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9-Aços Ferramenta
9-Aços Ferramenta
Os aços ferramentas endurecidos em água são normalmente aços carbono com 0,6-
1,4% C, mas freqüentemente contendo 0,8-1,1% C. São adicionados em algumas ligas
0,25% V e em outras 0,50% Cr. Tabela 9.2 lista as composições químicas e aplicações
típicas dos aços ferramentas tipo W.
Tabela 9.2 - Composição Química e aplicações típicas de aços ferramentas temperados
em água.
Tipo Aplicações
%C %W %Mo % Cr % V
AISI Típicas
W1 0,60- x x x x Baixo C: ferramentas de forja, ferramenta de
W2 1.40 x x x 0,25 estampo, matrizes de forjamento, ferramenta
0,60- para esculpir, ferramenta para rebites, lamina
1.40 de corte, punções, perfuradores, marretas;
Médio C: mandris, moldes para estampos,
escareador, mancais, moldes para cunhagem,
molde para jóias, perfuradores, laminas de
corte, ferramentas para corte de madeira. Alto
C: cortadores de vidros, moldes para jóias,
ferramentas de tornos, punções e moldes,
mancais, ferramentas para corte de madeiras,
brocas curvas. Possuindo Vanádio (W2) grão
fino, maior tenacidade, baixa capacidade de
endurecer.
W5 1,10 x x 0,50 x Matrizes para estampagem, matrizes que sofrem alta
pressão, grandes perfuradores, mancais, rolos para
trabalho a frio, chapa para elevada durabilidade.
Um dos aços ferramenta resistentes ao choque mais importantes é o S5, o qual possui um
baixo preço, é o aço ferramenta para utilizações gerais. A liga S5 possui uma alta
porcentagem de silício e relativamente baixa porcentagem de carbono, e para assegurar a
completa transformação da ferrita em austenita ela é austenitizada a altas temperaturas, em
torno de 927°C. Ela possui média temperabilidade, como mostrado no diagrama TI da
figura 9.3.
Aços ferramentas trabalhados a frio são largamente utilizado para ferramentas que
irão trabalhar a frio e aplicações em moldes onde a resistência ao desgaste e tenacidade são
importantes.
Os principais grupos de aço ferramentas para trabalho a frio são (1) endurecidos ao
óleo, (2) endurecido ao ar, (3) alto carbono, alto cromo. Nesta secção, somente os aços
ferramentas para trabalhos à frio do tipo O endurecido em óleo serão detalhados. Na seção
9.5 e 9.6 serão abordados, os tipos endurecidos ao ar e os tipos altos cromos e alto carbono,
respectivamentes.
Um dos aços ferramenta mais usado é o endurecido em óleo do tipo O1. Contém
alto teor de Manganês, com 0,5% de cromo e 0,5% de tungstênio, aumentando tanto a
temperabilidade do aço que o resfriamento drástico em água pode ser evitado.
A figura 9.5 mostra como o diagrama TI desta liga é tão modificado que a baixa
taxa de resfriamento em óleo pode ser usada para produzir uma estrutura martensítica
proporcional a atingida quando o meio de resfriamento utilizado é a água. Utilizando
resfriamento lento em óleo, há menos variação dimensional, distorção e riscos de ocorrer
trincas do que com o resfriamento em água. Contudo, variação dimensional utilizando
resfriamento em óleo são ainda maiores do que as obtidas por resfriamento ao ar livre.
Tabela 9.5 - Composição Química e aplicações típicas de aços ferramentas trabalhados a frio
(média liga) temperados ao ar livre (tipo A)
%
Tipo Aplicações
%C %W %Mo %Cr % V outros
AISI Típicas
A2 1,00 X 1,00 5,00 x X Molde para extrusão, matrizes para retificagem,
matrizes para estampagem, mandris, lamina de
corte, buchas.
