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Sondas de Perfuração

Tipos de Sondas:
Terrestre – Convencionais, Montadas em caminhão ou Helitransportadas;
Fluviais / Lacustres;
Marítimas – Fixa (<250), Submersível (<10), Autoelevatória (<150), Semisubmersível
Ancorada (<1800), Navio Sonda Ancorado (<1200), Semisubmersível de Posicionamento
Dinâmico (<3000), Navio Sonda de Posicionamento Dinâmico (<3000), Tension Leg
Platform (<1800) e SPAR (<1800).

Fixa: BOP na superfície


AA: ↓ custo, completação seca, operação livre das condições marítimas, ↓ nível de
complexidade dos equipamentos, BOP na superfície, não é auto propulsada;
SS: médio custo, completação molhada, operação sonda-solo marinho via cabos-guias,
BOP no fundo; operação dependente das condições marítimas, ↑ complexidade;
DS: médio custo, operação sonda-solo marinho via cabos-guias, mobilidade, BOP no
fundo; operação dependente das condições marítimas, ↑ complexidade;
SSDP: ↑ custo, completação molhada, sem limite de lâmina d’água ?, bastante estáveis,
BOP no fundo, ROV, operação dependente das condições marítimas, ↑ complexidade;
DSDP: ↑ custo, completação molhada, sem limite de lâmina d’água ?, mobilidade, BOP no
fundo, ROV, operação dependente das condições marítimas, ↑ complexidade.

Completação seca: Árvore de Natal Convencional – Poços Terrestres e Plataformas de


Produção Fixas
Completação molhada: ANM – Poços Submarinos

Perfuração / Produção
TLP
SPAR

Equipe da sonda:
Engenheiro de Petróleo – representa o operador que contratou a sonda,GG das operações,
responsável pelo cumprimento do programa de poço;
Superintendente da sonda – representa o drilling contractor, gerente das equipes,
planejamento das operações, chefe da equipe de sonda;
Encarregado de sonda - representa o drilling contractor, responsável pelas operações,
chefe da equipe de sonda, coordena a execução das operações;
Sondador – chefe da equipe da plataforma, executa e controla as operações, opera o
guincho, mantém registro das operações no poço;
Torrista – responsável pelo manuseio das seções de tubos na plataforma do torrista
localizada na torre de perfuração, responsável pela manutenção das bombas de lama,
executa as manobras de válvulas dos manifolds do sistema de circulação próximos das
bombas, executa a adição de produtos químicos ao fluido de perfuração, responsável pela
estocagem de produtos químicos, controla propriedades básicas do fluido.
Plataformistas – auxilia a manobra da coluna, manuseando chaves flutuantes, cunhas,
colares de segurança, etc, inspeção da coluna durante a descida e retirada, auxilia o torrista
na manutenção da bomba e no tratamento do fluido de perfuração;
Homens de área – serviços de limpeza e pintura em geral, manuseio de carga no convés.

Sistemas de uma sonda

Sistema de Elevação e Movimentação de Cargas – Subestrutura, Torre ou Mastro de


Perfuração, Bloco de Coroamento, Catarina, Gancho, Elevador, Cabos de Perfuração,
Guincho.
Subestrutura – É constituída de vigas de aço especial montadas sobre a fundação ou base
da sonda. Cria um espaço de trabalho sob a plataforma onde são instalados os
equipamentos de segurança de poço.
Torre ou Mastro de Perfuração – A Torre é constituída de peças que são montadas uma a
uma. Mastro é uma estrutura treliçada ou tubular que pode ser dividida em três ou quatro
seções. A função deste sistema é prover a altura necessária ao içamento de uma seção de
tubos a serem descidos ou retirados do poço, espaço para estaleiramento das seções, espaço
para entrada de equipamentos que serão descidos no poço.
Bloco de Coroamento – Conjunto de polias fixas, em geral de 4 a 7, dispostas em linha
num eixo central suportado por dois mancais de deslizamento. É instalado na parte superior
da torre, suporta todas as cargas que lhe são transmitidas pelo cabo de perfuração.
Catarina – Conjunto de 3 a 6 polias móveis, justapostas num pino central. Pela
movimentação do cabo passado entre as polias do bloco de coroamento e as suas, a
Catarina se movimenta ao longo da altura da torre.
Gancho – Sustenta a coluna de perfuração, possui um sistema de amortecimento para evitar
que os golpes causados na movimentação das cargas se propaguem para a Catarina.
Elevador – É um equipamento com a forma de anel bipartido, utilizado para segurar e
movimentar elementos tubulares (tubos de perfuração e comandos).
Braço do elevador – Transmite esforços para o gancho.
Cabo de Perfuração – É um cabo trançado em torno de um núcleo ou alma sendo que cada
trança é formada por diversos fios de pequeno diâmetro e aço especial. Limite de
resistência à tração, desgaste acentuado e cargas não uniformes, programa de corte corrida
do cabo.
Guicho – Recebe a energia mecânica necessária para a movimentação de cargas. É
composto pelo tambor principal, tambor auxiliar ou de limpeza, freios, molinetes e
embreagens. O tambor principal armazena o comprimento de cabo necessário às
manobras, transmite o torque requerido para içar e frear a coluna e aciona o cabo de
perfuração movimentando as cargas dentro do poço. Tambor Auxiliar - Instalado no eixo
secundário do guincho. Movimenta pequenos equipamentos no poço. O freio realiza as
funções de parar ou retardar o movimento de descida de carga no poço, controla a
velocidade de movimentação da carga, permite a aplicação e controle de peso sobre a
broca. O freio pode ser: Principal – é mecânico por fricção e tem a função de parar e assim
manter a carga que está sendo movimentada. Secundário ou Auxiliar – tem a função de
diminuir a velocidade de descida da carga de modo a facilitar a atuação do freio principal.
O secundário pode ser: Hidráulico ou hidrodinâmico – água impelida na direção oposta da
rotação do tambor. Eletromagnético – devido a dois campos magnéticos opostos.
Molinetes - Mecanismo tipo embreagem que permite tracionar cabos ou cordas. Tipos:
Chaves flutuantes – para apertar ou desapertar as conexões da coluna de perfuração ou
revestimentos. Cathead – permite o içamento de pequenas cargas quando nele for enrolada
uma corda chamada catline. Faz a elevação auxiliar de equipamentos.
Conceito de seção: Conjunto de tubos - Facilitar a retirada ou descida da coluna de
perfuração.

