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Engenharia de perfuração

I I S e m e s t re – Pro f. S a r a Fo c a c c i a
Calendario das aulas

● Hoje
3 horas de perfuraçao e 2 de engenharia de reservatorio
● Sexta feria 15 agosto:
2 horas de perfuraçao e 3 de engenharia de reservatorio
● Desde 18 agosto até 13 setembro:
curso intensivo (segunda até sabado) para acabarmos as duas
cadeiras
Perfuraçao de poços
Poço de petróleo → estrutura que liga o reservatório à superfície

Problema → ao se perfurar um poço de petróleo, é produzida uma instabilidade em um


sistema que se encontrava equilibrado.

Conhecer os fenômenos envolvidos, quantificar sua intensidade e minimizar seus efeitos nas
operações realizadas, constitui-se em um grande desafio para a engenharia de perfuração de
poços de petróleo.
Classificação dos poços de petróleo
Poços Exploratórios

1) Pioneiros – perfurados com o objetivo de descobrir


novos reservatorios ou campos a partir de dados obtidos
por métodos geológicos e/ou geofísicos.

2) Estratigráficos – perfurados para obter informações da


sequência de rochas de subsuperfície, chamada ainda de
coluna litológica. Estes dados serão utilizados para
subsidiar a perfuração de outros poços no campo.
Classificação dos poços de petróleo
Poços Exploratórios
3) Extensão – perfurados buscando ampliar ou delimitar os
limites de um reservatorio, normalmente feitos nos limites
ou até fora da reserva provada

4) Pioneiro Adjacente – perfurados após a delimitação de


um campo, com o objetivo de descobrir novos reservatorios

5) Reservatorio Raso/Reservatorio Profundo – poços


perfurados dentro de um campo, visando descobrir
reservatorios mais rasos ou mais profundos, do que aquele
já conhecido
Classificação dos poços de petróleo
Poços Exploratórios
6) Desenvolvimento – são os poços perfurados visando a
drenagem do petróleo (ou gás) de um campo. O número de
poços e a disposição destes é função de critérios
econômicos e técnicos (reservatório)

7) Injeção – perfurados para que sejam injetados fluidos


(principalmente água) na rocha reservatório, buscando-se
obter as condições originais de pressão de poros na rocha

8) Especiais – são todos aqueles que não obedecem as


definições anteriores
Tipos de poços

● Poço vertical – quando a sonda e o objetivo estão


situados numa mesma reta vertical.

● Poço Direcional – se a sonda e o objetivo não estão na


reta vertical chamamos o poço de DIRECIONAL.
No caso do ângulo formado se igual a 90° este é chamado
de HORIZONTAL.
Historia
Primeiro poço de petróleo – Cel.Drake, Pensilvânia em 1859

 30 m de profundidade
 produção de 2 m3/dia
 (Método percussivo)
Perfuração rotativa

 317 m de profundidade
 (out/1900 – Jan/1901)
 80.000 bbl de óleo /dia (1 bbl = 1 billions of barrels; 1 baril = 159 litros)
Sonda de perfuração terrestre
Sonda de perfuração marítima
Sonda de perfuração
A sonda deve possuir equipamentos ou estruturas capazes de:

– Armazenar os tubos de perfuraçao a serem utilizados

– Elevar e posicionar estes tubos de perfuraçao

– Rotacionar a coluna de perfuraçao (mesa rotativa ou top drive)

– Gerar energia para a locaçao, etc.


Principais componentes de uma sonda

1. Sistema de Sustentação de Cargas


2. Sistema de Movimentação de Cargas
3. Sistema de Rotação
4. Sistema de Geração e Transmissão de Energia
5. Sistema de Circulação de Fluidos
6. Sistema de Segurança de Poço
7. Sistema de Monitoramento
1. Sistema de sustentação de cargas
Torre de perfuração: em objetivo de prover um espaço livre vertical que possa

permitir a suspensão ou abaixamento da coluna de perfuração


1. Sistema de sustentação de cargas
Subestrutura – tem por objetivos: suportar a torre ou mastro e maquinário, e fornecer um

espaço adequado para posicionar o equipamento de segurança (BOP)

Base ou Fundação – bases de concreto preparadas no terreno, que visam distribuir as cargas

e manter os equipamentos nivelados e alinhados.


