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Pré Projecto de Investigação da Escola Secundária do Monte

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Sandra Cristina Porto Ferreira

Pré – Projecto de Investigação da Escola


Secundária do Monte

2004

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Pré Projecto de Investigação da Escola Secundária do Monte
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Pré Projecto de Investigação da Escola Secundária do Monte
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Sandra Cristina Porto Ferreira

Pré - Projecto de Investigação da Escola


Secundária do Monte

2004

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Pré Projecto de Investigação da Escola Secundária do Monte
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Resumo

No presente trabalho aborda-se especificamente o processo de elaboração do Perfil de Autoavaliação da


Escola Secundária do Monte. Num primeiro momento, apresenta-se conceitos essenciais de Avaliação
Educacional e discute-se o conceito de Organização Escolar e a sua especificidade; analisa-se a
problemática da eficácia e da melhoria da referida Escola, referindo-se também aspectos fundamentais
para se proceder a uma Autoavaliação eficaz. Num segundo momento, encontra-se uma serie de listas de
verificação; grelhas de registos; quadros; questionários; mapas; etc. que facilitem o trabalho de
construção dos instrumentos que as equipas de avaliação considerem adequados ao desenvolvimento do
processo e à apresentação dos respectivos resultados com intuito de responder à questão principal: Qual a
importância da Autoavaliação na Organização da Escola Secundária do Monte?

Palavras – chave: Avaliação/Perfil de Autoavaliação; Autonomia; Sucesso Escolar; Gestão e


Organização Escolar; Projecto Educativo e Qualidade da Escola.

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Siglas
D.L. Decreto-lei

L.B.S.E. Lei de Bases do Sistema Educativo

LSAE Lei do Sistema de Avaliação da Educação e do Ensino Não Superior.

ECD Estatuto da Carreira Docente dos Educadores de Infância e dos


Professores dos Ensinos Básico e Secundário

DR Diário da República

Abreviaturas

Art.º artigo

Fig. figura

Pág pagina

Cit. porcitado por

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Introdução
A investigação educativa é «uma actividade de natureza cognitiva que
consiste num processo sistemático, flexível e objecto de indagação e que contribui para
explicar e compreender os fenómenos educativos» (Pacheco, 1995, p. 9). Portanto, é
mediante a investigação que podemos problematizar e reflectir acerca do processo de
ensino-aprendizagem. Toda a investigação é desenvolvida atendendo a um projecto de
pesquisa que tem como ponto de partida uma problemática inicial que, de forma
crescente e cíclica, se vai complexificando, em interligações sistemáticas mediantes os
novos dados, até se alcançar uma interpretação válida, coerente e solucionadora (Gil,
2002, p18-21). A descrição do contexto de estudo, a formulação do problema e a
definição operacional das variáveis dependentes e independentes, bem como o quadro
teórico dessa mesma temática permitem no primeira parte deste projecto de pesquisa
formular a nossa problemática e os seus principais objectivos. Com base na sua
justificação epistemológica, numa segunda parte é descrito o modo de investigação e
meios de intervenção por nós escolhidos e sua calendarização. Finalmente, a conclusão
sintetiza o projecto, apresentando as suas potencialidades e limites.
Hoje na realidade escolares, cada vez surgem mais práticas inovadoras para
tentar dar resposta à heterogeneidade de problemáticas. Os problemas de aprendizagem
são «o pilar central de qualquer acção educativa, o estudo da aprendizagem é
inseparável do das motivações, dos interesses, das necessidades e da atenção» (Mialaret,
1980, p.53).
A necessidade de avaliar todo o tipo de experiências e processos está na ordem
do dia, na verdade a avaliação é um fenómeno educativo que condiciona todo o
processo de ensino e aprendizagem. Em 20 de Dezembro de 2002, publica-se, em
Diário da República (DR) Série A, a Lei n.º 31/2002 (LSAE), que surge como um
imperativo à Mudança, ou seja, é um convite à reflexão e acção: no âmbito do perfil de
auto-avaliação de escolas, a auto-avaliação enquanto estratégia privilegiada para
resolver alguns dos principais problemas das escolas portuguesas, um meio à disposição
da melhoria eficaz das escolas.
Problematizar a cultura intuída na escola, integrando uma cultura de avaliação
que seja motora de mudanças organizativas e pessoais numa perspectiva
transformacional, é uma condição fundamental para as escolas concretizarem, de forma

