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OS CELTAS - INTRODUÇÃO

Os Celtas dominaram o meio e a parte Ocidental da Europa durante mil anos. Mas
apenas recentemente importância da influência celta na cultura, linguística e
desenvolvimento artístico da Europa parece ter gerado interesse de estudo deste povo.
Os Celtas estão indentificados como uma raça ou grupo étnico que desapareceu desde á
muito, excepto em certos lugares como a Irlanda e as Terras Altas da Escócia, e ainda
em Gales e Bretanha.

Os Celtas transmitiam a sua cultura oralmente, nunca escreveram a sua história ou


factos. Daí o fraco conhecimento sobre os seus contatos com as civilizações clássicas da
Grécia e Roma. Eles eram mestres ma metalúrgia, e preseguiam a vida para além da
morte na sua religião, tinham também conhecimento em áreas como a Filosofia,
Geografia , e Astronomia. Os Romanos tinham como tutores para os seus filhos de
acordo com um historiador romano. Isto teve consequência no Império Romano que
cresceu em poder e prestígio, esses tutores foram mais tarde substituídos por outros de
outras culturas, pois os romanos consideravam os Celtas um povo bárbaro para educar a
sua juventude.

A bravura dos Celtas em batalha é lendária. Eles muitas vezes tiravam a armadura,
partindo despidos para a batalha. A sociedade celta era típicamente mais igual em
termos de sexos . A mulher era tão mais ou menos igual do que um homem guerreiro,
elas participavam e acompanhavam os guerreiros, comerciantes e governantes.

No Inicio da Europa

Os primeiros habitantes na Europa foram as tribos caçadoras e recolectoras do


Paleolítico. Até ao final da Idade do Gelo(á 10000 anos ) eles começaram a adoptar um
estilo de vida agrário. Isto aconteceu á cerca de 2500 anos durante o Mesolítico. Estas
sociedades agrícolas começaram a fabricar potes por volta de 5000 A.C., o inicio do
Período Neolítico.

O Neolítico durou até cerca de 2500 A.C. Durante este tempo nós não temos
conhecimento sobre a raça ou língua desses primeiros europeus. Não é conhecido se
eles falavam uma língua Indo-europeia ou ainda as línguas pré-indo-europeias.

O pouco conhecimento dá-se na Idade do Bronze(2500-800 A.C.), a raça do povo é


desconhecida, mas desde a primeira migração grega que ocorreu em 1800 A.C. que se
sabe que algumas pessoas falavam uma língua Indo-Europeia.

Não é conhecido se foi motivado pelas migrações Indo-Europeias vindas da Rússia, ou


se a Europa estava num nível cultural baixo no tempo em que se tornou Indo-Europeia.

Muitas teorias, e isto tudo pode ser, relacionado pelo fluxo de povos que falavam
línguas classificadas como Indo-Europeias. Contudo o crescimento da população da
Idade do Bronze, era formada na base das culturas da Idade do Ferro. A primeira foi a
Cultura de Hallstatt, agora claramente vista como o inicio da cultura Celta.

A Cultura Hallstatt

Esta cultura foi a primeira da Idade do Ferro. As regiões ocidentais desta cultura, entre a
França e a Alemanha Ocidental, também falavam a língua celta. Em Circa (600 A.C.) o
grego geógrafo Herodotus escreveu sobre os celtas como estando para além dos "pilares
de Hércules"(Gibraltar) e no Alto Danúbio.

O nome "Celta" possivelmente veio da tribo dominante de Hallsatt, ou da palavra


dominante da sua língua, e tornou-se nim conceito unificador para toda a cultura.
"Celta" é o que o povo se chamava a si próprio, e os gregos referiam-se aos Celtas como
"Keltoi".

Existem várias opiniões sobre esta questão; alguns experts falam que o nome "Celta" foi
dado pelos próprios gregos.

Guerreiros & Equipamento da Cultura Hallstatt


Hallstatt é uma cidade perto de Salzburg na Austria, e os lugares funerários celtas
descobertos no século XIX deram o nome do inicio do período celta na Europa, o qual
permaneceu desde o século VII ao século V A.C.

O nome da localidade, como muitos outros lugares europeus, assim como Halle e
Hallein, indicam a presença de minas de sal e subentende a importância que o sal jogava
no comércio pré-histórico. O sal foi uma grande fonte de riqueza para os senhores da
guerra pré-históricos e sua comunidade.

Ele preservava os alimentos, tornava a cozinha mais apaladada, e podia ser trocado no
comércio europeu por outros bens. A impressionante qualidade de preservação do
mineral foi claramente demonstrado quando o corpo de um mineiro morto num colapso
de um túnel foi descoberto com poucos registos de decomposição.