Sistema de Geração e Transmissão de Energia

A energia necessária para o acionamento dos equipamentos de uma sonda de perfuração é


normalmente fornecida por motores diesel. Dependendo do método de transmissão de
energia para os equipamentos, as sondas podem ser classificadas em:
Sondas Mecânicas: Nessas sondas, a energia gerada nos motores diesel é levada a uma
transmissão principal chamada COMPOUND. O compound é constituído de diversos eixos,
rodas dentadas, correntes e engrenagens que distribuem a energia a todos os sistemas da
sonda. Movimenta equipamentos como: guincho, bombas de lama e mesa rotativa.
Sondas Diesel-elétricas: Nessas sondas geralmente a geração de energia é feita em
corrente alternada e a utilização é em corrente contínua. Motores diesel acionam geradores
de corrente alternada que alimentam um barramento trifásico de 600 volts. Pontes de
retificadores controlados de silício (SCR) recebem a energia do barramento e a
transformam em corrente contínua, que alimenta os equipamentos da sonda.
DÚVIDA – BOMBAS MESA E GUINCHO SÃO AC OU DC ???

Sistema de Circulação

Principais equipamentos: Tanques de Lama (Servem para homogeneizar a lama, podem


ser de fundo ou de pistola), Bombas de Lama (Pistão – Duplex e Triplex. Vantagens:
bombear fluidos com alto teor de sólidos abrasivos, ampla faixa de vazões e pressões, a
depender da camisa e pistão. Fácil manutenção e alta confiabilidade), Tubo Bengala (tubo
rígido que conduz a o fluido até a mangueira de lama), Mangueira de Lama (recebe o
fluido e conduz até o swivel, que é o responsável pela injeção de fluido no interior da
coluna de perfuração), Funil de Mistura.

Sistema de Tratamento: Equipamentos de Extração de Sólidos - Peneira de Lama (separa


os cascalhos do fluido, Mesh é o número de aberturas por polegada linear), Desareiadores
(conjunto de dois a quatro hidrociclones de 8” a 20”, separa a areia do fluido),
Dessiltadores (conjunto de oito a doze hidrociclones de 4” a 5”, descarta partículas de
dimensões equivalentes ao silte), Mud Cleaner (dessiltador com peneiras que permite
recuperar partículas reduzindo gastos com aditivos), Desgaseificador (retira o gás contido
no fluido de perfuração quando necessário, como por exemplo durante a perfuração de uma
formação portadora de gás), Centrífuga (retira partículas ainda menores que o silte e que
não tenham sido descartadas pelos hidrociclones).
O tratamento do fluido de perfuração consiste na eliminação de sólidos ou gás que se
incorporam a ele durante a perfuração e na adição de produtos químicos quando necessário.

Sistema de Segurança de Poço

Independente se a sonda é terrestre ou marítima, todas tem os chamados sistema de


segurança de um poço, o qual é composto por vários equipamentos que tem com função a
Detecção, a Prevenção e o Controle de Poço. Entre as principais funções desse sistema de
segurança de poço citamos:
1 - Permitir o fechamento do poço na ocorrência de um influxo (kick);
2 - Bombear fluido para o interior do poço para promover o seu controle;
3 - Permitir o controle das pressões enquanto o fluido invasor é expulso para fora do poço.