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consequente, o disposto na Lei 31/2002. Pensar no processo de auto-avaliação da escola


numa perspectiva organizacional, desenvolvendo-se dinâmicas de implicação dos seus
diferentes actores educativos e promovendo uma cultura avaliativa nos actores da
comunidade educativa constituem-se como elementos estruturantes desta “nova
realidade” provocada pela referida Lei.
A relativa inexistência de uma cultura de avaliação nas escolas bem como um
eventual desconhecimento das suas exigências formais e técnicas justificam a
pertinência deste estudo com esta temática. A actividade das escolas não se costumam
submeter a uma avaliação sistemática e rigorosa. As escolas, simplesmente funcionam.
Cada ano, cada dia, repetem-se as mesmas rotinas sem sabermos muito bem
porquê e para quê. A avaliação tem lugar “nelas próprias” para comprovar se os alunos
aprenderam o que se lhes pretendeu ensinar.
A escola é uma caixa negra na qual os alunos entram com um determinado saber
(que muitas das vezes desconhecemos) e da qual saem com uma bagagem cultural.
Desconhecemos o que acontece dentro dela: como é produzida a aprendizagem e que
tipo de processos decorrem na actividade interna. Perfilhando a ideia de Gerra (2003, p.
11):
“Esta caixa negra não está suspensa no ar, mas sim enquadrada num amplo contexto
sócio/económico/político (numa sociedade) e num contexto próximo (numa zona ou bairro), nos
quais representa um papel. No seu interior são desenvolvidos determinados mecanismos para
produzir força de trabalho e determinados processos de aprendizagens das relações sociais”

O presente trabalho desenvolve-se mediante um plano organizado em duas


partes que, embora diferentes, procura-se articular de forma integrada:
Na parte teórica, nomeadamente no I capítulo apresenta-se conceitos essenciais
de avaliação educacional e discute-se o conceito de organização escolar e a sua
especificidade; analisa-se a problemática da eficácia e da melhoria da escola, referindo-
se também aspectos fundamentais para se proceder a uma auto-avaliação eficaz e
mostra-se como ela pode ser eficazmente utilizada. Tendo em conta o já focado
anteriormente, é-se compelido a explicitar suporte bibliográfico, como ressalta Pacheco
(1995, p.9) “ (…) contribui para explicar e compreender os fenómenos educativos”,
com os quais se partilha/justifica as opiniões e opções realizadas.

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Finalmente, no II capítulo, ressalta um serie de instrumentos; de listas de


verificação; grelhas de registos; quadros; mapas; questionários; etc. que poderão
facilitar o trabalho na construção dos instrumentos que as equipas de avaliação
considerem mais adequadas ao desenvolvimento do processo, e posteriormente, isto é,
depois da investigação concretizada apresentar-se-á os respectivos resultados e
conclusões.
Este trabalho apresenta-se sob a forma de pressuposto: um deles será o da
melhoria da qualidade da educação; o outro será o de que a Avaliação/Autoavaliação
das escolas é um instrumento de reforço de uma autonomia responsável, isto é, de uma
autonomia capaz de responder com profissionalismo e civismo às pressões cada vez
mais fortes que se exercem sobre a escola pública, nomeadamente através de alguns dos
mecanismos de avaliação externa.
Apresenta-se ao longo de toda a estrutura deste trabalho sugestões, sob a forma
de instrumentos vários, procurando simplificar o trabalho dos docentes e de outros
membros activos da comunidade educativa e procura-se, evitar insegurança no começo
de uma longa caminhada.

1. Problema de Investigação:

Durante a investigação levantou-se a seguinte questão que parece ser um problema


pertinente nas escolas: Qual a importância da Auto – Avaliação na Organização e
Gestão de Escolas?

1.1.Justificação da relevância do estudo:

O processo de elaboração do perfil de Auto – Avaliação representa o momento


em que os estabelecimentos de ensino iniciem verdadeiramente o trabalho de reflexão
interna próprio à sua Auto – Avaliação. Nesse sentido, esta deve ser cuidadosamente
preparada, com o objectivo de se criarem as condições propícias para que se desenvolva
progressivamente. A criação de uma cultura de Auto Avaliação implica um trabalho,
sistemático e paciente, de envolvimento do maior número possível de actores da

