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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR E DESENVOLVIMENTO – CESED

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE


DISCIPLINA: SAÚDE COMUNITÁRIA II

MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

BIANCA MANDETTA
CAMILA DANIELLY
CÍCERA TATIANA
MARIA IVANIR
PRISCILA ANGELIM
VANESSA MICHEL

2010
INTRODUÇÃO

 A saúde no Brasil desde o século XX:

 Saúde Pública: responsabilidade do governo


 Saúde Individual Curativa: centrada no atendimento
médico privado (paradigma flexneriano)
PARADIGMA FLEXNERIANO

 Relatório Flexner
 Mecanismo: Corpo humano = máquina
 Biologismo: Natureza exclusivamente biológica
 das doenças
 Individualismo: O homem é objeto individual da saúde
 Especialização: Estudo dos órgãos ⃑ Células ⃑ Moléculas
 Tecnificação: Tecnificação do ato médico ⃑ Engenharia
 biomédica
 Curativismo: Prestigia o diagnóstico e a terapêutica
ASPECTOS CONCEITUAIS:

 Modelo: “que serve ou pode servir de


exemplo”(dicionário aurélio)

 De acordo
Modelo com Paimà(1999)
Assistencial Saúde:“modelo assistencial
consiste na organização das ações para intervenção
no processo saúde/doença articulando os recursos
físicos, tecnológicos e humanos para enfrentar e
resolver os problemas de saúde existentes em uma
coletividade”.

Para Campos (1989), modelo assistencial pode ser


conceituado como “o modo como são produzidas as
ações de saúde e a maneira como os serviços de
saúde e o Estado se organizam para produzi-las e
distribuí-las”.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
•existência de um sistema de saúde que não
 Atenção à Saúde no Século XX
atendia as necessidades e carências da
população, no que diz respeito às políticas de
saúde;
•o acesso seletivo à assistência à saúde,
deixando enorme contingente populacional sem
atenção;
•a mobilização governamental para reformular a
assistência até então existente;
•o Movimento da Reforma Sanitária e o Sindical;
•a ampliação do conceito de saúde;
•a formulação de proposta de reorientação do
sistema de saúde;
•a criação de legislação que viabilizasse a
implantação do SUS.
MODELOS ASSISTENCIAS À SAÚDE

 MODELO HEGEMÔNICO - CARACTERÍSTICAS


Baseado na atenção médica (médico-centrado);
Centrado na produção de procedimentos;
Ênfase no indivíduo doente, isolando-o de seu contexto social;
Fragmenta o cuidado em saúde (especialidades);
Atuação desarticulada, desintegrada e pouco cuidadora;
Atendimento pouco eficaz e resolutivo;
Consome acriticamente tecnologias;
Hospitalocêntrico desconhecendo outros níveis de assistência;
Medicaliza todas as questões;
Não se articula com outras práticas terapêuticas ou
racionalidades;
Atende apenas a demanda que o procura;
Não avalia sistematicamente seus resultados;
Sistema de alto custo.
MODELOS ASSISTENCIAS À SAÚDE

 MODELO SANITARISTA

Auxiliares
Modos de transmissão
Fatores de risco
Tecnologia sanitária Campanhas sanitárias
Programas especiais
Sistemas de vigilância epidemiológica e sanitária
MODELOS ASSISTENCIAS À SAÚDE

