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Tutela específica é aquela que propicia a quem tem razão a exata prestação devida.
A tutela do equivalente em dinheiro atribui a quem tem razão o equivalente em dinheiro ao objeto de seu direito.
As prestações ou são de fazer ou de não fazer ou de dar dinheiro ou dar coisa distinta de dinheiro.
No CC/16 não havia tutela específica para as obrigações de fazer ou não-fazer ou de dar coisa que não fosse
dinheiro. Assim, o CC/16 privilegiava a tutela do equivalente em dinheiro, resolvendo-se em perdas e danos, porque baseava-
se na lição de quem ninguém podia ser coagido a fazer aquilo que não quer.
É o sistema vigente hoje. Por ele se executa para cumprir a prestação. Só se resolve em perdas e danos se o credor
fizer a opção ou quando for impossível seu cumprimento (ex. o cavalo morre).
CPC 461 e 461-A: consagram a tutela específica para toda a obrigação, seja convencional ou legal, seja fungível ou
infungível.
Tutela em dinheiro: em regra a conversão é para ressarcir a obrigação. Mas, é possível o ressarcimento de forma
específica, ex. para ressarcir dano ambiental – ao invés de ressarcir em dinheiro, ressarcirá plantando árvores. Outro ex. é o
direito de resposta.
3. Tutela Específica:
INTENSIVO REGULAR - LFG
Disciplina: Direito Processual Civil
Tema: Recursos – Embargos Infringentes.
Prof.: Fredie Didier
Data: 18.07.07
EMBARGOS INFRINGENTES:
1. Cabimento:
2. Finalidade:
É recurso interno, pois quem julga é o mesmo tribunal que havia julgado o caso.
*OBS: Cabem Embargos Infringentes na sentença terminativa e em caso de aplicação do §3º, art.
515 (julgar o mérito), e o acórdão for não unânime.
Questões Polêmicas:
- cabem EI, em tese, em julgamento de agravo regimental, quando esses tiverem natureza
de apelação ou rescisória.
- não cabem EI em MS – STJ 169 e STF 597 – porque não é previsto na lei do
mandamus.
- EI em acórdão com VOTO MÉDIO: há casos em que cada voto adota uma posição,
assim, não há maioria. Neste caso, o critério para escolha é: escolher um que fique entre
as posições extremas ou, quem incrementar a posição intermediária dá apoio a ela (ex:
voto 30, voto 60, voto 40 – o voto 40 é intermediário, por isso quem votou 60 está dando
também 40).
Cabem EI no acórdão com voto médio, porque há votos vencidos nos 2 extremos.
- Os EI são a última possibilidade de recurso na forma ordinária, assim, se cabem EI, não
caberá RESP ou RE. Isto se dá porque o RE e o RESP exigem, para serem interpostos, o
esgotamento da via ordinária. – STF 281 e STJ 207.
* Acórdão com 2 capítulos: 1 unânime e outro não unânime. Nessa hipótese, devem ser
interpostos os EI unicamente. A parte (capítulo) unânime fica “suspensa”. Com a prolação do acórdão
nos EI, inicia prazo para a interposição do RE ou RESP.
3. Prazo:
O prazo para interposição dos EI é de 15 dias. O prazo para RE/RESP tem início após o decurso
de 15 dias para os EI – CPC 498.
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1. Características Gerais:
Sempre haverá exigência do prévio esgotamento das vias ordinárias para a interposição
do RE/RESP.
• Para a STJ 320 questão ventilada no voto vencido não basta para o RESP.
Ex: leasing – valor residual diluído – dependendo da interpretação dessa cláusula será
contrato de leasing ou financiamento simples. STJ 293 é resultado de interpretação de
cláusula contratual.
RECURSO ESPECIAL
1. Cabimento:
Só cabe RESP de acórdão de TJ e de TRF. Não cabe RESP de acórdão de Turma Recursal
(Juizados) – STJ 203.
CF 105, III:
*contrariar = ofender de qualquer modo (aplicar mal) a lei federal – a acepção é ampla.
*negar vigência = é não aplicar o dispositivo, é ignorar. Quem nega vigência contraria, porém,
aplicar mal não é negar vigência, é contrariar. A STF 400 é inaplicável hoje, foi editada antes da CF/88,
pois aplicar mal é contraria, assim, admite-se RESP.
* tratado = após EC 45/04 há tratados com natureza de emenda constitucional (quorum especial e
sobre direitos humanos) – neste caso, caberá RE, mas não caberá RESP.
2) acórdão julgar válido ato do governo local, contestado em face de lei federal.
Antes da EC 45/04 era “julgar ato de governo ou lei local, em face de lei federal. Hoje, contudo,
o conflito de lei local face a lei federal é competência constitucional do STF, portanto, caberá RE. Esta
alteração ocorreu para dar proteção à Constituição (competência legislativa). – CF 102, III, “d”.
3) acórdão der à lei federal interpretação divergente a dada por outro tribunal. É forma de dar
uniformização à legislação federal.
** Para alguns autores essa hipótese de cabimento não é autônoma, dependendo da alegação
conjunta da 1ª hipótese de cabimento. – Para Fredie esta tese é absurda (para mim tb!!!).
** Como o STJ pode fazer controle de constitucionalidade por via difusa, da decisão que declarar
a inconstitucionalidade, caberá RE.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
1. Cabimento:
Cabe contra qualquer decisão de qualquer tribunal, desde que seja a última decisão.
* Da execução fiscal de até 50 ORTNs não cabe apelação. Cabem embargos infringentes de
alçada (juiz de 1º grau). Da decisão dos EI cabe RE – STF 640, e também terá que respeitar todos os
requisitos de admissibilidade.
Hipóteses:
Contrariar a CF – para o STF a contrariedade deve ser direta. Para ofensa reflexa, oblíqua,
indireta NÃO cabe RE.
Ofensa reflexa: haverá quando para verificar a violação à CF for necessário examinar antes a
legislação federal (como um “cesta por tabela”). V. STF 636.
STF 733 e 735: Não cabe RE contra decisão de precatória (é decisão administrativa); e não
cabe RE de acórdão que examina concessão de medida liminar (cabe RESP).
RISTF – regulamento do RE nos Juizados Federais. O STF pode determinar a suspensão de todos
os casos semelhantes. Pode ser ex officio. É expedido edital para quem quer que seja, em todo o Brasil,
para em 30 dias se manifestar. A decisão será válida para todos os casos semelhantes, ainda que nem
julgados (é “pesca com rede”). – Este é mais um exemplo de objetivação do controle difuso.
Amicus Curiae – pode, como visto acima, auxiliar o julgamento do RE (difuso).
2. Repercussão Geral:
É questão que extrapola os limites do processo. Esse requisito é mais um exemplo da objetivação
do controle difuso.
Quem analisa a repercussão geral é o STF, mas a existência da repercussão é analisada pelo
Presidente do Tribunal a quo.
STF: só pode dizer que não há repercussão geral, por voto de 8 ministros (maioria qualificada
2/3).
* Negação: negada a repercussão, a decisão valerá para todos os recursos de matéria idêntica.
CPC 543-B: Vários recursos com a mesma matéria, o STF escolhe alguns por amostragem, cuja
decisão valerá para todos.