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comunidade educativa num processo de reflexão, de diálogo e negociação entre esses


actores. A principal preocupação, nesta fase, deverá dirigir-se para a interiorizarão de
novas atitudes, por parte de todos os membros da comunidade educativa, no que
respeita a uma reflexão interna sobre a qualidade da escola, enquanto organização. Daí a
importância de tanto quanto possível, tentar-se chegar, através do diálogo e de uma
troca aberta e franca de pontos de vista, a consensos que traduzam posições comuns
sobre essa qualidade. Para isso, conviria que os órgãos de gestão (Assembleia de
Escola, Conselho Executivo e Conselho Pedagógico), em articulação com o grupo
monitor do projecto, se debruçassem sobre o perfil e tentassem reflectir sobre o seu
significado e as implicações que poderá provocar no trabalho futuro e nas actividades
do estabelecimento de ensino.
Uma vez mais é altamente desejável que toda a comunidade educativa de escola,
através das suas diferentes estruturas e instâncias de coordenação e orientação, se
envolva nesta reflexão e discussão. E que daqui surja um consenso sobre quais os
“pontos fortes e fracos” da escola e quais as áreas de trabalho que deverão ser
“atacadas” prioritariamente. Em jeito de conclusão, num momento em cada vez mais se
discute sobre a melhoria da qualidade das nossas escolas é pertinente criar hábitos de
debate que proporcionem o desenvolvimento de processos de avaliação da organização
multidimensional que é a escola. Usar os resultados da avaliação/conhecimento da
organização para reorientar os esforços da organização no sentido de melhorar o seu
desempenho (a consultar posteriormente a bibliografia).

1.2.Razões justificativas:

Pensar o processo de auto avaliação das escolas numa perspectiva


organizacional, desenvolvendo dinâmicas de implicação dos seus diferentes actores
educativos e promovendo uma cultura avaliativa nos actores da comunidade
educativa constituem-se como elementos estruturantes desta “nova realidade”;
- Problematizar a cultura instituída na escola, integrando uma cultura de avaliação
que seja promotora de mudanças organizacionais e pessoais numa perspectiva
transformacional;

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- Fazer com que a escola de ano para ano, de dia para dia seja uma rotina, a auto
avaliação vem comprovar se os alunos aprenderam o que se lhes pretendeu ensinar e
como é que esta aprendizagem foi produzida e que tipos de processos decorram na
actividade interna;
- A escola deve auto avaliar-se, deve haver uma triangulação de informação, ou seja,
utilizar diversos recursos na recolha da informação para assim a avaliação assentar
numa interpretação integrada e contextualizada dos resultados obtidos;
-As grandes dimensões de uma auto avaliação: Quais as áreas fracas e quais as áreas
fortes: a grande finalidade a Auto – Avaliação é alterar as práticas desajustadas e
logicamente tentar criar dispositivos para a ajustar e pergunta-se: Que dinâmicas é
que se desenvolveram? Será que foram utilizados vários métodos para reconstruir e
analisar a realidade?

1.3.Limitações do Estudo:

Este estudo é de carácter qualitativo e interpretativo, centra-se num estudo de


caso, numa escola Secundária do Monte, como foi referido anteriormente.
No entanto, sabe-se que à partida que é limitativo, porque: apenas se centra no
currículo de uma escola Secundária, devido ás práticas pedagógicas, em observação; o
estudo é realizado apenas numa escola, o que torna o universo restrito para se ter tido
como um todo; os procedimentos não são estandardizados e é uma investigação que se
deve ter cuidado devido ao tema ser novo e relevante para os docentes podendo existir
dificuldade na sua concretização.

1.4.Questões de Investigação:

Por se tratar de um estudo de carácter qualitativo e interpretativo, ou seja estudo de


caso na Escola Secundária do Monte, são levantadas três questões de investigação:
1_ª Qual a importância da Auto – Avaliação no processo de decisão da Escola?
2-ª De que forma os professores vêem a Auto – Avaliação na Escola?
3_ª Que preocupações devem existir quando se Auto – Avalia uma Escola?

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1.5.Objectivo do estudo:

Após o levantamento das questões de investigação e da análise da sua pertinência,


opta-se por definir os seguintes objectivos deste estudo:
1_º Analisar a importância da Auto – Avaliação nos processos de decisão da Escola;
2_º Perspectivar a visão dos docentes da Auto – Avaliação na Escola;
3-º Analisar as preocupações existentes quando se Auto – Avalia uma Escola.

