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200 Agressor descreve o crime no jornal Povo da Beira

Noticia do “Povo da Beira” (edição de 13/07/1999) Resposta ao Jornal “Povo da Beira” (edição de 20/07/1999)

S. PEDRO AGREDIDO NA E D P S. P E D R O R E S P O N D E .....


Na passada quarta-feira foi apresentada uma queixa na Relativamente a uma notícia difundida no V/ Jornal, “ Povo da Beira”, sob o título “S.
PSP que envolve um caso de agressão a um engenheiro da Pedro agredido na EDP”, na edição de 13/07/1999, e no sentido de contribuir para o
EDP em Castelo Branco, que acabou por receber vários esclarecimento da verdade, venho, junto da opinião pública, ao abrigo da lei de
socos na face e no nariz, acabando por receber tratamento imprensa e nos termos do direito de resposta que me assiste, informar o seguinte:
hospitalar e uma fratura no nariz e escoriações no braço 1 – O agressor, identificado como tal, pelo V/ Jornal, recorreu, recentemente, aos
esquerdo, Serviços da LTE-C. Branco para a instalação de duas linhas de média tensão para
Povo da Beira apurou que o agressor, engenheiro Tiago alimentação de dois postos de transformação, numa propriedade em Ladoeiro, cujos
Homem, é um dinâmico produtor da campina de Idanha, processos foram tratados com a devida celeridade, não tendo entrado ainda em serviço
mantendo vários contactos com o pessoal da LTE, dado que as referidas instalações, por atrasos no decorrer da obra, da inteira responsabilidade do
possui, nas suas propriedades, três ou quatro PT (Postos mencionado.
de Transformação) e havia apresentado mais um projecto 2 – Numa outra propriedade, na Quinta do Rib.º do Freixo, apresentou o agressor em
no âmbito do PAMAF. 1994, um pedido de electrificação para a referida propriedade, o qual, contrariamente
Numa das suas deslocações aos serviços de Castelo Branco ao que o V/ Jornal noticiou, se encontra aprovado desde essa data, pelo IFADAP. A LTE
da LTE, um encontro com o engenheiro São Pedro, no hall já concluiu há bastante tempo a instalação de alimentação, faltando penas concluir, há
da empresa, foi o suficiente para uma escaramuça que vários anos, as instalações eléctricas referentes ao interior da propriedade, da
acabou nas urgências do hospital. responsabilidade do citado.
Segundo fonte da LTE, o engenheiro Tiago Homem terá 3 – Os referidos projectos, são do meu conhecimento, bem como todos os projectos
pedido ao engenheiro São Pedro que elaborasse um relativos aos vários beneficiários no âmbito do PAMAF, sempre que são enviados pelo
projecto para a realização de um obra, no âmbito do IFADAP ao Departamento de Equipamento, que chefio, para elaboração dos respectivos
PAMAF. projectos relativos à alimentação externa, por parte da LTE-C. Branco. Todas e
São Pedro, terá tentado cobrar o montante de 400 contos quaisquer outras declarações prestadas pela fonte LTE-C. Branco, são falsas e nada têm
(devido à elaboração do projecto), mas Tiago só aceitaria a ver com o acto de agressão de que fui alvo.
pagar, alegadamente, quando o mesmo projecto fosse 4 – Contrariamente ao afirmado no parágrafo 6, da notícia, todas as pessoas sabem na
aprovado. LTE-C. Branco, o que se passou no dia 07/07, entre o agressor e o agredido, dado que
O que se passou entre os dois engenheiros, ninguém o há pessoas que testemunharam o acto e até já prestaram declarações, que estão agora
sabe, nem o que terão dito um ao outro... o que se sabe é em segredo de justiça.
que quando o engenheiro Tiago, depois de sair do gabinete Nesse mesmo parágrafo, pode reler-se aquilo que já tinha sido dito no inicio da notícia,
do engenheiro Candeias, no interior do imóvel da LTE, cru- refiro; “o agressor iniciou de imediato uma sessão de socos, massacrando de modo
zou-se com o engenheiro São Pedro, no hall da entrada, contundente, sistemático e impiedoso o nariz da vítima”.
poisou uma pasta e um telemovel em cima da secretária do Mais uma vez os Senhores jornalistas foram longe demais; já tinham batido no inicio, ao
segurança, e iniciou, de mediato, uma sessão de socos, ponto de, neste último parágrafo, serem até impiedosos. Não foram essas, certamente,
massacrando de modo contundente, sistemático e as informações que recolheram junto da PSP, dado não ser esse o conteúdo das
impiedoso o nariz do engenheiro São Pedro. declarações, que constam do processo, e que são do meu conhecimento.