A3 1,25 X 1,00 5,00 1,00 X Moldes para extrusão, moldes para rolos em
linha, moldes para decorações, mandrils,
ferramentas cerâmicas,moldes plásticos,
A4 1,00 X 1,00 1,00 X 2,00 Mn Mandris, laminas de cortes, furadores, matrizes
para retificagem, matrizes para forma,
cortadores, buchas.
A6 0,70 X 1,25 1,00 X 2,00 Mn Matrizes plásticas, moldes para forjamento,
furadores, ferramenta de polimento, moldes
para plásticos.
A7 2,25 1,00* 1,00 5,25 4,75 X Matrizes de estampos, ferramenta de polimento,
matrizes para forma.
A8 0,55 1,25 1,25 5,00 X X Laminas de corte, matrizes para pressão a
quente, , furadores, matrizes para retificagem,
insertos para matrizes de forjamento, moldes
para compressão.
A9 0,50 X 1,40 5,00 1,00 1,50 Ni Matrizes para forma e rolos, colagem de matriz,
matriz de garra. ferramentas de perfuração,
mandril, , matrizes de garra.
A10 1,35 X 1,50 X X 1,80 Mn
Matrizes: de estampar, de forma, de
1,25 Si
retificagem.
1,80 Ni
8
Opcional
Os principais elementos de liga nos aços ferramenta trabalhados à frio e temperado ao ar,
com 1 a 2 % de C, são cromo, manganês, molibdênio, vanádio e níquel. Duas ligas
importantes desta série são o tipo do Cr de 5% (liga A2) e do tipo 1% Cr , 2 a 3% Mn (liga
A4). A tabela 9.5 lista a composição química e a aplicação típica usados atualmente para os
aços ferramentas temperado com ar (Tipo A).
O aço ferramenta com alto carbono e alto cromo foram introduzidos nos Estados
Unidos por volta de 1915 e foram tornados originalmente como um possível substituto para
aços ferramenta de elevadas velocidade de corte. Desde que estes aços não tenham a dureza
suficiente em velocidades elevadas do corte e forem também demasiadamente frágeis, tem
seu uso limitado para esta finalidade. Entretanto, descobriu-se que suas elevadas
resistências ao desgaste e propriedades de não conformação excepcionais os fizeram muito
úteis para o trabalho a frio com matrizes de aço. A composição química e as aplicações
típicas do principal aço ferramenta do tipo D, usado atualmente, estão listados na tabela 9.6.
A fim de obter uma menor quantidade de variação dimensional com estas ligas,
deve ser aquecida lentamente e uniformemente à temperatura de austenitização. Os banhos
de sais ou os fornos com atmosfera controlada são usadas geralmente na têmpera dos aços
ferramenta de alto carbono e alto cromo.
Nos aços ferramenta D2, a adição de 0,8 % de Mo suprime a formação da perlita e
permite que a dureza total seja obtida com a refrigeração de ar. Uma pequena adição de
molibdênio aumenta extremamente a temperabilidade deste aço, como é indicado no
diagrama TI. (Figura 9.10).
O aço ferramenta D2 é usualmente resfriado ao ar para temperaturas de
austenitização em torno de 1010ºC à 1038ºC. Se aquecido à temperatura de austenitização
muito alta, sua dureza na superfície revenida será mais baixa até aproximadamente 4500 C
(figura 9.11).
Figura 9.10 – Diagrama isotérmico IT do aço ferramenta tipo D2 (alto C, alto Cr).
Figura 9.11 – Efeito da temperatura de austenitização na dureza do aço ferramenta tipo D2
depois do revenido. A grande quantidade de austenita retida 1120ºC (2050ºF) prova a
causa da baixa dureza na condição revenida. Entre cerca de 450ºC (842ºF) e 1120ºC
(2050ºC) prova uma transformação da austenita em martensita acompanhada da
precipitação de carbetos de Cr causando um aumento na dureza.