1.6.Definição de termos/conceitos:

Atendendo à grande variedade de definições existentes, indicam-se a seguir,


somente aqueles que forem adaptados no estudo: Avaliação e Auto – Avaliação. Neste
ponto pretende-se clarificar o significado com que são usados alguns termos como
infusão à Avaliação e Auto – Avaliação.
Dado ter sido necessário desenvolver no contexto do estudo de investigação, vários
instrumentos destinados a caracterizar a Avaliação/Auto – Avaliação, define-se também
neste ponto, os termos acima mencionados. Estes termos são, na verdade, um pouco
interdependentes e só a necessidade de facilitar o estudo leva à solução artificial de as
considerar e definir isoladamente.
1.6.1. Avaliação

Adopta-se como definição de Avaliação a proposta por Scriven (1991, p.139).


Na opinião do autor, o termo Avaliação é “ (…) um processo de determinação do mérito
ou valor de alguma coisa ou ao produto desse processo”. Nesta acepção, a Avaliação é
entendida como um processo de recolha de informações que são comparadas com um
conjunto de critérios ou padrões, terminando na formulação de juízos.
Alguns autores Francófonos como por exemplo Figari (1996, p.9) definem
Avaliação “ (…) como a produção de uma discurso constituído por juízos de valor que
relacionam um referido (algo que é registado, observado, apreendido acerca do objecto
avaliado e que é portanto do domínio real (…)”.

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Adapta-se à definição de Avaliação a algo que se pressupõe que existe, alguém


interessado em reflectir com vista a uma possível mudança que, no âmbito do ensino,
visa uma maior eficácia no acto de ensinar e aprender.
Na linha de pensamento de Phillippe Perrenoud, sociólogo e professor na
Universidade de Genebra, considera que a prática reflexiva é uma atitude e uma
metacompetencia de que dependem todas as outras. Na sua opinião:
“ (…) cada competência pressupõe um desenvolvimento global do pensamento crítico e da
prática reflexiva que só ser exercido sobre o conjunto de saberes e das situações de formação ou da vida”.

Estas leituras levam a pensar que analisar competências, em princípio, deve


levar a modificações que visem melhorias, solidamente assentes numa linha evolutiva.
A análise introspectiva torna-se ela própria uma ferramenta de trabalho única, validada
por todo o seu potencial, para levar a Escola a prosseguir um caminho seguro na
formação da personalidade dos jovens que a edificam.
É neste contexto que a escola deve reflectir e meditar sobre as suas práticas e, na
opinião de Anna Bonboir “ a Escola – e todo o sistema de educação – tem necessidade
de se debruçar sobre si própria, para avaliar as actividades que desenvolve, através dos
resultados obtidos quer ao nível global que a título pessoal”. De todas as leituras até
agora pode-se referir que a Avaliação pode ter subjacente uma série de dimensões e
incidir sobre a realização da própria tarefa ou comparar o resultado obtido como o
resultado pretendido. Existem também inúmeras implicações nomadamente o que se vai
analisar, como, em que condições, em que medida se podem utilizar os resultados que
se podem vir a obter, que sentido adquirem essas características em sistemas de ensino
diferentes, etc.

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Nesta condição, somos levados a pensar que a medida em Educação não pode
ser vista assim tão linearmente, pelo que temos de investigar mais e mais.
Fig.1: Fonte: Construção Própria

AVALIAÇÃO
INFORMAÇÃO RECOLHA
PADRÃO (Referido)
(Referente) TRATAMENTO

INTERPRETAÇÃO
JUÍZO

DECISÃO

ACÇÃO

1.6.2. Auto – Avaliação

Este tema a Auto – Avaliação de Escola, é um convite à reflexão e à acção; para


pensar a Auto – Avaliação apresenta-se uma análise e uma discussão dos conceitos
subjacentes, procurando esclarecer em que consiste; qual o seu objecto; para que serve;
como se faz e como se utiliza. Para se praticar a Auto – Avaliação segundo Alaiz,
Victor, [et. al.] (2003, p.7) “ propõe-se um esquema operacional viável na Escola
ilustrada com alguns instrumentos que poderão servir de inspiração. É pois, um convite
à reflexão orientada para a acção e à acção reflectida”.
Ainda na mesma linha de pensamento os autores consideram ainda que “ a Auto
– Avaliação de Escolas é uma estratégia privilegiada para a resolução de alguns dos
principais problemas das Escolas Portuguesas”. (Ibidem). Atendendo à grande
variedade de definições existentes, indica-se uma relevante que pressupõe:
“ (…) a Auto – Avaliação da Escola como instrumento de reforço de uma autonomia
responsável, isto é, de uma autonomia capaz de responder com profissionalismo e civismo às pressões
cada vez mais fortes que se exercem sobre a Escola Pública, nomeadamente através de alguns dos
mecanismos de Avaliação externa” ( Idem).