Sistema de Segurança de Poço:


• BOP (conjunto de válvulas que permite fechar o poço)
o Preventor Anular
o Preventor de Gaveta Vazada, Cega e Cisalhante;
• Unidade Acumuladora / Acionadora;
• Painéis remotos de controle;
• Linha de Kill;
• Linha do Choke e Choke.

Sistema de segurança de sondas terrestres: BOP terrestre é composto por Preventor de


anular, gaveta cega, gaveta vazada, carretel de perfuração, válvulas e cabeça de
revestimento.
Sistema de segurança de sondas flutuantes: BOP de sonda flutuante é composto por válvula
submarina, conector, BOP de gaveta e estrutura.

O preventor anular é uma válvula que permite o fechamento do poço em qualquer


situação, isto é, com colunas de diferentes diâmetros ou sem coluna, embora esta última
operação não seja recomendável como rotina. Permite também que a coluna sofra pequenos
movimentos sem danificar o elemento vedante. Consta de um pistão que, ao ser deslocado
dentro de um corpo cilíndrico, comprime um elemento de borracha que se ajusta contra a
tubulação que esteja dentro do poço.
O preventor de gavetas pode ser encontrado em conjuntos com uma, duas ou três gavetas,
podendo ter saídas laterais. As gavetas podem ser de três tipos: vazadas, cegas ou
cisalhantes. Gaveta Vazada - Permite o fechamento do anular do poço ao redor de uma
coluna de diâmetro específico, para o qual foi projetada; Gaveta Cega - Projetada para
fechar e selar o poço quando não há ferramenta dentro do mesmo; Gaveta Cisalhante -
Tipo especial de gaveta cega que, ao ser fechada com a coluna no poço, provoca o seu corte
e fechamento do poço. Deve ser instalada sempre acima de uma gaveta vazada de forma
que, numa operação de corte, a coluna possa ser apoiada, através do tool joint, na gaveta
vazada e aí então cortada, evitando a queda no poço.
Operação de Hang Off - Coluna apoiada na gaveta e a cisalhante atuando no corpo do
tubo.
Choke Manifold – É um arranjo de válvulas, linhas e chokes usados para controlar o fluxo
de lama e fluido invasor do anular durante o processo de controle do kick.
Linha do Choke – É a linha que permite a conexão entre a cabeça do poço e o choke
manifold, devendo possuir pressão de trabalho compatível com a pressão de trabalho do
conjunto BOP. Seu diâmetro deve ser grande o suficiente (maior que 3 polegadas nominal)
para reduzir perdas de carga, erosão e chances de entupimento.
Linha de Kill – É a linha utilizada para amortecer o poço, isto é, deslocar o fluido de
perfuração para dentro do poço durante um processo de controle do poço. Na verdade esta
linha é um back up da linha de choke.
Estrangulador ou Choke – É um equipamento usado para restringir fluxo. Esta restrição
cria uma contrapressão que se transmite através do fluido circulante para a formação.
Acumuladores de pressão são equipamentos que fornecem energia para que o BOP seja
acionado em um intervalo de tempo de 5 segundos ou menos. Além disso, esses
equipamentos mantêm o BOP fechado pelo tempo necessário.

Sistema de Monitoração

Sabe-se que para atingir maior eficiência e economia na perfuração é preciso uma perfeita
combinação entre vários parâmetros. Sendo assim, surgiram os equipamentos para o
registro, medição e controle desses parâmetros de perfuração que compõe o Sistema de
Monitoração.
Principais Equipamentos: Indicador de Peso no gancho, Indicador de Peso sobre a broca
Manômetro – indica a pressão de bombeio, Tacômetro – mede a velocidade da mesa
rotativa e bomba de lama, Torquímetro – para medir torque na coluna de perfuração, mesa
rotativa e torque aplicado nas conexões da coluna de perfuração ou revestimento, Indicador
do Nível dos Tanques - é importante na segurança do pessoal e da sonda. Detecta qualquer
variação brusca no nível de lama nos tanques. Registrador de Parâmetros de perfuração -
um dos mais importantes é o que mostra a taxa de penetração.
Sistemas auxiliares: São os equipamentos que dão apoio aos outros sistemas:
Compressores (para alimentar a rede pneumática da sonda), geradores de corrente alternada
(para alimentação dos alojamentos e iluminação da sonda).