Os guerreiros celtas da Europa Central cresciam ricos através do comércio do sal, e o


seu poder e influência expandiu-se do Danúbio ao longo do Reno até França e Sul da
Alemanha. O broze, combinado com o cobre, tornou-se no metal dominante no inicio
deste período, juntando-se mais tarde o ferro.

A agricultura foi grandemente desenvolvida. Este comportamento foi reflectido em


maior destaque mais tarde na sociedade irlandesa e escosesa com raids e contra-raids.

Os escoceses do sul, geralmente conhecidos como os "Fronteiriços", desenvolveram o '


reiving' para um fino e algumas vezes uma arte sangrenta, embora fosse usual os
Homens das Terras Altas acompanharem com honra duvidosa as acções de assalto e
roubo. Esses raids iniciais dos celtas trouxeram um stock adicional, assim como
escravos, os quais podiam ser comercializados(conjuntamente com o sal e ferro) ás
sofisticadas culturas citadinas da Itália e da Grécia do sul, providenciando aos celtas
vinho e bens luxuriosos.
Foi uma era de expansão para os Celtas, uma era em que a sua cultura marcial tinha
pouca oposição, e acabou por se tornar dominante na Europa Ocidental, através dos
constantes feudos intertribais preveniam a formação de qualquer género de império
organizado.

Outro factor que impediu a formação de um império para competir com a Grécia e mais
tarde com Roma foi a simplicidade da vida celta. Eles não construiram grandes cidades
para acomodar grandes populações e assim gerar um grande comércio. Em vez disso
preferiram uma vida rural e o comércio era o suficiente para manter os abastecimentos
de bens exóticos do sul da Europa.

Em termos planos, os Celtas não estavam inclinados para serem grandes construtores de
cidades - não por eles não terem tecnologia - pois eles não precisavam disso. Eles
viviam um estilo de vida livre e preferiam grandes espaços abertos da Europa do que
grandes metrópoles.

· Enviado por jpalma em 25 Janeiro 2006 - 12:01:12 5490 Leit

Guerreiro Celta – Colecção Soldados Romanos (Fascículo 17) – Planeta d’Agostini


O povo celta : abordagem histórica
Em cerca de 700 a.C. um grupo de tribos , os Celtas, começou a habitar a Europa Central.

Em 500 a.C., haviam-se estabelecido como agricultores pela Europa Central e


Noroeste. As famílias celtas viviam no seio da tribo, em pequenas cabanas
construídas em colinas-fortaleza, para se defenderem dos frequentes ataques de
outras tribos. Em tempos de paz, criavam animais e plantavam nas terras próximas.
Cada tribo era comandada por um chefe ou rei. Os druidas eram membros muito
importantes da tribo.

Os Celtas eram habilidosos no trabalho com metais e faziam utensílios de


ferro, armas e fina joalharia. Por esta data os especialistas em metais já utilizavam o ouro, a prata e o bronze. Em
oficinas enfumaçadas e quentes, derretiam minérios em potes de argila, sobre fogueiras de carvão. Munidos somente de
ferramentas feitas de ossos e ferro, criaram símbolos celtas inconfundíveis, entrelaçando e recurvando fios de metal ou
martelando formas sobre ornamentos.

Apreciavam festas e bebida. Lutavam com ferocidade mas sem disciplina e foram
facilmente conquistados pelos romanos. No entanto, os guerreiros celtas eram terríveis
- pelo menos na aparência. Os homens normalmente vestiam toscas de lã, mas, nas
batalhas, combatiam nus, usando apenas colares. Seus corpos eram pintados de azul com
uma tintura extraída das folhas de uma planta chamada ísatis. Os guerreiros lutavam com
espadas, lanças e fundas e protegiam-se com escudos de bronze ou de madeira. Eles
avançavam sobre o inimigo a pé, gritando e batendo nos próprios escudos. Alguns
sopravam cornetas. Embora fossem combatentes destemidos, os celtas nunca foram um exército eficiente, por causa
da indisciplina. Os guerreiros celtas também tinham um muito particular código de honra em combate. Eles
consideravam inaceitável, por exemplo, que um só homem fosse atacado por dois inimigos ao mesmo tempo. Como
resultado, foram com facilidade batidos pelas altamente disciplinadas e treinadas legiões romanas.

Os Celtas não tinham língua escrita. Suas leis, rituais e lendas eram transmitidas oralmente. Línguas célticas
sobrevivem em áreas do noroeste da Europa. Na Irlanda e na Escócia, fala-se o goidélico. O gaélico é a forma moderna
dessa língua. Outras formas de línguas célticas, chamadas britônicas, são também faladas no País de Gales e na
Cornualha, sudoeste da Inglaterra. O bretão, outra língua céltica, é falado na Bretanha, noroeste da França.