Focando a atenção na Auto – Avaliação não se pode deixar de referir que esta:

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“ (…) vai entrar na actividade de intervenção social de muitos portugueses, sejam eles
membros de associações de Pais e Encarregados de Educação, Autarcas ou membros activos de
associações locais de acção cultural que articulam a sua actividade com as Escolas da zona”.
(Ibidem)

Seguindo-se pelas as leituras realizadas na obra de Alaiz, Victor (2003), Auto –


Avaliação apresenta características específicas podendo ser resumidas do seguinte
modo:
“ é um processo de melhoria da escola, conduzido através quer da construção de referenciais,
quer da procura de provas ( factos comprovativos, evidências) para a formulação de juízos de
valor; é um exercício colectivo, assente no diálogo e no confronto de perspectivas sobre o
sentido da escola e da educação; é um processo de desenvolvimento profissional; é um acto de
responsabilidade social, ou seja, um exercício de civismo; é uma avaliação orientada para a
utilização e é um processo conduzido internamente mas que pode contar com a intervenção de
agentes externos”.

Do dito anteriormente ressalta a proximidade entre os contextos de investigação,


ou seja, Avaliação/Auto – Avaliação, avaliar uma escola supõe que se clarifique não só
o conceito de Avaliação, mas também o que se entende por Escola, que é o objecto
desse processo. Considera-se relevante o lançamento da sua Auto – Avaliação onde será
uma altura apropriada para uma reflexão, ou seja, alargada o mais possível, sobre o
conceito de escola. Esta clarificação se for iniciada logo como ponto de partida, pode
facilitar o processo, diminuindo ou até mesmo prevenindo alguma conflitualidade que
um processo de avaliação por vezes pode originar.

2. Revisão da Literatura
2.1.Análise do Decreto-lei 31/2002

Este capítulo inclui uma revisão de literatura, sendo apresentadas e discutidas


referências teóricas e resultados da investigação relativas às principais questões
envolvidas no estudo.
Foram anteriormente identificadas as questões e os seus objectivos. Neste
capítulo falar-se-á como se poderá realizar a investigação fundamentando-se em vários
autores.
Segundo leituras feitas (ver posteriormente bibliografia) realizou-se uma breve
análise sobre o que se poderá fazer nesta investigação. Desta forma, e analisando-se a

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Declaração da Conferencia de Viena, a 20/21 de Novembro de 1998, convida as


escolas: utilizar a Auto – Avaliação no planeamento e desenvolvimento estratégico da
escola; clarificar as finalidades de auto – avaliação e criar as condições necessárias à sua
execução; assegurar que todos os actores tenham acesso a formação básica e apoio que
lhes permitam participar no processo de Auto – Avaliação; utilizar a Auto – Avaliação
para se conseguir uma abordagem informada e crítica da escola e da prática na sala de
aula; integrar e tirar proveito das experiências e pontos de vista de todos os actores
relevantes da comunidade educativa durante o processo de avaliação da escola; procurar
activamente possibilidades de estabelecer redes entre todos os membros das
comunidades educativas, quer a nível nacional, quer a nível europeu, de modo a trocar
informações e experiências, permitindo que uns aprendam com os outros; realizar
visitas de estudo a outras escolas que se encontrem a desenvolver processos de Auto –
Avaliação tanto no plano nacional como comunitário; reconhecer a necessidade de as
escolas fornecerem informação transparente sobre a qualidade das suas prestações e por
último os resultados das avaliações a todos os interessados.
De acordo com o Decreto-lei 31/2002 que foi também objecto de análise
profunda retirou-se vários pressupostos fundamentais para o estudo em causa: A
avaliação interna é, considerada uma prática fundamental para a qualidade de uma
escola, geradora de melhorias efectivas nos processos adoptados e nos resultados
obtidos, com reflexos positivos em toda a comunidade (a referida lei enquadra a Auto –
Avaliação nesta perspectiva: artigo 3-º, alíneas c, d, f, e h); a Avaliação serve para
actuar, isto é, encontra-se “ ligada” ao processo de decisão; a Avaliação é o processo
pelo qual se delimitam, se obtêm e se fornecem informações úteis que permitem
“tomar” decisões possíveis; qualquer processo de Avaliação deve organizar-se em
função da sua finalidade; a finalidade essencial do processo de Avaliação interna é
possibilitar uma melhoria efectiva da qualidade da escola. Seguindo este pensamento
Alaíz, Góis e Gonçalves (2003, p. 38) citando Hoeben (1998) referem que: “ por
melhoria eficaz da escola entende-se a mudança planeada que valoriza, quer os
resultados das aprendizagens dos alunos, quer a capacidade da escola gerir os processos
de mudança, conducentes a estes resultados”.
Dando seguimento à análise do Decreto anteriormente referido, no processo de
Auto – Avaliação a escola é entendida como uma unidade sistémica, privilegiando