Quando o aço ferramenta H13 é austenitizado a 1010°C por quase 1h, os carbonetos
de molibdênio e cromo são dissolvidos em solução sólida. Somente o carboneto de vanádio
permanece não dissolvido.
Resfriamento ao ar até a temperatura ambiente produz uma estrutura contendo
martensita, austenita retida, e provavelmente alguma bainita; por revenimento duplo estas
estruturas a aproximadamente 578°C, a austenita retida pode ser transformada em
martensita revenida. Durante o primeiro revenimento, a austenita retida resfriada ao ar
depois da austenitização é transformada em martensita (este processo pode ser chamado de
condicionamento). Durante o segundo revenimento a nova martensita é transformada em
martensita revenida. Revenimento duplo destes aços ferramentas trabalhados à quente é
necessário para a obtenção de máxima estabilidade dimensional.
A curva dureza x temperatura de revenido para revenimento duplo (2 + 2h à
temperatura) é mostrado para aços ferramenta tipo H12 e H13 (figura 9.14). Note que o aço
H13 necessita de boa resistência ao amolecimento desde que uma dureza Rockwell C de 45
é mantida após 4h de revenimento a 610°C.
.
Figura 9.14 – Curvas de revenimento para os aços ferramentas trabalhados à quente H13 e
H12. Perceba que a resistência do H13 varia mais suavemente com o aumento da
temperatura e que é de grande importância para aços trabalhados à quente.
9.7.3. – Microestruturas
Figura 9.15 - Microestrutura do aço ferramenta tipo H13 (trabalhado à quente) (0,40% C;
1,0%Si; 0,40% Mn; 5,25% Cr, 1,00%V; 1,20% Mo). (a) Condição completamente
recozida: Estrutura consiste de carbetos finos esferoídais numa matriz ferritica. (b)
Resfriado normalmente ao ar livre na condição revenido: austenitizado a 1010ºC,
resfriado ao ar livre até a temperatura ambiente, duplamente revenido à 578ºC por 2h
cada. Estrutura consiste em finas partículas de carbetos numa matriz martensítica
revenida. (c) Estrutura super aquecida: Austenitizado a 1150ºC, resfriado ao ar livre
até a temperatura ambiente, duplamente revenido à 578ºC por 2h cada. Estrutura
consiste em partículas finas de carbetos em uma matriz martensítica revenida. (Nital
4%, 1000X).
9.8. - ENDURECIMENTO SECUNDÁRIO DE AÇOS MOLIBDÊNIO E
TUNGSTÊNIO.
9.17 - Micrografia eletrônica, 4% Fe, 0,2% Mo, liga de carbono revenida por 7h a
550ºC: perceba que o Mo2C precipitado mostra evidência de nucleação das discordâncias.
Condição não envelhecida
O MO2C aumenta a resistência da ferrita e alcança um efeito máximo de
endurecimento secundário em torno de 550°C. O principal crescimento da resistência na
reação de precipitação é a nucleação e o crescimento de pequenas agulhas de MO2C em
rede de discordância, formando por têmpera a martensita. O crescimento de agulhas é ao
longo das três direções do cubo na ferrita e forma a estrutura Widmanstatten.
A relação de orientação é fundada por:
(1000)Mo2C//(001)́α
9.19 - Micrografia eletrônica, 6,3% Fe, 0,23% W, aço carbono depois de revenido por 100h
a 600ºC. Estrutura mostra carbetos de tungstênio W2C grosseiros. Condição não
envelhecida.
O aço Fe3C com 6,3%W, 0,23%C foi observado que transforma-se em W2C em três
maneiras.
1. Pela nucleação do Fe3C/interfaces ferritícas, onde W2C gradualmente troca às ripas
de Fe3C.
2. Pela nucleação do W2C em discordâncias herdadas pelas na transformação
martensítica.
