrente elétrica estável. Por
isso, as investigações sobre a corrente elétrica aumentaram cada vez mais.
Mesmo com a fama das pilhas de Volta, foram criadas pilhas mais eficientes. John Frederic
Daniell inventou-as em 1836 na mesma época das pilhas de Georges Leclanché e a bateria
recarregável de Raymond-Louis-Gaston Planté.
O físico Hans Christian Örsted observa que um fio de corrente elétrica age sobre a agulha
de uma bússola. Com isso, percebe-se que há uma ligação entre magnetismo e eletricidade.
Em 1831, Michael Faraday descobre que a variação na intensidade da corrente elétrica que
percorre um circuito fechado induz uma corrente em uma bobina próxima. Uma corrente
induzida também é observada ao se introduzir um ímã nessa bobina. Essa indução
magnética teve uma imediata aplicação na geração de correntes elétricas. Uma bobina
próxima a um imã que gira é um exemplo de um gerador de corrente elétrica alternada.
Os geradores foram se aperfeiçoando até se tornarem as principais fontes de suprimento de
eletricidade empregada principalmente na iluminação.
Em 1875 foram feitas maquinas a vapor para movimentar os geradores, e estimulando a
invenção de turbinas a vapor e turbinas para utilização de energia hidrelétrica. A primeira
hidrelétrica foi instalada em 1886 junto as cataratas do Niágara.
Hertz não explorou as possibilidades práticas abertas por suas experiências; mais de dez
anos se passa até Guglielmo Marconi utilizar as ondas de radio no seu telegrafo sem fio. A
primeira mensagem de radio é transmitida através do Atlântico em 1901. Todas essas
experiências vieram abrir novos caminhos para a progressiva utilização dos fenômenos
elétricos sem praticamente todas as atividades do homem.

Carga elétrica

Um corpo tem carga negativa se nele há um excesso de elétrons e positiva se há falta de


elétrons em relação ao número de prótons.
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A quantidade de carga elétrica de um corpo é determinada pela diferença entre o número de
prótons e o número de elétrons que um corpo contém. O símbolo da carga elétrica de um
corpo é Q, expresso pela unidade Coulomb (C). A carga de um Coulomb negativo significa
que o corpo contém uma carga de 6,25 x 1018 mais elétrons do que prótons.

Choque Elétrico

É a passagem de corrente elétrica pelo corpo humano originando efeitos fisiológicos graves
ou até mesmo a morte do indivíduo. A condição básica para se levar um choque é estar sob
uma diferença de potencial (d.d.p.), capaz de fazer com que circule uma corrente tal que
provoque efeitos no organismo.

Efeitos fisiológicos da corrente elétrica

Tetanização: é a paralisia muscular provocada pela circulação de corrente através dos


nervos que controlam os músculos. A corrente supera os impulsos elétricos que são
enviados pela mente e os anula, podendo bloquear um membro ou o corpo inteiro, e de
nada vale neste caso a consciência do indivíduo e a sua vontade de interromper o contato.

Parada respiratória: quando estão envolvidos na tetanização os músculos dos pulmões, isto
é, os músculos peitorais são bloqueados e pára a função vital da respiração. Isto se trata de
uma grave emergência, pois todos nós sabemos que o humano não aguenta muito mais que
2 minutos sem respirar.

Queimaduras: a corrente elétrica circulando pelo corpo humano é acompanhada pelo


desenvolvimento de calor produzido pelo Efeito Joule, podendo produzir queimaduras em
todos os graus, dependendo da intensidade de corrente que circular pelo corpo do indivíduo.
Nos pontos de contato direto a situação é ainda mais crítica, pois as queimaduras
produzidas pela corrente são profundas e de cura mais difícil, podendo causar a morte por
insuficiência renal.

Fibrilação ventriculada: a corrente atingindo o coração, poderá perturbar o seu


funcionamento, os impulsos periódicos que em condições normais regulam as contrações
(sístole) e as expansões(diástole) são alterados e o coração vibra desordenadamente(perde
o passo). A fibrilação é um fenômeno irreversível que se mantém mesmo depois do
descontato do indivíduo com a corrente, só podendo ser anulada mediante o emprego de
um equipamento conhecido ''desfibrilador''.

Corrente Elétrica

Corrente (I) é simplesmente o fluxo de elétrons. Essa corrente é produzida pelo


deslocamento de elétrons através de uma d.d.p em um condutor. A unidade fundamental de
corrente é o ampère (A). 1 A é o deslocamento de 1 C através de um ponto qualquer de um
condutor durante 1 s.
I=Q/t
O fluxo real de elétrons é do potencial negativo para o positivo. No entanto, é convenção
representar a corrente como indo do positivo para o negativo.

Para medir a corrente elétrica nos temos os seguintes instrumentos:

Amperímetro: medidas em ampère;


Microamperímetro: medidas em microampère;
Miliamperímetro: medidas em miliampère;
Kiloamperímetro: medidas em kiloampère.

