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A Encenação Cinametográfica Sob Duas Perspectivas
A Encenação Cinametográfica Sob Duas Perspectivas
perspectivas
AUMONT, Jacques. O cinema e a encenao. Traduo Pedro Eli Duarte. Lisboa: Texto
& Grafia, 2008.
BORDWELL, David. Figuras traadas na luz: a encenao no cinema. Traduo Maria
Luiza Machado Jatob. Campinas: Papirus, 2008.
Uma das caractersticas do campo dos estudos em cinema na ltima dcada tem sido a
retomada de interesse por seus aspectos plsticos, preteridos desde o fim da dcada de
1960 em relao a outros problemas de pesquisa. Considerando elucidado o problema da
forma (e a insistncia nele como formalismo), a maior parte das pesquisas na rea
voltou-se para questes diversas, como a construo da ideologia, a representao de
identidades, o papel do inconsciente e a natureza da fico.
No obstante a relevncia desses temas, a importncia de se continuar a investigao
dos elementos flmicos formais tem sido demonstrada por pesquisadores de variados
backgrounds. Publicaes recentes dos anglo-americanos David Bordwell, Tom Gunning,
e Kathryn Kalinak, assim como dos francfonos Jacques Aumont, Andr Gaudreault e
Michel Marie tm levantado discusses rigorosas sobre as possibilidades estticas do
cinema e dos meios audiovisuais.
Um passo fundamental na circulao em portugus dessas pesquisas a publicao e
traduo em tempo hbil dos livros O cinema e a encenao, de Aumont, e Figuras
traadas na luz, de Bordwell. Ambos discutem um assunto muito mencionado, mas pouco
investigado em profundidade pelos tericos de cinema: a encenao. Particularmente, a
publicao simultnea de ambas as obras evidencia como um mesmo elemento
cinematogrfico pode ser examinado luz de tradies tericas distintas o cognitivismo
1
Mestre em Comunicao e Cultura Contemporneas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Doutorando
pela
mesma
instituio.
cristiano.figueira@gmail.com
Membro
do
grupo
de
pesquisa
Laboratrio
de
Anlise
Flmica.
E-Mail:
Bordwell,
juntamente
Kristin
Thompson,
prope
um
modelo
diversos
recursos
cinematogrficos
so
costumeiramente
usados,
como
uma anlise minuciosa do emprego de tcnicas de encenao por quatro cineastas que
as privilegiam: Louis Feuillade, Kenji Mizoguchi, Hou Hsiaohsien e Theo Angelopoulos.
Para um exame das correntes cognitivista e ps-estruturalista, cf. RAMOS, Ferno Pessoa (Org.). Teoria
AUMONT, Jacques. As teorias dos cineastas. Traduo Marina Appenzeller. Campinas: Papirus, 2004.
Cf. CARROLL, Nol. Questioning Media. In:Theorizing the Moving Image. Cambridge, UK: Cambridge
BORDWELL, David. Historical Poetics of Cinema. In: PALMER, R. Barton (Org.). The Cinematic Text: Methods
BORDWELL, David. On the History of Film Style. Cambridge, MA: Harvard, 1997.
Outra referncia relevante BORDWELL, David. Estudos de cinema hoje e as vicissitudes da grande teoria. In:
RAMOS, Ferno (Org.). Teoria contempornea do cinema. v.1. So Paulo: SENAC, 2005. p.25-70.
Entretanto, a edio nacional descuidou dos painis originalmente coloridos (p.240-241) que, impressos em
No apenas pelo relativismo radical, mas tambm por seu estilo retrico idiossincrtico, a cuja tentativa de