Sistema de Rotação

Principais Equipamentos: Mesa Rotativa (Transmite rotação à coluna de perfuração e


permite o livre deslizamento do kelly no seu interior. Fornece movimento rotacional à
coluna de perfuração.Apóia a coluna de perfuração, suportando o seu peso, quando em
manobra ou conexão), Kelly (transmite a rotação proveniente da mesa rotativa à coluna de
perfuração. Pode ser quadrada ou hexagonal). Bucha do Kelly (elemento de ligação entre a
mesa rotativa e a coluna de perfuração), Top drive (Elimina o uso da mesa rotativa, kelly e
bucha do Kelly. Possui um motor conectado no topo da coluna, desliza sobre trilhos, fixado
à torre. Permite movimentação vertical da coluna. Perfura por seção, menor número de
conexões, permite retirada ou descida da coluna com circulação e rotação, imprescindível
em poços horizontais e com grande afastamento), Motor de Fundo, Swivel (equipamento
que separa os elementos rotativos daqueles estacionários. Injeta fluido de perfuração no
interior da coluna de perfuração suportando a pressão de bombeio. Transmite o peso da
coluna para o gancho. É a junção de todos os Sistemas: Circulação, Movimentação e
Elevação de Carga e Rotação)

Colunas de Perfuração

Drill Pipes: constituem a parte mais longa da coluna de perfuração. São tubos reforçados
interna e externamente, com diâmetro variando de acordo com o diâmetro da perfuração e
conectados através de roscas reforçadas (tool joints).
Heavy Weight Drill: são tubos de espessura e peso linear intermediário entre os drill pipes
e os comandos. Sua função primordial é promover uma transição mais gradual de rigidez na
coluna. Além disso, por serem mais flexíveis que os comandos, também costumam ser
muito utilizados em perfuração direcional.
Comandos (Drill Collars): tubos ainda mais espessos, reforçados e de maior diâmetro que
os drill pipes, instalados na porção inferior da ferramenta, que servem para fornecer peso
sobre broca, prover rigidez à coluna e direcionar verticalmente a perfuração.
Estabilizadores: peças com diâmetros próximos ao da perfuração, acopladas em várias
posições na ferramenta, usadas para garantir calibragem e verticalidade do furo.

Brocas de Perfuração

Brocas: são equipamentos que têm a função de promover a ruptura e desagregação das
rochas ou das formações durante a perfuração de um poço. Existem várias configurações de
brocas, cada uma adequada para furar um tipo de formação geológica. Entre as mais
comuns, estão as tricônicas, que diferenciam-se genericamente em brocas de dente
(formações moles) e de insertos (formações duras) e as de diamante (PDC).
Brocas com partes móveis: Brocas de Cones (podem ter de 1 a 4 cones, mais utilizadas
são as tricônicas, possuem 2 elementos principais: estrutura cortante e rolamentos).
Brocas sem partes móveis: Integral de lâminas de aço (primeiras a serem usadas;
perfuram pelo efeito de cisalhamento; possui jatos para dar passagem ao fluido; vida útil é
muito curta; foram substituídas pelas brocas de cones), Diamantes naturais (perfuram pelo
efeito de esmerilhamento; usadas em testemunhagem ou formações extremamente duras;
estrutura de diamantes fixados na matriz metálica; o tamanho e a quantidade de diamantes
determinam a sua aplicabilidade), Diamantes sintéticos – Parâmetros importantes: número
de cortadores; posição e tamanho dos cortadores; inclinação dos cortadores com o fundo do
poço; inclinação dos cortadores em relação ao raio da broca. Tipos de brocas de diamantes
sintéticos: PDC – Polycrystalline Diamond Compact; formações moles com altas taxas de
perfuração; perfuram pelo efeito de cisalhamento; maior vida útil; TSP – Thermally Stable
Polycrystalline – Formações mais duras.

Fluidos de Perfuração

Fluidos de perfuração: misturas complexas de sólidos, líquidos e produtos químicos.