 MODELO DE VIGILÂNCIA À SAÚDE


Acesso/ Acolhimento;
Vínculo/ Responsabilização (nova relação profissional de
saúde-usuário);
Trabalho em equipe e multidisciplinar;
Integralidade da atenção – níveis, tecnologias e
recursos;
Prática clínica cuidadora - Gestores do cuidado ou
cuidadores monitorando e articulando as diversas
Qualidade
intervençõesda em
atenção
saúde(acesso,
atravéscontinuidade,
do acompanhamento do
coordenação
caminhar do eusuário
satisfação);
pela rede de serviços;
Profissionalização e democratização dos serviços;
Efetividade, Eficiência e Resolubilidade
Articulação em Rede; Controle da
Sociedade/Beneficiários
PROMOÇÃO DA SAÚDE COMO
ESTRATÉGIA
 CARTA DE OTTAWA (WHO, 1986), define a PROMOÇÃO DA SAÚDE como um processo de
capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade de vida e saúde
incluindo uma maior participação no controle deste processo.
 Três estratégias básicas da PS: Defesa da Saúde, Capacitação e Mediação. A defesa da
saúde é lutar para que fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, ambientais,
comportamentais e biológicos sejam cada vez mais favoráveis à saúde. A capacitação é
assegurar igualdade de oportunidades e proporcionar os meios que permitam a todos
realizar seu potencial de saúde e a mediação é realizada por profissionais e grupos sociais
equacionando os diferentes interesses em relação à saúde na sociedade.
 Cinco campos de ação: Elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis; criação
de ambientes favoráveis à saúde, reforço da ação comunitária; desenvolvimento de
habilidades pessoais; reorientação do sistema de saúde.
PROMOÇÃO DA SAÚDE COMO
ESTRATÉGIA

 Conferência de Adelaide(WHO, 1988) teve como tema central as


políticas públicas saudáveis que se caracterizam pelo interesse e
preocupação explícitos em todas as áreas das políticas públicas
em relação à saúde e à eqüidade, e os compromissos com o
impacto de tais políticas sobre a saúde da População.

 III Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde(WHO,


1991), em Sundsvall , Suécia. Foi a primeira conferência global a
focar a interdependência entre ambiente e saúde. Foi a base
para a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, Rio 92. Levanta quatro aspectos básicos para
um ambiente favorável e promotor da saúde: dimensão social,
dimensão política, dimensão econômica, utilização conhecimento
e capacidade das mulheres em todos os setores
PROMOÇÃO DA SAÚDE COMO
ESTRATÉGIA

 Conferência de Jacarta (WHO, 1997), discute o reforço da ação


comunitária, reforçando que o emprego das cinco estratégias
combinadas definidas em Ottawa, é mais muito mais eficaz
que a focalização em um único campo.

 Estabelece cinco prioridades: promover a responsabilidade


social; aumento dos investimentos no desenvolvimento da
saúde como multifatorial ; consolidar e expandir parcerias para
a saúde em diferentes setores do governo e sociedade;
aumentar a capacidade da comunidade e indivíduos para
influir nos fatores determinantes da saúde; definir cenários
preferenciais de atuação.
PROMOÇÃO DA SAÚDE COMO
ESTRATÉGIA

 Declaração de Bogotá (OPAS,1992) , traz a promoção da


saúde para a América Latina, reconhecendo a relação de
mútua determinação entre saúde e desenvolvimento. Coloca
que o grande desafio na América Latina para a promoção da
saúde é transformar as relações excludentes, conciliando
interesses econômicos e propósitos sociais de bem estar para
todos, assim como trabalhar para a solidariedade e eqüidade
sociais.

 Estabelece cinco princípios: superação das complexas e


profundas desigualdades econômica, ambientais, sócio
políticas e culturais, na cobertura e acesso aos serviços de
saúde; necessidade de novas alternativas no setor de saúde
pública;reafirmação da democracia; conquista da eqüidade;
desenvolvimento integral e recíproco dos seres humanos.
SAÚDE DA FAMÍLIA

 Saúde da Família como estratégia para mudança do modelo de


atenção

 Início na década de 90
 Implantação precedida pelo Programa de Agentes Comunitários de
Saúde
 1994 – primeiras equipes de PSF
 desafios da ESF - desconstrução de práticas de saúde ainda
influenciadas pelo modelo flexneriano
 Característica: atuar na promoção, prevenção, recuperação e na
manutenção da saúde da população adstrita, com ações que
buscam uma atenção integral à saúde, estabelecendo vínculo com
a comunidade
 Queixa principal: falta de um número maior de médicos
principalmente especialistas

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