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organizacionalmente o envolvimento da comunidade escolar e educativa e a cooperação


de todos os actores/ autores educativos; os alunos e as suas aprendizagens com o seu
sucesso escolar e educativo são o elemento central da vida escolar, sendo os docentes
fundamentais nas dinâmicas de qualidade educativa e as lideranças determinantes na
gestão e optimização do processo de melhoria eficaz da escola; o processo de Auto –
Avaliação assenta numa dimensão ética que será permanentemente assegurada desta
forma: a) a transparência do processo de Avaliação será assegurada pela apresentação e
discussão do seu quadro de referência (finalidade, objectivos…); b) o tratamento dos
dados (análise e interpretação) será feito de forma negociada, promovendo-se a sua
discussão com todos os intervenientes; c) é assegurado, de forma absoluta, o anonimato
e confidencialidade dos dados. Os dados serão sempre tratados globalmente,
identificando-se tendências e dominâncias, e nunca de forma individualizada; d) todos
os interessados serão informados dos procedimentos e decisões que vierem a ser
tomados no decorrer da Avaliação; e) as decisões resultantes da Avaliação interna serão
validadas pela comunidade educativa da escola através da sua publicitação e discussão.
A finalidade estratégica do processo de Auto – Avaliação: a) construir uma
cultura de melhoria efectiva da escola através da promoção: i) de práticas de (auto)
Avaliação organizacional; ii) de dinâmicas de implicação e responsabilização dos
diferentes actores/autores da comunidade educativa; iii) do planeamento e
desenvolvimento estratégico da escola.
Os Objectivos estruturantes do processo de Auto – Avaliação: a) reflectir sobre
as práticas da escola, numa perspectiva de aperfeiçoamento organizacional (melhoria
efectiva) e de construção de uma identidade de escola; b) facilitar a reflexão crítica no
sentido do “aumento” do profissionalismo e da autonomia dos professores; c) recolher
informação significativa que permita: i) identificar pontos fracos do funcionamento da
escola; ii) consolidar pontos positivos detectados; iii) aumentar os níveis de qualidade já
alcançados; iiii) estabelecer dinâmicas transformacionais.
O processo de Auto – Avaliação da escola deve “partir” do diagnóstico da escola
(utilizar o diagnostico realizado para o Projecto Educativo da Escola) de forma a
contextualizar-se o processo. O processo de Avaliação da escola deve ser planeado, isto
é, decidir-se como é que se vai desenvolver tendo em conta o seu âmbito temporal (um
ano lectivo).

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2.2. Cronograma de Auto – Avaliação

Exemplificação de um cronograma do processo de Auto – Avaliação:


Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Junh Julh
Escolha da Equipa
Publicitação do
processo
Referencialização
Recolha de dados
Análise da informação
Elaboração do
Relatório
“Discussão pública”
Processo de decisão

O processo de Auto – Avaliação da escola inicia-se com a construção do


“design” de Avaliação a partir das questões de Avaliação: para quê? Isto é, qual a
finalidade da Auto – Avaliação da escola? Porque é que está a ser concretizada? A
quem se destina? Qual vai ser o seu objecto? Que informação é que interessa recolher?
Que dados são necessários? Como é que vai ser recolhida a informação? Quando? Com
que instrumentos? Quem vai participar? E como será transmitida?