Aspecto dos fluidos: Suspensão, dispersão coloidal ou emulsão.
Finalidades: Transportar os cascalhos formados no fundo do poço pela broca e trazê-los
para a superfície; Manter em suspensão os cascalhos contidos na lama durante a paralisação
da perfuração; Exercer pressão hidrostática sobre as formações, de modo a evitar a entrada
de fluidos indesejáveis; Estabilizar as paredes do poço - aditivos; Lubrificar e refrigerar as
brocas de perfuração – atrito e aquecimento;
Propriedades: Tixotropia do fluido – força gel (grau gelificação); Densidade (lb/gal) -
baritina versus água / óleo; Parâmetros de filtração – filtrado e reboco (camada de
partículas sólidas úmidas lançada sobre as rochas permeáveis expostas pela broca. Deve
haver o refluxo da fase líquida do poço; Teor de sólidos;
pH – teor alcalino baixo (importante na redução da corrosão); Teor de salinidade –
controle
Critério – constituinte principal da fase contínua ou dispersante.
Escolha e formulação: propriedades das formações geológicas, profundidade das jazidas
Fluidos à base de água - são os fluidos mais utilizados, fase dispersante - água doce,
“dura” ou salgada, fase dispersa – aditivos (materiais coloidais e outros produtos químicos)
principalmente argilas, polímeros e sais.
Principais funções dos aditivos: aumentam a viscosidade, controlam o limite de
escoamento, a força-gel e reduzem o filtrado.
Podem ser classificados em: Não inibido – perfuração de camadas de rocha superficiais
Inibido – perfuração de rochas com alto grau de atividade na presença de água doce;
Fluidos à base de óleo - Formam emulsões de água em óleo, Fase dispersante: óleo diesel,
mineral, parafinas lineares; Fase dispersa: água e aditivos (gotículas de água ou de solução
aquosa, sólidos coloidais de natureza orgânica e inorgânica); Teor de água (teor de água: <
10%; teor de água entre 10% e 45% - emulsificantes)
Principais funções dos aditivos: Viscosificantes, emulsificantes, redutores de filtrado,
adensantes, etc.
Vantagens dos fluidos à base de óleo: Grau de lubrificação elevado, Grau de inibição
elevado em relação às rochas ativas, Baixíssima taxa de corrosão, Amplo intervalo de
variação de densidade, Baixíssima solubilidade em sais inorgânicos.
Desvantagens dos fluidos à base de óleo: alto custo inicial, maior grau de poluição.
Exemplos de uso: poços HPHT (alta pressão e temperatura), poços direcionais ou de longo
afastamento: para formações danificáveis por fluidos à base de água.

Fases de
Profundidade Componentes principais do fluido
perfuração do Tipo de fluido
(m) (lb/bbl)
poço
Fluido à base deÁgua, argila ativada, soda cáustica,
Fase 1 O a 150
água mica, etc
Fluido à base deÁgua, argila ativada, soda cáustica,
Fase 2 150 a 1000
água mica fina e calcário
Fluido à base deÁgua, polímeros, KCl, barrilha,
Fase 3 1000 a 2300
água bactericida, MgO,etc
Fluido à base deParafina, emulsionantes, cal viva,
Fase 4 2300 a 4050
óleo argila, salmoura, baritina,etc
Parafina, emulsionantes, cal viva,
Fluido à base de
Fase 5 4050 a 4820 argila, salmoura, redutor de
óleo
filtrado,etc

Fluidos à base de ar ou gás - ?

Principal desafio na formulação de fluidos - atendimento às condições cada vez mais


exigentes de altas temperaturas e pressões, evitando danos ao meio ambiente. Pesquisas de
novos sistemas à base de óleos minerais e sintéticos, menos poluentes do que fluidos à base
de óleo diesel.