3. Pela nucleação do W2C na vizinhança do contorno de grão do Fe3C esferoidizado.
Aços ferramenta de alta velocidade, mais conhecido por aços rápido, são aços
altamente ligados que são usados para altas taxas de corte de metais muito duros (dai o
nome “altas velocidades”). Como as velocidades de corte envolvidas com esses aços
freqüentemente causam altas temperaturas na ponta da ferramenta na faixa rubra, eles
devem ser resistentes ao revenido a estas temperaturas. A capacidade de um aço em resistir
ao amolecimento na faixa de aquecimento ao rubro é chamada dureza ao rubro e é uma
propriedade importante dos aços rápido. Esses aços precisam ter também boa resistência ao
desgaste e alta dureza para serem capazes de manter a lâmina de corte por períodos
prolongados.
Aços rápido foram desenvolvidos para muitas aplicações diferentes e contém
tungstênio e/ou molibdênio para a formação de carbetos e dureza ao rubro, vanádio para
aumentara a resistência à abrasão e cromo para reduzir a oxidação e aumentar a dureza. Às
vezes o cobalto é adicionado para melhorar o endurecimento a altas temperaturas. Aços
rápido são divididos em dois grupos: (1) tungstênio, tipo T e (2) molibdênio, tipo M.. A
composição química e as aplicações típicas dos aços ferramenta selecionados são dados na
tabela 9.8.
O primeiro aço ferramenta de alta velocidade a ser desenvolvido teve como base o
tungstênio. Em 1904 a adição de 1% de vanádio em um aço 18% W, 4% Cr levou ao
desenvolvimento do aço de alta velocidade 18-14-1 (18% W, 4% Cr, 1% V), o qual foi
chamado de T1. Esta liga foi o aço rápido padrão por muitos anos e ainda é utilizado
extensivamente nos dia de hoje. Cobalto foi adicionado ao aço rápido na Alemanha em
1912 e ainda é utilizado hoje para aumentar a dureza ao rubro (veja Tabela 9.8). Com o
passar do tempo, toda uma série de aço rápido com base em tungstênio foi desenvolvida
com a quantidade de tungstênio variando entre 12 a 20%, junto com 4% Cr e 1 a 5% V. Em
algumas ligas, de 5 a 12% Co é adicionado para aumentar a dureza a altas temperaturas.
Até por volta de 1930, o preço do molibdênio era aproximadamente o mesmo do
tungstênio, enquanto que o molibdênio não era usado extensivamente nos aços rápido
Entretanto, com a descoberta de grandes depósitos de molibdênio no Colorado, muitos aços
rápido do tipo molibdênio foram desenvolvidos. O tipo M1 foi desenvolvido primeiro e
continha 9% Mo e 1.5% W. Depois o M2 com 6% W, 5% Mo e 2% V foi desenvolvido.
Hoje nos Estados Unidos, por volta de 80% dos aços rápido utilizados são do tipo
molibdênio. Entretanto na Inglaterra, são preferidos os aços ferramenta de alta velocidade
com base em tungstênio.
Os aços rápido de molibdênio têm custo menor, e por essa razão eles dominam o
mercado dos EUA. Entretanto, aços ao molibdênio são mais suscetíveis a descarbonetação
e requerem melhores controles de temperatura durante o tratamento térmico. O aço rápido
de uso geral nos EUA atualmente é o tipo M2, enquanto na Inglaterra a liga T1 ainda é
predominante.
Tabela 9.8 - Composição Química e Aplicações típicas de aços rápidos (tipo T).
Tipo % outros Aplicações
%C %W %Mo %Cr % V
AISI Típicas
Aço rápido (W)
T1 0,75 18,00 X 4,00 1,00 X Machos de abrir roscas, matrizes
para laminação, cortadores, insertos
de matriz e matriz para extrusão a
quente.
T2 0,80 18,00 X 4,00 2,00 X Brocas, alargadores, ferramentas
para planos, ferramentas para forma.