2.3.Construção do Objecto de Avaliação:


Dispositivo de Auto - Avaliação de uma escola

Exemplificação não exaustiva da construção do “objecto de Avaliação” tendo em


conta os termos de análise referidos no artigo 6-º da Lei n.º 31/2002:
Áreas Dimensões Critérios Indicadores
 Conselho Executivo
 Conselho Pedagógico  Relacionamento  Horário de Atendimento
Lideranças  Departamentos curriculares  Processo de decisão  Decisões das reuniões
 Directores de Turma  …  …
 Conselhos de Turma

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 Relações inter-pessoais…  Registo de ocorrências


 Linguagem
Ambiente Educativo (Padrão relacional)
 Comportamento
 (Procedimentos
 Actividades integradoras disciplinares)
 …
 …  …
 Implicação dos professores
 Envolvimento dos alunos  Partilha de materiais
 Empenhamento dos AAE e  Participação…  Participação em
Cultura de colaboração funcionários  Processo de decisão actividades…
 Participação dos pais  …  …
 Relação com a comunidade
 …
 Práticas pedagógicas  Actividades de grupo
Sucesso Escolar  Resultados de avaliação
 Participação
 Testes formativos
 …
 …  …
Projecto Educativo  Directrizes
 Aplicação
 Decisões concretizadas
 …  …

2.4. Referente de Avaliação

Exemplificação não exaustiva de um referente de Avaliação (em função da


exemplificação apresentada no quadro anterior).
Áreas Referentes
 Empenho
Lideranças  Envolvimento
 …
 Colaboração
Ambiente educativo  Responsabilidade
 …
 Implicação
Cultura de colaboração  Motivação
 …
 Inclusão
Sucesso Escolar  Exigência
 …
 Pertinência
Projecto Educativo  Adequação
 …

Os dados devem ser recolhidos utilizando diversos instrumentos de recolha:


documentos (análise de conteúdo); entrevistas semi-directivas; questionários e
observações. Deve ser constituído no âmbito do processo de Auto – Avaliação da escola
um “grupo de focagem” e, caso se considere importante, um “amigo crítico”.

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Um grupo de focagem segundo Alaíz, Góis, Gonçalvez (2003, p. 7):

“ é um grupo representativo da diversidade de interesses presentes na escola, constituído por


personalidade dos vários sectores da comunidade educativa. Reúne-se para se pronunciar sobre avspectos
do processo de Auto – Avaliação e respectivos produtos”

Na sequência do já afirmado “ um amigo crítico é alguém externo à escola, com


competência técnica e humana e disponível para acompanhar o processo de Auto –
Avaliação da escola. (Idem)

2.4.1. Tipos de referenciais de avaliação

Designação Base do referencial Exemplo


Criterial Critério Comparação com standards
Normativo Grupo Rankings de escolas
Ipsativo O próprio avaliando Comparação com
desempenho anterior

A avaliação, é definida como o juízo produzido a partir do confronto entre um


referencial e um referido, pode ser diferente consoante o tipo de referencial utilizado.
Nenhum destes referenciais tem um valor absoluto. O seu valor depende da
finalidade da avaliação. Em muitos dos casos práticos de avaliação educacional utiliza-
se mais do que um tipo de referencial.

3. Procedimentos

Para este tipo de investigação será aplicado o método qualitativo e interpretativo,


nomeadamente o estudo de caso numa escola, Escola Secundária do Monte.

4. Actividades

Como é um estudo de carácter qualitativo e interpretativo nomeadamente estudo de caso


as actividades encontram-se algumas delas em anexo.

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Bibliografia

ALAIZ, Vítor [et. al.] (1997). Implementação do modelo de Avaliação do Ensino


Básico. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.

ALAIZ, Vítor (2000). A Avaliação das Escolas. In S.N. [et. al.]. Trabalho em equipa e
gestão escolar. Porto: Ed. Asa.

ALAIZ, Vítor [et. al.] (2003). Auto Avaliação de Escolas. Pensar e Praticar. Porto: Ed.
Asa.

ALVES, J.M. (1992). Organização, Gestão e Projecto Educativo das Escolas. Porto:
Ed. Asa.

AZEVEDO, J. (org) (2002). Avaliação das Escolas. Consensos e divergências. Porto:


Ed. Asa.

BARBIER, J.M. (1990). A Avaliação em Formação. Porto: Ed. Afrontamento.

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Policopiada.