Que comiam os Celtas?


Os Celtas gostavam de comer e de beber,
comiam muita carne que obtinham de animais
domésticos e de animais selvagens que
caçavam.

Pescavam nos rios e ferviam em leite as algas


do mar. Cada família fazia o seu próprio pão e
gostavam de comer pão com carne.

Os Celtas já usavam o sal para cozinhar,


obtendo o sal em minas. O sal era muito
importante não só para cozinhar, como também
para fazer conservas. A carne era
conservada ,salgando-a ou secando-a.

Como se vestiam os Celtas?

Depois de obter a lã, os celtas, como outros povos antigos, faziam as suas próprias roupas utilizando um tear e lãs
de diferentes cores.

De que material eram as casas Celtas?


No círculo à direita pode-se ver como era uma parede
de uma casa celta. O vime entrelaçado formava uma
espécie de cobertura, aplicando-se barro para tornar
a parede mais resistente.
Mitos e lendas
▪A Expedição de Cormac Mac Airt

▪Conheça a corte do Rei Artur

A EXPEDIÇÃO DE CORMAC MAC AIRT

Cormac, fiho de Airt, filho de Conn das Cem Batalhas, era o rei supremo da Irlanda e a sua
corte residia em Tara. Um dia estando Cormac no belo prado que se estendia junto às
fortificações, viu um jovem que trazia na mão um ramo maravilhoso de onde pendiam nove
magníficas maçãs de ouro vermelho. E sempre que se agitava o ramo, as maçãs batiam
umas nas outras e emitiam a mais doce e estranha música: homem ou mulher que esta
melodia ouvisse logo cairia num suave sono, e doença ou sofrimento ou pena que houvesse,
de imediato, se lhe desvaneceria.

Então o rei intrigado perguntou ao jovem:

- Este belo ramo é teu?

- Por certo que sim – respondeu o jovem. E Cormac insistiu:

- Quererás vender-mo? E se assim for, o que me pedirás por ele?

- Sim, nunca nada possuí que não fosse para vender! O que eu quero em troca do ramo, dir-
te-ei depois – respondeu o jovem.

- Pois bem – disse Cormac -, dar-te-ei o que achares por bem. Diz-me, pois o que te devo?

- A tua mulher, o teu filho e a tua filha – determinou o jovem.

- Pois tê-los-ás aos três! – acrescentou o rei -. O jovem deu-lhe então o ramo mágico e,
juntos, entraram no palácio. Na sala do trono, Cormac encontrou a sua mulher, o seu filho e
a sua filha. A mulher, ao vê-lo chegar com tão belo objecto na mão, disse:

- Que preciosa jóia trazes contigo, meu marido! – E ele falou assim:

- Pois é preciosa mesmo: o preço que por ela paguei foi bem alto!

E Cormac contou o negócio que havia feito com o jovem. A sua mulher ao ouvir tal coisa
disse, indignada:
- Será possível que haja, para ti, tesouro maior do que nós os três?

- Ah, que desditosa sou – bradou a filha de Cormac -, o meu pai trocou-me por um ramo!

E esta notícia lançou a mulher, a filha e o filho de Cormac em grande desespero: choravam,
arrancando os cabelos, e faziam tal pena que era dó de ver. Cormac, isto vendo, logo agitou
o ramo, fazendo tocar as maçãs. De imediato toda a coita e pena que eles sentiam se lhes
foi e, alegres, de bom grado seguiram o jovem.

Pouco tempo depois, a notícia espalhara-se, no começo em Tara, depois por toda a Irlanda.
Todos amavam a rainha e os seus dois filhos. Por isso um grito de dor e de tristeza ecoou
por toda a parte. Mas, logo Cormac agitou o ramo; os prantos cessaram e a pena, dos seus
súbditos, deu lugar à alegria.

Um ano se passou e Cormac disse:

- Faz hoje um ano que a minha mulher, a minha filha e o meu filho me foram levados. Pois
hoje mesmo partirei e seguirei igual caminho até os encontrar.

Pegou na sua lança, no escudo e na espada, aparelhou o seu melhor cavalo e pôs-se a
caminho. Passado pouco tempo, uma estranha neblina mágica envolveu-o e Cormac
encontrou-se numa bela e maravilhosa planície. Aí estavam muitos cavaleiros e todos eles
se ocupavam com uma curiosa tarefa: cobriam uma casa com as penas de pássaros de
outras terras. Assim, quando um dos lados estava plenamente coberto de penas, eles
partiam em busca de mais, de modo a poder terminar a tarefa. Mas quando voltavam as
penas que haviam colocado tinham desaparecido. Assim, jamais terminariam o seu
trabalho. Cormac observou, por um tempo, toda esta estranha tarefa até que perdeu a
paciência e disse:

- Já vi que vós vos ocupais com tal tarefa desde o início do mundo e com ela seguirão até
que o mundo acabe.