T4 0,75 18,00 X 4,00 1,00 5,00 Co Brocas, alargadores, ferramentas
para planos, ferramentas para forma,
ferramentas de cortes em pontos
simples.
T5 0,80 18,00 X 4,00 2,00 8,00 Co Ferramenta para cortes de elevada
dureza, ferramentas para planos,
ferramentas para forma.
T6 0,80 20,00 X 4,60 1,50 12,00 Co Ferramentas cutoff, ferramentas
para planos.
T8 0,75 14,00 X 4,00 2,00 5,00 Co Ferramentas cutoff, ferramentas
para planos.
T15 1,50 12,00 X 4,00 5,00 5,00 Co Ferramentas para formas, brocas,
ferramentas para alta ductilidade e
resistência.
Aço rápido (Mo)
M1 0,85 1,50 8,50 4,00 1,00 X Machos de abrir roscas, furadores,
ferramentas para planos, brocas.
M2 0,85- 6,00 5,00 4,00 2,00 X Machos de abrir roscas, furadores,
1,00 ferramentas para planos, brocas.
Para esses aços rápido, o tipo T1 será utilizado para ilustrar as mudanças na
estrutura que ocorrem durante a solidificação, no trabalho a quente e no tratamento térmico.
Solidificação e a estrutura fundida. - A estrutura fundida do aço rápido 18-4-1 pode ser
melhor considerada como referência para um diagrama de fase o qual é uma seção
pseudobinária de Fe-58% W-4% Cr versus o sistema de carbono (figura 9.20).Quando o
líquido de um aço ferramenta 18% W -4% Cr contendo aproximadamente 0.75% C é
solidificado, dendritas de ferrita-δ formam primeiro no metal a 1475oC. Como a
solubilidade de carbono e os elementos de liga são muito restritos na ferrita-δ , o líquido se
torna enriquecido deles e aumentam ainda mais os precipitados de austenita no
resfriamento, os quais são ricos em elementos de liga em volta das dendritas de ferrita.
Com o decréscimo da temperatura para 1350oC, uma região de Quarta fase é
atravessada onde os carbetos e a austenita são precipitados do líquido e a ferrita-δ
transforma em austenita. A reação total é como segue:
Tratamento térmico dos Aços Rápido - O fator mais importante que afeta a performance
final de uma ferramenta de corte é seu tratamento térmico. Se o tratamento térmico não é
executado corretamente ,uma performance inferior será obtido.
1. A composição do carboneto duplo M6C varia de Fe4W2C para Fe3W3C. Esses dissolvem
moderadas quantidades de cromo, vanádio e cobalto, e tem sua importância nas reações
de endurecimento secundário as quais produzem a propriedade de dureza ao rubro.
(veja seção 9.8)
9.24 – Participação de elementos entre carbetos e matriz no aço ferramenta alto W T4.
9.26 – Efeito da temperatura de revenimento na dureza do aço ferramenta rápido T1- 0,70%
C- depois de temperado a partir de 1204ºC, 1260ºC, 1315ºC. Para este aço a temperatura
normal de austenitização é 1290ºC. tempo de revenido 5h.
9.10.2. - Produção
9.10.3. - Classificação
O metal duro pode ser dividido em dois amplos grupos: (1) um grupo feito
principalmente com carbetos de tungstênio (WC), e (2) grupo contendo grandes
quantidades contendo carbonetos de titânio e Tântalo (TiC – Ta) como também carbonetos
de tungstênio. Tabela 9.9, lista composições diferentes de grupos de carbonetos com valor
de dureza e típicas aplicações. Os carbonetos de tungstênio “puros” são usados
principalmente na fabricação de ligas não ferrosas, ferros fundidos e materiais não
metálicos. Os tipos de carbetos misturados são usados na fabricação de carbono e ligas de
aço.