Operações Normais de Perfuração


Durante a perfuração de um poço, que se caracteriza pela aplicação de peso na broca
enquanto circula o fluido de perfuração, uma série de operações desempenham papel
importante no processo.
Alargamento: reperfurar o poço com uma broca de diâmetro maior que a utilizada para sua
perfuração.
Repassamento: perfuração em algum trecho descalibrado – baixo peso e baixa rotação na
broca.
Conexão: quando o topo do kelly (ou o motor, no caso de top drive) atinge a mesa rotativa,
acrescenta-se um novo tubo de perfuração à coluna.
Manobra: consiste na retirada e descida de toda a coluna de perfuração para substituição
da broca, por exemplo.
Circulação: consiste em se manter a broca pouco acima do fundo do poço e apenas circular
o fluido de perfuração para remover os cascalhos do espaço anular.
Funções de Colunas de Revestimento: Prevenir desmoronamento, Evitar contaminação de
água potável, Permitir retorno de fluidos à superfície, Controle de pressões, Impedir
Migração de Fluidos, Sustentar o BOP, Sustentar outro revestimento, Isolar zonas de água
da formação produtora, Alojar equipamentos de elevação artificial.
Características essenciais: ter resistência, ser estanque, ter dimensão, ser resistente à
corrosão e à abrasão, facilidade de conexão, ter a menor espessura possível.
Tipos de Revestimento: Condutor (Sustentar formações superficiais), Revestimento de
Superfície (sustentar equipamento segurança), Revestimento Intermediário (isolar zona
problemática), Revestimento de Produção (isolar zona produtora), Liner (ancorado no
anterior), Tie Back (reconstituir do liner até a superfície).
Esforços atuantes na coluna: Deve considerar as solicitações de: Tração; Pressão interna;
Colapso. Aplica-se um fator de segurança nesses valores, visando minimizar o risco de
falha da coluna por influências não ponderadas.
Parâmetros para dimensionar uma coluna de revestimento: Invasão do volume do gás
no poço; Pressão dos poros da formação a ser perfurada; Pressão de fratura da formação a
ser perfurada; Tipo de fluido no interior e no anular do revestimento; Conhecimento prévio
sobre as características da área; Possibilidade de perdas de circulação; Variação da
inclinação do poço; Posição do topo do cimento; Presença de fluidos corrosivos na
formações, etc.
Cimentação: Após a descida da coluna de revestimento, geralmente o espaço anular entre a
tubulação de revestimento e as paredes do poço é preenchido com cimento, de modo a fixar
a tubulação e evitar que haja migração de fluidos. A cimentação é realizada mediante o
bombeio de pasta de cimento e água. Após o endurecimento da pasta, o comento deve ficar
fortemente aderido à superfície externa do revestimento e à parede do poço.
Cimentação primária: realizada logo após a descida de cada coluna de revestimento do
poço.
Cimentação secundária: destina-se a corrigir a cimentação primária, quando há
necessidade. Pode-se efetuar uma recimentação, fazendo-se circular pasta de cimento por
trás do revestimento, através dos canhoneios ou a compressão de cimento (Squeeze).
O cimento é ainda bastante utilizado para a execução de tampões de abandono de poço ou
para isolamentos de zonas inferiores.
Os cimentos são essencialmente produzidos a partir de uma mistura de calcário e argila. O
cimento Portland resulta da moagem de um produto denominado clínquer (calcário +
argila) à qual é adicionada uma pequena quantidade de gesso (sulfato de cálcio).
Os componentes químicos principais do cimento Portland são:
Cal (CaO) – de 60% a 67%; Sílica (SiO2) – de 17% a 25%; Alumina – de 3% a 8%; Óxido
de Ferro (Fe2O3) – de 0,5% a 6%
Para a indústria do petróleo, o API classificou os cimentos Portland em classes, designadas
pelas letras A a J, em função da composição química, que deve estar adequada às condições
de uso, como a profundidade e temperatura dos poços. As pastas de cimento para uso em
poços de petróleo devem ser previamente testadas conforme procedimentos padronizados
pela indústria do petróleo
Principais aditivos para a cimentação: Acelerador de pega para diminuir o tempo de
espessamento e aumentar a resistência compressiva inicial da pasta. Retardador de pega
para aumentar o tempo de pega da pasta. Estendedor para aumentar o rendimento da pasta
ou reduzir sua densidade. Redutor de fricção ou dispersante para diminuir a viscosidade
aparente da pasta. Controlador de filtrado para reduzir a permeabilidade do reboco do
cimento formado na frente de zonas permeáveis.
Acessórios de cimentação: Sapata - colocada na extremidade da coluna, serve de guia
para a introdução do revestimento no poço. Colar: posicionado 2 a 3 tubos acima da sapata,
serve para reter os tampões de cimentação. Tampões: são feitos de borracha e auxiliam na
cimentação. Centralizadores: jogo de lâminas curvas de aço acopladas externamente a
coluna de revestimento,visando centralizá-la para garantir distribuição de cimento no
anular.
Seqüência da operação de cimentação: Montagem da linhas de cimentação;
Condicionamento do poço; Teste de pressão das linhas de cimentação; Lançamento do
tampão de fundo; Mistura da 1a pasta; Mistura da 2a pasta (mais densa); Lançamento do
Tampão de topo; Deslocamento com fluido de perfuração; Pressurização do revestimento
para teste.
A existência de um efetiva vedação hidráulica é fundamental, pois garante um perfeito
controle da origem dos fluidos produzidos. Para avaliar a qualidade da cimentação, são
utilizados perfis acústicos, que medem a aderência do cimento ao revestimento.
Exemplos: Perfil Sônico, Perfil Ultra-Sônico e Ferramenta de Perfilagem Ultra-Sônica.
Perfilagem: Após a perfuração de uma fase do poço, geralmente são descidas várias
ferramentas com a finalidade de medir algumas propriedades das rochas, fundamentais para
caracterização e avaliação econômica. Este processo é conhecido como perfilagem.
Informações obtidas através da perfilagem: Litologia (tipo de rocha); Espessuras de
camadas; Porosidade das rochas; Prováveis fluidos existentes nos poros das rochas e suas
saturações. A perfilagem pode revelar a existência de óleo e gás suficientes para justificar
os gastos de completação do poço. Nas sondas terrestres a companhia contratada envia uma
unidade de perfilagem montada em um caminhão, enquanto no mar a unidade é fixa na
sonda, instalada num pequeno abrigo.
Existem vários tipos de perfis utilizados para as mais diversas aplicações, todos com o
objetivo de avaliar melhor as formações geológicas quanto à ocorrência de uma jazida
comercial de hidrocarbonetos. Os perfis mais comuns são: Potencial Espontâneo, Raios
Gama, Neutrônico, Indução, Sônico, Densidade.
Potencial Espontâneo (SP): é o registro da diferença de potencial entre um eletrodo
móvel descido dentro do poço e outro fixo na superfície. Este perfil permite determinar
as camadas permoporosas, calcular a argilosidade das rochas, determinar a resistividade da
água da formação e auxiliar na correlação de informações com poços vizinhos. Mais
comum em terra.
Raios Gama (GR): permite detectar e avaliar a radioatividade total da formação geológica.
Utilizado na identificação da litologia, identificação de minerais radioativos e
para o cálculo do volume de argilas ou argilosidade. Mais comum no mar. Determina se é
folhelho.
Neutrônico (NPHI): os perfis mais antigos medem a quantidade de raios gama de captura
após excitação artificial através de bombardeio dirigido de nêutrons rápidos. Os mais
modernos medem a quantidade de nêutrons epitermais e/ou termais da rocha após o
bombardeio. São utilizados para estimativas de porosidade, determinação do volume de
argila, pode auxiliar na identificação da litologia e dos fluidos da formação e detecção de
hidrocarbonetos leves ou gás.
Indução (ILD): fornece leitura aproximada da resistividade, através da medição de
campos elétricos e magnéticos induzidos nas rochas. A resistividade é a propriedade
da rocha permitir ou não a passagem de uma corrente elétrica.
Sônico (DT): mede a diferença nos tempos de trânsito de uma onda mecânica através das
rochas. É utilizado para estimativa de porosidade, identificação de litologia, correlação
poço a poço, estimativas do grau de compactação das rochas ou estimativa das constantes
elásticas, detecção de fraturas e apoio à sísmica para a elaboração do sismograma sintético.
Densidade (RHOB): detecta os raios gama defletidos pelos elétrons orbitais dos elementos
componentes das rochas, após terem sido emitidos por uma fonte colimada situada dentro
do poço. Além da densidade das camadas, permite o cálculo da porosidade e a identificação
das zonas de gás. É utilizado também como apoio à sísmica para o cálculo do sismograma
sintético.
Teste de pressão - Técnica que examina uma porção significativa do reservatório sob
condições dinâmicas, para determinar sua capacidade de produção (em fluxo), para
determinar sua capacidade de produção e propriedades de produção. O que se mede?
Medem-se a evolução da pressão com a variação de vazão. O que se obtém? Uma amostra
dos fluidos produzidos pelo reservatório. Medida de vazão do poço em fluxo, o que serve
como indicativo de produtividade da formação. Medidas de Pressão que permitem calcular
propriedades do reservatório.
O que se obtém a partir das medidas de pressão? Pressão Estática do Reservatório;
Permeabilidade efetiva do fluido produzido; Transmissibilidade do reservatório; Dano à
formação na parede do poço; Produtividade do Poço: IP = Q/DP; Raio de investigação do
reservatório, sua depleção e conseqüentemente a possibilidade de comercialização;
Indicações sobre a existência de falhas, contatos de fluidos e camadas de diferentes
permeabilidades.