O agredido teve de recorrer aos serviços do Hospital Amato Com esse anúncio quiseram apenas, e mais uma vez, evidenciar o agressor, dando-lhe a
Lusitano, onde foi submetido, de urgência a uma palavra, através das fontes LTE-C. Branco, e esmagar a vítima de forma bárbara.
intervenção cirúrgica ao nariz. 5 – O acontecimento não foi nenhuma escaramuça nem uma zaragata entre
Uma zaragata entre engenheiros que ainda fará correr Engenheiros, como V. Ex.as noticiaram, mas sim um acto de agressão do qual o agressor
muita tinta dentro da própria EDP, e causar faiscas de "alta foi o único protagonista e como tal identificado pelo V/ Jornal.
tensão”. 6 - Por outro lado, os senhores jornalistas devem estar mal informados por parte das
S. Pedro, que chefia o Departamento de Equipamento, fontes LTE-C.Branco, ao darem informações falsas acerca da minha pessoa, afirmando
da LTE- Castelo Branco está a ser alvo de um de que estou a ser alvo de um processo disciplinar interno na EDP. O que está em curso
processo disciplinar interno (da EDP), para é apenas um processo de inquérito, como é habitual existir, neste tipo de circunstâncias,
averiguação de presumíveis irregularidades. tendo em vista o apuramento dos factos, por agressão a um trabalhador em serviço e
Por outro lado ", um rigoroso inquérito está já a ser no local de trabalho, inquérito já accionado pelo próprio Director, Eng.º Maia Alves.
acionado, tendo o engenheiro Maia Alves, director da 7 – O inquérito decorrerá em paralelo ao processo judicial em curso, e não tem por
LTE-Castelo Branco efetuado uma deslocação a Lisboa objectivo procurar o afastamento por reforma compulsiva da vítima, mas apenas o
para acionar procedimento processual. apuramento da verdade dos factos, e eventual acção judicial contra o agressor.
O caso acaba por ser caricato, mas revela-se como a gota Com este tipo de informação, com origem nas fontes LTE, mais uma vez V. Ex.as
de água que tez transbordar o copo do mal-estar, vivido na demonstraram não serem imparciais, nesta questão, com a qual, desde o início,
LTE- Castelo Branco, já que outros funcionários da empresa pretenderam sempre denegrir a minha imagem, e reputação perante a opinião pública,
alegam que também têm sido ameaçados de morte. em favor do agressor.
Paralelamente, é instaurado um processo em Tribunal, já 8 – Ao público que leu a notícia em primeira mão, e ao qual foi dada a oportunidade de
que a agressão poderá levar os dois engenheiros à barra da se rever agora na mesma, peço que façam o julgamento do próprio jornal, que desde o
Justiça, respondendo por agressão. inicio deu louvores a um agressor, considerando-o dinâmico, e massacrando sempre a
Os atritos entre o engenheiro São Pedro e alguns dos vítima, desde o inicio ao fim da notícia, a soco, e de forma impiedosa, caluniando e
seus colegas ganharam acuidade o Maia Aves está na mentindo em tudo o que teve por base as fontes LTE, as quais, pelos vistos, são várias
disposição de por tudo em pratos limpos. e irão também ser objecto do inquérito, por declarações avulsas, não autorizadas e
Chega-se a aventar a possível hipótese de um falsas.
inquérito poder conduzir a reforma compulsiva do 9 - O meu muito obrigado, ao jornal “O Povo da Beira”, por me ter dado esta
chefe do Departamento de Equipamento, se se oportunidade de resposta, contribuindo para o esclarecimento da verdade que o assunto
provarem eventuais "irregularidades" internas. merece, esperando que a esta noticia seja dado o destaque equivalente ao da noticia
original.
A notícia publicada no jornal é da autoria do agressor/fontes EDP. A notícia publicada no jornal é da minha autoria.
200 Agressor descreve o crime no jornal Povo da Beira

COMENTÁRIOS
À “edição de 13/07/1999”, S. P E D R O A G R E D I D O N A E D P

A fonte informadora EDP, são dois cobardes da pior espécie, e tenho razões para o afirmar; apanhei-os a conspirar, numa comunicação de um para o
outro, e numa reunião arrasadora, perante o digníssimo director Eng.º Chaleira, e após tudo ficar esclarecido, um deles o autor da comunicação (ver
anexo), foi severamente punido na avaliação de desempenho; mas após a saída do Eng.º chaleira para outra área de rede eles contra atacaram. E foi o
que aconteceu, nunca mais tive sossego naquela casa, fizeram-me a cama!