Tabela 9.9 – Classificação dos metais duros
Grupo Composição, % (remanescenteWC). Dureza Densidade
de Co TaC +TiC Rockwell g/cm3
carbeto A
Carbeto de tungstênio em linha reta
1 2,5 – 6,5 0–3 93 – 91 15,2 – 14,7
2 6,5 – 15 0–2 92 – 88 14,8 – 13,9
3 15 – 30 0-5 88 - 85 13,9 – 12,5
Carbeto adicionado, predominantemente
TiC
4 3–7 20 – 42 93,5 – 92,0 11,0 – 9,0
5 7 – 10 10 – 22 92,5 – 90,0 12,0 – 11,0
6 10 - 12 8 - 15 92,0 – 89,0 13,0 – 12,0
Carbeto adicionado, predominantemente
TaC
7 4,5 – 8 16 – 25 93,0 – 91,0 12,5 – 12,0
8 8 - 10 12 - 20 92,0 – 90,0 13,0 –11,5
Carbeto adicionado, exclusivamente TaC
9 5,5 - 16 18 - 30 91,5 – 84,0 14,8 – 13,5
1. Finalidade para corte de ferro fundido, metais não ferrosos, super ligas e ligas
austeniticas; moldes de baixo impacto.
2. Corte violento em ferro fundido, especialmente em casos mais simples; moldes de
impacto moderado.
3. Moldes de alto impacto.
4. Corte de alta velocidade em aço, alta resistência às crateras e baixa resist6encia a
choques.
5. Média velocidade de corte em aços. Boa a resistência à cratera e moderada
resistência ao choque.
6. Corte violento em aço. Boa resistência a choque e a cratera. Moldes com moderados
impactos envolve melhoramentos.
7. Corte leve em aço onde a combinação de resistência à cratera e o desgaste de fio é
requeridos.
8. Aplicações gerais e corte profundo de aço requerendo resistência ao desgaste
abrasivo em grande escala.
9. Resistência ao desgaste em aplicações particularmente envolvendo aquecimento;
elementos de medida maquinas para aplicações especiais. Aplicações especiais
envolvendo choque mecânico e aquecimento.
9.10.4 - Microestrutura
9.31 - Carbeto cementado 94% WC, 6%Co, tamanho de grão. Estrutura consiste em
carbetos de tungstênio na matriz de cobalto. (a) (Murakami 1500X) (b) replica eletrônica,
os formatos de bloco são os grãos de carbetos.
9.32 – Carbeto cementado 72% WC, 11% TaC, 8% TiC, 9% Co; densidade 12g/cm3.
Partículas de baixo ângulo são WC; partículas rodiadas por regiões escuras são uma fase de
solução sólida de TaC – TiC – WC. A matriz é de Co. (Murakami, 1500X).
O alto teor de carbonetos (90-95% por volume) do metal duro torna ele mais duro
que os aços rápidos que contem cerca de 35% de carbonetos ou níquel fundido e
ferramentas a base de cobalto que também contém cerca de 35% de carbonetos. Figura 9.33
mostra como metais duros retém sua dureza a elevadas temperaturas melhores que os aços
ferramentas e ligas com base de cobalto. Esta propriedade é importante para fabricação
desde que temperaturas acima de 815oC possa existir no gume cortante durante a fabricação
do metal rápido.
O metal duro também tem alta resistência a compressão (acima de 800 Ksi) e retém
mais dessa resistência a elevadas temperaturas. Essa também é uma propriedade importante
desde que as forças compreensivas acima de 150 ksi a 538-815oC possam existir no gume
cortante em altas velocidades.
Na fabricação do aço, a velocidade de corte é o principal fator na seleção do
material da ferramenta de corte. Velocidade de corte tão alta como 1000 ft/min são
possíveis com os metais duros, entretanto os aços ferramentas são limitados a velocidades
de 200 ft/min (figura 9.34).
9.34 – Velocidade de corte versus remoção de material durante o corte para vários
materiais para ferramentas.