Depois, pôs-se, novamente, a caminho.

Mais adiante, encontrou um jovem que arrastava árvores para fazer uma fogueira; mas
antes de conseguir achar uma segunda árvore, já a primeira havia ardido por completo.
Parecia-lhe a Cormac que este trabalho era interminável.

Espantado com tudo o que vira, decidiu continuar a sua jornada e não havia cavalgado
muito quando viu três enormes nascentes na beira de uma planície e em cada uma delas
estava uma cabeça. Da boca da primeira cabeça saíam dois ribeiros e entrava um; da
segunda cabeça saía um ribeiro e entrava outro e da terceira saíam três ribeiros. Cormac foi
tomado de grande espanto e pensou na maravilha de tudo aquilo que via, e disse:

- Aqui ficarei e observarei estas nascentes, pois ninguém, seguramente, me contará a sua
história.

Deste modo ficou, durante bastante tempo, até que viu uma casa no meio de um campo. A
ela se dirigiu, entrou e saudou o casal de ocupantes. Estes usavam vestimentas de muitas
cores, saudaram, também, o rei e ofereceram-lhe estadia para a noite.

Então, a mulher pediu ao marido para procurar alimento e ele assim o fez, trazendo um
enorme porco às costas e um lenho na mão. Pousou o porco no chão, bem como o lenho e
disse a Cormac:

- Aqui está a carne; cozinha-a para nós.

- Mas como posso eu isso fazer? – perguntou Cormac.

- Ensinar-te-ei – disse o homem -. Parte este lenho em quatro partes e faz, de igual modo,
com o porco. Põe um lenho debaixo de um pedaço de porco. Depois, conta-nos uma história
e quando houverdes terminado, se a história for verdadeira, a carne estará cozinhada.

E Cormac pediu:

- Contai vós a primeira história!

E o homem começou:

- Tenho sete porcos, todos da mesma espécie deste que aqui trouxe e poderia alimentar,
com eles, o mundo inteiro. É que se matar um porco e logo colocar os seus ossos
novamente no cercado, na manhã seguinte esse mesmo porco estará vivo.

A história era verdadeira; assim um quarto do porco estava cozido.

Então Cormac rogou à mulher que contasse uma história verdadeira. E ela disse:

- Tenho sete vacas brancas e elas enchem sete caldeirões de leite todos os dias e dou-vos a
minha palavra de que elas dariam leite suficiente para alimentar o mundo inteiro se todos
se reunissem naquela planície.

A história era verdadeira, por isso o segundo quarto de carne estava assado.

- Agora vejo – exclamou Cormac-, que vós sois bem Manannan mac Lir e a sua mulher. Só
Manannan possui os porcos que haveis descrito e foi da Terra Prometida que ele trouxe a
sua mulher e as sete vacas.

Coube, agora, a vez a Cormac de contar uma história, para que o seu quarto de carne
ficasse pronto. Então ele contou como andava em demanda da sua mulher, da sua filha e do
seu filho que, havia já um ano, tinham sido levados por um jovem que trazia um ramo
mágico.

- Se o que dizeis é verdade – disse Manannan -, então sois Cormac, filho de Airt, filho de
Conn das Cem Batalhas.

- Na verdade o sou! – falou Cormac.


Sendo verdade esta história, logo o quarto pedaço de porco estava cozido.

- Comei a vossa refeição – disse Manannan. Mas Cormac hesitou e falou deste modo:

- Nunca tomei uma refeição tendo por companhia somente duas pessoas.

- Comeríeis acompanhado de mais três? – perguntou Manannan.

- Se essas pessoas me fossem queridas, por certo que sim! – respondeu Cormac.

Então, a porta abriu-se e entraram na sala, a mulher, a filha e o filho de Cormac. Grande foi
a alegria de Cormac ao vê-los e eles, também, folgaram muito.

Nesse momento, Manannan mac Lir retomou o seu verdadeiro aspecto e disse:

- Sabei Cormac, que fui eu que levei de vossa casa estas três pessoas. Fui eu que vos dei
esse ramo mágico e tudo isso fiz para que empreendêsseis a jornada que aqui vos trouxe.
Agora comei e bebei.

- Pois assim o farei – afirmou Cormac -, mas primeiro rogo-vos que me expliqueis todas as
maravilhas que pelo caminho encontrei.