A – Descida da Coluna
B – Pressão Hidrostática inicial
C – Início do Primeiro Fluxo
D – Final do Primeiro Fluxo
E – Final da Primeira Estática
F – Início do Segundo Fluxo
G – Final do Segundo Fluxo
H – Final da segunda Estática
I – Hidrostática Final
J – Coluna fora do Poço

Perfilagem de Produção: Determinar a efetividade da completação ou as condições de


produtividade (ou injetividade) do poço.
PERFIL - Perfis corridos após a descida do revestimento de produção e completação inicial
do poço.
FERRAMENTAS: Production logging tool (PLT); Termal decay time log (TDT)

Operações Especiais de Perfuração


Controle de Kicks: Invasão do fluido da formação para dentro do poço. Causas: Falta de
ataque ao poço (causa mais comum) – Você está fazendo uma manobra de subida, o nível
da lama desce, tem que completar com a mesma quantidade p/ manter a pressão; Pistoneio
– Na puxada da coluna, quando é mto rápido, cria uma zona de baixa pressão no fundo;
Perda de circulação – Posso ter rompido a formação e o fluido está entrando, mas o kick
pode estar em outro lugar; Pressões anormais e Peso de Lama Insuficiente (densidade
baixa), gás nos cascalhos, cimentação inadequada – fluido invade o anular e o BOP fecha
por dentro. Neste caso há grande chance de perder o poço.
Métodos de Controle: Sondador, Engenheiro, Simultâneo. O princípio é expulsar o fluido
invasor sem permitir que entre mais fluido da formação para o poço.
Blowouts: Invasão descontrolada do fluido da formação para dentro do poço. Pode ter
conseqüências desastrosas. Métodos de controle: Poço de alívio, injeção de fluido pesado
para dentro do poço, desmoronamento do poço.
Pescaria – O termo peixe é utilizado na indústria do petróleo qualquer objeto estranho que
tenha caído, partido ou ficado preso no poço, impedindo o prosseguimento das operações
normais de perfuração. O termo pescaria é aplicado a operação de recuperação ou liberação
do peixe.
Principais procedimentos usados na pescaria – recuperação de elementos tubulares
(desenroscamento, quebra, queda e prisão da coluna); recuperação de pequenos objetos das
mais variadas formas (mordentes de chave flutuante, cones e rolamentos de brocas,
pequenas ferramentas, parafusos, porcas, etc); recuperação de ferramentas descidas a cabo
(ferramenta descida a cabo fica presa no poço e o cabo não é rompido). Ferramentas: spear,
Taper Tap e Overshot
Testemunhagem – É o processo de obtenção de uma amostra real de rocha de
subsuperfície. O objetivo principal é obter um testemunho com alterações mínimas nas
propriedades naturais da rocha. Através do testemunho é possível conseguir dados
geológicos, de engenharia de reservatórios, de completação e de perfuração.
Tipo de testemunhagem: Testemunhagem com barriletes convencionais; testemunhagem a
cabo; testemunhagem lateral.