1. Sistema de sustentação de cargas

Estaleiro – estrutura metálica construída com vigas e que servem para apoiar/armazenar

comandos, colunas de perfuração e revestimento, de forma a permitir um fácil acesso e

manuseio.
2. Sistema de Movimentação de Cargas

BLOCO DE COROAMENTO –

conjunto de polias fixo que fica apoiado

na parte superior do mastro/ torre por

onde passam os cabos de aço (cabo de

perfuração).

CATARINA –
Conjunto de polias móvel justapostas
num pino central;pela movimentação dos
cabos passados entre esta e o bloco, a
catarina se movimenta ao longo da torre.
2. Sistema de Movimentação de Cargas
GANCHO –
elemento de ligação da carga ao
sistema de polias (catarina)

SWIVEL–
Elemento que liga as partes girantes às
fixas, permitindo livre rotação da coluna;
por um tubo na sua lateral
(gooseneck)permite a injeção de fluido
no interior da coluna de perfuração
2. Sistema de Movimentação de Cargas

GUINCHO – é o elemento que movimenta o cabo,


sendo por isso responsável pela movimentação
vertical das tubulações no poço.
3. Sistema de rotação – mesa rotativa

O KELLY é o elemento que


A MESA ROTATIVA recebe
transmite rotação da mesa
energia sob forma de rotação
rotativa à coluna de
no plano vertical e transforma
perfuração; pode ser de
em rotação horizontal, que é
haste quadrada ou
transmitida a coluna; serve
hexagonal. A bucha do
também como suporto no
Kelly é o equipamento que
acunhamento da coluna
fica conectado a mesa e

onde o Kelly fica

encaixado.
3. Sistema de rotação- top drive

No Top Drive a coluna gira movida por um motor

conectado no seu topo. É montado com o Swivel

convencional e desliza sobre trilhos fixados a torre.

Elimina o uso de mesa rotativa, Kelly e bucha do Kelly.

• Perfura por seção


• Menor número de conexões
• Facilita a retirada da coluna com circulação e rotação
4. Sistemas de geração e transmissão de energia

Sondas Mecânicas– os vários

motores são ligados a “compounds”

nos quais são conectados os

principais equipamentos de

perfuração; usam-se ainda

conversores de torque e embraiagens.


4. Sistemas de geração e transmissão de energia

Sondas Diesel-Elétricas– os motores

diesel são ligados a geradores de energia

elétrica (o sistema mais usado é o AC-DC)

onde a geração é feita em corrente

alternada e a utilização nos equipamentos

é feita em corrente contínua (retificação e

controle de tensão em SCR’s).


5.Sistema de Circulação de Fluidos

Sistema de tratamento da lama


5.Sistema de Circulação de Fluidos
Tanques de fluido (lama)- tanques metálicos, retangulares e abertos utilizados para a preparação,

armazenamento e tratamento dos fluidos

Bombas de fluido (lama)– bombas alternativas de pistões horizontais, constituídas de duas partes:
- Bombas de deslocamento positivo– impelem uma quantidade de fluido em cada golpe ou volta de

positivo. Volume do fluido proporcional a velocidade


- Bombas alternativas
- Movimento de vai e vem de um pistão num cilindro → escoamento intermitente
- Para cada golpe do pistão, um volume fixo de liquido é descarregado na bomba
- A taxa de fornecimento do liquido é função do volume varrido pelo pistão no cilindro e o

numero de golpes do pistão por unidade de tempo


5.Sistema de Circulação de Fluidos
Power end (parte mecânica)– recebe a energia de acionamento na forma rotativa e a transforma em

movimento alternativo

Fluid end (parte hidráulica)– onde a potencia mecânica é transferida ao fluido compressão e vazão.

Podem ser duplex (2 pistões) ou triplex (3) e contam ainda com amortecedores de pulsação na linha de

descarga para redução de vibração.