- Por certo que vo-lo direi! – falou Manannan - . Os cavaleiros que cobrem sem cessar, a
casa de plumas e nunca vêem a sua tarefa terminada são os que no mundo procuram a
riqueza e a fortuna, crêem havê-la encontrado, e jamais a alcançarão. O jovem que arrasta
as árvores para fazer uma fogueira, representa aqueles que trabalham para os outros:
muito trabalho têm, mas nunca chegam a aquecer-se condignamente. As três cabeças nas
nascentes são as três classes de homens: aqueles há que dão sem nada querer receber
quando, do mesmo modo, receberam; outros, que dão mais do que aquilo que recebem e
ainda outros que dão pouco ou nada, mas recebem muito. E estes últimos são os piores dos
três, Cormac.

Depois de haver ouvido a explicação, Cormac reflectiu e viu quanto eram sábias as palavras
de Manannan. Logo foram convidados a sentar-se e uma toalha foi estendida sobre a mesa.
E disse Manannan:

- Esta toalha que aqui vedes, é algo de muito precioso. Não existe alimento ou manjar que
lhe seja pedido que, de imediato, ali não apareça.

- Isso é, sem dúvida, grande maravilha – comentou Cormac.

Manannan enfiou a mão na faixa que trazia à cintura e tirou uma bela taça que mostrou a
Cormac:

- Esta taça tem a virtude de, quando uma história falsa é contada diante dela, se quebrar
em quatro partes e, quando uma história verdadeira é narrada, as quatro partes voltam a
juntar-se e, de novo, a taça se encontra intacta.

- Ah, todas estas coisas que tendes, Manannan, são objectos muito preciosos! – exclamou o
rei.

- E são todos teus – anunciou Manannan – a taça, o ramo e a toalha.

Assim, tomaram a refeição e folgaram muito pois esta era boa: qualquer que fosse o manjar,
por mais delicado que parecesse, ou qualquer que fosse a bebida, logo sobre a toalha
aparecia e o copo transbordava. Por tudo isto agradeceram muito a Manannan.

Após a refeição, uma cama estava para eles preparada onde dormiram o mais doce dos
sonos.

Na manhã seguinte, ao acordar, viram que haviam regressado a Tara e, cerca deles,
estavam os três objectos maravilhosos: a toalha, a taça e o ramo.

Esta foi a aventura de Cormac no reino de Manannan mac Lir, e foi assim que ele conseguiu
possuir o ramo mágico.

VASCONCELOS, Laura, Contos da Mitologia Celta, Guimarães Editores, 2004

Conheça a corte do Rei Artur

Os mitos artúricos surgiram a partir do século XII. Diversos poetas europeus,


popularizaram-na a partir de lendas da mitologia celta, da busca do Santo Graal. Era tanta a
força daqueles relatos que o Rei Artur se converteu em um personagem de lenda, um
símbolo medieval, no cavaleiro por excelência

Segundo Sir Thomas Malory em "Morte d'Arthur" de 1485


Primeiro Livro em Prosa da Literatura Inglesa

Rei Artur, filho de Uther Pendragon (Cabeça de Dragão) e Igraíne da Cornualha,


Ex-mulher de Gorlios, figura na "Historia Regum Britanniae" (História dos Reis da
Britânia) do Bispo Geoffrey de Monmouth, de 1137, como o 91º Rei da Inglaterra,
assumindo o trono por volta do ano 510 até 542. Mantinha sua corte em um lugar
chamado "Cidade das Legiões", junto ao rio Usk, Na lendária Camelot.

Venceu 12 batalhas:
A primeira batalha, na desembocadura do rio Glein; as quatro seguintes, na
margem do rio Dubglas, na região de Linnus; a sexta foi junto ao rio Basses; a
sétima, no bosque de Celidon; a oitava em Castle Guinnion; a nona na Cidade das
Legiões; a décima no rio Tribuit; a décima primeira, na colina de Agne, e a
décima segunda no monte Badon."

Possuia um escudo circular chamado Pridwen, no qual estava pintada uma


imagem de Maria; uma espada maravilhosa chamada Caliburn (Depois Excalibur
"Corta-Aço"), feita na ilha de Avalon; uma lança chamada Ron; um elmo de ouro
com uma crista esculpida em forma de dragão, e um cão chamado Cabal

Compunham sua corte:

Rainha Guinevere, esposa de Artur, filha do Rei Leodegrance, da terra de


Cameliard e dono da távola redonda que doou a Artur já com cem cavaleiros.
Morgana le fay ( a fada) filha de Igraíne da Cornualha e irmã de Artur
Merlin, o mágico
Lucan, o mordomo
Dagonet, o bobo da corte
Eliot, o menestrel

Cavaleiros:

1 - Sir Heitor, pai adoptivo de Artur

2 - Sir Kay, filho de Heitor e irmão adoptivo de Artur

3 - Sir Dinas, senescal

4 - Sir Balduíno, condestável da Bretanha

5 - Sir Ulfius, camarista-mor

6 - Sir Brastias, capitão-mor do país ao norte de Trento

7 - Sir Lucas

8 - Sir Griflet

9 - Sir Pellinore (Rei)

10 - Sir Percival de Gales, filho de Sir Pellinore, que encontrou o Graal

11 - Sir Lamoarack de Gales, filho de Sir Pellinore

12 - Sir Tor de Gales, filho de Sir Pellinore

13 - Sir Ontzlake

14 - Sir Damas, irmão de Sir Ontzlake


15 - Sir Accolon da Galia

16 - Sir Lot de Orkney (Rei), marido de Morgana le fay

17 - Sir Gawaine, filho de Sir Lot

18 - Sir Gaheris, filho de Sir Lot

19 - Sir Agrivaine, filho de Sir Lot

20 - Sir Gareth Beaumains (Belas-mãos), filho de Sir Lot

21 - Sir Uwaine, sobrinho de Sir Lot

22 - Sir Mordred, filho de Morgana le fay e Artur

23 - Sir Ban de Benwick (Rei)

24 - Sir Lancelot do Lago, filho de Sir Ban

25 - Sir Leonel, filho de Sir Ban

26 - Sir Heitor de Maris, filho de Sir Ban

27 - Sir Bleoberis, sobrinho de Sir Lancelot

28 - Sir Blamor de Ganis, sobrinho de Sir Lancelot e Lord do Castelo das Lágrimas

29 - Sir Gallad, filho de Sir Lancelot e Elaíne, filha do Rei Pelles do castelo do
Graal, encontrou o Graal

30 - Sir Bedivere

31 - Sir Turquine

32 - Sir Mador de la Porte

33 - Sir Gahalatine

34 - Sir Reinaldo

35 - Sir Sagramor, o Ambicioso

36 - Sir Gilberto

37 - Sir Meliot de Logres

38 - Sir Bors da Gália (Rei) que


encontrou o Graal

39 - Sir Cador da Cornualha (Rei)

40 - Sir Constantino, filho de Sir Cador

41 - Sir Bersules

42 - Sir Amant

43 - Sir Berluse

44 - Sir Ozana, o coração valente

45 - Sir Uriens (Rei)

46 - Sir Uiwane, o aventureiro, filho de Sir Uriens

47 - Sir Brandiles

48 - Sir Sadok

50 - Sir Tristão de Liones

51 - Sir Phelot de Gales (Rei)

52 - Sir Pertolepe, o cavaleiro verde

53 - Sir Permones, o cavaleiro vermelho

54 - Sir Persant de Inde, o cavaleiro azul

55 - Sir Melíodas de Liones (Rei)

56 - Sir Marcos da Cornualha (Rei)

57 - Sir Howell da Bretanha (Duque)

58 - Sir Anguish da Irlanda (Rei)

59 - Sir Marhaus da Irlanda, o bom cavaleiro

60 - Sir Palamidas, o sarraceno

61 - Sir Hebes

62 - Sir Fergus

63 - Sir Carados da Escócia (Rei)


64 - Sir Howell da Bretanha (Rei)

65 - Sir Kehydio, filho de Sir Howell

66 - Sir Grip (Conde)

67 - Sir Andred

68 - Sir Dinant da Cornualha

69 - Sir Dinadan

70 - Sir Driant

71 - Sir Galihud

72 - Sir Galiodin

73 - Sir Lianor (Duque)

74 - Sir Darras, o velho

75 - Sir Breuse-sem-piedade

76 - Sir Balin da Dinamarca, o selvagem

77 - Sir Bedivere, que devolveu excalibur para o mar


Deuses e Druidas Celtas
OS DRUIDAS

Quem eram os druidas ? – O que melhor se pode dizer é que os druidas foram membros de uma elevada
estirpe de Celtas que ocupavam o lugar de juízes, doutores, sacerdotes, adivinhos, magos, médicos, astrónomos, etc.
mas que evidentemente não constituíam um grupo étnico dentro do mundo Celta. Eram grandes conhecedores da
ciência dos cristais.

As mulheres célticas gozavam de mais liberdades e direitos do que as de outras culturas contemporâneas,
incluindo-se, até mesmo, o direito de participarem de batalhas, e de solicitarem divórcio. Neste contexto havia
mulheres druidas. Na cultura druídica, portanto, a mulher tinha um papel preponderante pois era visa como a
imagem da Deusa.

No contexto religioso os druidas eram sacerdotes e sacerdotisas dedicados ao aspecto feminino da divindade, a
Deusa Mãe. Embora prestassem culto à Deusa Mãe mesmo assim admitiam que todos os aspectos expressos a
respeito da Divindade eram ainda percepções imperfeitas do Divino. Assim, todos os deuses e deusas do mundo
nada mais eram do que aspectos de um só Ser Supremo - qualquer que fosse a sua denominação visto sob a óptica
humana.