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Efeitos da Corrente Elétrica

Calor: o calor nada mais é do que a energia térmica em trânsito, ou seja, a transferência
dessa energia de um corpo para outro, quando há diferença de temperatura, este
aquecimento é útil em chuveiros, aquecedores, lâmpadas incandescentes, fusíveis, e
totalmente inútil em motores elétricos.

Efeito Joule: é o fenômeno de transformação de energia elétrica em energia térmica (calor).


Podemos calcular esta quantidade de calor com a fórmula:

Q= 0,24 x R x I² x t

Onde:
Q = quantidade de calor em calorias;
0,24 = constante [equivalente térmico de calor (1J=0,24 Cal)];
R = Resistência em ohms;
I² = Corrente elétrica ao quadrado, em ampères;
t = Tempo em segundos.

Eletrólise

Eletrólise é a decomposição (ou alteração de composição química) que uma corrente


elétrica provoca ao percorrer um eletrólito. O fenômeno passa-se na superfície dos
condutores metálicos (elétrodos) através dos quais a corrente entra e sai da solução
eletrolítica. O elétrodo que conduz a corrente para a solução é o ânodo; o outro, através do
qual a corrente abandona o eletrólito, é o cátodo. O primeiro tem um potencial elétrico mais
elevado (o positivo) que o segundo (o negativo). O conjunto dos elétrodos e do recipiente
destinado à eletrólise é a cuba eletrolítica.

Leis de Faraday: As duas leis fundamentais relativas à massa de substância eletrolisada


foram enunciadas por Faraday em 1834. Exprimem-se da seguinte forma:

A quantidade de decomposição química é proporcional à quantidade de eletricidade que


circula na cuba eletrolítica. As quantidades de diferentes substâncias eletrolisadas por uma
mesma quantidade de eletricidade são proporcionais ao equivalente-grama das
substâncias.
Englobando as duas leis numa só expressão, tem-se: m=E q(Q/F), em que, Eq é o
equivalente-grama da substância e F a carga elétrica que eletrolisa um equivalente-grama
(denomina-se faraday [símbolo F] e vale, de acordo com as mais recentes medições,
96.487,0C). O quociente Eq/F é o equivalente-eletroquímico: massa da substância
eletrolisada por um coulomb de carga elétrica.

Noções de Eletromagnetismo

É o estudo dos campos magnéticos e suas interações com as correntes elétricas.

Campos Magnéticos

A palavra campo significa, na Física, uma tendência de influenciar corpos ou partículas no


espaço que rodeia uma fonte.
Os elétrons giram em torno do núcleo dos átomos, mas também em torno de si mesmos
(translação), isto é semelhante ao que ocorre com os planetas e o sol. Há diversas camadas
de elétrons, e em cada uma, os elétrons se distribuem em orbitais, regiões onde executam a
rotação, distribuídos aos pares.

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Ao rodarem em torno de si, os elétrons da camada mais externa produzem um campo
magnético mínimo, mas dentro do orbital, o outro elétron do par gira também, em sentido
oposto, cancelando este campo, na maioria dos materiais.
Porém nos materiais imantados (ferromagnéticos) há regiões, chamadas domínios, onde
alguns dos pares de elétrons giram no mesmo sentido, e um campo magnético resultante da
soma de todos os pares e domínios são exercidos em volta do material: são os imãs.

Correntes e eletromagnetismo

A corrente elétrica num condutor produz campo magnético em torno dele, com intensidade
proporcional à corrente e inversamente à distância.

Indutância

Vimos que os indutores produzem campo magnético ao conduzirem correntes. A indutância


é a relação entre o fluxo magnético e a corrente que o produz. É medida em Henry, H.

Campos e forças

Um campo magnético produz uma força sobre cargas elétricas em movimento, que tende a
fazê-las girar. Quando estas cargas deslocam-se em um condutor, este sofre a ação de uma
força perpendicular ao plano que contém o condutor e o campo.

Leis de Kirchhoff
1ª Lei

A corrente que chega a uma junção (nó) é igual à soma das correntes que saem deste nó.
Isto pode ser representado pela fórmula:
It = I1 + I2 + I3 + I4...

No circuito série a corrente que passa pelos condutores será sempre a mesma em qualquer
ponto, já em paralelo a corrente se divide entre os consumidores.

2ª Lei
No circuito série, a soma das tensões nos consumidores é igual a tensão da fonte, isto é, a
tensão da fonte se divide entre todos os consumidores.
Et = E1 + E2 + E3 + E4...

No circuito paralelo a tensão é a mesma da fonte para todos os consumidores.


Em um circuito misto, para calcularmos a tensão total do mesmo é necessário que somemos
as tensões dos consumidores que estão em série e para se saber a tensão de
consumidores que estão em paralelo é só ver com qual consumidor que está paralelo e por
dedução, sabemos que a tensão será a mesma.