Manifold– conjunto de válvulas que recebe o fluido das bombas e através do qual este é direcionado para

o tubo bengala

Retorno de fluido– tubulação também chamada flow-line que recebe o fluido que vem do anular do poço

e o conduz até o sistema de separação de sólidos


6. Sistema de Segurança de Poço
Objetivo do sistema é evitar uma invasão descontrolada de fluidos da formação para o poço.
É constituído por:
◦ Equipamento de Segurança do Poço (ESCP) – BOP e Well Head
◦ Equipamentos complementares que possibilitam o fechamento e o controlo do poço:
◦ Unidade acumuladora/acionadora
◦ Painéis remotos de controle
◦ Linhas de kill/choque
◦ Choke manifold
O sinal de comando pode ser:
◦ hidráulico
◦ elétrico
◦ ótico.
6. Sistema de Segurança de Poço
WELL HEAD

É constituída de vários equipamentos que permitem a vedação e ancoragem da coluna de revestimento na


superfície
6.Sistema de Segurança de Poço
BOP(BLOW OUT PREVENTER)

Sua principal função é impedir que os fluidos das formações atinjam a superfície de maneira descontrolada

Preventor Anular

• Fecha sobre qualquer diâmetro

• Não permanece fechado após retirada da pressão de

acionamento

Gaveta de tubos
• Fecha contra o tubo sem cortá-lo.
• Acionamento de tipo hidráulico.
• Permanece travada após retirada da pressão de

acionamento
6.Sistema de Segurança de Poço
BOP(BLOW OUT PREVENTER)

Gaveta cega
• Fecha contra o tubo e o corta
• Permanece travada após retirada da pressão de

acionamento

Linha de kill

Dá acesso ao espaço anular; por ela é bombeado o fluido para amortecer o

poço

Linha de choke

Quando o BOP fecha, o fluxo vindo pelo anular chega através desta linha na

choke manifold
6.Sistema de Segurança de Poço

Choke Manifold

Conjunto de válvulas na superfície, sendo duas de

estrangulamento, que permite o controle das pressões do poço

quando em Kick

Unidade acionadora/acumuladora

Permite o armazenamento do fluido hidráulico sob pressão,

utilizado para dar uma resposta imediata ao BOP após o seu

acionamento
7. Sistema de monitoramento

Painel de

sondador
7. Sistema de monitoramento
Indicador de peso– indicador analógico que tem dois ponteiros que indicam o peso suspenso ao gancho e o

peso sobre a broca

Geolograph– instrumento onde é inserida uma carta rotativa que regista continuamente os parâmetros

como:
✔ Taxa de penetração
✔ Peso sobre a broca
✔ RPM e torque da mesa rotativa
✔ Pressão nas bombas

Tacômetro– usado para medir a velocidade da mesa rotativa (RPM) ou a velocidade da bomba em ciclos/min
7. Sistema de monitoramento

Torquimetro– mede o torque na mesa rotativa e o torque dado pelas chave nas conexões e nos

tubos

Manómetro– indica a pressão de bombeio do fluido de perfuração

Indicador de nível dos tanques–com ele é possível detetar variações bruscas no nível do tanque

de lama, o que torna-se muito importante para a segurança, uma vez que esta variações podem ser

indicativas de influxos de fluidos da formação


Sonda de perfuração marítima

SONDA MODULADA (SM)

CARACTERÍSTICAS

• L.A. rasas - aproximadamente 100m.


• A jaqueta é lançada e encaixada em estacas no fundo do

mar.
• Em seguida os módulos são colocados sobre a jaqueta.
• Os poços podem ser perfurados antes ou depois da

instalação da jaqueta.
Sonda de perfuração marítima

PLATAFORMA AUTO-ELEVÁVEL (PA)

CARACTERÍSTICAS

• Perfuraem lâmina d´água deaté100m.


• Baixo custo
• Permite posicionamento em áreas com restrições no

fundo do mar
• Fornece uma plataforma de perfuração fixa não afetada

pelas condições de tempo


Sonda de perfuração marítima

SONDA SEMI-SUBMERSÍVEL (SS)

CARACTERÍSTICAS

• Plataforma estável: trabalha em condições de

mar e tempo mais severos do que os navios.


• Podeser ancorada ou de posicionamento

dinâmico.
• É necessário compensador de movimentos

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