Perfuração direcional

Tipos de poços: Vertical, Horizontal e Direcional

Afastamento

Projeção
Horizontal
ou Plana
Projeçã
o
Vertical
Drag – Força necessária para tirar a coluna

Utilização de poços direcionais – Perfuração offshore, Controle de falhas, Locação


Inacessível, Poço de alívio, Desvio lateral, Perfuração em formações salinas, etc

Equipamentos: Estabilizadores (peças com diâmetros próximos ao da perfuração,


acopladas em várias posições na ferramenta, usadas para garantir calibragem e verticalidade
do furo), Turbina e Motor de Fundo (motor mais largamente empregado na perfuração de
poços direcionais, quando utilizado faz com que o torque seja aplicado diretamente à broca,
sem necessidade de girar a coluna de perfuração, reduzindo o seu desgaste), Motor de
Fundo Sterrable (coluna com Motor de Fundo, apenas Motor de Fundo Gira. Modo Slide
X Modo Rotativo), Sistemas Rotary Sterrable (toda a coluna de perfuração gira,
minimizando problemas tais como prisão da ferramenta).

Equipamentos de medição: Magnético de Registro Simples (Magnetic Single Shot -


MSS);
Magnético de Registro Múltiplo (Magnetic Multishot - MMS); Giroscópio de Registro
Simples (Gyroscopic Single Shot - GSS); Giroscópio de Registro Múltiplo (Gyroscopic
Multishot - GMS); Sistema de Navegação Inercial (Inertial Navigation System - INS);
Medição Contínua a Cabo (Steering Tools); Medição Contínua Sem Cabo (MWD).
LWD - Medição de Parâmetros durante a perfuração; Geosterring - Utilização do LWD
junto com Equipamentos Direcionais; Parâmetros: Gamma Ray (Identificação de litologia);
Tempo de Trânsito (Porosidade); Resistividade (Saturação de líquidos).

Classificação de poços multilaterais:


Nível 1: Junção a poço aberto - Trata-se basicamente de um desvio a poço aberto de um
poço. Tanto o poço mãe quanto o lateral não têm revestimento.
Nível 2: Junção com o poço mãe revestido e cimentado e o lateral mantido aberto ou com
"drop-off" liner
Nível 3: Junção com o poço mãe revestido e cimentado e o lateral também revestido, mas
sem cimentação com conexão mecânica entre os dois poços sem isolamento ou selo na
junção.
Nível 4: Junção com o poço mãe revestido e cimentado e o lateral também revestido e
cimentado, com conexão mecânica entre os dois poços. Não há isolamento da produção dos
dois poços
Nível 5: Junção com o poço mãe revestido e cimentado e o lateral com liner cimentado ou
não, com integridade hidráulica e de pressão fornecida por equipamento de completação
adicional dentro do poço mãe. As produções dos dois poços podem ser controladas
separadamente através da completação. O tipo de completação é que diferencia a junção de
nível 4 da de nível 5.
Nível 6: Junção com o poço mãe revestido e cimentado e o lateral com liner cimentado ou
não. Junção com total integridade e isolamento como a do nível 5, porém sem a
necessidade de equipamentos adicionais dentro do poço mãe. As duas pernas do poço são
construídas ao mesmo tempo e mecanicamente seladas. Permitem total controle da
produção de cada uma das pernas.

Poços Multilaterais:
Multilaterais horizontais em
Multilaterais horizontais em Multilaterais horizontais em Multilaterais horizontais em
reservatórios de óleo reservatórios em camadas. reservatórios isolados.
pesado. reservatório fraturado.

A coluna de perfuração, ao passar por uma formação rochosa permeável tem a


possibilidade de agarrar na parede da formação, pelo fato de que o fluido de um lado do
anular entra na rocha e o fluido do outro lado gera uma força sobre a área da coluna,
colando-a na formação. A solução seria diminuir a área fazendo ranhuras no comando, para
diminuir as chances de prisão por pressão diferencial.

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