A palavra druida é de origem céltica, e segundo o historiador romano Plínio - o velho, ela está relacionada com
o carvalho, que na realidade era uma árvore sagrada para eles.

Desde que o povo celta não usava a escrita para transmitir seus conhecimentos, após o domínio do
cristianismo perdeu-se muito das informações históricas daquela maravilhosa civilização e especialmente das que a
precederam deste o fim da Atlântida, excepto aquilo que permaneceu zelosamente guardado nos registros de
algumas Ordens Iniciáticas, especialmente a Ordem Céltica e a Ordem Druídica. Por isto muito da história dos
Druidas até hoje é um mistério para os historiadores oficiais; sabem que realmente que existiu entre o povo Celta
mas que não nasceram nesta civilização. Sendo assim impõe-se a indagação: de onde vieram os Druidas? Seriam
Deuses? Ou Bruxos? O pouco que popularmente é dito a respeito dos druidas tem como base diversas lendas, como
a do Rei Arthur, onde Merlin era um druida.

Diversos estudiosos tem argumentado que os Druidas originariamente pertenceram à pré-céltica (não Ariana)
população da Bretanha e da Escócia.

Desde o domínio romano, instigado pelo catolicismo, a cultura druídica foi alvo de severa e injusta repressão,
que fez com que fossem apagados quaisquer tipos de informação a respeito dela embora que na historia de Roma
conste que Júlio César reconhecia a coragem que os druidas tinham em enfrentar a morte em defesa de seus
princípios.

Os Druidas dominavam quase todas as áreas do conhecimento humano, cultivaram a musica, a poesia, tinham
notáveis conhecimentos de medicina natural, de fitoterapia, de agricultura e astronomia, e possuíam um avançado
sistema filosófico muito semelhante ao dos neoplatónicos. O povo celta tinha uma tradição eminentemente oral, não
faziam uso da escrita para transmitir seus conhecimentos fundamentais, embora possuíssem uma forma de escrita
mágica conhecida pelo nome de escrita rúnica. Mesmo não usando a escrita para gravar seus conhecimentos eles
possuíram suficiente sabedoria a ponto de influenciarem outros povos e assim marcar profundamente a literatura da
época, criando uma espécie de aura de mistério e misticismo.

A Igreja Católica, inspirada pela Conjura, demonstrou grande ódio aos Druidas que, tal qual outras culturas, foram
consideradas pagãs, bruxos terríveis, magos negros que faziam sacrifícios humanos e outras coisas cruéis. Na
realidade nada disso corresponde à verdade, pois quando os primeiros cristãos chegaram naquela região foram
muito bem recebidos, até porque a tradição céltica conta que José de Arimatéia discípulo de Jesus viveu entre eles e
levado até lá o Santo Graal (Taça usada por Jesus na Última Ceia).

Em torno disto existem muitos relatos, contos, lendas e mitos, especialmente ligados à Corte do Rei Arthur e a
Távola Redonda. São inúmeros os contos, entre eles, aqueles relativos à Corte do Rei Arthur, onde vivera Merlin, o
mago, e a meia-irmã de Arthur, Morgana, que eram Druidas.

A religião druídica na realidade era uma expressão mais mística da religião céltica. Esta era mais mágica, por
isso mais popular, com formas de rituais mais rústicos, e muito mais ligado à natureza ambiental, à terra que era
tratada com carinho bem especial. A mais popular das expressões religiosas dos celtas constituiu-se a Wicca, que o
Catolicismo fez empenho em descrever como um conjunto de rituais satânicos.

São frequentes os festivais célticos. Para eles o ano era dividido em quatro períodos de três meses em cujo
início de cada um havia um grande festival. Eram eles:

Imbolc - celebrado em 1 de Fevereiro e era associado à deusa Brigit, a Mãe-Deusa protectora da mulher e do
nascimento das crianças;

Beltane - celebrada em 1 de Maio. (também chamado de Beltine, Beltain, Beal-tine, Beltan, Bel-tien e Beltein)
Significa "brilho do fogo". Este festival, muito bonito, era marcado por milhares de fogueiras;

Lughnasadh - (também conhecido como Lammas), dedicado ao Deus Lugh, celebrado em 1 de Agosto;

Samhain - a mais importante das quatro festas, celebrada em 1 de Novembro. Hoje associada com o Hallows Day,
celebrado na noite anterior ao Halloween.