Lei de OHM

Um circuito elétrico consta de, na prática, pelo menos quatro partes: fonte de f.e.m (força
eletromotriz), condutores, carga e instrumentos de controle.
A lei de OHM diz respeito à relação entre corrente, tensão e resistência:
I=V/R

Onde:
I é a corrente em ampères
V é a tensão em volts
R é a resistência em ohms

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Conceito sobre o enunciado da lei de Ohm

A corrente, em um circuito, é diretamente proporcional a voltagem aplicada e inversamente


proporcional a resistência, isto é, quanto maior a tensão aplicada maior a corrente.

Potência

É o trabalho realizado pelos elétrons na unidade de tempo.


A unidade fundamental da potência é o WATT, temos 1 watt quando a quantidade de
0,0625· 10²º elétrons, sob uma tensão de 1 volt , realizar um trabalho no tempo de 1
segundo.
O múltiplo do watt é o Quilowatt (KW), sendo que um KW equivale a 1000 watts.
O instrumento de medida de potência é o wattímetro.
Existem ainda duas outras unidades de potência:
 
CAVALO – VAPOR (cv.), onde 1cv = 736W
 
HORSE POWER (H.P.), onde 1HP = 746W

Obs.: HP e cv como nós acabamos de ver são unidade diferentes, onde 1 HP = 1,0135 cv
aproximadamente.

P=ExI
Onde:
P= potência;
E= tensão;
I = Corrente elétrica

Resistência elétrica

Resistência é a oposição à passagem de corrente elétrica. É medida em ohms (W). Quanto


maior a resistência, menor é a corrente que passa.
Esta pode ser maior ou menor dependendo do material do qual é feito o condutor.

Para medir a resistência existem os seguintes instrumentos:

Ohmímetro: para medidas em Ohm;


Microhmímetro: para medidas em Microhm;
Miliohmímetro: para medidas em Miliohm;
Kilohmímetro: para medidas em Kilohm;
Megôhmetro: para medidas em megaohm.

Resistividade e Condutância

Resistividade nada mais é de que a resistência especifica de cada material.


Condutância é o inverso de Resistência. Quando a resistência é alta, a condutância é baixa,
e vice-versa. É apenas uma forma diferente de encararmos o mesmo fenômeno. A
condutância mede quanta eletricidade é capaz de passar através de uma substância, como
um fio. Um fio maior permite que mais eletricidade passe através dele.
(Maior condutância = menor resistência).

Tensão

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Quando existem dois materiais, um com carga positiva(falta de elétrons)e outro com carga
negativa(excesso de elétrons), dizemos que existe entre eles uma diferença de
potencial(d.d.p.) ou tensão elétrica.
Geralmente os átomos procuram ter o mesmo número de elétrons e prótons e neste
materias vai existir uma força atuando para que esses átomos se equilibrem. Esta força é
que vai produzir luz, calor, movimento, etc.
Resumindo, tensão é a força que produz os efeitos elétricos.
Unidade fundamental: VOLT(V)

Para medir a tensão elétrica temos os seguintes instrumentos:

Voltímetro: mede a tensão em volts;


Microvoltímetro: mede a tensão em microvolts;
Milivoltímetro: mede a tensão em milivolts;
Kilovoltímetro: mede tensão em kilovolts.

Perigo do choque em relação à rede elétrica

A corrente é regida pela 1ª Lei de Ohm (I=E/R), bem como o trajeto da corrente depende de
diversos fatores de natureza física e biológica.
Quando maior a tensão, maior a corrente que circula pelo corpo, a resistência do corpo
humano varia continuamente dentro d caminho percorrido pela corrente ( mão- pé, mão-
mão, mão- tórax ), mas quanto maior a resistência, menor será a corrente e menor serão os
efeitos do choque.

Percepção do Choque de Acordo com a Intensidade da Corrente

VALORES PARA PESSOAS COM PESO ACIMA DE 50 Kg

0,1 a 0,5 mA : leve percepção e habitualmente nenhum efeito, além de uma minúscula
fisgada.
0,5 a 10 mA : ligeira paralisação nos músculos do braço, início de tetanização, sem perigo.
10 a 30 mA : sensação dolorosa, contrações violentas e perturbação circulatória.
30 a 500 mA : paralisia estendida entre os músculos do tórax com sensação de falta de ar e
tontura, com possibilidades de fibrilação ventricular.
Acima de 500 mA : traumas cardíacos persistentes, e em 98% dos casos é mortal, salvo
ocorra internação imediata com auxílio de pessoas especializadas e com equipamentos
adequados.

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Referências

http://www.mundociencia.com.br/fisica/eletricidade/

http://www.seed.slb.com/v2/FAQView.cfm?ID=977&Language=PT

http://www.scribd.com/doc/7351913/Introducao-a-Eletricidade

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