Quanto à notícia, é errada a forma como a mesma é apresentada; primeiro, o contacto com o agressor tinha sido feito na véspera dos factos ocorridos,
apenas a lembrá-lo do pagamento de uma dívida, de há vários anos, referente à elaboração de dois e não de um projecto; e quanto aos projectos, ter-
lhe-ia sido solicitado o pagamento de uma verba de 180 000$, onde se incluía as despesas de levantamento topográfico da quinta, da sua inteira
responsabilidade (80.000$), e despesas inerentes aos dois projectos a que correspondia o valor de 50 000$/projecto, pelo que o montante de 400 contos
apontado na notícia não corresponde à verdade.

No que respeita a este assunto, nunca o mesmo foi abordado dentro da Empresa, como se quer fazer transparecer pelo agressor/fonte EDP. O mesmo foi
objecto de inquérito, quer pela Empresa, quer por parte do Ministério Público, que mandou arquivar o processo. Quanto ao Juiz do processo, em vez de
condenar este criminoso, procurou sempre durante a audiência matéria para me incriminar, mas acabei por lhe responder, a uma afirmação, sobre esta
matéria, arquivada por parte do MP, mas em que este insistia, cito,…« de que eu não podia executar projectos», ao que eu respondi que, para além do
meu horário normal da Empresa, não existia nada na lei que impedia a minha colaboração em projectos.

Mas o que se passou afinal entre os dois engenheiros?


... Eis a confissão do actos praticados pelo agressor, ao contactar o director do jornal, seu amigo, cito… «depois de sair do gabinete do engenheiro
Candeias, no interior do imóvel da EDP, cruzou-se com o engenheiro S. Pedro, no hall da entrada, poisou uma pasta e um telemovel em cima da
secretária do segurança, e iniciou, de imediato, uma sessão de socos, massacrando de modo contundente, sistemático e impiedoso o nariz do engenheiro
S. Pedro»,.… fim de citação.

Para de seguida, cito,«…..funcionários da empresa alegam que também têm sido ameaçados de morte»… fim de
citação.

A Empresa procedeu internamente a um inquérito preliminar para averiguar de eventuais responsabilidades que pudessem sustentar o processo
disciplinar, o qual permitiu concluir não ter havido qualquer violação dos meus deveres, consignados no Acordo de Empresa (ACT), pelo que não
permitiu formalizar a respectiva nota de culpa, tendo sido arquivado.
Afinal, onde estavam as fontes EDP que contactaram o Jornal, e que alegaram que também os funcionários da Empresa tinham sido alvo de ameaças de
morte. Então não se pronunciaram?
Sabem, o que vos posso dizer, do que me foi transmitido por algumas pessoas que foram inquiridas, é que o que se estava de facto a passar na empresa
mais parecia uma “república das bananas”, isto é, não se sabia “quem mandava em quem”. Daí a desordem e caos que se havia instalado, pelo
desrespeito da estrutura hierárquica no Departamento de Equipamento que eu chefiava, causado por dois Directores Aires Messias e seu seguidor Maia
Alves, que aqui deram o tudo por tudo para dar a sua mãozinha a um seu camarada de partido, e depois deu o que deu.

O que deveria ter feito a EDP após o acidente?

Dado tratar-se de um acidente de trabalho, a EDP deveria ter promovido o inquérito ao acidente de trabalho, a que está obrigada por lei, para
averiguar das condições em que o mesmo ocorreu, nomeadamente, da falta do “Segurança”, que estava ausente do local onde se deu o acidente. As
conclusões do inquérito seriam bem desejáveis e permitiriam aferir a decisão da sentença proferida, e a deturpação dos factos ocorridos restringir a sua
actuação apenas à participação do sinistro à Seguradora, em vez de lançar uma campanha de intimidação contra a minha pessoa.

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