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DECRETOS – LEI

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Portugal. DECRETO – LEI n.º 115 – A/ 98 de 4 de Maio

Lei n.º 46/86 de Outubro ( Lei de Bases do Sistema Educativo)

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Pré Projecto de Investigação da Escola Secundária do Monte
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Índice

Resumo -------------------------------------------------------------------------------------------- 4

Introdução -----------------------------------------------------------------------------------------6

Parte I – 1. Problema de Investigação --------------------------------------------------------- 7

1.1. Justificação da relevância do estudo ----------------------------------------------8


1.2. Razões Justificativas --------------------------------------------------------------- 9
1.3. Limitações do estudo----------------------------------------------------------------9
1.4. Questões de Investigação----------------------------------------------------------10
1.5. Objectivo do estudo-----------------------------------------------------------------10
1.6. Definição de termos/conceitos----------------------------------------------------10
1.6.1. Avaliação----------------------------------------------------------------11
1.6.2. Auto – avaliação -------------------------------------------------------12
Parte II – Revisão da Literatura----------------------------------------------------------------14

2.1. Análise do Decreto-lei 31/2002 ------------------------------------------------- 14


2.2. Cronograma de Auto – Avaliação ------------------------------- ---------------16
2.3. Construção do Objecto de Avaliação: Dispositivo de Auto – Avaliação de
uma escola -----------------------------------------------------------------------------------------17
2.4. Referente de Avaliação-------------------------------------------------------------18
2.4.1. Tipos de referências de Avaliação ------------------------------------19
3.Procedimentos -------------------------------------------------------------------------19
4. Actividades ----------------------------------------------------------------------------19
Bibliografia -------------------------------------------------------------------------------------- 20

Anexos:
Anexo 1 – Decisão relativa à Auto – Avaliação
Anexo 2 – Um modelo para a melhoria efectiva da Escola.

Instrumentos utilizados para a realização da Investigação

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Pré Projecto de Investigação da Escola Secundária do Monte
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Anexos

Instrumentos utilizados para a


realização da Investigação

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Pré Projecto de Investigação da Escola Secundária do Monte
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Criar uma cultura de Auto – Avaliação da Escola

A decisão relativa à Auto – Avaliação constitui um desafio para o estudo da


qualidade de uma escola. Assim se apresenta um processo contínuo de interpretação e
negociação, tal como se apresenta a seguir:

Definir metais e
objectivos

Planificar acções Escolher o método


Apropriado

Apresentar dados Interpretar e Recolher dados


Negociar

Interpretar dados Ler dados

Processar dados

Anexo 1 ( Alaiz, Vítor (2003) 1_ª Ed.)

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Pré Projecto de Investigação da Escola Secundária do Monte
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Um modelo para a melhoria efectiva da escola


Contexto Escola/Departamento Sala de aula/Professor
Resultados intermediários
Pressão para Pressão para melhorar: Autonomia usada pelos Características das escolas
melhorar: - Pressão interna professores para decidir eficazes:
-Mecanismo de Definição dos objectivos sobre a melhoria: -orientação para os resultados e
de melhoria: expectativas elevadas
mercado -Resultados dos alunos
-Participação nos processos
-liderança profissional
-Avaliação Externa -Resultados dos de tomada de decisão -consenso e coesão entre o pessoal
-Agentes externos intermediários Cultura favorável à -visão de futuro e objectivos
Definição dos Autonomia usada pelas melhoria: comuns
objectivos de escolas para decidir - Vontade de aprender, -qualidade de currículo
melhoria: sobre a melhoria: participação na formação - Oportunidade de aprendizagens
-Resultados dos alunos -meios educativos - Coloração com os colegas professores/alunos
- Resultados -organização da escola e com outros - Clima de escola
Cultura favorável à - Potencial de avaliação
intermediários melhoria:
Capacidade para melhorar:
- Motivação e empenhamento -envolvimento dos pais/parcerias
Autonomia das - Visão partilhada da casa escola
escolas: para melhorar
educação Características das salas de aula
Processos cíclicos de
-Meios educativos - Vontade de ser uma eficazes:
melhoria:
- Organização da organização aprendente
-Implementação -expectativas elevadas dos alunos
escola - Melhoria como processo - Ensino com finalidade
contínuo - Feedback
- Clima de sala de aula
Capacidade para -ambiente de aprendizagem
melhorar: - Tempo real de
-experiências de aprendizagem/concentração
processos de melhoria -ensino estruturado
- Apropriação da -aprendizagem autónoma
melhoria - Procedimentos de diferenciação
-Clareza de liderança e de organização
-Estabilidade do pessoal - Monitorização do progresso
-Tempo para as -reforço positivo e feedback
actividades de melhoria
Processo cíclicos de
melhoria:
- Recolha de
informação/diagnostico
- Definição detalhada de
objectivos
-planificação de
actividades
-implementação
-Avaliação
Resultados dos alunos
- Conhecimento
- Competências
-atitudes

Contributos para uma abordagem à melhoria da escola (Eunice Góis, 2003, 1-ª ed.)
Anexo 2

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