Basicamente a doutrina céltica enfatizava a terra e a deusa mãe enquanto que os Druidas mencionavam
diversos deuses ligados às formas de expressão da natureza; eles enfatizavam igualmente o mar e o céu e
acreditavam na imortalidade da alma, que chegava ao aperfeiçoamento através das reencarnações. Eles admitiam
como certa a lei de causa e efeito, diziam que o homem era livre para fazer tudo aquilo que quisesse fazer mas que
com certeza cada um era responsável pelo próprio destino, de acordo com os actos que livremente praticasse. Toda
a acção era livre, mas traria sempre uma consequência, boa ou má, segundo as obras praticadas. Mesmo sendo livre,
o homem também respondia socialmente pelos seus actos, pois para isto existia pena de morte aplicada aos
criminosos perversos. A Igreja Católica acusava os Celtas e Druidas de bárbaros por sacrificarem os criminosos de
forma sangrenta, esquecendo que ela também matava queimando as pessoas vivas sem que elas houvessem
cometido crimes, apenas por questão de fé ou por praticarem rituais diferentes… pura ironia!

A crença céltica e druídica diziam que o homem teria a ajuda dos espíritos protectores e sua libertação dos
ciclos reencarnatórios seria mais rápida assim. Cada pessoa tinha a responsabilidade de passar seus conhecimentos
adiante, para as pessoas que estivessem igualmente aptas a entenderem a lei de causa e efeito, também conhecida
actualmente como lei do carma.

Não admitiam que a Divindade pudesse ser adorada dentro de templos constituídos por mãos humanas, assim,
faziam dos campos e das florestas , principalmente onde houvesse antigos carvalhos, os locais de suas cerimonias.

Em vez de templos fechados eles reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge
Avebury, Silbury Hill e outros.

Enquanto em alguns dos festivais célticos os participantes o faziam sem vestes os Druidas, por sua vez, usavam
túnicas brancas. Sempre formavam os círculos mágicos visando a canalização de força.

Por não usarem roupas em alguns festivais e por desenvolverem ritos ligados à fecundidade da natureza, por
ignorância, por má fé ou mesmo por crueldade dos padres da Igreja, Celtas foram terrivelmente acusados de
praticarem rituais libidinosos, quando não realidade tratava-se de ritos sagrados.

Alguns deuses
CELTAS

Nome do deus Descrição


ANGUS MAC Deus da beleza, amor e juventude. Possuía um palácio de fadas nas
OG margens do rio Boyne e é famoso em lendas celtas e na Irlanda.
Natural do País de Gales, também atende por "Roda de Prata" e
"Grande Mãe Frutuosa. Seu palácio era a Aurora Borealis e ela guarda
ARIANRHOD
o tempo e o karma e influencia a reencarnação e a fertilidade. Seus
rituais devem ser feitos em Lua Cheia.
Muito conhecida como a "Deusa do Lago", uma das três matriarcas da
BRANWEN
Grã-Bretanha. Seu símbolo é o caldeirão. É a Deusa do amor e beleza.
Conhecida na França, Espanha, Irlanda e Gales. Actua nas curas,
assuntos médicos, poesia, inspiração, feitiçaria, profecias e artes
BRIGIT adivinhatórias e é a Deusa da fertilidade e do fogo, bastante actuante
no amor e em tudo que seja "feminino". Atendia também como "a
poetisa".
Natural do País de Gales, ligada a Beltane e filha do deus do mar Llyr
CREIDDYLAD e muitas vezes chamada de a Rainha de Maio, sendo uma deusa do
amor e das flores.
Natural da Irlanda e trazia os títulos de Rainha Loba e Mulher Ébria e
RAINHA MAB combina os aspectos de Deusa da Guerra com a paixão física e
fertilidade. Se quiser agradá-la, ofereça-lhe uma bebida vermelha.
A principal representação da cultura celta, ele também era conhecido
como "O Caçador" e representava o Grande Pai e os druidas o
chamavam de HuGardan, o Deus Cornudo da Fertilidade. Actua no
CERNUNNOS
amor físico, virilidade e fertilidade e influencia os bosques, a natureza,
reencarnação, as encruzilhadas, a riqueza, o comércio, os guerreiros e
os animais.
Rainha dos Druidas, conhecida como Deusa Fir. Influencia a paixão, o
DRUANTIA
sexo, a criatividade, o conhecimento e fornece protecção.
Símbolo Celta

Árvore da Vida

Halloween

Símbolo Celta
Guerreiros Celtas

Cruz Celta

Arca Celta

Deus Celta
Stonehenge

Druida

Jóia Celta

Ídolo Celta
Imaginário celta

Stonehenge

Casa Celta
Programa de actividades ( ano lectivo 2003 / 2004)
• OBJECTIV
 Incentivar as práti
 Promover a realiz
Departamentos;
(
 Sensibilizar e inf
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